Israel anuncia acordo para normalizar relações com Sudão


Pacto deve ser assinado após a transferência de poder dos militares para um governo civil no Sudão

Por Redação

Sudão e Israel chegaram a um acordo nesta quinta-feira, 2, para normalizar as relações diplomáticas entre os dois, segundo informaram as autoridades dos países. O pacto deve ser assinado após a transferência de poder dos militares para um governo civil em Cartum, no fim do ano, segundo a chancelaria de Israel.

O chanceler israelense, Eli Cohem, visitou Cartum e foi recebida pelo general Abdel Fattah al-Burhan, que governa o Sudão desde o golpe de Estado de 2021. Trata-se da primeira visita de uma autoridade máxima da diplomacia israelense ao país de maioria muçulmana.

Após o encontro, o acordo foi confirmado pela diplomacia de ambos países. Ao desembarcar em Tel Aviv, Cohen indicou que os dois países planejam assinar um “tratado de paz”. “Estou feliz de anunciar que, durante a visita, concordamos em assinar um tratado de paz”, declarou. A diplomacia de Israel considerou a visita de Cohen ao Sudão uma “viagem política histórica”.

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Imagem mostra o general Abdel Fattah al-Burhan no encontro com o chanceler de Israel, Eli Cohen, em Cartum. Ambos chegaram a um acordo para normalizar as relações bilaterais Foto: Governo do Sudão/via Reuters

Al-Burhan e Cohen discutiram “formas de estabelecer uma relação [bilateral] frutífera” e “possibilidades de cooperação” em segurança, agricultura, energia, saúde, questões hídricas e educação, de acordo com o Conselho Soberano do Sudão.

Acordos de Abraão

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Em 2021, o Sudão aderiu aos Acordos de Abraão, que permitiram que vários países árabes reconhecessem Israel como Estado legítimo, e obteve uma ajuda financeira dos Estados Unidos, que o retiraram da lista de Estados acusados de financiar o terrorismo.

O acordo inclui os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos. Ao contrário destes, o Sudão não havia tomado até agora medidas concretas para fortalecer as relações com Israel.

Embora o Sudão não tenha a influência ou a riqueza dos países árabes do Golfo, um acordo com o país – mesmo quando está atolado em uma profunda crise política e econômica – seria profundamente significativo para Israel.

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O Sudão já foi um dos críticos mais ferozes de Israel no mundo árabe e, em 1993, os EUA o designaram como um Estado patrocinador do terrorismo. O governo de Donald Trump removeu o país dessa lista em 2020, uma medida destinada a ajudá-lo a reviver a economia combalida e acabar com o status de pária.

Cohen falou sobre o próximo acordo como um “tratado de paz” por causa da animosidade de longa data das duas nações. O Sudão sediou uma conferência histórica da Liga Árabe após a guerra do Oriente Médio de 1967, onde oito países árabes aprovaram os “três nãos”: nenhuma paz com Israel, nenhum reconhecimento de Israel e nenhuma negociação.

Sob o governo autocrático de Omar al-Bashir, o Sudão também serviu de caminho para o arqui-inimigo de Israel, o Irã, fornecer armas aos militantes palestinos na Faixa de Gaza. Acredita-se que Israel esteja por trás de ataques aéreos no Sudão que destruíram um comboio de armas em 2009 e uma fábrica de armas em 2012. /AFP, AP

Sudão e Israel chegaram a um acordo nesta quinta-feira, 2, para normalizar as relações diplomáticas entre os dois, segundo informaram as autoridades dos países. O pacto deve ser assinado após a transferência de poder dos militares para um governo civil em Cartum, no fim do ano, segundo a chancelaria de Israel.

O chanceler israelense, Eli Cohem, visitou Cartum e foi recebida pelo general Abdel Fattah al-Burhan, que governa o Sudão desde o golpe de Estado de 2021. Trata-se da primeira visita de uma autoridade máxima da diplomacia israelense ao país de maioria muçulmana.

Após o encontro, o acordo foi confirmado pela diplomacia de ambos países. Ao desembarcar em Tel Aviv, Cohen indicou que os dois países planejam assinar um “tratado de paz”. “Estou feliz de anunciar que, durante a visita, concordamos em assinar um tratado de paz”, declarou. A diplomacia de Israel considerou a visita de Cohen ao Sudão uma “viagem política histórica”.

