Vulcão na Islândia: o que se sabe sobre erupção que lançou jatos de magma a 120 metros de altura


Erupção começou na noite de segunda-feira, após semanas de alerta por atividade sísmica intensa; especialistas indicam que não há riscos para a população

Por Redação

Um vulcão localizado ao sul de Reykjavik, a capital da Islândia, prossegue em atividade nesta terça-feira, 19, depois de ter entrado em erupção na noite de segunda, 18, após semanas de alerta por uma atividade sísmica intensa na região. De acordo com autoridades locais, a atividade do vulcão parece estar diminuindo, mas ainda não se tem certeza quanto tempo a erupção pode durar.

O fenômeno começou por volta das 22h17 (19h17 em Brasília), após uma série de pequenos tremores. A erupção na noite de segunda-feira ocorreu a cerca de quatro quilômetros da cidade de Grindavik, informou o Gabinete Meteorológico da Islândia. A cidade perto do principal aeroporto da Islândia foi totalmente esvaziada em novembro depois que uma forte atividade sísmica danificou casas e aumentou o temor de uma erupção iminente.

Ao entrar em erupção, o vulcão gerou imagens impressionantes, provocando um flash de luz para o céu noturno e expelindo rocha semifundida para o ar. Veja o que se sabe até agora sobre a erupção.

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Fluxo de lava diminuiu

Às 3h locais desta terça-feira, a agência de meteorologia da Islândia informou que a intensidade da erupção estabilizou e que “a atividade está diminuindo”. “Estima-se o fluxo de lava em um quarto do que era no início, e um terço da fenda original está ativo”, informou a instituição.

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Os jatos de magma, que durante a noite alcançaram até 120 metros de altura, segundo alguns meios de comunicação locais, agora atingem no máximo 30 metros, adicionou a agência.

No entanto, os geólogos alertam que não se deve baixar a guarda, pois novas fendas podem se abrir sem aviso prévio, pelas quais o magma acumulado pode sair. Vidir Reynisson, diretor do Departamento de Proteção Civil, pediu à população que permaneça afastada da área. “Isto não é uma erupção turística”, alertou.

Espectadores se reúnem para observar o fluxo de lava após a erupção vulcânica perto da cidade de Grindavik. Vidir Reynisson, diretor do Departamento de Proteção Civil, alertou: “isto não é uma erupção turística”. Foto: EFE/EPA/ANTON BRINK
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Não se sabe quanto tempo pode durar

Magnus Tumi Gudmundsson, um cientista que sobrevoou o local na manhã de terça-feira a bordo de um voo de pesquisa da guarda costeira, disse que estima que o dobro de lava já tenha sido expelido do que toda a erupção de um mês na península neste verão.

Gudmundsson disse que se espera que a erupção continue diminuindo de intensidade, mas que os cientistas não têm ideia de quanto tempo isso poderá durar. “Pode acabar em uma semana ou pode demorar um pouco mais”, disse ele. Da mesma forma, o vulcanologista Ármann Höskuldsson indicou que se tudo ocorrer conforme as previsões, a erupção poderia durar entre uma semana e dez dias.

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Jatos de magma, durante a noite, chegaram a alcançaram até 120 metros de altura, segundo alguns meios de comunicação locais. Foto: Icelandic Coast Guard/Handout via REUTERS

‘Houve sorte’

O ministro da Infraestrutura da Islândia, assim como vários especialistas do país, consideram que até agora houve “sorte” com o local específico onde ocorreu a erupção. “Acho muito difícil dizer algo quando a natureza está envolvida, mas aparentemente, conforme parece estar concluindo esta manhã, parece que tivemos bastante sorte com a localização e desenvolvimento, e esperamos que continue assim”, disse o ministro da Infraestrutura, Sigurður Ingi Jóhannsson, à televisão pública RUV.

