WASHINGTON - O presidente dos EUA, Donald Trump, criticou nesta quinta-feira, 18, a investigação sobre o suposto conluio de sua equipe de campanha com a Rússia, que chamou de "maior caça às bruxas" na história americana.
"Esta é a maior caça às bruxas individual de um político na história americana", escreveu Trump em sua conta no Twitter, um dia depois de o ex-diretor do FBI (Polícia Federal americana) Robert Mueller ter sido designado como investigador especial da suposta interferência russa nas eleições americanas.
Na mesma rede social, Trump acusou o antecessor Barack Obama e a rival democrata nas eleições, Hillary Clinton, de "atos ilegais", os quais não especificou. "Com todos os atos ilegais que aconteceram na campanha de Clinton e na administração Obama, eles nunca tiveram um conselheiro especial designado", escreveu em referência ao investigador especial.
O Departamento de Justiça nomeou Mueller como investigador especial, em um ambiente de crescente crise política nos EUA.
Trump insistiu na véspera em sua inocência e expressou confiança que uma "investigação exaustiva" mostrará que efetivamente sua campanha eleitoral não teve ajuda de nenhuma "entidade estrangeira".
Desde sua posse, no dia 20 de janeiro, Trump busca desesperadamente encerrar a polêmica por suas supostas relações com a Rússia durante a campanha, mas desde então o problema não parou de crescer e agora já ameaça paralisar sua presidência.
As investigações se concentram nas suspeitas de interferência da Rússia nas eleições presidenciais para favorecer Trump, e no eventual conluio de seu comitê de campanha com estes esforços. / AFP