Imagem mostra o general Abdel Fattah al-Burhan no encontro com o chanceler de Israel, Eli Cohen, em Cartum. Ambos chegaram a um acordo para normalizar as relações bilaterais Foto: Governo do Sudão/via Reuters

Al-Burhan e Cohen discutiram “formas de estabelecer uma relação [bilateral] frutífera” e “possibilidades de cooperação” em segurança, agricultura, energia, saúde, questões hídricas e educação, de acordo com o Conselho Soberano do Sudão.

Acordos de Abraão

Em 2021, o Sudão aderiu aos Acordos de Abraão, que permitiram que vários países árabes reconhecessem Israel como Estado legítimo, e obteve uma ajuda financeira dos Estados Unidos, que o retiraram da lista de Estados acusados de financiar o terrorismo.

O acordo inclui os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos. Ao contrário destes, o Sudão não havia tomado até agora medidas concretas para fortalecer as relações com Israel.

Embora o Sudão não tenha a influência ou a riqueza dos países árabes do Golfo, um acordo com o país – mesmo quando está atolado em uma profunda crise política e econômica – seria profundamente significativo para Israel.

O Sudão já foi um dos críticos mais ferozes de Israel no mundo árabe e, em 1993, os EUA o designaram como um Estado patrocinador do terrorismo. O governo de Donald Trump removeu o país dessa lista em 2020, uma medida destinada a ajudá-lo a reviver a economia combalida e acabar com o status de pária.

Cohen falou sobre o próximo acordo como um “tratado de paz” por causa da animosidade de longa data das duas nações. O Sudão sediou uma conferência histórica da Liga Árabe após a guerra do Oriente Médio de 1967, onde oito países árabes aprovaram os “três nãos”: nenhuma paz com Israel, nenhum reconhecimento de Israel e nenhuma negociação.

Sob o governo autocrático de Omar al-Bashir, o Sudão também serviu de caminho para o arqui-inimigo de Israel, o Irã, fornecer armas aos militantes palestinos na Faixa de Gaza. Acredita-se que Israel esteja por trás de ataques aéreos no Sudão que destruíram um comboio de armas em 2009 e uma fábrica de armas em 2012. /AFP, AP

Sudão e Israel chegaram a um acordo nesta quinta-feira, 2, para normalizar as relações diplomáticas entre os dois, segundo informaram as autoridades dos países. O pacto deve ser assinado após a transferência de poder dos militares para um governo civil em Cartum, no fim do ano, segundo a chancelaria de Israel.

O chanceler israelense, Eli Cohem, visitou Cartum e foi recebida pelo general Abdel Fattah al-Burhan, que governa o Sudão desde o golpe de Estado de 2021. Trata-se da primeira visita de uma autoridade máxima da diplomacia israelense ao país de maioria muçulmana.

Após o encontro, o acordo foi confirmado pela diplomacia de ambos países. Ao desembarcar em Tel Aviv, Cohen indicou que os dois países planejam assinar um “tratado de paz”. “Estou feliz de anunciar que, durante a visita, concordamos em assinar um tratado de paz”, declarou. A diplomacia de Israel considerou a visita de Cohen ao Sudão uma “viagem política histórica”.

Imagem mostra o general Abdel Fattah al-Burhan no encontro com o chanceler de Israel, Eli Cohen, em Cartum. Ambos chegaram a um acordo para normalizar as relações bilaterais Foto: Governo do Sudão/via Reuters

Al-Burhan e Cohen discutiram “formas de estabelecer uma relação [bilateral] frutífera” e “possibilidades de cooperação” em segurança, agricultura, energia, saúde, questões hídricas e educação, de acordo com o Conselho Soberano do Sudão.

Acordos de Abraão

Em 2021, o Sudão aderiu aos Acordos de Abraão, que permitiram que vários países árabes reconhecessem Israel como Estado legítimo, e obteve uma ajuda financeira dos Estados Unidos, que o retiraram da lista de Estados acusados de financiar o terrorismo.

O acordo inclui os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos. Ao contrário destes, o Sudão não havia tomado até agora medidas concretas para fortalecer as relações com Israel.

Embora o Sudão não tenha a influência ou a riqueza dos países árabes do Golfo, um acordo com o país – mesmo quando está atolado em uma profunda crise política e econômica – seria profundamente significativo para Israel.

