Imprensa israelense diz que Netanyahu encontrou príncipe da Arábia Saudita


Reunião, se confirmada, seria a primeira entre líderes israelenses e sauditas de alto escalão

Por Ben Hubbard, David M. Halbfinger e Ronen Bergman
Atualização:

BEIRUTE - O primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, voou para a Arábia Saudita para um encontro secreto com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman da Arábia Saudita, de acordo com relatos da mídia israelense nesta segunda-feira, 23. Horas depois dessas notícias, atribuídas a um oficial israelense não identificado, o ministro das Relações Exteriores saudita negou que tal reunião tivesse ocorrido.

A situação teria ocorrido depois de Israel e o governo de Donald Trump terem promovido a ideia de que uma abertura diplomática entre a Arábia Saudita e Israel é apenas uma questão de tempo, enquanto os sauditas continuam a insistir que um acordo de paz israelense-palestino deve vir primeiro.

A reunião, se confirmada, seria a primeira que se sabe ter ocorrido entre líderes israelenses e sauditas de alto escalão. Mas o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Faisal bin Farhan, insiste que o príncipe Mohammed se encontrou apenas com o secretário de Estado Mike Pompeo, que estava completando uma viagem por sete países.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, aliado de Bolsonaro na cena global Foto: Menahem Kanaha/AFP

“Não houve reunião”, escreveu o príncipe Faisal em uma mensagem de texto quando questionado sobre Netanyahu. O príncipe Faisal disse que acompanhou Pompeo durante sua visita e que “as autoridades sauditas e americanas foram as únicas presentes durante todo o tempo”.

Os meios de comunicação israelenses citaram autoridades não identificadas, dizendo que o primeiro-ministro voou com Yossi Cohen, chefe da agência de espionagem Mossad, para Neom, uma cidade futurística que o príncipe Mohammed está planejando perto da costa do Mar Vermelho.

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Relatos da visita a Neom ocorreram após o fim da reunião de cúpula virtual do Grupo do G-20 hospedada pela Arábia Saudita no fim de semana e coincidiu com a chegada de Pompeo para um encontro com o Príncipe Mohammed na noite de domingo. O avião de Pompeo pousou em Neom às 20h30 e partiu três horas depois. 

Sites de monitoramento de tráfego aéreo mostraram um voo saindo de Tel Aviv no domingo, por volta das 19h30, que sumiu do radar perto de Neom cerca de uma hora depois. O mesmo avião reapareceu e voou de volta para Tel Aviv depois da meia-noite.

Avi Scharf, editor da edição em inglês do jornal israelense Haaretz, postou um mapa do primeiro voo no Twitter na segunda-feira. “Voo israelense absolutamente raro direto para a nova megacidade saudita Neom, na costa do Mar Vermelho”, escreveu Scharf, observando que o jato usado foi um que Netanyahu já havia usado antes.

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O ministro da Educação, Yoav Galant, discutiu o assunto em uma entrevista de rádio na tarde de segunda-feira. “O fato de a reunião ter ocorrido e se tornado pública - mesmo que apenas de forma semi-oficial - é algo de grande importância”, disse ele. “Isso é algo com que nossos ancestrais sonhavam”, acrescentou Galant, destacando o que chamou de “calorosa aceitação de Israel pelo mundo sunita”.

Os textos da imprensa não detalham o conteúdo do encontro, mas observam que os líderes discutiram o Irã, que os dois países consideram uma grande ameaça, além da possível normalização das relações diplomáticas.

Os relatos da visita ocorreram depois acordos entre os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão para estabelecer relações formais com Israel, medidas que o governo Trump pressionou para quebrar um boicote a Israel pela maioria dos Estados árabes em solidariedade aos palestinos. 

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Um acordo semelhante entre a Arábia Saudita e Israel seria muito mais significativo por causa do tamanho do reino, riqueza e posição no mundo muçulmano como protetor dos locais sagrados islâmicos. Mas não havia nenhuma indicação de que tal movimento fosse iminente, e mesmo reuniões secretas entre autoridades israelenses e sauditas poderiam despertar a raiva entre o público saudita. 

