Hamas diz que não houve avanço nas negociações de cessar-fogo após declaração de Biden


Segundo porta-voz do grupo, não houve nenhuma nova proposta de acordo; presidente dos EUA disse que acreditava em uma pausa nos combates na próxima semana

Por Redação
Atualização:

O porta-voz do Hamas, Base Naim, minimizou as chances de um cessar-fogo na Faixa de Gaza após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que acreditava em uma pausa nos combates na próxima semana. Em um comunicado, Naim afirmou que o grupo não recebeu nenhuma nova proposta de cessar-fogo desde a reunião das autoridades israelenses com negociadores do Catar, Egito e EUA em Paris, na semana passada.

No encontro, foi discutida a proposta de libertação de 40 reféns em um cessar-fogo de seis semanas, que teria início antes de 10 de março, data em que começa o Ramadã, o mês sagrado do Islã. Em troca, Israel libertaria prisioneiros palestinos, incluindo alguns que cumprem penas por terrorismo.

Em público, os líderes do Hamas afirmam que qualquer acordo de libertação de reféns na Faixa de Gaza só será feito com um cessar-fogo permanente. A ideia é rejeitada por Israel, que mantém o objetivo de destruir por completo o Hamas após o ataque de 7 de outubro. Apesar da morte de diversos líderes do grupo, Israel afirma que o objetivo não foi cumprido por completo e que um cessar-fogo permanente comprometeria o plano.

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Palestinos vasculham destroços de casa destruída em ataque aéreo de Israel em Rafah, em imagem desta terça-feira, 27. Cessar-fogo nos combates está em negociação Foto: Mohammed Salem/Reuters

Na semana passada, o governo israelense não descartou uma invasão durante o Ramadã na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde mais de 1,4 milhão de palestinos se abrigam após a destruição do norte e do centro do enclave. Após a declaração de Biden, autoridades do país afirmaram sob condição de anonimato à agência de notícias Reuters que não há nenhuma garantia de cessar-fogo devido à “condições excessivas” do Hamas.

Outro representante do Hamas, Ahmad Abdelhadi, diz que o grupo mantém as exigências para a negociação e disse que qualquer vazamento sobre as conversas entre negociadores tem como objetivo pressioná-los. “O Hamas não está interessado em quaisquer concessões que não conduzam a um cessar-fogo completo e total da agressão contra o nosso povo”, disse nesta terça-feira à emissora libanesa Al-Mayadeen.

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“Não estamos interessados em nos envolver com o que foi divulgado, porque não atende às nossas demandas”, acrescentou o representante.

O Catar, o principal mediador entre Israel e o Hamas, também expressou cautela nesta terça-feira sobre o cessar-fogo. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, disse que não iria comentar as declarações de Biden porque as negociações não avançaram, embora os mediadores estejam otimistas. “Os esforços são contínuos, todas as partes estão a realizar reuniões regulares”, disse. “Mas, por enquanto, embora certamente esperemos que isso seja alcançado o mais rápido possível, não temos nada em mãos para comentar o prazo.”

Ismail Haniyeh, líder do braço político do Hamas, reuniu-se com o emir do Qatar, Xeque Tamim bin Hamad al-Thani, na segunda-feira, 26, para discutir as negociações. Haniyeh acusou Israel de atrasar as conversas e alertou que o tempo estava se esgotando, de acordo com uma declaração do Hamas sobre a reunião.

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Segundo Biden, a expectativa de um cessar-fogo na semana que vem é proveniente da informação de seus assessores. “Meu conselheiro de segurança nacional me diz que estamos perto, estamos próximos, mas ainda não chegamos lá”, disse Biden a repórteres durante uma viagem a Nova York. /THE NEW YORK TIMES

O porta-voz do Hamas, Base Naim, minimizou as chances de um cessar-fogo na Faixa de Gaza após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que acreditava em uma pausa nos combates na próxima semana. Em um comunicado, Naim afirmou que o grupo não recebeu nenhuma nova proposta de cessar-fogo desde a reunião das autoridades israelenses com negociadores do Catar, Egito e EUA em Paris, na semana passada.

No encontro, foi discutida a proposta de libertação de 40 reféns em um cessar-fogo de seis semanas, que teria início antes de 10 de março, data em que começa o Ramadã, o mês sagrado do Islã. Em troca, Israel libertaria prisioneiros palestinos, incluindo alguns que cumprem penas por terrorismo.

Em público, os líderes do Hamas afirmam que qualquer acordo de libertação de reféns na Faixa de Gaza só será feito com um cessar-fogo permanente. A ideia é rejeitada por Israel, que mantém o objetivo de destruir por completo o Hamas após o ataque de 7 de outubro. Apesar da morte de diversos líderes do grupo, Israel afirma que o objetivo não foi cumprido por completo e que um cessar-fogo permanente comprometeria o plano.

Palestinos vasculham destroços de casa destruída em ataque aéreo de Israel em Rafah, em imagem desta terça-feira, 27. Cessar-fogo nos combates está em negociação Foto: Mohammed Salem/Reuters

Na semana passada, o governo israelense não descartou uma invasão durante o Ramadã na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde mais de 1,4 milhão de palestinos se abrigam após a destruição do norte e do centro do enclave. Após a declaração de Biden, autoridades do país afirmaram sob condição de anonimato à agência de notícias Reuters que não há nenhuma garantia de cessar-fogo devido à “condições excessivas” do Hamas.

