Como funciona o arsenal de drones e mísseis do Irã, usado no ataque lançado contra Israel


Equipamentos iranianos já vêm sendo usados na guerra entre Rússia e Ucrânia

Por Redação
Atualização:

O ataque lançado pelo Irã contra Israel se baseia no uso de drones militares, aviões não tripulados conhecidos como “drones kamikaze”. Esses veículos podem ser lançados de longas distâncias e usados para atacar o inimigo sem o envio de tropas por terra.

Esses equipamentos já vêm sendo usados desde meados dos anos 1980, mas voltaram a ganhar destaque com sua ampla utilização na Guerra da Ucrânia por forças russas.

Ainda não se sabe exatamente quais equipamentos foram lançados pelo Irã no ataque contra Israel, mas drones fabricados no país, como o Shahed-136 e o Mohajer-6 já vêm sendo utilizados no conflito no leste europeu.

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Inspeção de equipamentos militares no Ministério da Defesa do Irã Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Como funcionam os drones iranianos?

Os drones kamikaze podem não só inspecionar e localizar alvos de ataque, mas se lançar contra eles e destruí-los. O Shahed-136, por exemplo, é lançado da traseira de um caminhão e carrega uma ogiva de cerca de 30 kg.

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Por ter difícil detecção, pode cair do céu sem aviso prévio, além de voar muitos quilômetros longe da base de lançamento para fazer reconhecimento, como mostrou reportagem do Estadão.

Avistando um alvo, ele solta a ogiva que pode atingir locais com precisão. Segundo militares ucranianos, essas aeronaves já conseguiram destruir obuses e veículos blindados utilizados pela Ucrânia, além de matar e ferir soldados.

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O Irã não fornece muitas detalhes sobre os drones de fabricação da Iran Aircraft Manufacturing Industries (HESA), sua estatal de produção de aeronaves. Apesar disso, em um vídeo promocional de um exercício militar de dezembro de 2021, é possível ver a capacidade dos veículos.

Os equipamentos da linha Shahed foram colocados de maneira disfarçada em caminhões basculantes antes de serem lançados. Segundo informações de inteligência ocidental, seu alcance pode chegar a 2.000 km.

Já o Mohajer-6, também utilizado na Guerra da Ucrânia, pode atingir até 5,4 mil metros de altitude e voar a 200 km/h. Segundo soldados ucranianos, um dos drones capturados no país carregava duas bombas aéreas Ghaem-5, uma sob cada asa.

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Quais tipos de arma o Irã possui?

O Irã tem um dos maiores arsenais de mísseis balísticos e drones no Oriente Médio. Isso inclui mísseis de cruzeiro e mísseis antinavio, bem como mísseis balísticos com alcances de até 2 mil quilômetros. Eles têm a capacidade e o alcance para atingir qualquer alvo no Oriente Médio, incluindo Israel.

Nos últimos anos, o Irã montou um grande inventário de drones com alcance de cerca de 2 mil a 2,5 mil quilômetros e capazes de voar baixo para evitar radares, de acordo com especialistas e comandantes iranianos que deram entrevistas públicas à mídia estatal.

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O Irã não fez segredo do acúmulo, exibindo seu tesouro de drones e mísseis durante desfiles militares, e tem ambições de construir um grande negócio de exportação de drones. Por décadas, a estratégia militar do Irã tem sido ancorada na dissuasão, enfatizando o desenvolvimento de mísseis de precisão e longo alcance, drones e defesas aéreas.

São esses drones que estão sendo usados pela Rússia na Ucrânia e também surgiram no conflito no Sudão (África). As bases do país e instalações de armazenamento são amplamente dispersas, instaladas no subsolo e fortificadas com defesas aéreas, tornando-as difíceis de destruir com ataques aéreos, segundo especialistas.

Ministro da Defesa do Irã e comandante do Exército inspecionam drones em showroom no Ministério da Defesa, em Teerã, em janeiro deste ano Foto: Iranian Army Media Office/AFP
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Onde o Irã obtém suas armas?