Israel e Arábia Saudita não têm relações diplomáticas formais, e o príncipe Faisal, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, disse no sábado que o reino há muito apoia a normalização, mas somente depois de um acordo de paz entre israelenses e palestinos. A Iniciativa de Paz da Arábia Saudita em 2002 ofereceu a Israel normalização total com o mundo árabe depois que os palestinos alcançaram a condição de Estado.

BEIRUTE - O primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, voou para a Arábia Saudita para um encontro secreto com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman da Arábia Saudita, de acordo com relatos da mídia israelense nesta segunda-feira, 23. Horas depois dessas notícias, atribuídas a um oficial israelense não identificado, o ministro das Relações Exteriores saudita negou que tal reunião tivesse ocorrido.

A situação teria ocorrido depois de Israel e o governo de Donald Trump terem promovido a ideia de que uma abertura diplomática entre a Arábia Saudita e Israel é apenas uma questão de tempo, enquanto os sauditas continuam a insistir que um acordo de paz israelense-palestino deve vir primeiro.

A reunião, se confirmada, seria a primeira que se sabe ter ocorrido entre líderes israelenses e sauditas de alto escalão. Mas o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Faisal bin Farhan, insiste que o príncipe Mohammed se encontrou apenas com o secretário de Estado Mike Pompeo, que estava completando uma viagem por sete países.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, aliado de Bolsonaro na cena global Foto: Menahem Kanaha/AFP

“Não houve reunião”, escreveu o príncipe Faisal em uma mensagem de texto quando questionado sobre Netanyahu. O príncipe Faisal disse que acompanhou Pompeo durante sua visita e que “as autoridades sauditas e americanas foram as únicas presentes durante todo o tempo”.

Os meios de comunicação israelenses citaram autoridades não identificadas, dizendo que o primeiro-ministro voou com Yossi Cohen, chefe da agência de espionagem Mossad, para Neom, uma cidade futurística que o príncipe Mohammed está planejando perto da costa do Mar Vermelho.

Relatos da visita a Neom ocorreram após o fim da reunião de cúpula virtual do Grupo do G-20 hospedada pela Arábia Saudita no fim de semana e coincidiu com a chegada de Pompeo para um encontro com o Príncipe Mohammed na noite de domingo. O avião de Pompeo pousou em Neom às 20h30 e partiu três horas depois. 

Sites de monitoramento de tráfego aéreo mostraram um voo saindo de Tel Aviv no domingo, por volta das 19h30, que sumiu do radar perto de Neom cerca de uma hora depois. O mesmo avião reapareceu e voou de volta para Tel Aviv depois da meia-noite.

Avi Scharf, editor da edição em inglês do jornal israelense Haaretz, postou um mapa do primeiro voo no Twitter na segunda-feira. “Voo israelense absolutamente raro direto para a nova megacidade saudita Neom, na costa do Mar Vermelho”, escreveu Scharf, observando que o jato usado foi um que Netanyahu já havia usado antes.

O ministro da Educação, Yoav Galant, discutiu o assunto em uma entrevista de rádio na tarde de segunda-feira. “O fato de a reunião ter ocorrido e se tornado pública - mesmo que apenas de forma semi-oficial - é algo de grande importância”, disse ele. “Isso é algo com que nossos ancestrais sonhavam”, acrescentou Galant, destacando o que chamou de “calorosa aceitação de Israel pelo mundo sunita”.

Os textos da imprensa não detalham o conteúdo do encontro, mas observam que os líderes discutiram o Irã, que os dois países consideram uma grande ameaça, além da possível normalização das relações diplomáticas.

Os relatos da visita ocorreram depois acordos entre os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão para estabelecer relações formais com Israel, medidas que o governo Trump pressionou para quebrar um boicote a Israel pela maioria dos Estados árabes em solidariedade aos palestinos. 

Um acordo semelhante entre a Arábia Saudita e Israel seria muito mais significativo por causa do tamanho do reino, riqueza e posição no mundo muçulmano como protetor dos locais sagrados islâmicos. Mas não havia nenhuma indicação de que tal movimento fosse iminente, e mesmo reuniões secretas entre autoridades israelenses e sauditas poderiam despertar a raiva entre o público saudita. 

Israel e Arábia Saudita não têm relações diplomáticas formais, e o príncipe Faisal, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, disse no sábado que o reino há muito apoia a normalização, mas somente depois de um acordo de paz entre israelenses e palestinos. A Iniciativa de Paz da Arábia Saudita em 2002 ofereceu a Israel normalização total com o mundo árabe depois que os palestinos alcançaram a condição de Estado.

