Irã nega apoiar militarmente Rússia e cobra investigação a Kiev


Há meses, Ucrânia alega abater em seu território ‘drones kamikaze’, de fabricação iraniana

Por Redação
Atualização:

LVIV - O governo do Irã negou a acusação de que estaria dando apoio militar à Rússia na guerra da Ucrânia e ofereceu ao governo de Kiev uma investigação conjunta sobre o uso de drones iranianos por Moscou. Em declarações reproduzidas pela mídia local, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Nasser Kanaani, rejeitou as alegações de que seu país forneceu apoio militar russo para atacar a Ucrânia.

Ao mesmo tempo, ele aconselhou o lado ucraniano a ser realista e, “em vez de publicar acusações supostamente falsas contra Teerã”, considerar “seriamente uma proposta construtiva” de realizar uma reunião técnica bilateral de especialistas assim que Kiev puder fornecer evidências.

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Kanani também reiterou que o Irã adere “à neutralidade ativa e se esforça para encontrar uma solução pacífica para a crise na Ucrânia”. Ele ainda negou o fornecimento de qualquer maquinário ou equipamento militar usado na guerra russa contra a Ucrânia.

Partes de um veículo aéreo não tripulado (UAV), que as autoridades ucranianas consideram ser um drone kamikaze (Shahed-136) fabricado pelo Irã. Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters

No final de outubro, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, sugeriu a criação de um grupo de investigação conjunto de especialistas militares iranianos e ucranianos para esclarecer as alegações do uso de drones iranianos na guerra contra a Ucrânia, lembrou a mídia ucraniana.

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O governo de Kiev relatou o uso maciço de drones ‘kamikaze’ pela Rússia para atacar a Ucrânia. Seriam drones do tipo Shahed-136, de fabricação iraniana, que as forças russas usam sob o nome “Geran”, de acordo com Kiev. O ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou que o fornecimento de armas pelo Irã à Rússia para travar uma guerra em larga escala a torna cúmplice de agressões e crimes de guerra contra a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, chegou a apresentar ao presidente ucraniano Volodmir Zelenski uma proposta para romper as relações diplomáticas com o Irã devido ao uso de drones iranianos pela Rússia contra a Ucrânia.

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Drones kamikaze

No início de setembro, as forças da Ucrânia relataram ter abatido o primeiro drone de fabricação iraniana utilizado pela Rússia na guerra. Conhecidos como “drones kamikaze”, o Shahed-136 e o Mohajer-6 podem atingir infraestruturas críticas da Ucrânia e destruir os armamentos militares ocidentais entregues para Kiev. Por isso, o uso cada vez mais frequente desses veículos aéreos não-tripulados tem chamado atenção do Ocidente e levado a Ucrânia a apelar por mais ajuda militar, já que os drones podem de fato mudar o curso da guerra, até agora favorável para os ucranianos.

O uso de drones kamikaze não é novidade em guerra, já sendo utilizado desde meados dos anos de 1980, mas é a primeira vez que a Rússia estaria utilizando um de bandeira estrangeira. A própria Ucrânia conta com os modernos Switchblade 600 dos Estados Unidos e dos Bayratkar TB2 da Turquia - que podem ou não carregar ogivas. Mas a experiência militar aérea russa pode ser um diferencial contra os ucranianos, além de a arma iraniana custar muito menos que a americana.

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A principal característica de um drone kamikaze é a capacidade de não só inspecionar e localizar alvos de ataque, mas se lançar contra os mesmos e destrui-los. O Shahed-136, é lançado da traseira de um caminhão e carrega uma ogiva de cerca de 30 kg. Ele é de difícil detecção, por isso “cai” do céu sem qualquer aviso prévio e pode voar muitos quilômetros longe da base de lançamento para fazer reconhecimento.