Outro representante do Hamas, Ahmad Abdelhadi, diz que o grupo mantém as exigências para a negociação e disse que qualquer vazamento sobre as conversas entre negociadores tem como objetivo pressioná-los. “O Hamas não está interessado em quaisquer concessões que não conduzam a um cessar-fogo completo e total da agressão contra o nosso povo”, disse nesta terça-feira à emissora libanesa Al-Mayadeen.

“Não estamos interessados em nos envolver com o que foi divulgado, porque não atende às nossas demandas”, acrescentou o representante.

O Catar, o principal mediador entre Israel e o Hamas, também expressou cautela nesta terça-feira sobre o cessar-fogo. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, disse que não iria comentar as declarações de Biden porque as negociações não avançaram, embora os mediadores estejam otimistas. “Os esforços são contínuos, todas as partes estão a realizar reuniões regulares”, disse. “Mas, por enquanto, embora certamente esperemos que isso seja alcançado o mais rápido possível, não temos nada em mãos para comentar o prazo.”

Ismail Haniyeh, líder do braço político do Hamas, reuniu-se com o emir do Qatar, Xeque Tamim bin Hamad al-Thani, na segunda-feira, 26, para discutir as negociações. Haniyeh acusou Israel de atrasar as conversas e alertou que o tempo estava se esgotando, de acordo com uma declaração do Hamas sobre a reunião.

Segundo Biden, a expectativa de um cessar-fogo na semana que vem é proveniente da informação de seus assessores. “Meu conselheiro de segurança nacional me diz que estamos perto, estamos próximos, mas ainda não chegamos lá”, disse Biden a repórteres durante uma viagem a Nova York. /THE NEW YORK TIMES

O porta-voz do Hamas, Base Naim, minimizou as chances de um cessar-fogo na Faixa de Gaza após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que acreditava em uma pausa nos combates na próxima semana. Em um comunicado, Naim afirmou que o grupo não recebeu nenhuma nova proposta de cessar-fogo desde a reunião das autoridades israelenses com negociadores do Catar, Egito e EUA em Paris, na semana passada.

No encontro, foi discutida a proposta de libertação de 40 reféns em um cessar-fogo de seis semanas, que teria início antes de 10 de março, data em que começa o Ramadã, o mês sagrado do Islã. Em troca, Israel libertaria prisioneiros palestinos, incluindo alguns que cumprem penas por terrorismo.

Em público, os líderes do Hamas afirmam que qualquer acordo de libertação de reféns na Faixa de Gaza só será feito com um cessar-fogo permanente. A ideia é rejeitada por Israel, que mantém o objetivo de destruir por completo o Hamas após o ataque de 7 de outubro. Apesar da morte de diversos líderes do grupo, Israel afirma que o objetivo não foi cumprido por completo e que um cessar-fogo permanente comprometeria o plano.

Palestinos vasculham destroços de casa destruída em ataque aéreo de Israel em Rafah, em imagem desta terça-feira, 27. Cessar-fogo nos combates está em negociação Foto: Mohammed Salem/Reuters

Na semana passada, o governo israelense não descartou uma invasão durante o Ramadã na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde mais de 1,4 milhão de palestinos se abrigam após a destruição do norte e do centro do enclave. Após a declaração de Biden, autoridades do país afirmaram sob condição de anonimato à agência de notícias Reuters que não há nenhuma garantia de cessar-fogo devido à “condições excessivas” do Hamas.

Outro representante do Hamas, Ahmad Abdelhadi, diz que o grupo mantém as exigências para a negociação e disse que qualquer vazamento sobre as conversas entre negociadores tem como objetivo pressioná-los. “O Hamas não está interessado em quaisquer concessões que não conduzam a um cessar-fogo completo e total da agressão contra o nosso povo”, disse nesta terça-feira à emissora libanesa Al-Mayadeen.

“Não estamos interessados em nos envolver com o que foi divulgado, porque não atende às nossas demandas”, acrescentou o representante.

O Catar, o principal mediador entre Israel e o Hamas, também expressou cautela nesta terça-feira sobre o cessar-fogo. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al-Ansari, disse que não iria comentar as declarações de Biden porque as negociações não avançaram, embora os mediadores estejam otimistas. “Os esforços são contínuos, todas as partes estão a realizar reuniões regulares”, disse. “Mas, por enquanto, embora certamente esperemos que isso seja alcançado o mais rápido possível, não temos nada em mãos para comentar o prazo.”

Ismail Haniyeh, líder do braço político do Hamas, reuniu-se com o emir do Qatar, Xeque Tamim bin Hamad al-Thani, na segunda-feira, 26, para discutir as negociações. Haniyeh acusou Israel de atrasar as conversas e alertou que o tempo estava se esgotando, de acordo com uma declaração do Hamas sobre a reunião.

Segundo Biden, a expectativa de um cessar-fogo na semana que vem é proveniente da informação de seus assessores. “Meu conselheiro de segurança nacional me diz que estamos perto, estamos próximos, mas ainda não chegamos lá”, disse Biden a repórteres durante uma viagem a Nova York. /THE NEW YORK TIMES

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