Holanda irá devolver artefatos levados da Indonésia e do Sri Lanka na era colonial


Devolução de quase 500 itens acontece depois que dois países enviaram solicitações ao governo holandês e uma comissão especializada analisou a história de cada objeto

Por Redação

O governo da Holanda anunciou nesta quinta-feira, 6, a devolução de 478 objetos, entre peças de arte e artefatos culturais, à Indonésia e ao Sri Lanka. Os objetos foram retirados, na maioria das vezes à força, desses países durante o período colonial.

Um canhão ornamentado, decorado com ouro, prata e rubis do Sri Lanka, em exposição no Rijksmuseum, em Amsterdã, está entre os itens que serão devolvidos pela Holanda Foto: EFE/EPA/FREEK VAN DEN BERGH

A secretária de Estado da Cultura e Comunicação Social, Gunay Uslu, sublinhou que este é “um momento histórico. É a primeira vez que, com base no conselho do Comitê Consultivo para o Retorno de Objetos Culturais do Contexto Colonial, devolvemos objetos que nunca deveriam ter estado na Holanda” e que acabaram no País “injustamente, como por meio de roubo ou coerção”. Ela ainda frisou que este é “o início de um período em que um trabalho mais intenso vai ser feito” na investigação de coleções, apresentação e intercâmbio de profissionais de museus com a Indonésia e Sri Lanka.

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A comissão foi criada em 2022 para avaliar os pedidos de devolução de artefatos encontrados em museus locais. Ainda estão sendo estudados outros pedidos de retorno da Indonésia, Sri Lanka e da Nigéria. Entre as reivindicações pendentes da Indonésia está uma coleção de 40 mil fósseis, atualmente em exibição no Naturalis, museu de história natural de Leiden.

A Indonésia solicitou a devolução de vários objetos “que são de grande importância para aquele país” e as autoridades holandesas investigaram a história e proveniência dessas obras e, com base no resultado, o comitê recomendou a devolução dos objetos solicitados por Jacarta.

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Transferências dos itens serão feitas em 10 de julho para a Indonésia e “ainda este ano” para Sri Lanka, de acordo com o governo da Holanda. 

De acordo com o inventário oficial, Jacarta vai agora recuperar o tesouro Lombok, uma coleção de 335 peças que inclui joias em ouro, prata e pedras preciosas, além de quatro estátuas Singasari, um Klungkung kris e a coleção Pita Maha, composta por 132 objetos.

Da mesma forma, o Sri Lanka solicitou a devolução de seis objetos que foram levados do país e que agora se encontram no Rijksmuseum. Um dos itens mais valiosos a serem devolvidos ao País é o Kandy Cannon, uma arma cerimonial de bronze, prata e ouro incrustada de rubis. O canhão está na coleção do Rijksmuseum desde 1800. O museu disse que foi saqueado por soldados da Companhia Holandesa das Índias Orientais durante o cerco e saque de Kandy em 1765.

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As transferências de propriedade serão feitas em 10 de julho para a Indonésia e “ainda este ano” para Sri Lanka./AP e EFE

O governo da Holanda anunciou nesta quinta-feira, 6, a devolução de 478 objetos, entre peças de arte e artefatos culturais, à Indonésia e ao Sri Lanka. Os objetos foram retirados, na maioria das vezes à força, desses países durante o período colonial.

Um canhão ornamentado, decorado com ouro, prata e rubis do Sri Lanka, em exposição no Rijksmuseum, em Amsterdã, está entre os itens que serão devolvidos pela Holanda Foto: EFE/EPA/FREEK VAN DEN BERGH

A secretária de Estado da Cultura e Comunicação Social, Gunay Uslu, sublinhou que este é “um momento histórico. É a primeira vez que, com base no conselho do Comitê Consultivo para o Retorno de Objetos Culturais do Contexto Colonial, devolvemos objetos que nunca deveriam ter estado na Holanda” e que acabaram no País “injustamente, como por meio de roubo ou coerção”. Ela ainda frisou que este é “o início de um período em que um trabalho mais intenso vai ser feito” na investigação de coleções, apresentação e intercâmbio de profissionais de museus com a Indonésia e Sri Lanka.