Ao avistar um alvo, ele solta a ogiva que pode atingir locais com precisão. Segundo militares ucranianos, essas aeronaves já conseguiram destruir obuses e veículos blindados utilizados pela Ucrânia, além de matar e ferir soldados. /EFE

LVIV - O governo do Irã negou a acusação de que estaria dando apoio militar à Rússia na guerra da Ucrânia e ofereceu ao governo de Kiev uma investigação conjunta sobre o uso de drones iranianos por Moscou. Em declarações reproduzidas pela mídia local, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Nasser Kanaani, rejeitou as alegações de que seu país forneceu apoio militar russo para atacar a Ucrânia.

Ao mesmo tempo, ele aconselhou o lado ucraniano a ser realista e, “em vez de publicar acusações supostamente falsas contra Teerã”, considerar “seriamente uma proposta construtiva” de realizar uma reunião técnica bilateral de especialistas assim que Kiev puder fornecer evidências.

Kanani também reiterou que o Irã adere “à neutralidade ativa e se esforça para encontrar uma solução pacífica para a crise na Ucrânia”. Ele ainda negou o fornecimento de qualquer maquinário ou equipamento militar usado na guerra russa contra a Ucrânia.

Partes de um veículo aéreo não tripulado (UAV), que as autoridades ucranianas consideram ser um drone kamikaze (Shahed-136) fabricado pelo Irã. Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters

No final de outubro, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, sugeriu a criação de um grupo de investigação conjunto de especialistas militares iranianos e ucranianos para esclarecer as alegações do uso de drones iranianos na guerra contra a Ucrânia, lembrou a mídia ucraniana.

O governo de Kiev relatou o uso maciço de drones ‘kamikaze’ pela Rússia para atacar a Ucrânia. Seriam drones do tipo Shahed-136, de fabricação iraniana, que as forças russas usam sob o nome “Geran”, de acordo com Kiev. O ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou que o fornecimento de armas pelo Irã à Rússia para travar uma guerra em larga escala a torna cúmplice de agressões e crimes de guerra contra a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, chegou a apresentar ao presidente ucraniano Volodmir Zelenski uma proposta para romper as relações diplomáticas com o Irã devido ao uso de drones iranianos pela Rússia contra a Ucrânia.

Drones kamikaze

No início de setembro, as forças da Ucrânia relataram ter abatido o primeiro drone de fabricação iraniana utilizado pela Rússia na guerra. Conhecidos como “drones kamikaze”, o Shahed-136 e o Mohajer-6 podem atingir infraestruturas críticas da Ucrânia e destruir os armamentos militares ocidentais entregues para Kiev. Por isso, o uso cada vez mais frequente desses veículos aéreos não-tripulados tem chamado atenção do Ocidente e levado a Ucrânia a apelar por mais ajuda militar, já que os drones podem de fato mudar o curso da guerra, até agora favorável para os ucranianos.

O uso de drones kamikaze não é novidade em guerra, já sendo utilizado desde meados dos anos de 1980, mas é a primeira vez que a Rússia estaria utilizando um de bandeira estrangeira. A própria Ucrânia conta com os modernos Switchblade 600 dos Estados Unidos e dos Bayratkar TB2 da Turquia - que podem ou não carregar ogivas. Mas a experiência militar aérea russa pode ser um diferencial contra os ucranianos, além de a arma iraniana custar muito menos que a americana.

A principal característica de um drone kamikaze é a capacidade de não só inspecionar e localizar alvos de ataque, mas se lançar contra os mesmos e destrui-los. O Shahed-136, é lançado da traseira de um caminhão e carrega uma ogiva de cerca de 30 kg. Ele é de difícil detecção, por isso “cai” do céu sem qualquer aviso prévio e pode voar muitos quilômetros longe da base de lançamento para fazer reconhecimento.

