Investigação sobre fraude eleitoral na Geórgia deve ser próxima dor de cabeça de Trump com a Justiça


Republicano se tornou o primeiro ex-presidente americano a ser indiciado e trajetória jurídica está longe do fim

Por Redação

A aparição de Donald Trump em um tribunal de Manhattan na terça-feira 4 marcou um momento histórico na história americana: foi a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos foi indiciado por acusações criminais. Mas os embates legais de Trump estão longe de terminar.

Entre os que acompanharam atentamente o processo de terça estavam autoridades estaduais e locais da Geórgia, onde a promotora distrital do condado de Fulton, Fani T. Willis, deve anunciar nas próximas semanas se apresentará acusações relacionadas aos esforços de Trump e seus aliados para derrubar o resultados das eleições presidenciais de 2020 do Estado.

Willis não falou publicamente sobre o indiciamento de Trump em Nova York, e um porta-voz se recusou a comentar. Mas observadores atentos de Willis acreditam ser improvável que o caso de Nova York mude a trajetória legal de sua investigação de mais de dois anos sobre a suposta interferência eleitoral na Geórgia, um caso que já atraiu intenso escrutínio público e ataques políticos de Trump antes mesmo de qualquer acusação ser feita.

continua após a publicidade
Trump comparece diante de tribunal em Nova York e escuta as 34 acusações contra ele  Foto: REUTERS/Jane Rosenberg

A procuradora da Geórgia investiga desde 2021 as “tentativas de influenciar as operações eleitorais” no Estado do sul do país, onde o presidente Joe Biden venceu por estreita maioria em 2020.

O caso Geórgia

continua após a publicidade

Em um telefonema, cuja gravação foi tornada pública, Trump pediu a Brad Raffensperger, alto funcionário local, que “encontrasse” quase 12 mil votos a seu favor.

Willis nomeou um grande júri para determinar se há provas suficientes para indiciar o ex-presidente. Pessoas próximas a Trump, como seu ex-advogado pessoal, Rudy Giuliani, testemunharam.

Este grande júri recomendou o indiciamento de várias pessoas, sem revelar se o ex-presidente está entre elas.

continua após a publicidade

Muitos especialistas jurídicos acreditam que o caso Geórgia é mais perigoso para Trump. Independente do que decidir, a procuradora Willis terá de expor seu caso não apenas para os eleitores da área de Atlanta, mas para o público americano em geral no momento em que o sentimento público sobre um possível processo de Trump pode ser moldado pelos processos legais de Manhattan.

“Certamente, ela terá considerações políticas a fazer. Todos os promotores o fazem”, disse Anthony Michael Kreis, professor de direito da Georgia State University, ao The Washington Post. Ele acompanhou de perto a investigação de Fulton. “Mas acho que (Willis) provavelmente vê isso da maneira que acho que muitas outras pessoas veem, que o caso dela é mais importante do que o de Nova York. Tem mais significado social e é importante para a preservação da democracia de uma forma que o caso de Nova York não.” / AFP e WASHINGTON POST

A aparição de Donald Trump em um tribunal de Manhattan na terça-feira 4 marcou um momento histórico na história americana: foi a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos foi indiciado por acusações criminais. Mas os embates legais de Trump estão longe de terminar.

Entre os que acompanharam atentamente o processo de terça estavam autoridades estaduais e locais da Geórgia, onde a promotora distrital do condado de Fulton, Fani T. Willis, deve anunciar nas próximas semanas se apresentará acusações relacionadas aos esforços de Trump e seus aliados para derrubar o resultados das eleições presidenciais de 2020 do Estado.

Willis não falou publicamente sobre o indiciamento de Trump em Nova York, e um porta-voz se recusou a comentar. Mas observadores atentos de Willis acreditam ser improvável que o caso de Nova York mude a trajetória legal de sua investigação de mais de dois anos sobre a suposta interferência eleitoral na Geórgia, um caso que já atraiu intenso escrutínio público e ataques políticos de Trump antes mesmo de qualquer acusação ser feita.

Trump comparece diante de tribunal em Nova York e escuta as 34 acusações contra ele  Foto: REUTERS/Jane Rosenberg

A procuradora da Geórgia investiga desde 2021 as “tentativas de influenciar as operações eleitorais” no Estado do sul do país, onde o presidente Joe Biden venceu por estreita maioria em 2020.