A comissão foi criada em 2022 para avaliar os pedidos de devolução de artefatos encontrados em museus locais. Ainda estão sendo estudados outros pedidos de retorno da Indonésia, Sri Lanka e da Nigéria. Entre as reivindicações pendentes da Indonésia está uma coleção de 40 mil fósseis, atualmente em exibição no Naturalis, museu de história natural de Leiden.

A Indonésia solicitou a devolução de vários objetos “que são de grande importância para aquele país” e as autoridades holandesas investigaram a história e proveniência dessas obras e, com base no resultado, o comitê recomendou a devolução dos objetos solicitados por Jacarta.

Transferências dos itens serão feitas em 10 de julho para a Indonésia e “ainda este ano” para Sri Lanka, de acordo com o governo da Holanda. 

De acordo com o inventário oficial, Jacarta vai agora recuperar o tesouro Lombok, uma coleção de 335 peças que inclui joias em ouro, prata e pedras preciosas, além de quatro estátuas Singasari, um Klungkung kris e a coleção Pita Maha, composta por 132 objetos.

Da mesma forma, o Sri Lanka solicitou a devolução de seis objetos que foram levados do país e que agora se encontram no Rijksmuseum. Um dos itens mais valiosos a serem devolvidos ao País é o Kandy Cannon, uma arma cerimonial de bronze, prata e ouro incrustada de rubis. O canhão está na coleção do Rijksmuseum desde 1800. O museu disse que foi saqueado por soldados da Companhia Holandesa das Índias Orientais durante o cerco e saque de Kandy em 1765.

As transferências de propriedade serão feitas em 10 de julho para a Indonésia e “ainda este ano” para Sri Lanka./AP e EFE

O governo da Holanda anunciou nesta quinta-feira, 6, a devolução de 478 objetos, entre peças de arte e artefatos culturais, à Indonésia e ao Sri Lanka. Os objetos foram retirados, na maioria das vezes à força, desses países durante o período colonial.

Um canhão ornamentado, decorado com ouro, prata e rubis do Sri Lanka, em exposição no Rijksmuseum, em Amsterdã, está entre os itens que serão devolvidos pela Holanda Foto: EFE/EPA/FREEK VAN DEN BERGH

A secretária de Estado da Cultura e Comunicação Social, Gunay Uslu, sublinhou que este é “um momento histórico. É a primeira vez que, com base no conselho do Comitê Consultivo para o Retorno de Objetos Culturais do Contexto Colonial, devolvemos objetos que nunca deveriam ter estado na Holanda” e que acabaram no País “injustamente, como por meio de roubo ou coerção”. Ela ainda frisou que este é “o início de um período em que um trabalho mais intenso vai ser feito” na investigação de coleções, apresentação e intercâmbio de profissionais de museus com a Indonésia e Sri Lanka.

A comissão foi criada em 2022 para avaliar os pedidos de devolução de artefatos encontrados em museus locais. Ainda estão sendo estudados outros pedidos de retorno da Indonésia, Sri Lanka e da Nigéria. Entre as reivindicações pendentes da Indonésia está uma coleção de 40 mil fósseis, atualmente em exibição no Naturalis, museu de história natural de Leiden.

A Indonésia solicitou a devolução de vários objetos “que são de grande importância para aquele país” e as autoridades holandesas investigaram a história e proveniência dessas obras e, com base no resultado, o comitê recomendou a devolução dos objetos solicitados por Jacarta.

Transferências dos itens serão feitas em 10 de julho para a Indonésia e “ainda este ano” para Sri Lanka, de acordo com o governo da Holanda. 

De acordo com o inventário oficial, Jacarta vai agora recuperar o tesouro Lombok, uma coleção de 335 peças que inclui joias em ouro, prata e pedras preciosas, além de quatro estátuas Singasari, um Klungkung kris e a coleção Pita Maha, composta por 132 objetos.

Da mesma forma, o Sri Lanka solicitou a devolução de seis objetos que foram levados do país e que agora se encontram no Rijksmuseum. Um dos itens mais valiosos a serem devolvidos ao País é o Kandy Cannon, uma arma cerimonial de bronze, prata e ouro incrustada de rubis. O canhão está na coleção do Rijksmuseum desde 1800. O museu disse que foi saqueado por soldados da Companhia Holandesa das Índias Orientais durante o cerco e saque de Kandy em 1765.

As transferências de propriedade serão feitas em 10 de julho para a Indonésia e “ainda este ano” para Sri Lanka./AP e EFE

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