Sanções internacionais isolaram o Irã do acesso a armamentos e equipamentos militares de alta tecnologia fabricados no exterior, como tanques e caças. Durante a guerra de oito anos do Irã com o Iraque, na década de 1980, poucos países estavam dispostos a vender armas ao país.

Quando Ali Khamenei se tornou o líder supremo do Irã em 1989, um ano após o término da guerra, ele incumbiu a Guarda de desenvolver uma indústria de armas doméstica e investiu recursos nesse esforço, o que foi amplamente divulgado na mídia iraniana. Ele queria garantir que o Irã nunca mais tivesse que depender de potências estrangeiras para suas necessidades de defesa.

Hoje, o Irã fabrica uma grande quantidade de mísseis e drones domesticamente e priorizou essa produção de defesa, dizem especialistas. Suas tentativas de fabricar veículos blindados e grandes embarcações navais tiveram resultados mistos. O país também importa pequenos submarinos da Coreia do Norte enquanto expande e moderniza sua frota produzida localmente./COM NYT

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

O ataque lançado pelo Irã contra Israel se baseia no uso de drones militares, aviões não tripulados conhecidos como “drones kamikaze”. Esses veículos podem ser lançados de longas distâncias e usados para atacar o inimigo sem o envio de tropas por terra.

Esses equipamentos já vêm sendo usados desde meados dos anos 1980, mas voltaram a ganhar destaque com sua ampla utilização na Guerra da Ucrânia por forças russas.

Ainda não se sabe exatamente quais equipamentos foram lançados pelo Irã no ataque contra Israel, mas drones fabricados no país, como o Shahed-136 e o Mohajer-6 já vêm sendo utilizados no conflito no leste europeu.

Inspeção de equipamentos militares no Ministério da Defesa do Irã Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Como funcionam os drones iranianos?

Os drones kamikaze podem não só inspecionar e localizar alvos de ataque, mas se lançar contra eles e destruí-los. O Shahed-136, por exemplo, é lançado da traseira de um caminhão e carrega uma ogiva de cerca de 30 kg.

Por ter difícil detecção, pode cair do céu sem aviso prévio, além de voar muitos quilômetros longe da base de lançamento para fazer reconhecimento, como mostrou reportagem do Estadão.

Avistando um alvo, ele solta a ogiva que pode atingir locais com precisão. Segundo militares ucranianos, essas aeronaves já conseguiram destruir obuses e veículos blindados utilizados pela Ucrânia, além de matar e ferir soldados.

O Irã não fornece muitas detalhes sobre os drones de fabricação da Iran Aircraft Manufacturing Industries (HESA), sua estatal de produção de aeronaves. Apesar disso, em um vídeo promocional de um exercício militar de dezembro de 2021, é possível ver a capacidade dos veículos.

Os equipamentos da linha Shahed foram colocados de maneira disfarçada em caminhões basculantes antes de serem lançados. Segundo informações de inteligência ocidental, seu alcance pode chegar a 2.000 km.

Já o Mohajer-6, também utilizado na Guerra da Ucrânia, pode atingir até 5,4 mil metros de altitude e voar a 200 km/h. Segundo soldados ucranianos, um dos drones capturados no país carregava duas bombas aéreas Ghaem-5, uma sob cada asa.

Quais tipos de arma o Irã possui?

O Irã tem um dos maiores arsenais de mísseis balísticos e drones no Oriente Médio. Isso inclui mísseis de cruzeiro e mísseis antinavio, bem como mísseis balísticos com alcances de até 2 mil quilômetros. Eles têm a capacidade e o alcance para atingir qualquer alvo no Oriente Médio, incluindo Israel.

Nos últimos anos, o Irã montou um grande inventário de drones com alcance de cerca de 2 mil a 2,5 mil quilômetros e capazes de voar baixo para evitar radares, de acordo com especialistas e comandantes iranianos que deram entrevistas públicas à mídia estatal.

