Incêndio devasta ilhas na Grécia, que recebe ajuda externa


Milhares de habitantes precisaram ser retirados de suas casas, principalmente na região de Eubeia

Por Redação

ATENAS - Milhares de habitantes desesperados da ilha grega de Eubeia observavam ontem o fogo consumir suas localidades e suas terras no 12.º dia de incêndios que devastam várias regiões da Grécia e da Turquia. Diversos países da Europa afirmaram que vão enviar ajuda à Grécia. “Nos próximos 40 anos não teremos trabalho e no inverno nos afogaremos nas águas, sem florestas para nos proteger”, disse desesperado Yannis Selimis, um morador de Gouves, no norte de Eubeia, de onde os habitantes foram retirados.

Quando uma sirene policial ressoou junto com a ordem para deixar o povoado de Gouves, moradores ficaram desesperados. “Não quero, não quero”, repete entre soluços uma mulher jogada sobre as escadas de entrada de sua casa.

Rapidamente, as chamas crepitavam e devastavam as casas de telhados vermelhos. Por dias e noites, os habitantes locais têm lutado contra o violento incêndio. Eles cavam, cortam e arrancam galhos para frear as chamas, mas a situação não melhora. “Se as pessoas partirem, os povoados queimarão”, diz Selimis.

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Incêndios queimam reigão de Gouves, em Eubeia, onde milhares de pessoas precisaram deixar suas casas Foto: AP Photo/Petros Karadjias

O fogo também queima no Peloponeso, no sudoeste da Grécia, mas em Atenas, o incêndio que destruiu dezenas de casas perdeu intensidade ontem. Ainda assim, as autoridades gregas determinaram que as pessoas deixassem suas casas em mais quatro vilarejos em Eubeia.

Na ilha jônica de Zakynthos, um avião hidrante caiu enquanto apagava um pequeno incêndio, mas o piloto conseguiu escapar em segurança. Grécia e Turquia, os dois países vizinhos atingidos pela pior onda de calor em décadas, lutam contra incêndios há quase duas semanas. Os especialistas relacionam as altas temperaturas às mudanças climáticas.

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Até o momento, duas pessoas morreram na Grécia e oito na Turquia, e dezenas tiveram que ser hospitalizadas.

Os incêndios na Turquia estão em sua maioria sob controle. Na Grécia, os bombeiros continuam a combater o fogo em diferentes pontos.

Autoridades da Croácia, França, Israel, Espanha, Suécia e EUA já enviaram bombeiros e aeronaves para ajudar no combate às chamas na Grécia. Outros países, como Reino Unido, Alemanha, Polônia e Catar, prometeram ajuda. Autoridades gregas alertam que os riscos em razão do grande incêndio continuarão pelos próximos dias. 

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Últimos a sair

Ao som da sirene, veículos abrem caminho em meio à fumaça para transportar os últimos habitantes de Gouves até a praia de Pefki. A várias centenas de metros de distância, um navio militar espera pacientemente na costa para embarcar esses moradores que se tornaram refugiados em seu próprio país.

Na arena, grupos de sobreviventes aguardam sem certezas. “Tentamos ficar em casa até o último momento, mas metade de nossas terras foi queimada”, lamenta Eli Kouveli. / NYT e AFP

ATENAS - Milhares de habitantes desesperados da ilha grega de Eubeia observavam ontem o fogo consumir suas localidades e suas terras no 12.º dia de incêndios que devastam várias regiões da Grécia e da Turquia. Diversos países da Europa afirmaram que vão enviar ajuda à Grécia. “Nos próximos 40 anos não teremos trabalho e no inverno nos afogaremos nas águas, sem florestas para nos proteger”, disse desesperado Yannis Selimis, um morador de Gouves, no norte de Eubeia, de onde os habitantes foram retirados.

Quando uma sirene policial ressoou junto com a ordem para deixar o povoado de Gouves, moradores ficaram desesperados. “Não quero, não quero”, repete entre soluços uma mulher jogada sobre as escadas de entrada de sua casa.

Rapidamente, as chamas crepitavam e devastavam as casas de telhados vermelhos. Por dias e noites, os habitantes locais têm lutado contra o violento incêndio. Eles cavam, cortam e arrancam galhos para frear as chamas, mas a situação não melhora. “Se as pessoas partirem, os povoados queimarão”, diz Selimis.

Incêndios queimam reigão de Gouves, em Eubeia, onde milhares de pessoas precisaram deixar suas casas Foto: AP Photo/Petros Karadjias

O fogo também queima no Peloponeso, no sudoeste da Grécia, mas em Atenas, o incêndio que destruiu dezenas de casas perdeu intensidade ontem. Ainda assim, as autoridades gregas determinaram que as pessoas deixassem suas casas em mais quatro vilarejos em Eubeia.

