Imigrantes superam naufrágio e crocodilos para chegar à Austrália


Grupo de 17 vietnamitas passa por obstáculos naturais e pela vigilância do governo australiano, na primeira ação exitosa em 4 anos; agora, todos eles serão deportados

Por Redação

Um grupo de 17 migrantes vietnamitas foi capturado entrando ilegalmente no território continental australiano nesta terça-feira, 28, depois de sobreviver a um naufrágio e passar vários dias em águas infestadas por crocodilos, disseram autoridades. Esta é a primeira vez, em quase quatro anos, que o país registra a entrada ilegal de pessoas pelo mar.

Policiais usam drone para buscar imigrantes ilegais na Austrália Foto: EFE / Brian Cassey

Os vietnamitas estariam a bordo de uma embarcação de pesca indonésia e foram encontrados em uma área próxima aos pântanos de Far North Queensland, região no extremo norte do Estado de Queensland, dois dias depois de seu barco encalhar.

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Um pescador que passava pelo local foi o primeiro a avisar as equipes de resgate marítimo de Port Douglas, na manhã do domingo. Não havia sinais de pessoas a bordo. Para chegar à civilização, os migrantes teriam que ter caminhado pelo pântano, que abriga crocodilos, disse o presidente do resgate marítimo de Port Douglas, Ross Wood. "Você não quer entrar em nenhum dos rios aqui perto", alertou.

Na tarde do mesmo dia, o pescador Justin Ward, de Wonga Beach, disse que encontrou outros dois membros do grupo, em um leito do pântano. O grupo foi resgatado por forças de segurança do país. Segundo autoridades, todos os 17 serão deportados para a Ilha Christmas, território australiano a quase 1,6 mil quilômetros de distância da Austrália, onde serão detidos e terão seu status de imigração definido.

"Segundo as políticas de proteção rígidas da Austrália, ninguém que viaja à Austrália ilegalmente por barco pode permanecer", disse o Departamento de Assuntos Internos do país, em comunicado. "Esses indivíduos serão processados na Ilha Christmas." É raro que migrantes alcancem o continente australiano pelo mar. 

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Desde 2013, os migrantes que são capturados nas águas territoriais da Austrália estão sujeitos a deportação ou detenção em instalações offshore nas ilhas de Nauru e Manis, em Papua Nova Guiné. No entanto, o governo mantém uma instalação semelhante na Ilha Christmas, onde mais de 200 migrantes estão desde junho. Diferentemente de Nauru e Manus, a Ilha Christmas é um território australiano, e detidos ali têm direito a algumas proteções legais.

Cerca de 1,6 mil requerentes de asilo estão na ilha, segundo o relatório mais recente da Human Rights Watch. O governo diz que sua política de tolerância zero em relação aos migrantes que fazem a jornada pelo mar está em vigor para desencorajar o tráfico de pessoas e viagens perigosas, mas críticos apontaram que as regras são discriminatórias e violam os direitos dos migrantes.

Peter Dutton, ministro dos Assuntos Internos, afirmou que esse foi o primeiro grupo de pessoas que tenta entrar no país ilegalmente em quase quatro anos. "Os contrabandistas de pessoas precisam ouvir a mensagem do nosso governo muito, muito claramente: não conseguirão colocar pessoas em barcos para chegar à Austrália."

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Segundo Dutton, a passagem do barco pelas autoridades de fronteira aconteceu por uma "falha" na vigilância, e acrescentou que, desde 2014, o governo deteve 33 embarcações e interrompeu mais de 70 operações de contrabando de pessoas. Em 2017, um barco com seis cidadãos chineses chegou na ilha de Saibai, território controlado pela Austrália, mais próximo de Papua Nova Guiné. 

Um grupo de 17 migrantes vietnamitas foi capturado entrando ilegalmente no território continental australiano nesta terça-feira, 28, depois de sobreviver a um naufrágio e passar vários dias em águas infestadas por crocodilos, disseram autoridades. Esta é a primeira vez, em quase quatro anos, que o país registra a entrada ilegal de pessoas pelo mar.

Policiais usam drone para buscar imigrantes ilegais na Austrália Foto: EFE / Brian Cassey

Os vietnamitas estariam a bordo de uma embarcação de pesca indonésia e foram encontrados em uma área próxima aos pântanos de Far North Queensland, região no extremo norte do Estado de Queensland, dois dias depois de seu barco encalhar.

Um pescador que passava pelo local foi o primeiro a avisar as equipes de resgate marítimo de Port Douglas, na manhã do domingo. Não havia sinais de pessoas a bordo. Para chegar à civilização, os migrantes teriam que ter caminhado pelo pântano, que abriga crocodilos, disse o presidente do resgate marítimo de Port Douglas, Ross Wood. "Você não quer entrar em nenhum dos rios aqui perto", alertou.

Na tarde do mesmo dia, o pescador Justin Ward, de Wonga Beach, disse que encontrou outros dois membros do grupo, em um leito do pântano. O grupo foi resgatado por forças de segurança do país. Segundo autoridades, todos os 17 serão deportados para a Ilha Christmas, território australiano a quase 1,6 mil quilômetros de distância da Austrália, onde serão detidos e terão seu status de imigração definido.