O Irã não fez segredo do acúmulo, exibindo seu tesouro de drones e mísseis durante desfiles militares, e tem ambições de construir um grande negócio de exportação de drones. Por décadas, a estratégia militar do Irã tem sido ancorada na dissuasão, enfatizando o desenvolvimento de mísseis de precisão e longo alcance, drones e defesas aéreas.

São esses drones que estão sendo usados pela Rússia na Ucrânia e também surgiram no conflito no Sudão (África). As bases do país e instalações de armazenamento são amplamente dispersas, instaladas no subsolo e fortificadas com defesas aéreas, tornando-as difíceis de destruir com ataques aéreos, segundo especialistas.

Ministro da Defesa do Irã e comandante do Exército inspecionam drones em showroom no Ministério da Defesa, em Teerã, em janeiro deste ano Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Onde o Irã obtém suas armas?

Sanções internacionais isolaram o Irã do acesso a armamentos e equipamentos militares de alta tecnologia fabricados no exterior, como tanques e caças. Durante a guerra de oito anos do Irã com o Iraque, na década de 1980, poucos países estavam dispostos a vender armas ao país.

Quando Ali Khamenei se tornou o líder supremo do Irã em 1989, um ano após o término da guerra, ele incumbiu a Guarda de desenvolver uma indústria de armas doméstica e investiu recursos nesse esforço, o que foi amplamente divulgado na mídia iraniana. Ele queria garantir que o Irã nunca mais tivesse que depender de potências estrangeiras para suas necessidades de defesa.

Hoje, o Irã fabrica uma grande quantidade de mísseis e drones domesticamente e priorizou essa produção de defesa, dizem especialistas. Suas tentativas de fabricar veículos blindados e grandes embarcações navais tiveram resultados mistos. O país também importa pequenos submarinos da Coreia do Norte enquanto expande e moderniza sua frota produzida localmente./COM NYT

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O ataque lançado pelo Irã contra Israel se baseia no uso de drones militares, aviões não tripulados conhecidos como “drones kamikaze”. Esses veículos podem ser lançados de longas distâncias e usados para atacar o inimigo sem o envio de tropas por terra.

Esses equipamentos já vêm sendo usados desde meados dos anos 1980, mas voltaram a ganhar destaque com sua ampla utilização na Guerra da Ucrânia por forças russas.

Ainda não se sabe exatamente quais equipamentos foram lançados pelo Irã no ataque contra Israel, mas drones fabricados no país, como o Shahed-136 e o Mohajer-6 já vêm sendo utilizados no conflito no leste europeu.

Inspeção de equipamentos militares no Ministério da Defesa do Irã Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Como funcionam os drones iranianos?

Os drones kamikaze podem não só inspecionar e localizar alvos de ataque, mas se lançar contra eles e destruí-los. O Shahed-136, por exemplo, é lançado da traseira de um caminhão e carrega uma ogiva de cerca de 30 kg.

Por ter difícil detecção, pode cair do céu sem aviso prévio, além de voar muitos quilômetros longe da base de lançamento para fazer reconhecimento, como mostrou reportagem do Estadão.

Avistando um alvo, ele solta a ogiva que pode atingir locais com precisão. Segundo militares ucranianos, essas aeronaves já conseguiram destruir obuses e veículos blindados utilizados pela Ucrânia, além de matar e ferir soldados.

O Irã não fornece muitas detalhes sobre os drones de fabricação da Iran Aircraft Manufacturing Industries (HESA), sua estatal de produção de aeronaves. Apesar disso, em um vídeo promocional de um exercício militar de dezembro de 2021, é possível ver a capacidade dos veículos.

Os equipamentos da linha Shahed foram colocados de maneira disfarçada em caminhões basculantes antes de serem lançados. Segundo informações de inteligência ocidental, seu alcance pode chegar a 2.000 km.

Já o Mohajer-6, também utilizado na Guerra da Ucrânia, pode atingir até 5,4 mil metros de altitude e voar a 200 km/h. Segundo soldados ucranianos, um dos drones capturados no país carregava duas bombas aéreas Ghaem-5, uma sob cada asa.

Quais tipos de arma o Irã possui?

