Israel bombardeia quartel-general do Hezbollah após discurso de Netanyahu na ONU


Pelo menos duas pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, disse o Ministério de Saúde libanês; premiê israelense afirmou na ONU que iria manter campanha até destruir a milícia xiita baseada no Líbano

Por Redação
Atualização:

BEIRUTE – As forças militares de Israel atacaram o quartel-general da milícia xiita Hezbollah, em Beirute, nesta sexta-feira, 27, minutos depois do discurso do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu na Assembleia-Geral da ONU. Pelo menos duas pessoas morreram e 76 ficaram feridas, segundo o Ministério de Saúde do Líbano. O ataque ao local foi relatado pelos próprios militares israelenses.

O alvo do ataque era o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, de acordo com oito autoridades israelenses e duas americanas, que falaram sob condição de anonimato para discutir inteligência. Não está imediatamente claro se Nasrallah estava nos prédios quando foram atingidos. Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, ele estava em outro local.

O assassinato de Nasrallah seria mais uma, e provavelmente a maior, escalada no conflito de Israel e contra o Hezbollah no Líbano, que ameaça se transformar em uma guerra regional maior. Os temores é que o Irã, país apoiador do Hezbollah, possa ser arrastado para o conflito e desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.

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Imagem desta sexta-feira, 27, mostra equipes de resgate próximo a edifício destruído por ataque aéreo israelense em Haret Hreik, nos subúrbios de Beirute. Pelo menos seis edifícios da região foram destruídos Foto: Ibrahim Amro/AFP

Uma série de explosões maciças destruiu vários prédios na região, sendo indício de que um líder do alto escalão poderia estar nos prédios atingidos.

Segundo o ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, os ataques causaram a “dizimação completa” de quatro a seis edifícios residenciais e o número de vítimas nos hospitais estava baixo porque a maioria das pessoas ainda estava presa. “São edifícios residenciais. Eles estavam cheios de pessoas”, disse Abiad em uma entrevista. “Quem quer que esteja nesses prédios agora está sob os escombros.”

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Foi o mais recente de uma série de ataques israelenses a prédios em Dahiya, um grupo de bairros populosos ao sul de Beirute, onde o Hezbollah domina, e que também abriga lojas, empresas e prédios de apartamentos.

Najib Mikati, o primeiro-ministro libanês, disse que o último ataque ao sul de Beirute provou que “o inimigo israelense não presta atenção aos esforços e pedidos internacionais por um cessar-fogo”.

O principal porta-voz militar de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que o ataque ocorreu depois de quase um ano do Hezbollah disparando foguetes e drones contra Israel. “Israel está fazendo o que todo Estado soberano do mundo faria”, disse ele. Hagari acusou o Hezbollah de incorporar as operações militares no “coração” desses bairros residenciais para usar civis libaneses como escudos humanos – uma acusação semelhante feita a contra o Hamas na Faixa de Gaza.

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Embora seja amplamente conhecido que o Hezbollah possua bunkers secretos no Dahiya, as localizações são desconhecidas para a maioria dos libaneses. A milícia controla a área e as forças de segurança oficiais do Líbano raramente entram neste reduto.

Netanyahu interrompe viagem aos EUA

Após os ataques serem relatados, o premiê Netanyahu interrompeu de surpresa a viagem aos Estados Unidos, onde à princípio ficaria até a noite deste sábado, 28. Bibi, como também é conhecido o premiê, foi informado das explosões por um assessor militar durante uma coletiva de imprensa e a encerrou em seguida. O retorno a Israel é mais um possível sinal da importância da ofensiva.

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Na ONU, Netanyahu prometeu que a campanha de Israel contra o Hezbollah teria continuidade e diminui ainda mais a chance de um cessar-fogo, apoiado pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais. O objetivo, disse Netanyahu, é “destruir o Hezbollah” para garantir o retorno dos israelenses ao norte do país. Os cidadãos da região deixaram as suas casas nos últimos 11 meses por causa dos constantes ataques entre Israel e o Hezbollah na fronteira entre Israel e Líbano.

Apesar do conflito estar em curso há quase um ano, a escalada de Israel na semana passada foi inédita. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou uma nova fase da guerra contra a milícia.

O porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse que os ataques tiveram como alvo o principal quartel-general do Hezbollah, localizado abaixo de prédios residenciais. Seis prédios no bairro de Haret Hreik, em Dahiyeh, foram reduzidos a escombros, de acordo com a agência nacional de notícias do Líbano.