Ao avistar um alvo, ele solta a ogiva que pode atingir locais com precisão. Segundo militares ucranianos, essas aeronaves já conseguiram destruir obuses e veículos blindados utilizados pela Ucrânia, além de matar e ferir soldados. /EFE

LVIV - O governo do Irã negou a acusação de que estaria dando apoio militar à Rússia na guerra da Ucrânia e ofereceu ao governo de Kiev uma investigação conjunta sobre o uso de drones iranianos por Moscou. Em declarações reproduzidas pela mídia local, o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros do Irã, Nasser Kanaani, rejeitou as alegações de que seu país forneceu apoio militar russo para atacar a Ucrânia.

Ao mesmo tempo, ele aconselhou o lado ucraniano a ser realista e, “em vez de publicar acusações supostamente falsas contra Teerã”, considerar “seriamente uma proposta construtiva” de realizar uma reunião técnica bilateral de especialistas assim que Kiev puder fornecer evidências.

Kanani também reiterou que o Irã adere “à neutralidade ativa e se esforça para encontrar uma solução pacífica para a crise na Ucrânia”. Ele ainda negou o fornecimento de qualquer maquinário ou equipamento militar usado na guerra russa contra a Ucrânia.

Partes de um veículo aéreo não tripulado (UAV), que as autoridades ucranianas consideram ser um drone kamikaze (Shahed-136) fabricado pelo Irã. Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters Foto: Vyacheslav Madiyevskyy/Reuters

No final de outubro, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, sugeriu a criação de um grupo de investigação conjunto de especialistas militares iranianos e ucranianos para esclarecer as alegações do uso de drones iranianos na guerra contra a Ucrânia, lembrou a mídia ucraniana.

O governo de Kiev relatou o uso maciço de drones ‘kamikaze’ pela Rússia para atacar a Ucrânia. Seriam drones do tipo Shahed-136, de fabricação iraniana, que as forças russas usam sob o nome “Geran”, de acordo com Kiev. O ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou que o fornecimento de armas pelo Irã à Rússia para travar uma guerra em larga escala a torna cúmplice de agressões e crimes de guerra contra a Ucrânia.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, chegou a apresentar ao presidente ucraniano Volodmir Zelenski uma proposta para romper as relações diplomáticas com o Irã devido ao uso de drones iranianos pela Rússia contra a Ucrânia.

Drones kamikaze

No início de setembro, as forças da Ucrânia relataram ter abatido o primeiro drone de fabricação iraniana utilizado pela Rússia na guerra. Conhecidos como “drones kamikaze”, o Shahed-136 e o Mohajer-6 podem atingir infraestruturas críticas da Ucrânia e destruir os armamentos militares ocidentais entregues para Kiev. Por isso, o uso cada vez mais frequente desses veículos aéreos não-tripulados tem chamado atenção do Ocidente e levado a Ucrânia a apelar por mais ajuda militar, já que os drones podem de fato mudar o curso da guerra, até agora favorável para os ucranianos.

O uso de drones kamikaze não é novidade em guerra, já sendo utilizado desde meados dos anos de 1980, mas é a primeira vez que a Rússia estaria utilizando um de bandeira estrangeira. A própria Ucrânia conta com os modernos Switchblade 600 dos Estados Unidos e dos Bayratkar TB2 da Turquia - que podem ou não carregar ogivas. Mas a experiência militar aérea russa pode ser um diferencial contra os ucranianos, além de a arma iraniana custar muito menos que a americana.

A principal característica de um drone kamikaze é a capacidade de não só inspecionar e localizar alvos de ataque, mas se lançar contra os mesmos e destrui-los. O Shahed-136, é lançado da traseira de um caminhão e carrega uma ogiva de cerca de 30 kg. Ele é de difícil detecção, por isso “cai” do céu sem qualquer aviso prévio e pode voar muitos quilômetros longe da base de lançamento para fazer reconhecimento.

Ao avistar um alvo, ele solta a ogiva que pode atingir locais com precisão. Segundo militares ucranianos, essas aeronaves já conseguiram destruir obuses e veículos blindados utilizados pela Ucrânia, além de matar e ferir soldados. /EFE

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