O que se sabe sobre a morte de Ismaiyl Hanyeh, líder do Hamas morto no Irã


O principal líder político do Hamas, que era fundamental para as negociações de cessar-fogo e a diplomacia do grupo, foi morto na capital do Irã

Por Victoria Kim

O assassinato de Ismail Haniyeh, um dos líderes políticos mais importantes do Hamas, na capital do Irã, nesta quarta-feira, 31, ameaça aumentar as tensões no Oriente Médio e pode comprometer ainda mais qualquer perspectiva de avanço nas negociações, já paralisadas, para acabar com a guerra em Gaza.

Haniyeh foi morto quando estava em Teerã com outros membros importantes do chamado “eixo de resistência” do Irã - que inclui o Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen - para participar da posse do recém-eleito presidente do Irã.

Integrantes do Hamas participam de um protesto para condenar o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no campo de refugiados palestinos de al-Bass, no sul do Líbano Foto: Mohammed Zaatari/AP
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O Hamas e a mídia estatal iraniana culparam Israel pela morte de Haniyeh, o líder político do grupo terrorista, que era fundamental para suas negociações e diplomacia de alto risco. As Forças Armadas de Israel não comentaram o assassinato.

Aqui está um resumo do que se sabe até agora:

Haniyeh foi morto menos de um dia depois que Israel realizou um ataque contra um comandante do Hezbollah em um subúrbio de Beirute, em retaliação a um ataque do grupo radical islâmico no fim de semana em uma cidade controlada por Israel que matou 12 crianças e adolescentes.

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O assassinato em Teerã faz com que Israel enfrente possíveis respostas tanto do Hamas quanto do Hezbollah pelos ataques a seus líderes e do Irã pelas mortes dentro de suas fronteiras.

Antes dos ataques, havia expectativas de que Israel e o Hamas estivessem próximos de um cessar-fogo para interromper a guerra de quase 10 meses em Gaza, que deixou dezenas de milhares de mortos e provocou uma crise humanitária cada vez mais profunda no enclave.

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Haniyeh estava entre os negociadores nas conversações em andamento entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Egito, Qatar e Estados Unidos, para acabar com a guerra em Gaza em troca de reféns capturados no ataque liderado pelo Hamas contra Israel.

O local de sua morte, na capital do Irã, é significativo

Haniyeh liderava a facção política do grupo terrorista Hamas do exílio no Catar, onde está radicado desde 2017. Israel mantém laços informais com o Catar e não atacou os líderes do Hamas naquele país.

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A incapacidade de proteger o líder de um aliado em sua capital é uma grave violação de segurança para o Irã. Haniyeh havia se reunido com o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, na terça-feira, 30, pouco antes de sua morte. Isso também levanta questões sobre a segurança dos principais líderes do Irã e a capacidade de Israel de atingi-los.

O Irã realizou uma reunião de emergência de seu Conselho Supremo de Segurança Nacional na residência do líder supremo. A televisão estatal iraniana, que reflete a opinião do líder supremo e do governo, disse na manhã de quarta-feira que o ataque levaria à retaliação de grupos militantes apoiados pelo Irã na região.

Israel realizou uma série de assassinatos de importantes figuras políticas no Irã nos últimos anos, o que gerou alarme na teocracia iraniana e levou a uma revisão dos protocolos de segurança.

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Imagem de arquivo mostra Ismail Haniyeh, líder do grupo militante palestino Hamas, em entrevista a jornalistas após sua reunião com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, em Beirute, Líbano, em junho de 2021 Foto: Hassan Ammar/AP/Arquivo

Há anos, o Irã e Israel travam uma guerra secreta por meio de representantes e assassinatos direcionados. Em abril, o Irã lançou centenas de mísseis contra Israel após um ataque israelense contra comandantes iranianos na Síria.

O assassinato pode colocar em risco as negociações de cessar-fogo

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Até o final da semana passada, as autoridades haviam dito que negociações para um cessar-fogo na guerra em Gaza “haviam feito progresso”, apesar das persistentes lacunas em várias questões críticas.

A morte de Haniyeh, uma figura-chave nas negociações, deixa a perspectiva de um acordo ainda mais incerta.

O Catar, que desempenhou um papel central na intermediação das conversações entre Israel e o Hamas, condenou o assassinato de Haniyeh, chamando-o de “um crime horrível e uma escalada perigosa”.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar disse em um comunicado na quarta-feira que o assassinato e o “contínuo ataque a civis em Gaza” por parte de Israel estavam “levando a região ao caos”.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, disse nesta quarta-feira 31, que o governo americano, que também está mediando as negociações junto com o Catar e o Egito, “trabalhará arduamente para garantir que estamos fazendo coisas para ajudar a baixar a temperatura e abordar as questões por meios diplomáticos”./NYT

O assassinato de Ismail Haniyeh, um dos líderes políticos mais importantes do Hamas, na capital do Irã, nesta quarta-feira, 31, ameaça aumentar as tensões no Oriente Médio e pode comprometer ainda mais qualquer perspectiva de avanço nas negociações, já paralisadas, para acabar com a guerra em Gaza.