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Funcionários de um hospital próximo disseram que receberam pelo menos 10 feridos, 3 em estado grave, incluindo uma criança síria.

O Pentágono disse na sexta-feira que os EUA não tinham aviso prévio dos ataques pesados em Beirute. /AP, NYT

BEIRUTE – As forças militares de Israel atacaram o quartel-general da milícia xiita Hezbollah, em Beirute, nesta sexta-feira, 27, minutos depois do discurso do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu na Assembleia-Geral da ONU. Pelo menos duas pessoas morreram e 76 ficaram feridas, segundo o Ministério de Saúde do Líbano. O ataque ao local foi relatado pelos próprios militares israelenses.

O alvo do ataque era o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, de acordo com oito autoridades israelenses e duas americanas, que falaram sob condição de anonimato para discutir inteligência. Não está imediatamente claro se Nasrallah estava nos prédios quando foram atingidos. Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, ele estava em outro local.

O assassinato de Nasrallah seria mais uma, e provavelmente a maior, escalada no conflito de Israel e contra o Hezbollah no Líbano, que ameaça se transformar em uma guerra regional maior. Os temores é que o Irã, país apoiador do Hezbollah, possa ser arrastado para o conflito e desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.

Imagem desta sexta-feira, 27, mostra equipes de resgate próximo a edifício destruído por ataque aéreo israelense em Haret Hreik, nos subúrbios de Beirute. Pelo menos seis edifícios da região foram destruídos Foto: Ibrahim Amro/AFP

Uma série de explosões maciças destruiu vários prédios na região, sendo indício de que um líder do alto escalão poderia estar nos prédios atingidos.

Segundo o ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, os ataques causaram a “dizimação completa” de quatro a seis edifícios residenciais e o número de vítimas nos hospitais estava baixo porque a maioria das pessoas ainda estava presa. “São edifícios residenciais. Eles estavam cheios de pessoas”, disse Abiad em uma entrevista. “Quem quer que esteja nesses prédios agora está sob os escombros.”

Foi o mais recente de uma série de ataques israelenses a prédios em Dahiya, um grupo de bairros populosos ao sul de Beirute, onde o Hezbollah domina, e que também abriga lojas, empresas e prédios de apartamentos.

Najib Mikati, o primeiro-ministro libanês, disse que o último ataque ao sul de Beirute provou que “o inimigo israelense não presta atenção aos esforços e pedidos internacionais por um cessar-fogo”.

O principal porta-voz militar de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que o ataque ocorreu depois de quase um ano do Hezbollah disparando foguetes e drones contra Israel. “Israel está fazendo o que todo Estado soberano do mundo faria”, disse ele. Hagari acusou o Hezbollah de incorporar as operações militares no “coração” desses bairros residenciais para usar civis libaneses como escudos humanos – uma acusação semelhante feita a contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Embora seja amplamente conhecido que o Hezbollah possua bunkers secretos no Dahiya, as localizações são desconhecidas para a maioria dos libaneses. A milícia controla a área e as forças de segurança oficiais do Líbano raramente entram neste reduto.

Netanyahu interrompe viagem aos EUA

Após os ataques serem relatados, o premiê Netanyahu interrompeu de surpresa a viagem aos Estados Unidos, onde à princípio ficaria até a noite deste sábado, 28. Bibi, como também é conhecido o premiê, foi informado das explosões por um assessor militar durante uma coletiva de imprensa e a encerrou em seguida. O retorno a Israel é mais um possível sinal da importância da ofensiva.

Na ONU, Netanyahu prometeu que a campanha de Israel contra o Hezbollah teria continuidade e diminui ainda mais a chance de um cessar-fogo, apoiado pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais. O objetivo, disse Netanyahu, é “destruir o Hezbollah” para garantir o retorno dos israelenses ao norte do país. Os cidadãos da região deixaram as suas casas nos últimos 11 meses por causa dos constantes ataques entre Israel e o Hezbollah na fronteira entre Israel e Líbano.

Apesar do conflito estar em curso há quase um ano, a escalada de Israel na semana passada foi inédita. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou uma nova fase da guerra contra a milícia.

O porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse que os ataques tiveram como alvo o principal quartel-general do Hezbollah, localizado abaixo de prédios residenciais. Seis prédios no bairro de Haret Hreik, em Dahiyeh, foram reduzidos a escombros, de acordo com a agência nacional de notícias do Líbano.

Funcionários de um hospital próximo disseram que receberam pelo menos 10 feridos, 3 em estado grave, incluindo uma criança síria.

