Israel ameaça invadir Rafah por terra até o Ramadã se reféns não forem libertados pelo Hamas


Data sagrada do calendário islâmico começa no dia 10 de março; 1,5 milhão de palestinos se encontram em Rafah após deslocamentos causados pela guerra

Por Redação
Atualização:

Israel ameaçou invadir a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, até o início do Ramadã se o grupo terrorista Hamas não libertar os reféns restantes de 7 de outubro de 2023. Segundo o ministro sem pasta Benny Gantz, se o Hamas libertar os judeus, os civis de Gaza “poderão celebrar” a data sagrada do calendário muçulmano.

O Ramadã começa no dia 10 de março, no nono mês do calendário islâmico. “O mundo deve saber, e os líderes do Hamas devem saber: se até o Ramadã os nossos reféns não estiverem em casa, os combates continuarão em todas as partes, incluindo a área de Rafah”, disse Gantz durante uma conferência de líderes judeus americanos em Jerusalém.

Há mais de uma semana, Israel tem intensificado ataques aéreos em Rafah, onde cerca de 1,5 milhões de palestinos, a maioria muçulmano, estão abrigados após terem suas residências destruídas no norte e no centro de Gaza. O Exército israelense afirma que a cidade é o último refúgio dos militantes do Hamas.

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Deslocados palestinos em Rafah fazem fila para ter acesso a comida em escola do governo, em imagem desta segunda-feira, 19. Israel promete atacar cidade até o Ramadã caso reféns não sejam libertados Foto: Mohammed Abed / AFP

Esta é a primeira vez que o governo israelense estabelece um prazo para atacar Rafah por terra. A região é a última cidade da Faixa de Gaza que não foi invadida por tropas terrestres desde o início do conflito.

No Cairo, capital do Egito, autoridades negociam um cessar-fogo nos combates e tentam evitar a nova operação terrestre de Israel. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, no entanto, não tem mostrado disposição para interromper o plano de invadir Rafah. Apesar da pressão internacional, ele insiste que a vitória só “estará completa” com uma “ação poderosa” em Rafah.

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Tanto Netanyahu quanto Benny Gantz afirmam que os civis serão retirados da área, mas não explicam como. Organizações humanitárias alertam para o fato deles não terem para onde ir, já que o restante da Faixa de Gaza está destruído.

Antes do ataque de 7 de outubro, havia 280 mil habitantes na província de Rafa. Esse número cresceu para 1,4 milhão, segundo a Unicef, incluindo 600 mil crianças. Muitos foram orçados a fugir várias vezes desde o início dos ataques israelenses em Gaza.

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As condições são consideradas terríveis por organizações humanitárias. Rafah é “um gigantesco campo de refugiados”, mas sequer há tendas para todo mundo se abrigar, afirmou Tamara Alrifai, da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, à imprensa britânica. O local tem surto de doenças como hepatite A, gastroenterite e diarreia e os suprimentos médicos são escassos.

Israel ameaçou invadir a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, até o início do Ramadã se o grupo terrorista Hamas não libertar os reféns restantes de 7 de outubro de 2023. Segundo o ministro sem pasta Benny Gantz, se o Hamas libertar os judeus, os civis de Gaza “poderão celebrar” a data sagrada do calendário muçulmano.

O Ramadã começa no dia 10 de março, no nono mês do calendário islâmico. “O mundo deve saber, e os líderes do Hamas devem saber: se até o Ramadã os nossos reféns não estiverem em casa, os combates continuarão em todas as partes, incluindo a área de Rafah”, disse Gantz durante uma conferência de líderes judeus americanos em Jerusalém.

Há mais de uma semana, Israel tem intensificado ataques aéreos em Rafah, onde cerca de 1,5 milhões de palestinos, a maioria muçulmano, estão abrigados após terem suas residências destruídas no norte e no centro de Gaza. O Exército israelense afirma que a cidade é o último refúgio dos militantes do Hamas.