Haniyeh foi morto quando estava em Teerã com outros membros importantes do chamado “eixo de resistência” do Irã - que inclui o Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen - para participar da posse do recém-eleito presidente do Irã.

Integrantes do Hamas participam de um protesto para condenar o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no campo de refugiados palestinos de al-Bass, no sul do Líbano Foto: Mohammed Zaatari/AP

O Hamas e a mídia estatal iraniana culparam Israel pela morte de Haniyeh, o líder político do grupo terrorista, que era fundamental para suas negociações e diplomacia de alto risco. As Forças Armadas de Israel não comentaram o assassinato.

Aqui está um resumo do que se sabe até agora:

Haniyeh foi morto menos de um dia depois que Israel realizou um ataque contra um comandante do Hezbollah em um subúrbio de Beirute, em retaliação a um ataque do grupo radical islâmico no fim de semana em uma cidade controlada por Israel que matou 12 crianças e adolescentes.

O assassinato em Teerã faz com que Israel enfrente possíveis respostas tanto do Hamas quanto do Hezbollah pelos ataques a seus líderes e do Irã pelas mortes dentro de suas fronteiras.

Antes dos ataques, havia expectativas de que Israel e o Hamas estivessem próximos de um cessar-fogo para interromper a guerra de quase 10 meses em Gaza, que deixou dezenas de milhares de mortos e provocou uma crise humanitária cada vez mais profunda no enclave.

Haniyeh estava entre os negociadores nas conversações em andamento entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Egito, Qatar e Estados Unidos, para acabar com a guerra em Gaza em troca de reféns capturados no ataque liderado pelo Hamas contra Israel.

O local de sua morte, na capital do Irã, é significativo

Haniyeh liderava a facção política do grupo terrorista Hamas do exílio no Catar, onde está radicado desde 2017. Israel mantém laços informais com o Catar e não atacou os líderes do Hamas naquele país.

A incapacidade de proteger o líder de um aliado em sua capital é uma grave violação de segurança para o Irã. Haniyeh havia se reunido com o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, na terça-feira, 30, pouco antes de sua morte. Isso também levanta questões sobre a segurança dos principais líderes do Irã e a capacidade de Israel de atingi-los.

O Irã realizou uma reunião de emergência de seu Conselho Supremo de Segurança Nacional na residência do líder supremo. A televisão estatal iraniana, que reflete a opinião do líder supremo e do governo, disse na manhã de quarta-feira que o ataque levaria à retaliação de grupos militantes apoiados pelo Irã na região.

Israel realizou uma série de assassinatos de importantes figuras políticas no Irã nos últimos anos, o que gerou alarme na teocracia iraniana e levou a uma revisão dos protocolos de segurança.

Imagem de arquivo mostra Ismail Haniyeh, líder do grupo militante palestino Hamas, em entrevista a jornalistas após sua reunião com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, em Beirute, Líbano, em junho de 2021 Foto: Hassan Ammar/AP/Arquivo

Há anos, o Irã e Israel travam uma guerra secreta por meio de representantes e assassinatos direcionados. Em abril, o Irã lançou centenas de mísseis contra Israel após um ataque israelense contra comandantes iranianos na Síria.

O assassinato pode colocar em risco as negociações de cessar-fogo

Até o final da semana passada, as autoridades haviam dito que negociações para um cessar-fogo na guerra em Gaza “haviam feito progresso”, apesar das persistentes lacunas em várias questões críticas.

A morte de Haniyeh, uma figura-chave nas negociações, deixa a perspectiva de um acordo ainda mais incerta.

O Catar, que desempenhou um papel central na intermediação das conversações entre Israel e o Hamas, condenou o assassinato de Haniyeh, chamando-o de “um crime horrível e uma escalada perigosa”.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar disse em um comunicado na quarta-feira que o assassinato e o “contínuo ataque a civis em Gaza” por parte de Israel estavam “levando a região ao caos”.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, disse nesta quarta-feira 31, que o governo americano, que também está mediando as negociações junto com o Catar e o Egito, “trabalhará arduamente para garantir que estamos fazendo coisas para ajudar a baixar a temperatura e abordar as questões por meios diplomáticos”./NYT

O assassinato de Ismail Haniyeh, um dos líderes políticos mais importantes do Hamas, na capital do Irã, nesta quarta-feira, 31, ameaça aumentar as tensões no Oriente Médio e pode comprometer ainda mais qualquer perspectiva de avanço nas negociações, já paralisadas, para acabar com a guerra em Gaza.