BEIRUTE - O primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, voou para a Arábia Saudita para um encontro secreto com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman da Arábia Saudita, de acordo com relatos da mídia israelense nesta segunda-feira, 23. Horas depois dessas notícias, atribuídas a um oficial israelense não identificado, o ministro das Relações Exteriores saudita negou que tal reunião tivesse ocorrido.

A situação teria ocorrido depois de Israel e o governo de Donald Trump terem promovido a ideia de que uma abertura diplomática entre a Arábia Saudita e Israel é apenas uma questão de tempo, enquanto os sauditas continuam a insistir que um acordo de paz israelense-palestino deve vir primeiro.

A reunião, se confirmada, seria a primeira que se sabe ter ocorrido entre líderes israelenses e sauditas de alto escalão. Mas o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Faisal bin Farhan, insiste que o príncipe Mohammed se encontrou apenas com o secretário de Estado Mike Pompeo, que estava completando uma viagem por sete países.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, aliado de Bolsonaro na cena global Foto: Menahem Kanaha/AFP

“Não houve reunião”, escreveu o príncipe Faisal em uma mensagem de texto quando questionado sobre Netanyahu. O príncipe Faisal disse que acompanhou Pompeo durante sua visita e que “as autoridades sauditas e americanas foram as únicas presentes durante todo o tempo”.

Os meios de comunicação israelenses citaram autoridades não identificadas, dizendo que o primeiro-ministro voou com Yossi Cohen, chefe da agência de espionagem Mossad, para Neom, uma cidade futurística que o príncipe Mohammed está planejando perto da costa do Mar Vermelho.

Relatos da visita a Neom ocorreram após o fim da reunião de cúpula virtual do Grupo do G-20 hospedada pela Arábia Saudita no fim de semana e coincidiu com a chegada de Pompeo para um encontro com o Príncipe Mohammed na noite de domingo. O avião de Pompeo pousou em Neom às 20h30 e partiu três horas depois. 

Sites de monitoramento de tráfego aéreo mostraram um voo saindo de Tel Aviv no domingo, por volta das 19h30, que sumiu do radar perto de Neom cerca de uma hora depois. O mesmo avião reapareceu e voou de volta para Tel Aviv depois da meia-noite.

Avi Scharf, editor da edição em inglês do jornal israelense Haaretz, postou um mapa do primeiro voo no Twitter na segunda-feira. “Voo israelense absolutamente raro direto para a nova megacidade saudita Neom, na costa do Mar Vermelho”, escreveu Scharf, observando que o jato usado foi um que Netanyahu já havia usado antes.

O ministro da Educação, Yoav Galant, discutiu o assunto em uma entrevista de rádio na tarde de segunda-feira. “O fato de a reunião ter ocorrido e se tornado pública - mesmo que apenas de forma semi-oficial - é algo de grande importância”, disse ele. “Isso é algo com que nossos ancestrais sonhavam”, acrescentou Galant, destacando o que chamou de “calorosa aceitação de Israel pelo mundo sunita”.

Os textos da imprensa não detalham o conteúdo do encontro, mas observam que os líderes discutiram o Irã, que os dois países consideram uma grande ameaça, além da possível normalização das relações diplomáticas.

Os relatos da visita ocorreram depois acordos entre os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão para estabelecer relações formais com Israel, medidas que o governo Trump pressionou para quebrar um boicote a Israel pela maioria dos Estados árabes em solidariedade aos palestinos. 

Um acordo semelhante entre a Arábia Saudita e Israel seria muito mais significativo por causa do tamanho do reino, riqueza e posição no mundo muçulmano como protetor dos locais sagrados islâmicos. Mas não havia nenhuma indicação de que tal movimento fosse iminente, e mesmo reuniões secretas entre autoridades israelenses e sauditas poderiam despertar a raiva entre o público saudita. 

Israel e Arábia Saudita não têm relações diplomáticas formais, e o príncipe Faisal, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, disse no sábado que o reino há muito apoia a normalização, mas somente depois de um acordo de paz entre israelenses e palestinos. A Iniciativa de Paz da Arábia Saudita em 2002 ofereceu a Israel normalização total com o mundo árabe depois que os palestinos alcançaram a condição de Estado.

