O Exército de Israel prossegue com sua ofensiva aérea, marítima e terrestre na Faixa de Gaza, onde nesta quinta-feira, 16, destruiu a residência de Ismail Haniyeh, chefe político do grupo terrorista Hamas, enquanto se prepara para intensificar os ataques no sul do enclave.
“Durante a noite, aviões de combate das Forças de Defesa de Israel atacaram a residência de Ismail Haniyeh, chefe do Bureau Político do Hamas”, que vive exilado no Catar há anos, disse um porta-voz do Exército israelense. Essa casa “era usada como infraestrutura terrorista e muitas vezes serviu como ponto de encontro para líderes do Hamas dirigirem ataques terroristas contra civis e soldados israelenses.”
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Esta operação foi realizada no campo de refugiados de Al Shati, no norte da Faixa de Gaza, perto do Mediterrâneo, onde as tropas israelenses “localizaram e destruíram um depósito de armas das forças navais do Hamas, que continha equipamento de mergulho, dispositivos explosivos e armas”, afirmou o porta-voz.
Durante a operação, soldados israelenses entraram em confronto com terroristas e confiscaram coletes explosivos, barris explosivos, mísseis antitanque, equipamentos de comunicação e documentos de inteligência. Desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, há mais de um mês, os meios de comunicação palestinos noticiaram a morte de cerca de 15 membros da família de Haniyeh devido aos ataques israelenses, entre eles um irmão, um sobrinho e uma neta.
Operação em centro médico
O Exército israelense continuou seu cerco ao hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, onde na quarta-feira realizou uma operação “precisa e seletiva”, segundo um porta-voz militar. O Exército israelense afirmou ter encontrado naquele centro médico, onde estão abrigados cerca de 3 mil pacientes - entre eles 36 recém-nascidos -, profissionais da saúde e deslocados, “um centro de comando, armas e ativos tecnológicos” do grupo terrorista Hamas, enquanto quem trabalha no local nega qualquer atividade militar.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, qualificou esta incursão como um “crime de guerra” e afirmou nesta quinta-feira que as tropas israelenses “destruíram deliberadamente as máquinas de radiologia e muitos dispositivos médicos localizados no sótão do edifício de Cirurgia Especializada”.
Além destas operações no norte de Gaza, o Exército israelense se prepara para tomar o sul, para onde cerca de 1,7 milhão de habitantes de Gaza foram deslocados, mais de dois terços da população. Na quarta-feira, o Exército ordenou o esvaziamento de várias cidades da província de Khan Younis por meio de panfletos lançados do ar./EFE