Israel bombardeia Gaza horas após o fim do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos


Meio ano após o início da guerra, desencadeada pelo ataque do grupo terrorista Hamas ao sul de Israel, há cada vez mais apelos internacionais para um cessar-fogo

Por Redação

As Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam a Faixa de Gaza nesta quarta-feira, 10, data que marca o fim do Ramadã, mês sagrado para a religião muçulmana.

De acordo com civis palestinos que conversaram com a AFP, uma série de bombardeios atingiu o norte e o centro do enclave palestino, incluindo o campo de refugiados de Nuseirat. Estes ataques ocorrem em um momento em que muçulmanos de todo o mundo celebram o Eid al-Fitr, a festividade que marca o fim do Ramadã.

Meio ano após o início da guerra, desencadeada pelo ataque do grupo terrorista Hamas ao sul de Israel, há cada vez mais apelos internacionais para um cessar-fogo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou duramente a estratégia militar israelense em Gaza do governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu em uma entrevista à emissora americana de língua espanhola Univision, transmitida na terça-feira, 9.

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Civis palestinos vendem mercadorias em frente a um prédio que foi atingido por um bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza  Foto: Mohammed Abed/AFP

“Peço simplesmente que os israelenses estabeleçam um cessar-fogo, que permitam durante as próximas seis, oito semanas, acesso total a todos os alimentos e medicamentos que entrarem em Gaza”, declarou Biden.

Esta entrevista foi gravada antes da retirada, no domingo, dos soldados israelenses do sul da Faixa de Gaza e do aumento, nos últimos dias, da ajuda humanitária autorizada por Israel a entrar no território. Estas decisões foram tomadas por Tel-Aviv após o presidente americano subir o tom em relação a Netanyahu por conta da morte de sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen, que foram atingidos por um bombardeio israelense. Israel pediu desculpas e demitiu dois comandantes por conta do ocorrido.

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Ajuda humanitária

Em março, cinco ONGs apresentaram uma petição ao Supremo Tribunal de Israel na esperança de que as autoridades “respeitem as suas obrigações como potência ocupante”, prestando toda a assistência necessária à população.

O tribunal deu ao governo até esta quarta-feira para responder a uma série de perguntas sobre a sua política de ajuda humanitária a Gaza.

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Na véspera deste prazo, as autoridades disseram que 468 caminhões entraram na Faixa de Gaza na terça-feira, 9, o maior número em um único dia desde o início da guerra.

Ajuda humanitária é entregue por via aérea na Faixa de Gaza em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas  Foto: Amir Cohen/Reuters

“Estamos vendo uma mudança radical que, esperamos, continuará e se expandirá”, disse a chefe da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, ao Senado na terça-feira.

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Ela pediu a Israel que deixasse entrar mais de 500 caminhões por dia “nos próximos dias” porque “as condições estão próximas da fome em Gaza”.

Negociação de cessar-fogo

Catar, Egito e EUA, países que participam das negociações para que um cessar fogo seja acordado entre Israel e o grupo terrorista Hamas, aguardam respostas em relação a uma nova proposta de trégua em três fases que apresentaram no domingo, 7.

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A primeira contempla uma trégua de seis semanas, a libertação de 42 reféns detidos em Gaza em troca de 800 a 900 palestinos presos em Israel, a entrada diária de 400 a 500 caminhões de ajuda humanitária e o retorno dos palestinos civis deslocados do norte do enclave palestino.

O Hamas garantiu que está “analisando a proposta”. A Casa Branca considerou que estas declarações “não são muito encorajadoras”.

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Ofensiva em Rafah

Apesar das advertências internacionais, Israel continua determinado a lançar uma ofensiva terrestre na cidade de Rafah, que é considerada a última fortaleza do Hamas no enclave palestino.

Esta cidade fronteiriça com o Egito abriga, segundo a ONU, mais de 1 milhão de pessoas, a maioria delas deslocadas. Autoridades humanitárias temem que uma ofensiva do Exército israelense resulte em um grande número de vítimas.

“Completaremos a eliminação dos batalhões do Hamas, incluindo os de Rafah. Nenhuma força no mundo nos deterá”, declarou Netanyahu na terça-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/NYT

No entanto, segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, esta operação não parece ser iminente.

Israel anunciou no domingo a retirada das suas tropas da grande cidade vizinha de Khan Yunis, destruída após meses de combates, para se preparar para a ofensiva sobre Rafah. Milhares de palestinos retornaram a Khan Yunis em busca de suas casas ou do que resta delas.

“Não sei mais onde fica minha casa. Acho que é nesta área, mas não sei exatamente”, disse Salim Chourab à AFP.

Histórico

A guerra eclodiu no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas lançaram um ataque sem precedentes contra Israel, deixando 1,2 mil mortos, a maioria civis, segundo dados israelenses. O grupo terrorista também sequestrou 250 reféns, dos quais 129 permanecem em Gaza, incluindo 34 que se acredita terem morrido.

Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas, que governa Gaza desde 2007, e que considera uma organização terrorista, opinião respaldada por Estados Unidos e União Europeia. As suas tropas lançaram uma ofensiva em Gaza que até agora deixou 33.360 mortos, a maioria civis, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com AFP

As Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam a Faixa de Gaza nesta quarta-feira, 10, data que marca o fim do Ramadã, mês sagrado para a religião muçulmana.

De acordo com civis palestinos que conversaram com a AFP, uma série de bombardeios atingiu o norte e o centro do enclave palestino, incluindo o campo de refugiados de Nuseirat. Estes ataques ocorrem em um momento em que muçulmanos de todo o mundo celebram o Eid al-Fitr, a festividade que marca o fim do Ramadã.

Meio ano após o início da guerra, desencadeada pelo ataque do grupo terrorista Hamas ao sul de Israel, há cada vez mais apelos internacionais para um cessar-fogo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou duramente a estratégia militar israelense em Gaza do governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu em uma entrevista à emissora americana de língua espanhola Univision, transmitida na terça-feira, 9.

Civis palestinos vendem mercadorias em frente a um prédio que foi atingido por um bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza  Foto: Mohammed Abed/AFP

“Peço simplesmente que os israelenses estabeleçam um cessar-fogo, que permitam durante as próximas seis, oito semanas, acesso total a todos os alimentos e medicamentos que entrarem em Gaza”, declarou Biden.

Esta entrevista foi gravada antes da retirada, no domingo, dos soldados israelenses do sul da Faixa de Gaza e do aumento, nos últimos dias, da ajuda humanitária autorizada por Israel a entrar no território. Estas decisões foram tomadas por Tel-Aviv após o presidente americano subir o tom em relação a Netanyahu por conta da morte de sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen, que foram atingidos por um bombardeio israelense. Israel pediu desculpas e demitiu dois comandantes por conta do ocorrido.

Ajuda humanitária

Em março, cinco ONGs apresentaram uma petição ao Supremo Tribunal de Israel na esperança de que as autoridades “respeitem as suas obrigações como potência ocupante”, prestando toda a assistência necessária à população.

O tribunal deu ao governo até esta quarta-feira para responder a uma série de perguntas sobre a sua política de ajuda humanitária a Gaza.

Na véspera deste prazo, as autoridades disseram que 468 caminhões entraram na Faixa de Gaza na terça-feira, 9, o maior número em um único dia desde o início da guerra.

Ajuda humanitária é entregue por via aérea na Faixa de Gaza em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas  Foto: Amir Cohen/Reuters

“Estamos vendo uma mudança radical que, esperamos, continuará e se expandirá”, disse a chefe da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, ao Senado na terça-feira.

Ela pediu a Israel que deixasse entrar mais de 500 caminhões por dia “nos próximos dias” porque “as condições estão próximas da fome em Gaza”.

Negociação de cessar-fogo

Catar, Egito e EUA, países que participam das negociações para que um cessar fogo seja acordado entre Israel e o grupo terrorista Hamas, aguardam respostas em relação a uma nova proposta de trégua em três fases que apresentaram no domingo, 7.

A primeira contempla uma trégua de seis semanas, a libertação de 42 reféns detidos em Gaza em troca de 800 a 900 palestinos presos em Israel, a entrada diária de 400 a 500 caminhões de ajuda humanitária e o retorno dos palestinos civis deslocados do norte do enclave palestino.

O Hamas garantiu que está “analisando a proposta”. A Casa Branca considerou que estas declarações “não são muito encorajadoras”.

Ofensiva em Rafah

Apesar das advertências internacionais, Israel continua determinado a lançar uma ofensiva terrestre na cidade de Rafah, que é considerada a última fortaleza do Hamas no enclave palestino.

Esta cidade fronteiriça com o Egito abriga, segundo a ONU, mais de 1 milhão de pessoas, a maioria delas deslocadas. Autoridades humanitárias temem que uma ofensiva do Exército israelense resulte em um grande número de vítimas.

“Completaremos a eliminação dos batalhões do Hamas, incluindo os de Rafah. Nenhuma força no mundo nos deterá”, declarou Netanyahu na terça-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/NYT

No entanto, segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, esta operação não parece ser iminente.

Israel anunciou no domingo a retirada das suas tropas da grande cidade vizinha de Khan Yunis, destruída após meses de combates, para se preparar para a ofensiva sobre Rafah. Milhares de palestinos retornaram a Khan Yunis em busca de suas casas ou do que resta delas.

“Não sei mais onde fica minha casa. Acho que é nesta área, mas não sei exatamente”, disse Salim Chourab à AFP.

Histórico

A guerra eclodiu no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas lançaram um ataque sem precedentes contra Israel, deixando 1,2 mil mortos, a maioria civis, segundo dados israelenses. O grupo terrorista também sequestrou 250 reféns, dos quais 129 permanecem em Gaza, incluindo 34 que se acredita terem morrido.

Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas, que governa Gaza desde 2007, e que considera uma organização terrorista, opinião respaldada por Estados Unidos e União Europeia. As suas tropas lançaram uma ofensiva em Gaza que até agora deixou 33.360 mortos, a maioria civis, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com AFP

As Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam a Faixa de Gaza nesta quarta-feira, 10, data que marca o fim do Ramadã, mês sagrado para a religião muçulmana.

