A influenciadora portuguesa Joana Mascarenhas, que confessou ter mergulhado a filha em água fria para “conter birras”, foi condenada a dois anos e meio de prisão com pena suspensa pelo crime de violência doméstica. As informações são dos veículos de Portugal Jornal de Notícias e Público.
A condenação pode ser suspensa caso a mãe cumpra, por três anos, com medidas definidas pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, além do pagamento de uma indenização de mil euros à filha.
Segundo a imprensa portuguesa, a criadora de conteúdo disse em junho de 2023 que em duas situações diferentes colocou a filha pequena, então com três anos, em água fria para que parasse de chorar. Em uma das ocasiões, ela teria mergulhado a criança em uma piscina até o pescoço. Na outra, teria colocado a menina de pijama na banheira e a molhado com água fria.
No julgamento, que começou em setembro, a influenciadora disse que queria apenas acalmar a criança e que mudou a forma como lida com as birras desde então. Porém, a explicação foi insuficiente. Na sentença, a juíza diz que a estratégia “foi eficaz” porque a menina “ficou assustada”. “É uma forma de resolução à força. (...) Não é uma forma de cuidar”. A juíza também disse que o método é “humilhante”.
Joana Mascarenhas foi a julgamento na última quarta-feira, 16, no Tribunal Local Criminal de Lisboa, que deu razão ao Ministério Público, que pediu pena de prisão suspensa por violência doméstica para a influenciadora. A defesa tem 30 dias da notificação da decisão do tribunal para recorrer. “Obviamente que vamos recorrer”, reagiu a advogada de Joana, Margarida Vaz, ao Jornal de Notícias.
A magistrada concordou que Joana não repetirá essa forma de castigo e que os banhos de água fria não traumatizaram a menina. Por isso, determinou a sanção que pode ser suspensa se a criadora de conteúdo seguir com as medidas que foram definidas.