O líder da cúpula política do grupo terrorista Hamas, Ismail Haniyeh, morreu após um “projétil de curto alcance” ser disparado contra o local em que ele estava, em Teerã, durante uma operação realizada por Israel, afirmou neste sábado, 3, a Guarda Revolucionária do Irã.
“Essa operação terrorista ocorreu com o disparo de um projétil de curto alcance com uma ogiva de quase 7 quilos do lado de fora do local onde os hóspedes estavam, provocando uma forte explosão”, afirmou um comunicado publicado pela agência oficial de notícias do país, a Irna. A Guarda Revolucionária acrescentou que Israel foi “apoiado pelos Estados Unidos” no ataque.
Haniyeh foi assassinado na madrugada da última quarta-feira, 31, em Teerã, onde estava para acompanhar a cerimônia de posse do novo presidente do Irã, Masud Pezeshkian. Embora o ataque tenha sido atribuído a Israel, o Estado judeu não confirmou a autoria da ofensiva.
De todas as formas, a morte tem o potencial de aumentar a tensão no Oriente Médio, onde Israel e Hamas se enfrentam na Faixa de Gaza desde outubro do ano passado, quando a facção lançou um ataque surpresa contra o sul do país que deixou cerca de 1.200 mortos, segundo Tel Aviv. Tanto o Irã quanto o Hamas, grupo apoiado pelo país persa, prometeram adotar represálias.
Neste sábado, a guarda repetiu que Haniyeh será vingado e que Israel receberá uma “punição severa no momento, local e maneira apropriados”.
A declaração contradiz a versão sustentada pelo jornal americano The New York Times de que Haniyeh morreu em uma explosão de um dispositivo que havia sido plantado na casa de hóspedes mantida pelo regime iraniano em Teerã.
A bomba teria sido escondida na casa há aproximadamente dois meses. O local é administrado e protegido pela Guarda Revolucionária do Irã e faz parte de um complexo conhecido como Neshat, situado em um bairro nobre da capital iraniana.
A bomba teria sido detonada remotamente assim que foi confirmado que ele estava dentro de seu quarto na casa de hóspedes. O jornal apoia a versão nas declarações de sete pessoas do Oriente Médio com conhecimento do assunto, incluindo dois iranianos e um americano.
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Israel, que não comentou a morte de Haniyeh, assumiu a autoria de outro ataque nesta semana contra um reduto do Hezbollah no sul de Beirute, que matou um comandante do grupo libanês. Além disso, confirmou a morte do chefe da ala militar do grupo terrorista da Faixa de Gaza. Mohammed Deif morreu, segundo o Estado judeu, em um bombardeio no mês passado.
“As Forças Armadas de Israel anunciam que, em 13 de julho de 2024, caças atacaram uma área de Khan Yunis e, após uma avaliação de inteligência, confirmou-se que Mohammed Deif foi eliminado no ataque”, disse o Exército na última quinta-feira, 1º. Dezenas de palestinos foram mortos na ação. / AFP