O Irã tem um dos maiores arsenais de mísseis balísticos e drones no Oriente Médio. Isso inclui mísseis de cruzeiro e mísseis antinavio, bem como mísseis balísticos com alcances de até 2 mil quilômetros. Eles têm a capacidade e o alcance para atingir qualquer alvo no Oriente Médio, incluindo Israel.

Nos últimos anos, o Irã montou um grande inventário de drones com alcance de cerca de 2 mil a 2,5 mil quilômetros e capazes de voar baixo para evitar radares, de acordo com especialistas e comandantes iranianos que deram entrevistas públicas à mídia estatal.

O Irã não fez segredo do acúmulo, exibindo seu tesouro de drones e mísseis durante desfiles militares, e tem ambições de construir um grande negócio de exportação de drones. Por décadas, a estratégia militar do Irã tem sido ancorada na dissuasão, enfatizando o desenvolvimento de mísseis de precisão e longo alcance, drones e defesas aéreas.

São esses drones que estão sendo usados pela Rússia na Ucrânia e também surgiram no conflito no Sudão (África). As bases do país e instalações de armazenamento são amplamente dispersas, instaladas no subsolo e fortificadas com defesas aéreas, tornando-as difíceis de destruir com ataques aéreos, segundo especialistas.

Ministro da Defesa do Irã e comandante do Exército inspecionam drones em showroom no Ministério da Defesa, em Teerã, em janeiro deste ano Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Onde o Irã obtém suas armas?

Sanções internacionais isolaram o Irã do acesso a armamentos e equipamentos militares de alta tecnologia fabricados no exterior, como tanques e caças. Durante a guerra de oito anos do Irã com o Iraque, na década de 1980, poucos países estavam dispostos a vender armas ao país.

Quando Ali Khamenei se tornou o líder supremo do Irã em 1989, um ano após o término da guerra, ele incumbiu a Guarda de desenvolver uma indústria de armas doméstica e investiu recursos nesse esforço, o que foi amplamente divulgado na mídia iraniana. Ele queria garantir que o Irã nunca mais tivesse que depender de potências estrangeiras para suas necessidades de defesa.

Hoje, o Irã fabrica uma grande quantidade de mísseis e drones domesticamente e priorizou essa produção de defesa, dizem especialistas. Suas tentativas de fabricar veículos blindados e grandes embarcações navais tiveram resultados mistos. O país também importa pequenos submarinos da Coreia do Norte enquanto expande e moderniza sua frota produzida localmente./COM NYT

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

O ataque lançado pelo Irã contra Israel se baseia no uso de drones militares, aviões não tripulados conhecidos como “drones kamikaze”. Esses veículos podem ser lançados de longas distâncias e usados para atacar o inimigo sem o envio de tropas por terra.

Esses equipamentos já vêm sendo usados desde meados dos anos 1980, mas voltaram a ganhar destaque com sua ampla utilização na Guerra da Ucrânia por forças russas.

Ainda não se sabe exatamente quais equipamentos foram lançados pelo Irã no ataque contra Israel, mas drones fabricados no país, como o Shahed-136 e o Mohajer-6 já vêm sendo utilizados no conflito no leste europeu.

Inspeção de equipamentos militares no Ministério da Defesa do Irã Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Como funcionam os drones iranianos?

Os drones kamikaze podem não só inspecionar e localizar alvos de ataque, mas se lançar contra eles e destruí-los. O Shahed-136, por exemplo, é lançado da traseira de um caminhão e carrega uma ogiva de cerca de 30 kg.

Por ter difícil detecção, pode cair do céu sem aviso prévio, além de voar muitos quilômetros longe da base de lançamento para fazer reconhecimento, como mostrou reportagem do Estadão.

Avistando um alvo, ele solta a ogiva que pode atingir locais com precisão. Segundo militares ucranianos, essas aeronaves já conseguiram destruir obuses e veículos blindados utilizados pela Ucrânia, além de matar e ferir soldados.