Na ilha jônica de Zakynthos, um avião hidrante caiu enquanto apagava um pequeno incêndio, mas o piloto conseguiu escapar em segurança. Grécia e Turquia, os dois países vizinhos atingidos pela pior onda de calor em décadas, lutam contra incêndios há quase duas semanas. Os especialistas relacionam as altas temperaturas às mudanças climáticas.

Até o momento, duas pessoas morreram na Grécia e oito na Turquia, e dezenas tiveram que ser hospitalizadas.

Os incêndios na Turquia estão em sua maioria sob controle. Na Grécia, os bombeiros continuam a combater o fogo em diferentes pontos.

Autoridades da Croácia, França, Israel, Espanha, Suécia e EUA já enviaram bombeiros e aeronaves para ajudar no combate às chamas na Grécia. Outros países, como Reino Unido, Alemanha, Polônia e Catar, prometeram ajuda. Autoridades gregas alertam que os riscos em razão do grande incêndio continuarão pelos próximos dias. 

Últimos a sair

Ao som da sirene, veículos abrem caminho em meio à fumaça para transportar os últimos habitantes de Gouves até a praia de Pefki. A várias centenas de metros de distância, um navio militar espera pacientemente na costa para embarcar esses moradores que se tornaram refugiados em seu próprio país.

Na arena, grupos de sobreviventes aguardam sem certezas. “Tentamos ficar em casa até o último momento, mas metade de nossas terras foi queimada”, lamenta Eli Kouveli. / NYT e AFP

ATENAS - Milhares de habitantes desesperados da ilha grega de Eubeia observavam ontem o fogo consumir suas localidades e suas terras no 12.º dia de incêndios que devastam várias regiões da Grécia e da Turquia. Diversos países da Europa afirmaram que vão enviar ajuda à Grécia. “Nos próximos 40 anos não teremos trabalho e no inverno nos afogaremos nas águas, sem florestas para nos proteger”, disse desesperado Yannis Selimis, um morador de Gouves, no norte de Eubeia, de onde os habitantes foram retirados.

Quando uma sirene policial ressoou junto com a ordem para deixar o povoado de Gouves, moradores ficaram desesperados. “Não quero, não quero”, repete entre soluços uma mulher jogada sobre as escadas de entrada de sua casa.

Rapidamente, as chamas crepitavam e devastavam as casas de telhados vermelhos. Por dias e noites, os habitantes locais têm lutado contra o violento incêndio. Eles cavam, cortam e arrancam galhos para frear as chamas, mas a situação não melhora. “Se as pessoas partirem, os povoados queimarão”, diz Selimis.

Incêndios queimam reigão de Gouves, em Eubeia, onde milhares de pessoas precisaram deixar suas casas Foto: AP Photo/Petros Karadjias

O fogo também queima no Peloponeso, no sudoeste da Grécia, mas em Atenas, o incêndio que destruiu dezenas de casas perdeu intensidade ontem. Ainda assim, as autoridades gregas determinaram que as pessoas deixassem suas casas em mais quatro vilarejos em Eubeia.

Na ilha jônica de Zakynthos, um avião hidrante caiu enquanto apagava um pequeno incêndio, mas o piloto conseguiu escapar em segurança. Grécia e Turquia, os dois países vizinhos atingidos pela pior onda de calor em décadas, lutam contra incêndios há quase duas semanas. Os especialistas relacionam as altas temperaturas às mudanças climáticas.

Até o momento, duas pessoas morreram na Grécia e oito na Turquia, e dezenas tiveram que ser hospitalizadas.

Os incêndios na Turquia estão em sua maioria sob controle. Na Grécia, os bombeiros continuam a combater o fogo em diferentes pontos.

Autoridades da Croácia, França, Israel, Espanha, Suécia e EUA já enviaram bombeiros e aeronaves para ajudar no combate às chamas na Grécia. Outros países, como Reino Unido, Alemanha, Polônia e Catar, prometeram ajuda. Autoridades gregas alertam que os riscos em razão do grande incêndio continuarão pelos próximos dias. 

Últimos a sair

Ao som da sirene, veículos abrem caminho em meio à fumaça para transportar os últimos habitantes de Gouves até a praia de Pefki. A várias centenas de metros de distância, um navio militar espera pacientemente na costa para embarcar esses moradores que se tornaram refugiados em seu próprio país.

Na arena, grupos de sobreviventes aguardam sem certezas. “Tentamos ficar em casa até o último momento, mas metade de nossas terras foi queimada”, lamenta Eli Kouveli. / NYT e AFP

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