Imigração clandestina cresce 180% na Europa


Liderado por sírios e eritreus, número de estrangeiros buscando abrigo na União Europeia passa para 238 mil; expulsão de ilegais cai 2%

Por ANDREI NETTO, CORRESPONDENTE e PARIS

A Europa viveu em 2014 um ano de explosão na imigração ilegal. Dados revelados ontem pela agência Frontex, encarregada da supervisão de fronteiras externas da União Europeia, indicam que no último ano 238 mil imigrantes ilegais ingressaram no Espaço Schengen - a área de livre circulação de pessoas dentro do bloco -, o equivalente a um aumento de 180% em relação a 2013.

Segundo os especialistas da agência, o aumento tem relação direta com as guerras no Oriente Médio e às crises em países da África, como a Líbia. Em 2013 107 mil imigrantes ilegais ingressaram no território europeu.

"É uma enorme progressão", afirmou o porta-voz da Frontex, Ewa Moncure. "Há várias razões para essa alta espetacular: a situação dramática na Síria, na Eritreia, no Sudão do Sul, na República Democrática do Congo e no Iraque, combinada ao fato de que a Líbia se tornou um Estado falido onde a lei não é aplicada", diz Moncure.

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O pico da imigração ocorreu entre julho e setembro, quando 110 mil pessoas ingressaram em território europeu sem documentos de autorização - o número é o triplo do pico anterior, no auge da Primavera Árabe, em 2011.

Outra razão para o crescimento da presença de estrangeiros ilegais foi o fato de que a União Europeia reduziu a repressão de forma drástica. Ao todo foram 112,3 mil os que tiveram a entrada nos postos de imigração recusada, uma queda de 13%. As expulsões de quem já estava no interior do Espaço Schengen caíram 2%, para 157,3 mil.

Por outro lado, o número de estrangeiros sem documentos identificados na Europa aumentou 21%, assim como os pedidos de asilo: 470 mil - 38% a mais. Os dois destinos mais solicitados foram Alemanha e Suécia, seguidos pela França.

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Entre os países de origem, a Síria é de longe o principal, com 37,5 mil ilegais deixando seu país em direção à Europa só no terceiro trimestre.

O período desse índice coincide com o anúncio da criação de um "califado" pelo Estado Islâmico. Depois dos sírios, eritreus foram os que mais enfrentaram o desafio de emigrar. O drama da imigração ilegal também resultou em um aumento do número de mortos: quase 3 mil.

A Europa viveu em 2014 um ano de explosão na imigração ilegal. Dados revelados ontem pela agência Frontex, encarregada da supervisão de fronteiras externas da União Europeia, indicam que no último ano 238 mil imigrantes ilegais ingressaram no Espaço Schengen - a área de livre circulação de pessoas dentro do bloco -, o equivalente a um aumento de 180% em relação a 2013.

Segundo os especialistas da agência, o aumento tem relação direta com as guerras no Oriente Médio e às crises em países da África, como a Líbia. Em 2013 107 mil imigrantes ilegais ingressaram no território europeu.

"É uma enorme progressão", afirmou o porta-voz da Frontex, Ewa Moncure. "Há várias razões para essa alta espetacular: a situação dramática na Síria, na Eritreia, no Sudão do Sul, na República Democrática do Congo e no Iraque, combinada ao fato de que a Líbia se tornou um Estado falido onde a lei não é aplicada", diz Moncure.

O pico da imigração ocorreu entre julho e setembro, quando 110 mil pessoas ingressaram em território europeu sem documentos de autorização - o número é o triplo do pico anterior, no auge da Primavera Árabe, em 2011.

Outra razão para o crescimento da presença de estrangeiros ilegais foi o fato de que a União Europeia reduziu a repressão de forma drástica. Ao todo foram 112,3 mil os que tiveram a entrada nos postos de imigração recusada, uma queda de 13%. As expulsões de quem já estava no interior do Espaço Schengen caíram 2%, para 157,3 mil.

Por outro lado, o número de estrangeiros sem documentos identificados na Europa aumentou 21%, assim como os pedidos de asilo: 470 mil - 38% a mais. Os dois destinos mais solicitados foram Alemanha e Suécia, seguidos pela França.

Entre os países de origem, a Síria é de longe o principal, com 37,5 mil ilegais deixando seu país em direção à Europa só no terceiro trimestre.

O período desse índice coincide com o anúncio da criação de um "califado" pelo Estado Islâmico. Depois dos sírios, eritreus foram os que mais enfrentaram o desafio de emigrar. O drama da imigração ilegal também resultou em um aumento do número de mortos: quase 3 mil.

A Europa viveu em 2014 um ano de explosão na imigração ilegal. Dados revelados ontem pela agência Frontex, encarregada da supervisão de fronteiras externas da União Europeia, indicam que no último ano 238 mil imigrantes ilegais ingressaram no Espaço Schengen - a área de livre circulação de pessoas dentro do bloco -, o equivalente a um aumento de 180% em relação a 2013.

Segundo os especialistas da agência, o aumento tem relação direta com as guerras no Oriente Médio e às crises em países da África, como a Líbia. Em 2013 107 mil imigrantes ilegais ingressaram no território europeu.

"É uma enorme progressão", afirmou o porta-voz da Frontex, Ewa Moncure. "Há várias razões para essa alta espetacular: a situação dramática na Síria, na Eritreia, no Sudão do Sul, na República Democrática do Congo e no Iraque, combinada ao fato de que a Líbia se tornou um Estado falido onde a lei não é aplicada", diz Moncure.

O pico da imigração ocorreu entre julho e setembro, quando 110 mil pessoas ingressaram em território europeu sem documentos de autorização - o número é o triplo do pico anterior, no auge da Primavera Árabe, em 2011.

Outra razão para o crescimento da presença de estrangeiros ilegais foi o fato de que a União Europeia reduziu a repressão de forma drástica. Ao todo foram 112,3 mil os que tiveram a entrada nos postos de imigração recusada, uma queda de 13%. As expulsões de quem já estava no interior do Espaço Schengen caíram 2%, para 157,3 mil.

Por outro lado, o número de estrangeiros sem documentos identificados na Europa aumentou 21%, assim como os pedidos de asilo: 470 mil - 38% a mais. Os dois destinos mais solicitados foram Alemanha e Suécia, seguidos pela França.

Entre os países de origem, a Síria é de longe o principal, com 37,5 mil ilegais deixando seu país em direção à Europa só no terceiro trimestre.

O período desse índice coincide com o anúncio da criação de um "califado" pelo Estado Islâmico. Depois dos sírios, eritreus foram os que mais enfrentaram o desafio de emigrar. O drama da imigração ilegal também resultou em um aumento do número de mortos: quase 3 mil.

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