O Irã não fornece muitas detalhes sobre os drones de fabricação da Iran Aircraft Manufacturing Industries (HESA), sua estatal de produção de aeronaves. Apesar disso, em um vídeo promocional de um exercício militar de dezembro de 2021, é possível ver a capacidade dos veículos.

Os equipamentos da linha Shahed foram colocados de maneira disfarçada em caminhões basculantes antes de serem lançados. Segundo informações de inteligência ocidental, seu alcance pode chegar a 2.000 km.

Já o Mohajer-6, também utilizado na Guerra da Ucrânia, pode atingir até 5,4 mil metros de altitude e voar a 200 km/h. Segundo soldados ucranianos, um dos drones capturados no país carregava duas bombas aéreas Ghaem-5, uma sob cada asa.

Quais tipos de arma o Irã possui?

O Irã tem um dos maiores arsenais de mísseis balísticos e drones no Oriente Médio. Isso inclui mísseis de cruzeiro e mísseis antinavio, bem como mísseis balísticos com alcances de até 2 mil quilômetros. Eles têm a capacidade e o alcance para atingir qualquer alvo no Oriente Médio, incluindo Israel.

Nos últimos anos, o Irã montou um grande inventário de drones com alcance de cerca de 2 mil a 2,5 mil quilômetros e capazes de voar baixo para evitar radares, de acordo com especialistas e comandantes iranianos que deram entrevistas públicas à mídia estatal.

O Irã não fez segredo do acúmulo, exibindo seu tesouro de drones e mísseis durante desfiles militares, e tem ambições de construir um grande negócio de exportação de drones. Por décadas, a estratégia militar do Irã tem sido ancorada na dissuasão, enfatizando o desenvolvimento de mísseis de precisão e longo alcance, drones e defesas aéreas.

São esses drones que estão sendo usados pela Rússia na Ucrânia e também surgiram no conflito no Sudão (África). As bases do país e instalações de armazenamento são amplamente dispersas, instaladas no subsolo e fortificadas com defesas aéreas, tornando-as difíceis de destruir com ataques aéreos, segundo especialistas.

Ministro da Defesa do Irã e comandante do Exército inspecionam drones em showroom no Ministério da Defesa, em Teerã, em janeiro deste ano Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Onde o Irã obtém suas armas?

Sanções internacionais isolaram o Irã do acesso a armamentos e equipamentos militares de alta tecnologia fabricados no exterior, como tanques e caças. Durante a guerra de oito anos do Irã com o Iraque, na década de 1980, poucos países estavam dispostos a vender armas ao país.

Quando Ali Khamenei se tornou o líder supremo do Irã em 1989, um ano após o término da guerra, ele incumbiu a Guarda de desenvolver uma indústria de armas doméstica e investiu recursos nesse esforço, o que foi amplamente divulgado na mídia iraniana. Ele queria garantir que o Irã nunca mais tivesse que depender de potências estrangeiras para suas necessidades de defesa.

Hoje, o Irã fabrica uma grande quantidade de mísseis e drones domesticamente e priorizou essa produção de defesa, dizem especialistas. Suas tentativas de fabricar veículos blindados e grandes embarcações navais tiveram resultados mistos. O país também importa pequenos submarinos da Coreia do Norte enquanto expande e moderniza sua frota produzida localmente./COM NYT

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

O ataque lançado pelo Irã contra Israel se baseia no uso de drones militares, aviões não tripulados conhecidos como “drones kamikaze”. Esses veículos podem ser lançados de longas distâncias e usados para atacar o inimigo sem o envio de tropas por terra.

Esses equipamentos já vêm sendo usados desde meados dos anos 1980, mas voltaram a ganhar destaque com sua ampla utilização na Guerra da Ucrânia por forças russas.

Ainda não se sabe exatamente quais equipamentos foram lançados pelo Irã no ataque contra Israel, mas drones fabricados no país, como o Shahed-136 e o Mohajer-6 já vêm sendo utilizados no conflito no leste europeu.

Inspeção de equipamentos militares no Ministério da Defesa do Irã Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Como funcionam os drones iranianos?

