Integrantes das Damas de Branco são presas em Havana horas antes da chegada de Obama


Berta Soler, líder do movimento que pede libertação dos presos políticos, diz que repressão 'foi intensificada' no último ano; ela - que foi convidada para encontro com presidente americano - foi detida

Por Cláudia Trevisan, Havana e Cuba

HAVANA - Horas antes de o presidente Barack Obama chegar a Havana neste domingo, 20, integrantes do movimento Damas de Branco e de outros grupos da oposição cubana foram hostilizados por militantes governistas e detidos por policiais do Ministério do Interior. Entre os que foram colocados à força em ônibus no bairro de Miramar estavam Berta Soler e Antonio Rodiles, convidados para participar do encontro que Obama terá na terça-feira com representantes da sociedade civil na capital do país.

Como fazem todos os domingo há 13 anos, as Damas de Branco marcharam no bairro Miramar para pedir a libertação de familiares presos por razões políticas. O protesto teve a participação de cerca de 50 mulheres e dezenas de homens ligados a outros movimentos sociais. No fim da caminhada, eles se depararam com um grupo de centenas de pessoas fiéis ao governo, que gritavam palavras de ordem em defesa de Fidel Castro e da Revolução e os acusavam de ser mercenários e traidores.

Integrante das Damas de Branco é carregada por policiais femininas durante protesto neste domingo, em Havana Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino
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Assim que chegaram na rua ocupada pelos governistas, os manifestantes de oposição foram cercados pela multidão, que os ofendia aos gritos. As integrantes do grupo Damas de Branco se sentaram no chão. Em cerca de minutos, policiais femininas que já estavam nas imediações arrastam os manifestantes, a maioria dos quais eram mulheres, a ônibus estacionados a poucos metros.

Lídia Baian Frias disse que foi a Miramar em um dos seis ônibus organizados pela administração do bairro de Cotorro, da qual é funcionária. "Eu trabalho para o governo revolucionário", declarou ao Estado. "Ninguém pode tirar as conquistas que temos", acrescentou Lídia, enquanto ouvia música cubana em um show realizado na mesma praça na qual as Damas de Branco haviam se manifestado pouco antes. 

Muitos dos que dançavam levavam cartazes de apoio à Revolução e bandeiras de Cuba distribuídas pelo Partido Comunista. Um grupo de dança se apresentaria em seguida.

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Partidários do governo cubano marcham em Havana neste domingo, horas antes da chegada de Obama Foto: EFE/Jeffrey Arguedas

Antes de ser detida, Berta disse que a repressão às Damas de Branco se intensificou nos últimos 46 domingos, quando o grupo passou a participar do movimento Todos Marchamos, que pede a libertação dos cerca de cem presos políticos existentes em Cuba e ampla anistia aos punidos por se oporem ao governo. 

O Estado tentou falar com Berta depois de ela ter sido levada por policiais, mas seu celular estava desligado. Rodiles estava detido, segundo sua mãe, Glavys Fernandes. Antes de ser levado, ele disse que confrontos com governistas e agressões da polícia foram frequentes nos 45 domingos anteriores e previu que a situação se repetiria hoje. Em sua opinião, o Partido Comunista de Cuba agravou a repressão em reação ao enfraquecimento de seus principais aliados na região, entre os quais citou a Venezuela e o Brasil.

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Obama chegou a Havana às 15h50 (16h50 horário de Brasília). Seu primeiro compromisso será um encontro com o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega. A Igreja Católica e o papa Francisco tiveram papel crucial nas negociações que levaram ao restabelecimento de relações entre Cuba e os EUA.

HAVANA - Horas antes de o presidente Barack Obama chegar a Havana neste domingo, 20, integrantes do movimento Damas de Branco e de outros grupos da oposição cubana foram hostilizados por militantes governistas e detidos por policiais do Ministério do Interior. Entre os que foram colocados à força em ônibus no bairro de Miramar estavam Berta Soler e Antonio Rodiles, convidados para participar do encontro que Obama terá na terça-feira com representantes da sociedade civil na capital do país.

Como fazem todos os domingo há 13 anos, as Damas de Branco marcharam no bairro Miramar para pedir a libertação de familiares presos por razões políticas. O protesto teve a participação de cerca de 50 mulheres e dezenas de homens ligados a outros movimentos sociais. No fim da caminhada, eles se depararam com um grupo de centenas de pessoas fiéis ao governo, que gritavam palavras de ordem em defesa de Fidel Castro e da Revolução e os acusavam de ser mercenários e traidores.

Integrante das Damas de Branco é carregada por policiais femininas durante protesto neste domingo, em Havana Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Assim que chegaram na rua ocupada pelos governistas, os manifestantes de oposição foram cercados pela multidão, que os ofendia aos gritos. As integrantes do grupo Damas de Branco se sentaram no chão. Em cerca de minutos, policiais femininas que já estavam nas imediações arrastam os manifestantes, a maioria dos quais eram mulheres, a ônibus estacionados a poucos metros.