O Sudão já foi um dos críticos mais ferozes de Israel no mundo árabe e, em 1993, os EUA o designaram como um Estado patrocinador do terrorismo. O governo de Donald Trump removeu o país dessa lista em 2020, uma medida destinada a ajudá-lo a reviver a economia combalida e acabar com o status de pária.

Cohen falou sobre o próximo acordo como um “tratado de paz” por causa da animosidade de longa data das duas nações. O Sudão sediou uma conferência histórica da Liga Árabe após a guerra do Oriente Médio de 1967, onde oito países árabes aprovaram os “três nãos”: nenhuma paz com Israel, nenhum reconhecimento de Israel e nenhuma negociação.

Sob o governo autocrático de Omar al-Bashir, o Sudão também serviu de caminho para o arqui-inimigo de Israel, o Irã, fornecer armas aos militantes palestinos na Faixa de Gaza. Acredita-se que Israel esteja por trás de ataques aéreos no Sudão que destruíram um comboio de armas em 2009 e uma fábrica de armas em 2012. /AFP, AP

Sudão e Israel chegaram a um acordo nesta quinta-feira, 2, para normalizar as relações diplomáticas entre os dois, segundo informaram as autoridades dos países. O pacto deve ser assinado após a transferência de poder dos militares para um governo civil em Cartum, no fim do ano, segundo a chancelaria de Israel.

O chanceler israelense, Eli Cohem, visitou Cartum e foi recebida pelo general Abdel Fattah al-Burhan, que governa o Sudão desde o golpe de Estado de 2021. Trata-se da primeira visita de uma autoridade máxima da diplomacia israelense ao país de maioria muçulmana.

Após o encontro, o acordo foi confirmado pela diplomacia de ambos países. Ao desembarcar em Tel Aviv, Cohen indicou que os dois países planejam assinar um “tratado de paz”. “Estou feliz de anunciar que, durante a visita, concordamos em assinar um tratado de paz”, declarou. A diplomacia de Israel considerou a visita de Cohen ao Sudão uma “viagem política histórica”.

Imagem mostra o general Abdel Fattah al-Burhan no encontro com o chanceler de Israel, Eli Cohen, em Cartum. Ambos chegaram a um acordo para normalizar as relações bilaterais Foto: Governo do Sudão/via Reuters

Al-Burhan e Cohen discutiram “formas de estabelecer uma relação [bilateral] frutífera” e “possibilidades de cooperação” em segurança, agricultura, energia, saúde, questões hídricas e educação, de acordo com o Conselho Soberano do Sudão.

Acordos de Abraão

Em 2021, o Sudão aderiu aos Acordos de Abraão, que permitiram que vários países árabes reconhecessem Israel como Estado legítimo, e obteve uma ajuda financeira dos Estados Unidos, que o retiraram da lista de Estados acusados de financiar o terrorismo.

O acordo inclui os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos. Ao contrário destes, o Sudão não havia tomado até agora medidas concretas para fortalecer as relações com Israel.

Embora o Sudão não tenha a influência ou a riqueza dos países árabes do Golfo, um acordo com o país – mesmo quando está atolado em uma profunda crise política e econômica – seria profundamente significativo para Israel.

O Sudão já foi um dos críticos mais ferozes de Israel no mundo árabe e, em 1993, os EUA o designaram como um Estado patrocinador do terrorismo. O governo de Donald Trump removeu o país dessa lista em 2020, uma medida destinada a ajudá-lo a reviver a economia combalida e acabar com o status de pária.

Cohen falou sobre o próximo acordo como um “tratado de paz” por causa da animosidade de longa data das duas nações. O Sudão sediou uma conferência histórica da Liga Árabe após a guerra do Oriente Médio de 1967, onde oito países árabes aprovaram os “três nãos”: nenhuma paz com Israel, nenhum reconhecimento de Israel e nenhuma negociação.

Sob o governo autocrático de Omar al-Bashir, o Sudão também serviu de caminho para o arqui-inimigo de Israel, o Irã, fornecer armas aos militantes palestinos na Faixa de Gaza. Acredita-se que Israel esteja por trás de ataques aéreos no Sudão que destruíram um comboio de armas em 2009 e uma fábrica de armas em 2012. /AFP, AP

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