De acordo com civis palestinos que conversaram com a AFP, uma série de bombardeios atingiu o norte e o centro do enclave palestino, incluindo o campo de refugiados de Nuseirat. Estes ataques ocorrem em um momento em que muçulmanos de todo o mundo celebram o Eid al-Fitr, a festividade que marca o fim do Ramadã.

Meio ano após o início da guerra, desencadeada pelo ataque do grupo terrorista Hamas ao sul de Israel, há cada vez mais apelos internacionais para um cessar-fogo. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou duramente a estratégia militar israelense em Gaza do governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu em uma entrevista à emissora americana de língua espanhola Univision, transmitida na terça-feira, 9.

Civis palestinos vendem mercadorias em frente a um prédio que foi atingido por um bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza  Foto: Mohammed Abed/AFP

“Peço simplesmente que os israelenses estabeleçam um cessar-fogo, que permitam durante as próximas seis, oito semanas, acesso total a todos os alimentos e medicamentos que entrarem em Gaza”, declarou Biden.

Esta entrevista foi gravada antes da retirada, no domingo, dos soldados israelenses do sul da Faixa de Gaza e do aumento, nos últimos dias, da ajuda humanitária autorizada por Israel a entrar no território. Estas decisões foram tomadas por Tel-Aviv após o presidente americano subir o tom em relação a Netanyahu por conta da morte de sete trabalhadores humanitários da World Central Kitchen, que foram atingidos por um bombardeio israelense. Israel pediu desculpas e demitiu dois comandantes por conta do ocorrido.

Ajuda humanitária

Em março, cinco ONGs apresentaram uma petição ao Supremo Tribunal de Israel na esperança de que as autoridades “respeitem as suas obrigações como potência ocupante”, prestando toda a assistência necessária à população.

O tribunal deu ao governo até esta quarta-feira para responder a uma série de perguntas sobre a sua política de ajuda humanitária a Gaza.

Na véspera deste prazo, as autoridades disseram que 468 caminhões entraram na Faixa de Gaza na terça-feira, 9, o maior número em um único dia desde o início da guerra.

Ajuda humanitária é entregue por via aérea na Faixa de Gaza em meio a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas  Foto: Amir Cohen/Reuters

“Estamos vendo uma mudança radical que, esperamos, continuará e se expandirá”, disse a chefe da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, ao Senado na terça-feira.

Ela pediu a Israel que deixasse entrar mais de 500 caminhões por dia “nos próximos dias” porque “as condições estão próximas da fome em Gaza”.

Negociação de cessar-fogo

Catar, Egito e EUA, países que participam das negociações para que um cessar fogo seja acordado entre Israel e o grupo terrorista Hamas, aguardam respostas em relação a uma nova proposta de trégua em três fases que apresentaram no domingo, 7.

A primeira contempla uma trégua de seis semanas, a libertação de 42 reféns detidos em Gaza em troca de 800 a 900 palestinos presos em Israel, a entrada diária de 400 a 500 caminhões de ajuda humanitária e o retorno dos palestinos civis deslocados do norte do enclave palestino.

O Hamas garantiu que está “analisando a proposta”. A Casa Branca considerou que estas declarações “não são muito encorajadoras”.

Ofensiva em Rafah

Apesar das advertências internacionais, Israel continua determinado a lançar uma ofensiva terrestre na cidade de Rafah, que é considerada a última fortaleza do Hamas no enclave palestino.

Esta cidade fronteiriça com o Egito abriga, segundo a ONU, mais de 1 milhão de pessoas, a maioria delas deslocadas. Autoridades humanitárias temem que uma ofensiva do Exército israelense resulte em um grande número de vítimas.

“Completaremos a eliminação dos batalhões do Hamas, incluindo os de Rafah. Nenhuma força no mundo nos deterá”, declarou Netanyahu na terça-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversa com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Kenny Holston/NYT

No entanto, segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, esta operação não parece ser iminente.

Israel anunciou no domingo a retirada das suas tropas da grande cidade vizinha de Khan Yunis, destruída após meses de combates, para se preparar para a ofensiva sobre Rafah. Milhares de palestinos retornaram a Khan Yunis em busca de suas casas ou do que resta delas.

“Não sei mais onde fica minha casa. Acho que é nesta área, mas não sei exatamente”, disse Salim Chourab à AFP.

Histórico

A guerra eclodiu no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas lançaram um ataque sem precedentes contra Israel, deixando 1,2 mil mortos, a maioria civis, segundo dados israelenses. O grupo terrorista também sequestrou 250 reféns, dos quais 129 permanecem em Gaza, incluindo 34 que se acredita terem morrido.

Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas, que governa Gaza desde 2007, e que considera uma organização terrorista, opinião respaldada por Estados Unidos e União Europeia. As suas tropas lançaram uma ofensiva em Gaza que até agora deixou 33.360 mortos, a maioria civis, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com AFP

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