Deslocados palestinos em Rafah fazem fila para ter acesso a comida em escola do governo, em imagem desta segunda-feira, 19. Israel promete atacar cidade até o Ramadã caso reféns não sejam libertados Foto: Mohammed Abed / AFP

Esta é a primeira vez que o governo israelense estabelece um prazo para atacar Rafah por terra. A região é a última cidade da Faixa de Gaza que não foi invadida por tropas terrestres desde o início do conflito.

No Cairo, capital do Egito, autoridades negociam um cessar-fogo nos combates e tentam evitar a nova operação terrestre de Israel. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, no entanto, não tem mostrado disposição para interromper o plano de invadir Rafah. Apesar da pressão internacional, ele insiste que a vitória só “estará completa” com uma “ação poderosa” em Rafah.

Tanto Netanyahu quanto Benny Gantz afirmam que os civis serão retirados da área, mas não explicam como. Organizações humanitárias alertam para o fato deles não terem para onde ir, já que o restante da Faixa de Gaza está destruído.

Antes do ataque de 7 de outubro, havia 280 mil habitantes na província de Rafa. Esse número cresceu para 1,4 milhão, segundo a Unicef, incluindo 600 mil crianças. Muitos foram orçados a fugir várias vezes desde o início dos ataques israelenses em Gaza.

As condições são consideradas terríveis por organizações humanitárias. Rafah é “um gigantesco campo de refugiados”, mas sequer há tendas para todo mundo se abrigar, afirmou Tamara Alrifai, da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, à imprensa britânica. O local tem surto de doenças como hepatite A, gastroenterite e diarreia e os suprimentos médicos são escassos.

Israel ameaçou invadir a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, até o início do Ramadã se o grupo terrorista Hamas não libertar os reféns restantes de 7 de outubro de 2023. Segundo o ministro sem pasta Benny Gantz, se o Hamas libertar os judeus, os civis de Gaza “poderão celebrar” a data sagrada do calendário muçulmano.

O Ramadã começa no dia 10 de março, no nono mês do calendário islâmico. “O mundo deve saber, e os líderes do Hamas devem saber: se até o Ramadã os nossos reféns não estiverem em casa, os combates continuarão em todas as partes, incluindo a área de Rafah”, disse Gantz durante uma conferência de líderes judeus americanos em Jerusalém.

Há mais de uma semana, Israel tem intensificado ataques aéreos em Rafah, onde cerca de 1,5 milhões de palestinos, a maioria muçulmano, estão abrigados após terem suas residências destruídas no norte e no centro de Gaza. O Exército israelense afirma que a cidade é o último refúgio dos militantes do Hamas.

Deslocados palestinos em Rafah fazem fila para ter acesso a comida em escola do governo, em imagem desta segunda-feira, 19. Israel promete atacar cidade até o Ramadã caso reféns não sejam libertados Foto: Mohammed Abed / AFP

Esta é a primeira vez que o governo israelense estabelece um prazo para atacar Rafah por terra. A região é a última cidade da Faixa de Gaza que não foi invadida por tropas terrestres desde o início do conflito.

No Cairo, capital do Egito, autoridades negociam um cessar-fogo nos combates e tentam evitar a nova operação terrestre de Israel. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, no entanto, não tem mostrado disposição para interromper o plano de invadir Rafah. Apesar da pressão internacional, ele insiste que a vitória só “estará completa” com uma “ação poderosa” em Rafah.

Tanto Netanyahu quanto Benny Gantz afirmam que os civis serão retirados da área, mas não explicam como. Organizações humanitárias alertam para o fato deles não terem para onde ir, já que o restante da Faixa de Gaza está destruído.

Antes do ataque de 7 de outubro, havia 280 mil habitantes na província de Rafa. Esse número cresceu para 1,4 milhão, segundo a Unicef, incluindo 600 mil crianças. Muitos foram orçados a fugir várias vezes desde o início dos ataques israelenses em Gaza.

As condições são consideradas terríveis por organizações humanitárias. Rafah é “um gigantesco campo de refugiados”, mas sequer há tendas para todo mundo se abrigar, afirmou Tamara Alrifai, da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, à imprensa britânica. O local tem surto de doenças como hepatite A, gastroenterite e diarreia e os suprimentos médicos são escassos.

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