Lídia Baian Frias disse que foi a Miramar em um dos seis ônibus organizados pela administração do bairro de Cotorro, da qual é funcionária. "Eu trabalho para o governo revolucionário", declarou ao Estado. "Ninguém pode tirar as conquistas que temos", acrescentou Lídia, enquanto ouvia música cubana em um show realizado na mesma praça na qual as Damas de Branco haviam se manifestado pouco antes. 

Muitos dos que dançavam levavam cartazes de apoio à Revolução e bandeiras de Cuba distribuídas pelo Partido Comunista. Um grupo de dança se apresentaria em seguida.

Partidários do governo cubano marcham em Havana neste domingo, horas antes da chegada de Obama Foto: EFE/Jeffrey Arguedas

Antes de ser detida, Berta disse que a repressão às Damas de Branco se intensificou nos últimos 46 domingos, quando o grupo passou a participar do movimento Todos Marchamos, que pede a libertação dos cerca de cem presos políticos existentes em Cuba e ampla anistia aos punidos por se oporem ao governo. 

O Estado tentou falar com Berta depois de ela ter sido levada por policiais, mas seu celular estava desligado. Rodiles estava detido, segundo sua mãe, Glavys Fernandes. Antes de ser levado, ele disse que confrontos com governistas e agressões da polícia foram frequentes nos 45 domingos anteriores e previu que a situação se repetiria hoje. Em sua opinião, o Partido Comunista de Cuba agravou a repressão em reação ao enfraquecimento de seus principais aliados na região, entre os quais citou a Venezuela e o Brasil.

Obama chegou a Havana às 15h50 (16h50 horário de Brasília). Seu primeiro compromisso será um encontro com o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega. A Igreja Católica e o papa Francisco tiveram papel crucial nas negociações que levaram ao restabelecimento de relações entre Cuba e os EUA.

HAVANA - Horas antes de o presidente Barack Obama chegar a Havana neste domingo, 20, integrantes do movimento Damas de Branco e de outros grupos da oposição cubana foram hostilizados por militantes governistas e detidos por policiais do Ministério do Interior. Entre os que foram colocados à força em ônibus no bairro de Miramar estavam Berta Soler e Antonio Rodiles, convidados para participar do encontro que Obama terá na terça-feira com representantes da sociedade civil na capital do país.

Como fazem todos os domingo há 13 anos, as Damas de Branco marcharam no bairro Miramar para pedir a libertação de familiares presos por razões políticas. O protesto teve a participação de cerca de 50 mulheres e dezenas de homens ligados a outros movimentos sociais. No fim da caminhada, eles se depararam com um grupo de centenas de pessoas fiéis ao governo, que gritavam palavras de ordem em defesa de Fidel Castro e da Revolução e os acusavam de ser mercenários e traidores.

Integrante das Damas de Branco é carregada por policiais femininas durante protesto neste domingo, em Havana Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Assim que chegaram na rua ocupada pelos governistas, os manifestantes de oposição foram cercados pela multidão, que os ofendia aos gritos. As integrantes do grupo Damas de Branco se sentaram no chão. Em cerca de minutos, policiais femininas que já estavam nas imediações arrastam os manifestantes, a maioria dos quais eram mulheres, a ônibus estacionados a poucos metros.

Lídia Baian Frias disse que foi a Miramar em um dos seis ônibus organizados pela administração do bairro de Cotorro, da qual é funcionária. "Eu trabalho para o governo revolucionário", declarou ao Estado. "Ninguém pode tirar as conquistas que temos", acrescentou Lídia, enquanto ouvia música cubana em um show realizado na mesma praça na qual as Damas de Branco haviam se manifestado pouco antes. 

Muitos dos que dançavam levavam cartazes de apoio à Revolução e bandeiras de Cuba distribuídas pelo Partido Comunista. Um grupo de dança se apresentaria em seguida.

Partidários do governo cubano marcham em Havana neste domingo, horas antes da chegada de Obama Foto: EFE/Jeffrey Arguedas

Antes de ser detida, Berta disse que a repressão às Damas de Branco se intensificou nos últimos 46 domingos, quando o grupo passou a participar do movimento Todos Marchamos, que pede a libertação dos cerca de cem presos políticos existentes em Cuba e ampla anistia aos punidos por se oporem ao governo. 

O Estado tentou falar com Berta depois de ela ter sido levada por policiais, mas seu celular estava desligado. Rodiles estava detido, segundo sua mãe, Glavys Fernandes. Antes de ser levado, ele disse que confrontos com governistas e agressões da polícia foram frequentes nos 45 domingos anteriores e previu que a situação se repetiria hoje. Em sua opinião, o Partido Comunista de Cuba agravou a repressão em reação ao enfraquecimento de seus principais aliados na região, entre os quais citou a Venezuela e o Brasil.

Obama chegou a Havana às 15h50 (16h50 horário de Brasília). Seu primeiro compromisso será um encontro com o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega. A Igreja Católica e o papa Francisco tiveram papel crucial nas negociações que levaram ao restabelecimento de relações entre Cuba e os EUA.

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