Hernández terá de contornar apoios impopulares para vencer Petro no 2º turno; leia análise


Eleições do domingo demonstraram que a direita tradicional colombiana se encontra desacreditada

Por Andrés Londoño Niño*

Federico Gutiérrez era o favorito dos partidos tradicionais e da direita colombiana para disputar o segundo turno das eleições contra o esquerdista Gustavo Petro. O candidato, que na reta final da campanha foi ultrapassado pelo direitista radical Rodolfo Hernández, já aderiu informalmente à candidatura do rival. A ele se somaram diversos políticos ligados ao ex-presidente Alvaro Uribe, um dos principais expoentes do campo conservador colombiano.

Caso se traduza em uma transferência de votos maciça, o apoio da direita tradicional a Hernández colocaria Petro em maus lençóis, já que o ex-guerrilheiro, perto de seu teto, não teria votos suficientes para fazê-lo vencer uma coalizão entre a direita moderada e a direita populista. Seria um movimento similar ao da eleição passada, quando Iván Duque reuniu o polo antiesquerda a partir da frase de “qualquer um, menos Petro”.

No entanto, ainda não existe se sabe como Hernández utilizará esses apoios da política tradicional. Ao longo da campanha, o candidato tem tentado se desmarcar do uribismo. As eleições do domingo, de fato, demonstraram que essa direita tradicional colombiana se encontra desacreditada. Duque, que tem um Uribe seu padrinho político, tem sofrido pesadas críticas a seu governo e é o presidente com maiores níveis de desaprovação da história recente na Colômbia.

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Manchetes de jornais destacam a vitória de Gustavo Petro e Rdolfo Hernández no primeiro turno na Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP

Hernández, conhecido como o Trump colombiano, é um empresário de 77 anos do setor da construção que entrou na política ao se tornar prefeito de Bucaramanga, uma cidade de um pouco mais de meio milhão de pessoas, entre 2016 e 2019. Com um estilo diferente de fazer política, por ser menos diplomático e formal, acabou virando tendência nas redes sociais como o TikTok.

Diferentemente de Gustavo Petro, que tem demonstrado grande eloquência nos debates e conhecimento das realidades do país, Hernández tem sido alvo de críticas por ter demonstrado falta de preparo ao longo da campanha. Ele disse foi questionado, por exemplo, por não saber o que era Vichada, um dos departamentos (Estados) da Colômbia. Outra gafe cometida pelo candidato envolvia seu desconhecimento sobre o acordo de Escazú -- um dos principais tratados sobre meio ambiente da América Latina.

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A luta contra a corrupção tornou-se a bandeira de Hernández, mas ainda não é claro como ele implementaria suas propostas. Apesar da retórica anticorrupção, o candidato também está sendo investigado por corrupção por várias entidades colombianas. Ele ainda tem sido criticado por atacar fisicamente a opositores e ameaçar verbalmente pessoas que tinham negócios com ele.

Não será fácil para Petro conseguir ganhar mais eleitores e combater a rejeição a seu nome, que, nas duas eleições anteriores, em 2018 e 2014, o impediu de chegar ao poder. As críticas são similares às das campanhas anteriores: questionamentos sobre a sua gestão como prefeito de Bogotá e seu papel como guerrilheiro na sua juventude, além de uma suposta ligação com o chavismo que, na palavra de seus rivais, levariam a Colômbia a se tornar uma “segunda Venezuela”.

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Por isso, para chegar na presidência, precisa de alianças e de persuadir o eleitorado sobre as mudanças que propõe em seu programa de governo, especialmente sustentado na política social. Para isso, o papel da líder ambiental afro colombiana e fórmula vice-presidencial, Francia Márquez, pode ser central.

*Andrés Londoño Niño é doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) e Professor na Escola Superior de Administração Pública (ESAP) da Colômbia

Federico Gutiérrez era o favorito dos partidos tradicionais e da direita colombiana para disputar o segundo turno das eleições contra o esquerdista Gustavo Petro. O candidato, que na reta final da campanha foi ultrapassado pelo direitista radical Rodolfo Hernández, já aderiu informalmente à candidatura do rival. A ele se somaram diversos políticos ligados ao ex-presidente Alvaro Uribe, um dos principais expoentes do campo conservador colombiano.

Caso se traduza em uma transferência de votos maciça, o apoio da direita tradicional a Hernández colocaria Petro em maus lençóis, já que o ex-guerrilheiro, perto de seu teto, não teria votos suficientes para fazê-lo vencer uma coalizão entre a direita moderada e a direita populista. Seria um movimento similar ao da eleição passada, quando Iván Duque reuniu o polo antiesquerda a partir da frase de “qualquer um, menos Petro”.

