Um vulcão no sudoeste da Islândia entrou em erupção pela sexta vez desde dezembro na quinta-feira, 22. De acordo com o The Guardian, a lava está sendo expelida por uma nova fissura, que se abriu após uma série de terremotos na península de Reykjanes. O sistema vulcânico na região não tem uma cratera central, mas abre fendas no solo quando entra em atividade.
Segundo meteorologistas, a força da erupção diminuiu desde o seu pico na noite de quinta-feira e, mesmo sem ter atingido o equilíbrio, não apresenta uma ameaça à população. Voos continuam chegando e partindo do País e todos os serviços funcionam normalmente.
A erupção não pegou os islandeses de surpresa e era considerada provável há semanas. Na segunda-feira, 19, especialistas apontaram um aumento de pressão e acúmulo de magma sob o campo geotérmico de Svartsengi, onde fica localizada uma central elétrica. A usina foi evacuada depois da primeira erupção, em dezembro, e funciona em grande parte sendo operada de forma remota.
De acordo com o The Guardian, desde 2021 ocorreram nove erupções na península, onde vivem cerca de 30 mil pessoas. Em resposta, as autoridades construíram barreiras para redirecionar os fluxos de lava para longe de infraestruturas críticas, como a central elétrica de Svartsengi, um spa ao ar livre e a cidade de Grindavík.
A cidade foi em grande parte esvaziada em dezembro, quando o vulcão entrou em atividade depois de um período de 800 anos adormecido. O geofísico Magnús Tumi Guðmundsson informou ao jornal britânico que, se a lava continuar fluindo como está, Grindavík não estará em perigo. “É claro que não sabemos o que vai acontecer no futuro próximo, mas é provável que ele (o vulcão) tenha atingido seu pico e agora vai começar a diminuir, como ocorreu nas outras erupções”, declarou.
A atividade vulcânica mais recente na península de Reykjanes terminou no fim de junho, após 24 dias de lava expelida. A Islândia conta com 33 sistemas vulcânicos ativos, o número mais alto da Europa, informa o The Guardian.