Os drones kamikaze podem não só inspecionar e localizar alvos de ataque, mas se lançar contra eles e destruí-los. O Shahed-136, por exemplo, é lançado da traseira de um caminhão e carrega uma ogiva de cerca de 30 kg.

Por ter difícil detecção, pode cair do céu sem aviso prévio, além de voar muitos quilômetros longe da base de lançamento para fazer reconhecimento, como mostrou reportagem do Estadão.

Avistando um alvo, ele solta a ogiva que pode atingir locais com precisão. Segundo militares ucranianos, essas aeronaves já conseguiram destruir obuses e veículos blindados utilizados pela Ucrânia, além de matar e ferir soldados.

O Irã não fornece muitas detalhes sobre os drones de fabricação da Iran Aircraft Manufacturing Industries (HESA), sua estatal de produção de aeronaves. Apesar disso, em um vídeo promocional de um exercício militar de dezembro de 2021, é possível ver a capacidade dos veículos.

Os equipamentos da linha Shahed foram colocados de maneira disfarçada em caminhões basculantes antes de serem lançados. Segundo informações de inteligência ocidental, seu alcance pode chegar a 2.000 km.

Já o Mohajer-6, também utilizado na Guerra da Ucrânia, pode atingir até 5,4 mil metros de altitude e voar a 200 km/h. Segundo soldados ucranianos, um dos drones capturados no país carregava duas bombas aéreas Ghaem-5, uma sob cada asa.

Quais tipos de arma o Irã possui?

O Irã tem um dos maiores arsenais de mísseis balísticos e drones no Oriente Médio. Isso inclui mísseis de cruzeiro e mísseis antinavio, bem como mísseis balísticos com alcances de até 2 mil quilômetros. Eles têm a capacidade e o alcance para atingir qualquer alvo no Oriente Médio, incluindo Israel.

Nos últimos anos, o Irã montou um grande inventário de drones com alcance de cerca de 2 mil a 2,5 mil quilômetros e capazes de voar baixo para evitar radares, de acordo com especialistas e comandantes iranianos que deram entrevistas públicas à mídia estatal.

O Irã não fez segredo do acúmulo, exibindo seu tesouro de drones e mísseis durante desfiles militares, e tem ambições de construir um grande negócio de exportação de drones. Por décadas, a estratégia militar do Irã tem sido ancorada na dissuasão, enfatizando o desenvolvimento de mísseis de precisão e longo alcance, drones e defesas aéreas.

São esses drones que estão sendo usados pela Rússia na Ucrânia e também surgiram no conflito no Sudão (África). As bases do país e instalações de armazenamento são amplamente dispersas, instaladas no subsolo e fortificadas com defesas aéreas, tornando-as difíceis de destruir com ataques aéreos, segundo especialistas.

Ministro da Defesa do Irã e comandante do Exército inspecionam drones em showroom no Ministério da Defesa, em Teerã, em janeiro deste ano Foto: Iranian Army Media Office/AFP

Onde o Irã obtém suas armas?

Sanções internacionais isolaram o Irã do acesso a armamentos e equipamentos militares de alta tecnologia fabricados no exterior, como tanques e caças. Durante a guerra de oito anos do Irã com o Iraque, na década de 1980, poucos países estavam dispostos a vender armas ao país.

Quando Ali Khamenei se tornou o líder supremo do Irã em 1989, um ano após o término da guerra, ele incumbiu a Guarda de desenvolver uma indústria de armas doméstica e investiu recursos nesse esforço, o que foi amplamente divulgado na mídia iraniana. Ele queria garantir que o Irã nunca mais tivesse que depender de potências estrangeiras para suas necessidades de defesa.

Hoje, o Irã fabrica uma grande quantidade de mísseis e drones domesticamente e priorizou essa produção de defesa, dizem especialistas. Suas tentativas de fabricar veículos blindados e grandes embarcações navais tiveram resultados mistos. O país também importa pequenos submarinos da Coreia do Norte enquanto expande e moderniza sua frota produzida localmente./COM NYT

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