BEIRUTE - O primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, voou para a Arábia Saudita para um encontro secreto com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman da Arábia Saudita, de acordo com relatos da mídia israelense nesta segunda-feira, 23. Horas depois dessas notícias, atribuídas a um oficial israelense não identificado, o ministro das Relações Exteriores saudita negou que tal reunião tivesse ocorrido.

A situação teria ocorrido depois de Israel e o governo de Donald Trump terem promovido a ideia de que uma abertura diplomática entre a Arábia Saudita e Israel é apenas uma questão de tempo, enquanto os sauditas continuam a insistir que um acordo de paz israelense-palestino deve vir primeiro.

A reunião, se confirmada, seria a primeira que se sabe ter ocorrido entre líderes israelenses e sauditas de alto escalão. Mas o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Faisal bin Farhan, insiste que o príncipe Mohammed se encontrou apenas com o secretário de Estado Mike Pompeo, que estava completando uma viagem por sete países.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, aliado de Bolsonaro na cena global Foto: Menahem Kanaha/AFP

“Não houve reunião”, escreveu o príncipe Faisal em uma mensagem de texto quando questionado sobre Netanyahu. O príncipe Faisal disse que acompanhou Pompeo durante sua visita e que “as autoridades sauditas e americanas foram as únicas presentes durante todo o tempo”.

Os meios de comunicação israelenses citaram autoridades não identificadas, dizendo que o primeiro-ministro voou com Yossi Cohen, chefe da agência de espionagem Mossad, para Neom, uma cidade futurística que o príncipe Mohammed está planejando perto da costa do Mar Vermelho.

Relatos da visita a Neom ocorreram após o fim da reunião de cúpula virtual do Grupo do G-20 hospedada pela Arábia Saudita no fim de semana e coincidiu com a chegada de Pompeo para um encontro com o Príncipe Mohammed na noite de domingo. O avião de Pompeo pousou em Neom às 20h30 e partiu três horas depois. 

Sites de monitoramento de tráfego aéreo mostraram um voo saindo de Tel Aviv no domingo, por volta das 19h30, que sumiu do radar perto de Neom cerca de uma hora depois. O mesmo avião reapareceu e voou de volta para Tel Aviv depois da meia-noite.

Avi Scharf, editor da edição em inglês do jornal israelense Haaretz, postou um mapa do primeiro voo no Twitter na segunda-feira. “Voo israelense absolutamente raro direto para a nova megacidade saudita Neom, na costa do Mar Vermelho”, escreveu Scharf, observando que o jato usado foi um que Netanyahu já havia usado antes.

O ministro da Educação, Yoav Galant, discutiu o assunto em uma entrevista de rádio na tarde de segunda-feira. “O fato de a reunião ter ocorrido e se tornado pública - mesmo que apenas de forma semi-oficial - é algo de grande importância”, disse ele. “Isso é algo com que nossos ancestrais sonhavam”, acrescentou Galant, destacando o que chamou de “calorosa aceitação de Israel pelo mundo sunita”.

Os textos da imprensa não detalham o conteúdo do encontro, mas observam que os líderes discutiram o Irã, que os dois países consideram uma grande ameaça, além da possível normalização das relações diplomáticas.

Os relatos da visita ocorreram depois acordos entre os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão para estabelecer relações formais com Israel, medidas que o governo Trump pressionou para quebrar um boicote a Israel pela maioria dos Estados árabes em solidariedade aos palestinos. 

Um acordo semelhante entre a Arábia Saudita e Israel seria muito mais significativo por causa do tamanho do reino, riqueza e posição no mundo muçulmano como protetor dos locais sagrados islâmicos. Mas não havia nenhuma indicação de que tal movimento fosse iminente, e mesmo reuniões secretas entre autoridades israelenses e sauditas poderiam despertar a raiva entre o público saudita. 

Israel e Arábia Saudita não têm relações diplomáticas formais, e o príncipe Faisal, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, disse no sábado que o reino há muito apoia a normalização, mas somente depois de um acordo de paz entre israelenses e palestinos. A Iniciativa de Paz da Arábia Saudita em 2002 ofereceu a Israel normalização total com o mundo árabe depois que os palestinos alcançaram a condição de Estado.