"Segundo as políticas de proteção rígidas da Austrália, ninguém que viaja à Austrália ilegalmente por barco pode permanecer", disse o Departamento de Assuntos Internos do país, em comunicado. "Esses indivíduos serão processados na Ilha Christmas." É raro que migrantes alcancem o continente australiano pelo mar. 

Desde 2013, os migrantes que são capturados nas águas territoriais da Austrália estão sujeitos a deportação ou detenção em instalações offshore nas ilhas de Nauru e Manis, em Papua Nova Guiné. No entanto, o governo mantém uma instalação semelhante na Ilha Christmas, onde mais de 200 migrantes estão desde junho. Diferentemente de Nauru e Manus, a Ilha Christmas é um território australiano, e detidos ali têm direito a algumas proteções legais.

Cerca de 1,6 mil requerentes de asilo estão na ilha, segundo o relatório mais recente da Human Rights Watch. O governo diz que sua política de tolerância zero em relação aos migrantes que fazem a jornada pelo mar está em vigor para desencorajar o tráfico de pessoas e viagens perigosas, mas críticos apontaram que as regras são discriminatórias e violam os direitos dos migrantes.

Peter Dutton, ministro dos Assuntos Internos, afirmou que esse foi o primeiro grupo de pessoas que tenta entrar no país ilegalmente em quase quatro anos. "Os contrabandistas de pessoas precisam ouvir a mensagem do nosso governo muito, muito claramente: não conseguirão colocar pessoas em barcos para chegar à Austrália."

Segundo Dutton, a passagem do barco pelas autoridades de fronteira aconteceu por uma "falha" na vigilância, e acrescentou que, desde 2014, o governo deteve 33 embarcações e interrompeu mais de 70 operações de contrabando de pessoas. Em 2017, um barco com seis cidadãos chineses chegou na ilha de Saibai, território controlado pela Austrália, mais próximo de Papua Nova Guiné. 

Um grupo de 17 migrantes vietnamitas foi capturado entrando ilegalmente no território continental australiano nesta terça-feira, 28, depois de sobreviver a um naufrágio e passar vários dias em águas infestadas por crocodilos, disseram autoridades. Esta é a primeira vez, em quase quatro anos, que o país registra a entrada ilegal de pessoas pelo mar.

Policiais usam drone para buscar imigrantes ilegais na Austrália Foto: EFE / Brian Cassey

Os vietnamitas estariam a bordo de uma embarcação de pesca indonésia e foram encontrados em uma área próxima aos pântanos de Far North Queensland, região no extremo norte do Estado de Queensland, dois dias depois de seu barco encalhar.

Um pescador que passava pelo local foi o primeiro a avisar as equipes de resgate marítimo de Port Douglas, na manhã do domingo. Não havia sinais de pessoas a bordo. Para chegar à civilização, os migrantes teriam que ter caminhado pelo pântano, que abriga crocodilos, disse o presidente do resgate marítimo de Port Douglas, Ross Wood. "Você não quer entrar em nenhum dos rios aqui perto", alertou.

Na tarde do mesmo dia, o pescador Justin Ward, de Wonga Beach, disse que encontrou outros dois membros do grupo, em um leito do pântano. O grupo foi resgatado por forças de segurança do país. Segundo autoridades, todos os 17 serão deportados para a Ilha Christmas, território australiano a quase 1,6 mil quilômetros de distância da Austrália, onde serão detidos e terão seu status de imigração definido.

"Segundo as políticas de proteção rígidas da Austrália, ninguém que viaja à Austrália ilegalmente por barco pode permanecer", disse o Departamento de Assuntos Internos do país, em comunicado. "Esses indivíduos serão processados na Ilha Christmas." É raro que migrantes alcancem o continente australiano pelo mar. 

Desde 2013, os migrantes que são capturados nas águas territoriais da Austrália estão sujeitos a deportação ou detenção em instalações offshore nas ilhas de Nauru e Manis, em Papua Nova Guiné. No entanto, o governo mantém uma instalação semelhante na Ilha Christmas, onde mais de 200 migrantes estão desde junho. Diferentemente de Nauru e Manus, a Ilha Christmas é um território australiano, e detidos ali têm direito a algumas proteções legais.

Cerca de 1,6 mil requerentes de asilo estão na ilha, segundo o relatório mais recente da Human Rights Watch. O governo diz que sua política de tolerância zero em relação aos migrantes que fazem a jornada pelo mar está em vigor para desencorajar o tráfico de pessoas e viagens perigosas, mas críticos apontaram que as regras são discriminatórias e violam os direitos dos migrantes.

Peter Dutton, ministro dos Assuntos Internos, afirmou que esse foi o primeiro grupo de pessoas que tenta entrar no país ilegalmente em quase quatro anos. "Os contrabandistas de pessoas precisam ouvir a mensagem do nosso governo muito, muito claramente: não conseguirão colocar pessoas em barcos para chegar à Austrália."

Segundo Dutton, a passagem do barco pelas autoridades de fronteira aconteceu por uma "falha" na vigilância, e acrescentou que, desde 2014, o governo deteve 33 embarcações e interrompeu mais de 70 operações de contrabando de pessoas. Em 2017, um barco com seis cidadãos chineses chegou na ilha de Saibai, território controlado pela Austrália, mais próximo de Papua Nova Guiné. 

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