Haniyeh foi morto quando estava em Teerã com outros membros importantes do chamado “eixo de resistência” do Irã - que inclui o Hamas em Gaza, o Hezbollah no Líbano e os Houthis no Iêmen - para participar da posse do recém-eleito presidente do Irã.

Integrantes do Hamas participam de um protesto para condenar o assassinato do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, no campo de refugiados palestinos de al-Bass, no sul do Líbano Foto: Mohammed Zaatari/AP

O Hamas e a mídia estatal iraniana culparam Israel pela morte de Haniyeh, o líder político do grupo terrorista, que era fundamental para suas negociações e diplomacia de alto risco. As Forças Armadas de Israel não comentaram o assassinato.

Aqui está um resumo do que se sabe até agora:

Haniyeh foi morto menos de um dia depois que Israel realizou um ataque contra um comandante do Hezbollah em um subúrbio de Beirute, em retaliação a um ataque do grupo radical islâmico no fim de semana em uma cidade controlada por Israel que matou 12 crianças e adolescentes.

O assassinato em Teerã faz com que Israel enfrente possíveis respostas tanto do Hamas quanto do Hezbollah pelos ataques a seus líderes e do Irã pelas mortes dentro de suas fronteiras.

Antes dos ataques, havia expectativas de que Israel e o Hamas estivessem próximos de um cessar-fogo para interromper a guerra de quase 10 meses em Gaza, que deixou dezenas de milhares de mortos e provocou uma crise humanitária cada vez mais profunda no enclave.

Haniyeh estava entre os negociadores nas conversações em andamento entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Egito, Qatar e Estados Unidos, para acabar com a guerra em Gaza em troca de reféns capturados no ataque liderado pelo Hamas contra Israel.

O local de sua morte, na capital do Irã, é significativo

Haniyeh liderava a facção política do grupo terrorista Hamas do exílio no Catar, onde está radicado desde 2017. Israel mantém laços informais com o Catar e não atacou os líderes do Hamas naquele país.

A incapacidade de proteger o líder de um aliado em sua capital é uma grave violação de segurança para o Irã. Haniyeh havia se reunido com o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, na terça-feira, 30, pouco antes de sua morte. Isso também levanta questões sobre a segurança dos principais líderes do Irã e a capacidade de Israel de atingi-los.

O Irã realizou uma reunião de emergência de seu Conselho Supremo de Segurança Nacional na residência do líder supremo. A televisão estatal iraniana, que reflete a opinião do líder supremo e do governo, disse na manhã de quarta-feira que o ataque levaria à retaliação de grupos militantes apoiados pelo Irã na região.

Israel realizou uma série de assassinatos de importantes figuras políticas no Irã nos últimos anos, o que gerou alarme na teocracia iraniana e levou a uma revisão dos protocolos de segurança.

Imagem de arquivo mostra Ismail Haniyeh, líder do grupo militante palestino Hamas, em entrevista a jornalistas após sua reunião com o presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, em Beirute, Líbano, em junho de 2021 Foto: Hassan Ammar/AP/Arquivo

Há anos, o Irã e Israel travam uma guerra secreta por meio de representantes e assassinatos direcionados. Em abril, o Irã lançou centenas de mísseis contra Israel após um ataque israelense contra comandantes iranianos na Síria.

O assassinato pode colocar em risco as negociações de cessar-fogo

Até o final da semana passada, as autoridades haviam dito que negociações para um cessar-fogo na guerra em Gaza “haviam feito progresso”, apesar das persistentes lacunas em várias questões críticas.

A morte de Haniyeh, uma figura-chave nas negociações, deixa a perspectiva de um acordo ainda mais incerta.

O Catar, que desempenhou um papel central na intermediação das conversações entre Israel e o Hamas, condenou o assassinato de Haniyeh, chamando-o de “um crime horrível e uma escalada perigosa”.

O Ministério das Relações Exteriores do Catar disse em um comunicado na quarta-feira que o assassinato e o “contínuo ataque a civis em Gaza” por parte de Israel estavam “levando a região ao caos”.

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd J. Austin, disse nesta quarta-feira 31, que o governo americano, que também está mediando as negociações junto com o Catar e o Egito, “trabalhará arduamente para garantir que estamos fazendo coisas para ajudar a baixar a temperatura e abordar as questões por meios diplomáticos”./NYT

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