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O geofísico Björn Oddson, após sobrevoar o local, também afirmou que a fissura, que em seu pico tinha cerca de quatro quilômetros de comprimento, está alinhada com o antigo cratera do vulcão Fagradalsfjall e está no “melhor lugar” para uma erupção. O vulcanologista Ármann Höskuldsson confirmou essa visão, pois graças a uma localização “relativamente afortunada”, a lava não está fluindo em direção a nenhuma infraestrutura.

Céu ficou iluminado durante a noite devido à força da erupção de vulcão em Grindavik. Foto: AP Photo/Marco Di Marco

Sem riscos à população

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Os especialistas em vulcanologia consideram que a erupção do vulcão na Islândia não deve acarretar riscos para a população da ilha, embora tenham alertado para o possível queda na qualidade do ar em um raio de vários quilômetros devido às emissões de dióxido de enxofre.

O vulcanólogista Raúl Pérez avalia não há um perigo iminente para a população se forem tomadas as medidas de proteção adequadas, pois a própria topografia do terreno torna muito previsível o caminho que as correntes de lava seguirão.

Da mesma forma, a sismóloga Itahiza Domínguez, do Instituto Geográfico Nacional no Centro Geofísico das Canárias, observou também que as grandes correntes de lava causadas pelo vulcão serão “controladas” pela própria topografia da área.

Na opinião dela, não se trata de uma erupção que gerará grandes quantidades de cinzas como fez o Eyjafjallajökull em 2010, pois naquela ocasião a erupção ocorreu sob uma geleira e a água ajudou a aumentar a explosividade da erupção./EFE, AFP e Associated Press.

Um vulcão localizado ao sul de Reykjavik, a capital da Islândia, prossegue em atividade nesta terça-feira, 19, depois de ter entrado em erupção na noite de segunda, 18, após semanas de alerta por uma atividade sísmica intensa na região. De acordo com autoridades locais, a atividade do vulcão parece estar diminuindo, mas ainda não se tem certeza quanto tempo a erupção pode durar.

O fenômeno começou por volta das 22h17 (19h17 em Brasília), após uma série de pequenos tremores. A erupção na noite de segunda-feira ocorreu a cerca de quatro quilômetros da cidade de Grindavik, informou o Gabinete Meteorológico da Islândia. A cidade perto do principal aeroporto da Islândia foi totalmente esvaziada em novembro depois que uma forte atividade sísmica danificou casas e aumentou o temor de uma erupção iminente.

Ao entrar em erupção, o vulcão gerou imagens impressionantes, provocando um flash de luz para o céu noturno e expelindo rocha semifundida para o ar. Veja o que se sabe até agora sobre a erupção.

Fluxo de lava diminuiu

Às 3h locais desta terça-feira, a agência de meteorologia da Islândia informou que a intensidade da erupção estabilizou e que “a atividade está diminuindo”. “Estima-se o fluxo de lava em um quarto do que era no início, e um terço da fenda original está ativo”, informou a instituição.

Os jatos de magma, que durante a noite alcançaram até 120 metros de altura, segundo alguns meios de comunicação locais, agora atingem no máximo 30 metros, adicionou a agência.

No entanto, os geólogos alertam que não se deve baixar a guarda, pois novas fendas podem se abrir sem aviso prévio, pelas quais o magma acumulado pode sair. Vidir Reynisson, diretor do Departamento de Proteção Civil, pediu à população que permaneça afastada da área. “Isto não é uma erupção turística”, alertou.

Espectadores se reúnem para observar o fluxo de lava após a erupção vulcânica perto da cidade de Grindavik. Vidir Reynisson, diretor do Departamento de Proteção Civil, alertou: “isto não é uma erupção turística”. Foto: EFE/EPA/ANTON BRINK

Não se sabe quanto tempo pode durar

Magnus Tumi Gudmundsson, um cientista que sobrevoou o local na manhã de terça-feira a bordo de um voo de pesquisa da guarda costeira, disse que estima que o dobro de lava já tenha sido expelido do que toda a erupção de um mês na península neste verão.