BEIRUTE - O primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, voou para a Arábia Saudita para um encontro secreto com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman da Arábia Saudita, de acordo com relatos da mídia israelense nesta segunda-feira, 23. Horas depois dessas notícias, atribuídas a um oficial israelense não identificado, o ministro das Relações Exteriores saudita negou que tal reunião tivesse ocorrido.

A situação teria ocorrido depois de Israel e o governo de Donald Trump terem promovido a ideia de que uma abertura diplomática entre a Arábia Saudita e Israel é apenas uma questão de tempo, enquanto os sauditas continuam a insistir que um acordo de paz israelense-palestino deve vir primeiro.

A reunião, se confirmada, seria a primeira que se sabe ter ocorrido entre líderes israelenses e sauditas de alto escalão. Mas o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Faisal bin Farhan, insiste que o príncipe Mohammed se encontrou apenas com o secretário de Estado Mike Pompeo, que estava completando uma viagem por sete países.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, aliado de Bolsonaro na cena global Foto: Menahem Kanaha/AFP

“Não houve reunião”, escreveu o príncipe Faisal em uma mensagem de texto quando questionado sobre Netanyahu. O príncipe Faisal disse que acompanhou Pompeo durante sua visita e que “as autoridades sauditas e americanas foram as únicas presentes durante todo o tempo”.

Os meios de comunicação israelenses citaram autoridades não identificadas, dizendo que o primeiro-ministro voou com Yossi Cohen, chefe da agência de espionagem Mossad, para Neom, uma cidade futurística que o príncipe Mohammed está planejando perto da costa do Mar Vermelho.

Relatos da visita a Neom ocorreram após o fim da reunião de cúpula virtual do Grupo do G-20 hospedada pela Arábia Saudita no fim de semana e coincidiu com a chegada de Pompeo para um encontro com o Príncipe Mohammed na noite de domingo. O avião de Pompeo pousou em Neom às 20h30 e partiu três horas depois. 

Sites de monitoramento de tráfego aéreo mostraram um voo saindo de Tel Aviv no domingo, por volta das 19h30, que sumiu do radar perto de Neom cerca de uma hora depois. O mesmo avião reapareceu e voou de volta para Tel Aviv depois da meia-noite.

Avi Scharf, editor da edição em inglês do jornal israelense Haaretz, postou um mapa do primeiro voo no Twitter na segunda-feira. “Voo israelense absolutamente raro direto para a nova megacidade saudita Neom, na costa do Mar Vermelho”, escreveu Scharf, observando que o jato usado foi um que Netanyahu já havia usado antes.

O ministro da Educação, Yoav Galant, discutiu o assunto em uma entrevista de rádio na tarde de segunda-feira. “O fato de a reunião ter ocorrido e se tornado pública - mesmo que apenas de forma semi-oficial - é algo de grande importância”, disse ele. “Isso é algo com que nossos ancestrais sonhavam”, acrescentou Galant, destacando o que chamou de “calorosa aceitação de Israel pelo mundo sunita”.

Os textos da imprensa não detalham o conteúdo do encontro, mas observam que os líderes discutiram o Irã, que os dois países consideram uma grande ameaça, além da possível normalização das relações diplomáticas.

Os relatos da visita ocorreram depois acordos entre os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão para estabelecer relações formais com Israel, medidas que o governo Trump pressionou para quebrar um boicote a Israel pela maioria dos Estados árabes em solidariedade aos palestinos. 

Um acordo semelhante entre a Arábia Saudita e Israel seria muito mais significativo por causa do tamanho do reino, riqueza e posição no mundo muçulmano como protetor dos locais sagrados islâmicos. Mas não havia nenhuma indicação de que tal movimento fosse iminente, e mesmo reuniões secretas entre autoridades israelenses e sauditas poderiam despertar a raiva entre o público saudita. 

Israel e Arábia Saudita não têm relações diplomáticas formais, e o príncipe Faisal, o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, disse no sábado que o reino há muito apoia a normalização, mas somente depois de um acordo de paz entre israelenses e palestinos. A Iniciativa de Paz da Arábia Saudita em 2002 ofereceu a Israel normalização total com o mundo árabe depois que os palestinos alcançaram a condição de Estado.

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