O Pentágono disse na sexta-feira que os EUA não tinham aviso prévio dos ataques pesados em Beirute. /AP, NYT

BEIRUTE – As forças militares de Israel atacaram o quartel-general da milícia xiita Hezbollah, em Beirute, nesta sexta-feira, 27, minutos depois do discurso do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu na Assembleia-Geral da ONU. Pelo menos duas pessoas morreram e 76 ficaram feridas, segundo o Ministério de Saúde do Líbano. O ataque ao local foi relatado pelos próprios militares israelenses.

O alvo do ataque era o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, de acordo com oito autoridades israelenses e duas americanas, que falaram sob condição de anonimato para discutir inteligência. Não está imediatamente claro se Nasrallah estava nos prédios quando foram atingidos. Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, ele estava em outro local.

O assassinato de Nasrallah seria mais uma, e provavelmente a maior, escalada no conflito de Israel e contra o Hezbollah no Líbano, que ameaça se transformar em uma guerra regional maior. Os temores é que o Irã, país apoiador do Hezbollah, possa ser arrastado para o conflito e desestabilizar ainda mais o Oriente Médio.

Imagem desta sexta-feira, 27, mostra equipes de resgate próximo a edifício destruído por ataque aéreo israelense em Haret Hreik, nos subúrbios de Beirute. Pelo menos seis edifícios da região foram destruídos Foto: Ibrahim Amro/AFP

Uma série de explosões maciças destruiu vários prédios na região, sendo indício de que um líder do alto escalão poderia estar nos prédios atingidos.

Segundo o ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, os ataques causaram a “dizimação completa” de quatro a seis edifícios residenciais e o número de vítimas nos hospitais estava baixo porque a maioria das pessoas ainda estava presa. “São edifícios residenciais. Eles estavam cheios de pessoas”, disse Abiad em uma entrevista. “Quem quer que esteja nesses prédios agora está sob os escombros.”

Foi o mais recente de uma série de ataques israelenses a prédios em Dahiya, um grupo de bairros populosos ao sul de Beirute, onde o Hezbollah domina, e que também abriga lojas, empresas e prédios de apartamentos.

Najib Mikati, o primeiro-ministro libanês, disse que o último ataque ao sul de Beirute provou que “o inimigo israelense não presta atenção aos esforços e pedidos internacionais por um cessar-fogo”.

O principal porta-voz militar de Israel, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que o ataque ocorreu depois de quase um ano do Hezbollah disparando foguetes e drones contra Israel. “Israel está fazendo o que todo Estado soberano do mundo faria”, disse ele. Hagari acusou o Hezbollah de incorporar as operações militares no “coração” desses bairros residenciais para usar civis libaneses como escudos humanos – uma acusação semelhante feita a contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Embora seja amplamente conhecido que o Hezbollah possua bunkers secretos no Dahiya, as localizações são desconhecidas para a maioria dos libaneses. A milícia controla a área e as forças de segurança oficiais do Líbano raramente entram neste reduto.

Netanyahu interrompe viagem aos EUA

Após os ataques serem relatados, o premiê Netanyahu interrompeu de surpresa a viagem aos Estados Unidos, onde à princípio ficaria até a noite deste sábado, 28. Bibi, como também é conhecido o premiê, foi informado das explosões por um assessor militar durante uma coletiva de imprensa e a encerrou em seguida. O retorno a Israel é mais um possível sinal da importância da ofensiva.

Na ONU, Netanyahu prometeu que a campanha de Israel contra o Hezbollah teria continuidade e diminui ainda mais a chance de um cessar-fogo, apoiado pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais. O objetivo, disse Netanyahu, é “destruir o Hezbollah” para garantir o retorno dos israelenses ao norte do país. Os cidadãos da região deixaram as suas casas nos últimos 11 meses por causa dos constantes ataques entre Israel e o Hezbollah na fronteira entre Israel e Líbano.

Apesar do conflito estar em curso há quase um ano, a escalada de Israel na semana passada foi inédita. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou uma nova fase da guerra contra a milícia.

O porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, disse que os ataques tiveram como alvo o principal quartel-general do Hezbollah, localizado abaixo de prédios residenciais. Seis prédios no bairro de Haret Hreik, em Dahiyeh, foram reduzidos a escombros, de acordo com a agência nacional de notícias do Líbano.

Funcionários de um hospital próximo disseram que receberam pelo menos 10 feridos, 3 em estado grave, incluindo uma criança síria.

O Pentágono disse na sexta-feira que os EUA não tinham aviso prévio dos ataques pesados em Beirute. /AP, NYT

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