No entanto, ainda não existe se sabe como Hernández utilizará esses apoios da política tradicional. Ao longo da campanha, o candidato tem tentado se desmarcar do uribismo. As eleições do domingo, de fato, demonstraram que essa direita tradicional colombiana se encontra desacreditada. Duque, que tem um Uribe seu padrinho político, tem sofrido pesadas críticas a seu governo e é o presidente com maiores níveis de desaprovação da história recente na Colômbia.

Manchetes de jornais destacam a vitória de Gustavo Petro e Rdolfo Hernández no primeiro turno na Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP

Hernández, conhecido como o Trump colombiano, é um empresário de 77 anos do setor da construção que entrou na política ao se tornar prefeito de Bucaramanga, uma cidade de um pouco mais de meio milhão de pessoas, entre 2016 e 2019. Com um estilo diferente de fazer política, por ser menos diplomático e formal, acabou virando tendência nas redes sociais como o TikTok.

Diferentemente de Gustavo Petro, que tem demonstrado grande eloquência nos debates e conhecimento das realidades do país, Hernández tem sido alvo de críticas por ter demonstrado falta de preparo ao longo da campanha. Ele disse foi questionado, por exemplo, por não saber o que era Vichada, um dos departamentos (Estados) da Colômbia. Outra gafe cometida pelo candidato envolvia seu desconhecimento sobre o acordo de Escazú -- um dos principais tratados sobre meio ambiente da América Latina.

A luta contra a corrupção tornou-se a bandeira de Hernández, mas ainda não é claro como ele implementaria suas propostas. Apesar da retórica anticorrupção, o candidato também está sendo investigado por corrupção por várias entidades colombianas. Ele ainda tem sido criticado por atacar fisicamente a opositores e ameaçar verbalmente pessoas que tinham negócios com ele.

Não será fácil para Petro conseguir ganhar mais eleitores e combater a rejeição a seu nome, que, nas duas eleições anteriores, em 2018 e 2014, o impediu de chegar ao poder. As críticas são similares às das campanhas anteriores: questionamentos sobre a sua gestão como prefeito de Bogotá e seu papel como guerrilheiro na sua juventude, além de uma suposta ligação com o chavismo que, na palavra de seus rivais, levariam a Colômbia a se tornar uma “segunda Venezuela”.

Por isso, para chegar na presidência, precisa de alianças e de persuadir o eleitorado sobre as mudanças que propõe em seu programa de governo, especialmente sustentado na política social. Para isso, o papel da líder ambiental afro colombiana e fórmula vice-presidencial, Francia Márquez, pode ser central.

*Andrés Londoño Niño é doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) e Professor na Escola Superior de Administração Pública (ESAP) da Colômbia

Federico Gutiérrez era o favorito dos partidos tradicionais e da direita colombiana para disputar o segundo turno das eleições contra o esquerdista Gustavo Petro. O candidato, que na reta final da campanha foi ultrapassado pelo direitista radical Rodolfo Hernández, já aderiu informalmente à candidatura do rival. A ele se somaram diversos políticos ligados ao ex-presidente Alvaro Uribe, um dos principais expoentes do campo conservador colombiano.

Caso se traduza em uma transferência de votos maciça, o apoio da direita tradicional a Hernández colocaria Petro em maus lençóis, já que o ex-guerrilheiro, perto de seu teto, não teria votos suficientes para fazê-lo vencer uma coalizão entre a direita moderada e a direita populista. Seria um movimento similar ao da eleição passada, quando Iván Duque reuniu o polo antiesquerda a partir da frase de “qualquer um, menos Petro”.

No entanto, ainda não existe se sabe como Hernández utilizará esses apoios da política tradicional. Ao longo da campanha, o candidato tem tentado se desmarcar do uribismo. As eleições do domingo, de fato, demonstraram que essa direita tradicional colombiana se encontra desacreditada. Duque, que tem um Uribe seu padrinho político, tem sofrido pesadas críticas a seu governo e é o presidente com maiores níveis de desaprovação da história recente na Colômbia.

Manchetes de jornais destacam a vitória de Gustavo Petro e Rdolfo Hernández no primeiro turno na Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP

Hernández, conhecido como o Trump colombiano, é um empresário de 77 anos do setor da construção que entrou na política ao se tornar prefeito de Bucaramanga, uma cidade de um pouco mais de meio milhão de pessoas, entre 2016 e 2019. Com um estilo diferente de fazer política, por ser menos diplomático e formal, acabou virando tendência nas redes sociais como o TikTok.