Gudmundsson disse que se espera que a erupção continue diminuindo de intensidade, mas que os cientistas não têm ideia de quanto tempo isso poderá durar. “Pode acabar em uma semana ou pode demorar um pouco mais”, disse ele. Da mesma forma, o vulcanologista Ármann Höskuldsson indicou que se tudo ocorrer conforme as previsões, a erupção poderia durar entre uma semana e dez dias.

Jatos de magma, durante a noite, chegaram a alcançaram até 120 metros de altura, segundo alguns meios de comunicação locais. Foto: Icelandic Coast Guard/Handout via REUTERS

‘Houve sorte’

O ministro da Infraestrutura da Islândia, assim como vários especialistas do país, consideram que até agora houve “sorte” com o local específico onde ocorreu a erupção. “Acho muito difícil dizer algo quando a natureza está envolvida, mas aparentemente, conforme parece estar concluindo esta manhã, parece que tivemos bastante sorte com a localização e desenvolvimento, e esperamos que continue assim”, disse o ministro da Infraestrutura, Sigurður Ingi Jóhannsson, à televisão pública RUV.

O geofísico Björn Oddson, após sobrevoar o local, também afirmou que a fissura, que em seu pico tinha cerca de quatro quilômetros de comprimento, está alinhada com o antigo cratera do vulcão Fagradalsfjall e está no “melhor lugar” para uma erupção. O vulcanologista Ármann Höskuldsson confirmou essa visão, pois graças a uma localização “relativamente afortunada”, a lava não está fluindo em direção a nenhuma infraestrutura.

Céu ficou iluminado durante a noite devido à força da erupção de vulcão em Grindavik. Foto: AP Photo/Marco Di Marco

Sem riscos à população

Os especialistas em vulcanologia consideram que a erupção do vulcão na Islândia não deve acarretar riscos para a população da ilha, embora tenham alertado para o possível queda na qualidade do ar em um raio de vários quilômetros devido às emissões de dióxido de enxofre.

O vulcanólogista Raúl Pérez avalia não há um perigo iminente para a população se forem tomadas as medidas de proteção adequadas, pois a própria topografia do terreno torna muito previsível o caminho que as correntes de lava seguirão.

Da mesma forma, a sismóloga Itahiza Domínguez, do Instituto Geográfico Nacional no Centro Geofísico das Canárias, observou também que as grandes correntes de lava causadas pelo vulcão serão “controladas” pela própria topografia da área.

Na opinião dela, não se trata de uma erupção que gerará grandes quantidades de cinzas como fez o Eyjafjallajökull em 2010, pois naquela ocasião a erupção ocorreu sob uma geleira e a água ajudou a aumentar a explosividade da erupção./EFE, AFP e Associated Press.

Um vulcão localizado ao sul de Reykjavik, a capital da Islândia, prossegue em atividade nesta terça-feira, 19, depois de ter entrado em erupção na noite de segunda, 18, após semanas de alerta por uma atividade sísmica intensa na região. De acordo com autoridades locais, a atividade do vulcão parece estar diminuindo, mas ainda não se tem certeza quanto tempo a erupção pode durar.

O fenômeno começou por volta das 22h17 (19h17 em Brasília), após uma série de pequenos tremores. A erupção na noite de segunda-feira ocorreu a cerca de quatro quilômetros da cidade de Grindavik, informou o Gabinete Meteorológico da Islândia. A cidade perto do principal aeroporto da Islândia foi totalmente esvaziada em novembro depois que uma forte atividade sísmica danificou casas e aumentou o temor de uma erupção iminente.

Ao entrar em erupção, o vulcão gerou imagens impressionantes, provocando um flash de luz para o céu noturno e expelindo rocha semifundida para o ar. Veja o que se sabe até agora sobre a erupção.

Fluxo de lava diminuiu

Às 3h locais desta terça-feira, a agência de meteorologia da Islândia informou que a intensidade da erupção estabilizou e que “a atividade está diminuindo”. “Estima-se o fluxo de lava em um quarto do que era no início, e um terço da fenda original está ativo”, informou a instituição.

