A Alfândega de Hong Kong realizou, no fim de outubro, a maior apreensão de metanfetamina cristal até hoje, encontrando um esconderijo para as drogas em um carregamento de conchas de caracóis provenientes do México. Estima-se que o valor de droga apreendida seja de 640 milhões de dólares de Hong Kong (cerca de R$ 400 milhões).
Conforme relatado pelo Superintendente Ip Kwok-leung, chefe do grupo de investigação de drogas na Alfândega da cidade semiautônoma, quatro pessoas foram detidas pela apreensão de 1,1 tonelada da droga, também conhecida como Ice.
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Segundo a Alfândega, um contêiner que havia declarado que portava mais de 600 sacos cheios de conchas de caracóis foi escolhido para inspeção depois de chegar do México no dia 26 de outubro. Depois de submeter a carga a raios X, foram detectados materiais suspeitos, o que levou os inspetores a revistarem o interior, onde foi encontrada metanfetamina em 104 sacos.
“As drogas estavam camufladas em conchas de caracóis cobertas com cera e tinta. Cada peça pesava cerca de 1 quilo e cada saco continha cerca de 10 peças de substância ilegal disfarçada, misturada com conchas reais”, afirmou o superintendente.
As autoridades responsáveis pela operação consideram que parte do saque se destinava ao consumo local, enquanto o restante poderia ser destinado a países como a Austrália, Japão e Nova Zelândia.
Nesse mesmo dia, os funcionários aduaneiros prenderam dois homens e uma mulher de duas empresas de logística por possível envolvimento no caso. Os três suspeitos foram libertados sob fiança enquanto se aguarda uma investigação mais aprofundada. Outro homem de 27 anos que teria alugado um galpão industrial para armazenar drogas foi preso dias depois. Até esta segunda-feira, 6, o suspeito permanecia detido como alegado autor de um crime de tráfico de droga, punível com prisão perpétua e multa até 5 milhões de dólares de Hong Kong.
Em outubro de 2022, a alfândega de Hong Kong apreendeu 1,1 milhões de dólares em metanfetamina líquida escondidos em caixas de água de coco, também provenientes do México./EFE