O caso Geórgia

Em um telefonema, cuja gravação foi tornada pública, Trump pediu a Brad Raffensperger, alto funcionário local, que “encontrasse” quase 12 mil votos a seu favor.

Willis nomeou um grande júri para determinar se há provas suficientes para indiciar o ex-presidente. Pessoas próximas a Trump, como seu ex-advogado pessoal, Rudy Giuliani, testemunharam.

Este grande júri recomendou o indiciamento de várias pessoas, sem revelar se o ex-presidente está entre elas.

Muitos especialistas jurídicos acreditam que o caso Geórgia é mais perigoso para Trump. Independente do que decidir, a procuradora Willis terá de expor seu caso não apenas para os eleitores da área de Atlanta, mas para o público americano em geral no momento em que o sentimento público sobre um possível processo de Trump pode ser moldado pelos processos legais de Manhattan.

“Certamente, ela terá considerações políticas a fazer. Todos os promotores o fazem”, disse Anthony Michael Kreis, professor de direito da Georgia State University, ao The Washington Post. Ele acompanhou de perto a investigação de Fulton. “Mas acho que (Willis) provavelmente vê isso da maneira que acho que muitas outras pessoas veem, que o caso dela é mais importante do que o de Nova York. Tem mais significado social e é importante para a preservação da democracia de uma forma que o caso de Nova York não.” / AFP e WASHINGTON POST

A aparição de Donald Trump em um tribunal de Manhattan na terça-feira 4 marcou um momento histórico na história americana: foi a primeira vez que um ex-presidente dos Estados Unidos foi indiciado por acusações criminais. Mas os embates legais de Trump estão longe de terminar.

Entre os que acompanharam atentamente o processo de terça estavam autoridades estaduais e locais da Geórgia, onde a promotora distrital do condado de Fulton, Fani T. Willis, deve anunciar nas próximas semanas se apresentará acusações relacionadas aos esforços de Trump e seus aliados para derrubar o resultados das eleições presidenciais de 2020 do Estado.

Willis não falou publicamente sobre o indiciamento de Trump em Nova York, e um porta-voz se recusou a comentar. Mas observadores atentos de Willis acreditam ser improvável que o caso de Nova York mude a trajetória legal de sua investigação de mais de dois anos sobre a suposta interferência eleitoral na Geórgia, um caso que já atraiu intenso escrutínio público e ataques políticos de Trump antes mesmo de qualquer acusação ser feita.

Trump comparece diante de tribunal em Nova York e escuta as 34 acusações contra ele  Foto: REUTERS/Jane Rosenberg

A procuradora da Geórgia investiga desde 2021 as “tentativas de influenciar as operações eleitorais” no Estado do sul do país, onde o presidente Joe Biden venceu por estreita maioria em 2020.

O caso Geórgia

Em um telefonema, cuja gravação foi tornada pública, Trump pediu a Brad Raffensperger, alto funcionário local, que “encontrasse” quase 12 mil votos a seu favor.

Willis nomeou um grande júri para determinar se há provas suficientes para indiciar o ex-presidente. Pessoas próximas a Trump, como seu ex-advogado pessoal, Rudy Giuliani, testemunharam.

Este grande júri recomendou o indiciamento de várias pessoas, sem revelar se o ex-presidente está entre elas.

Muitos especialistas jurídicos acreditam que o caso Geórgia é mais perigoso para Trump. Independente do que decidir, a procuradora Willis terá de expor seu caso não apenas para os eleitores da área de Atlanta, mas para o público americano em geral no momento em que o sentimento público sobre um possível processo de Trump pode ser moldado pelos processos legais de Manhattan.

“Certamente, ela terá considerações políticas a fazer. Todos os promotores o fazem”, disse Anthony Michael Kreis, professor de direito da Georgia State University, ao The Washington Post. Ele acompanhou de perto a investigação de Fulton. “Mas acho que (Willis) provavelmente vê isso da maneira que acho que muitas outras pessoas veem, que o caso dela é mais importante do que o de Nova York. Tem mais significado social e é importante para a preservação da democracia de uma forma que o caso de Nova York não.” / AFP e WASHINGTON POST

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.