Os jatos de magma, que durante a noite alcançaram até 120 metros de altura, segundo alguns meios de comunicação locais, agora atingem no máximo 30 metros, adicionou a agência.

No entanto, os geólogos alertam que não se deve baixar a guarda, pois novas fendas podem se abrir sem aviso prévio, pelas quais o magma acumulado pode sair. Vidir Reynisson, diretor do Departamento de Proteção Civil, pediu à população que permaneça afastada da área. “Isto não é uma erupção turística”, alertou.

Espectadores se reúnem para observar o fluxo de lava após a erupção vulcânica perto da cidade de Grindavik. Vidir Reynisson, diretor do Departamento de Proteção Civil, alertou: “isto não é uma erupção turística”. Foto: EFE/EPA/ANTON BRINK

Não se sabe quanto tempo pode durar

Magnus Tumi Gudmundsson, um cientista que sobrevoou o local na manhã de terça-feira a bordo de um voo de pesquisa da guarda costeira, disse que estima que o dobro de lava já tenha sido expelido do que toda a erupção de um mês na península neste verão.

Gudmundsson disse que se espera que a erupção continue diminuindo de intensidade, mas que os cientistas não têm ideia de quanto tempo isso poderá durar. “Pode acabar em uma semana ou pode demorar um pouco mais”, disse ele. Da mesma forma, o vulcanologista Ármann Höskuldsson indicou que se tudo ocorrer conforme as previsões, a erupção poderia durar entre uma semana e dez dias.

Jatos de magma, durante a noite, chegaram a alcançaram até 120 metros de altura, segundo alguns meios de comunicação locais. Foto: Icelandic Coast Guard/Handout via REUTERS

‘Houve sorte’

O ministro da Infraestrutura da Islândia, assim como vários especialistas do país, consideram que até agora houve “sorte” com o local específico onde ocorreu a erupção. “Acho muito difícil dizer algo quando a natureza está envolvida, mas aparentemente, conforme parece estar concluindo esta manhã, parece que tivemos bastante sorte com a localização e desenvolvimento, e esperamos que continue assim”, disse o ministro da Infraestrutura, Sigurður Ingi Jóhannsson, à televisão pública RUV.

O geofísico Björn Oddson, após sobrevoar o local, também afirmou que a fissura, que em seu pico tinha cerca de quatro quilômetros de comprimento, está alinhada com o antigo cratera do vulcão Fagradalsfjall e está no “melhor lugar” para uma erupção. O vulcanologista Ármann Höskuldsson confirmou essa visão, pois graças a uma localização “relativamente afortunada”, a lava não está fluindo em direção a nenhuma infraestrutura.

Céu ficou iluminado durante a noite devido à força da erupção de vulcão em Grindavik. Foto: AP Photo/Marco Di Marco

Sem riscos à população

Os especialistas em vulcanologia consideram que a erupção do vulcão na Islândia não deve acarretar riscos para a população da ilha, embora tenham alertado para o possível queda na qualidade do ar em um raio de vários quilômetros devido às emissões de dióxido de enxofre.

O vulcanólogista Raúl Pérez avalia não há um perigo iminente para a população se forem tomadas as medidas de proteção adequadas, pois a própria topografia do terreno torna muito previsível o caminho que as correntes de lava seguirão.

Da mesma forma, a sismóloga Itahiza Domínguez, do Instituto Geográfico Nacional no Centro Geofísico das Canárias, observou também que as grandes correntes de lava causadas pelo vulcão serão “controladas” pela própria topografia da área.

Na opinião dela, não se trata de uma erupção que gerará grandes quantidades de cinzas como fez o Eyjafjallajökull em 2010, pois naquela ocasião a erupção ocorreu sob uma geleira e a água ajudou a aumentar a explosividade da erupção./EFE, AFP e Associated Press.

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