Diferentemente de Gustavo Petro, que tem demonstrado grande eloquência nos debates e conhecimento das realidades do país, Hernández tem sido alvo de críticas por ter demonstrado falta de preparo ao longo da campanha. Ele disse foi questionado, por exemplo, por não saber o que era Vichada, um dos departamentos (Estados) da Colômbia. Outra gafe cometida pelo candidato envolvia seu desconhecimento sobre o acordo de Escazú -- um dos principais tratados sobre meio ambiente da América Latina.

A luta contra a corrupção tornou-se a bandeira de Hernández, mas ainda não é claro como ele implementaria suas propostas. Apesar da retórica anticorrupção, o candidato também está sendo investigado por corrupção por várias entidades colombianas. Ele ainda tem sido criticado por atacar fisicamente a opositores e ameaçar verbalmente pessoas que tinham negócios com ele.

Não será fácil para Petro conseguir ganhar mais eleitores e combater a rejeição a seu nome, que, nas duas eleições anteriores, em 2018 e 2014, o impediu de chegar ao poder. As críticas são similares às das campanhas anteriores: questionamentos sobre a sua gestão como prefeito de Bogotá e seu papel como guerrilheiro na sua juventude, além de uma suposta ligação com o chavismo que, na palavra de seus rivais, levariam a Colômbia a se tornar uma “segunda Venezuela”.

Por isso, para chegar na presidência, precisa de alianças e de persuadir o eleitorado sobre as mudanças que propõe em seu programa de governo, especialmente sustentado na política social. Para isso, o papel da líder ambiental afro colombiana e fórmula vice-presidencial, Francia Márquez, pode ser central.

*Andrés Londoño Niño é doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) e Professor na Escola Superior de Administração Pública (ESAP) da Colômbia

Federico Gutiérrez era o favorito dos partidos tradicionais e da direita colombiana para disputar o segundo turno das eleições contra o esquerdista Gustavo Petro. O candidato, que na reta final da campanha foi ultrapassado pelo direitista radical Rodolfo Hernández, já aderiu informalmente à candidatura do rival. A ele se somaram diversos políticos ligados ao ex-presidente Alvaro Uribe, um dos principais expoentes do campo conservador colombiano.

Caso se traduza em uma transferência de votos maciça, o apoio da direita tradicional a Hernández colocaria Petro em maus lençóis, já que o ex-guerrilheiro, perto de seu teto, não teria votos suficientes para fazê-lo vencer uma coalizão entre a direita moderada e a direita populista. Seria um movimento similar ao da eleição passada, quando Iván Duque reuniu o polo antiesquerda a partir da frase de “qualquer um, menos Petro”.

No entanto, ainda não existe se sabe como Hernández utilizará esses apoios da política tradicional. Ao longo da campanha, o candidato tem tentado se desmarcar do uribismo. As eleições do domingo, de fato, demonstraram que essa direita tradicional colombiana se encontra desacreditada. Duque, que tem um Uribe seu padrinho político, tem sofrido pesadas críticas a seu governo e é o presidente com maiores níveis de desaprovação da história recente na Colômbia.

Manchetes de jornais destacam a vitória de Gustavo Petro e Rdolfo Hernández no primeiro turno na Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP

Hernández, conhecido como o Trump colombiano, é um empresário de 77 anos do setor da construção que entrou na política ao se tornar prefeito de Bucaramanga, uma cidade de um pouco mais de meio milhão de pessoas, entre 2016 e 2019. Com um estilo diferente de fazer política, por ser menos diplomático e formal, acabou virando tendência nas redes sociais como o TikTok.

Diferentemente de Gustavo Petro, que tem demonstrado grande eloquência nos debates e conhecimento das realidades do país, Hernández tem sido alvo de críticas por ter demonstrado falta de preparo ao longo da campanha. Ele disse foi questionado, por exemplo, por não saber o que era Vichada, um dos departamentos (Estados) da Colômbia. Outra gafe cometida pelo candidato envolvia seu desconhecimento sobre o acordo de Escazú -- um dos principais tratados sobre meio ambiente da América Latina.

A luta contra a corrupção tornou-se a bandeira de Hernández, mas ainda não é claro como ele implementaria suas propostas. Apesar da retórica anticorrupção, o candidato também está sendo investigado por corrupção por várias entidades colombianas. Ele ainda tem sido criticado por atacar fisicamente a opositores e ameaçar verbalmente pessoas que tinham negócios com ele.

Não será fácil para Petro conseguir ganhar mais eleitores e combater a rejeição a seu nome, que, nas duas eleições anteriores, em 2018 e 2014, o impediu de chegar ao poder. As críticas são similares às das campanhas anteriores: questionamentos sobre a sua gestão como prefeito de Bogotá e seu papel como guerrilheiro na sua juventude, além de uma suposta ligação com o chavismo que, na palavra de seus rivais, levariam a Colômbia a se tornar uma “segunda Venezuela”.

Por isso, para chegar na presidência, precisa de alianças e de persuadir o eleitorado sobre as mudanças que propõe em seu programa de governo, especialmente sustentado na política social. Para isso, o papel da líder ambiental afro colombiana e fórmula vice-presidencial, Francia Márquez, pode ser central.

*Andrés Londoño Niño é doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) e Professor na Escola Superior de Administração Pública (ESAP) da Colômbia

Federico Gutiérrez era o favorito dos partidos tradicionais e da direita colombiana para disputar o segundo turno das eleições contra o esquerdista Gustavo Petro. O candidato, que na reta final da campanha foi ultrapassado pelo direitista radical Rodolfo Hernández, já aderiu informalmente à candidatura do rival. A ele se somaram diversos políticos ligados ao ex-presidente Alvaro Uribe, um dos principais expoentes do campo conservador colombiano.

Caso se traduza em uma transferência de votos maciça, o apoio da direita tradicional a Hernández colocaria Petro em maus lençóis, já que o ex-guerrilheiro, perto de seu teto, não teria votos suficientes para fazê-lo vencer uma coalizão entre a direita moderada e a direita populista. Seria um movimento similar ao da eleição passada, quando Iván Duque reuniu o polo antiesquerda a partir da frase de “qualquer um, menos Petro”.

No entanto, ainda não existe se sabe como Hernández utilizará esses apoios da política tradicional. Ao longo da campanha, o candidato tem tentado se desmarcar do uribismo. As eleições do domingo, de fato, demonstraram que essa direita tradicional colombiana se encontra desacreditada. Duque, que tem um Uribe seu padrinho político, tem sofrido pesadas críticas a seu governo e é o presidente com maiores níveis de desaprovação da história recente na Colômbia.

Manchetes de jornais destacam a vitória de Gustavo Petro e Rdolfo Hernández no primeiro turno na Colômbia Foto: YURI CORTEZ / AFP

Hernández, conhecido como o Trump colombiano, é um empresário de 77 anos do setor da construção que entrou na política ao se tornar prefeito de Bucaramanga, uma cidade de um pouco mais de meio milhão de pessoas, entre 2016 e 2019. Com um estilo diferente de fazer política, por ser menos diplomático e formal, acabou virando tendência nas redes sociais como o TikTok.

Diferentemente de Gustavo Petro, que tem demonstrado grande eloquência nos debates e conhecimento das realidades do país, Hernández tem sido alvo de críticas por ter demonstrado falta de preparo ao longo da campanha. Ele disse foi questionado, por exemplo, por não saber o que era Vichada, um dos departamentos (Estados) da Colômbia. Outra gafe cometida pelo candidato envolvia seu desconhecimento sobre o acordo de Escazú -- um dos principais tratados sobre meio ambiente da América Latina.

A luta contra a corrupção tornou-se a bandeira de Hernández, mas ainda não é claro como ele implementaria suas propostas. Apesar da retórica anticorrupção, o candidato também está sendo investigado por corrupção por várias entidades colombianas. Ele ainda tem sido criticado por atacar fisicamente a opositores e ameaçar verbalmente pessoas que tinham negócios com ele.

Não será fácil para Petro conseguir ganhar mais eleitores e combater a rejeição a seu nome, que, nas duas eleições anteriores, em 2018 e 2014, o impediu de chegar ao poder. As críticas são similares às das campanhas anteriores: questionamentos sobre a sua gestão como prefeito de Bogotá e seu papel como guerrilheiro na sua juventude, além de uma suposta ligação com o chavismo que, na palavra de seus rivais, levariam a Colômbia a se tornar uma “segunda Venezuela”.

Por isso, para chegar na presidência, precisa de alianças e de persuadir o eleitorado sobre as mudanças que propõe em seu programa de governo, especialmente sustentado na política social. Para isso, o papel da líder ambiental afro colombiana e fórmula vice-presidencial, Francia Márquez, pode ser central.

*Andrés Londoño Niño é doutor em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP-UERJ) e Professor na Escola Superior de Administração Pública (ESAP) da Colômbia

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