O exército de Israel afirmou ter 35 batalhões na zona sul, “prontos para entrar na Faixa de Gaza, se o governo assim decidir”. A declaração foi dada nesta quinta-feira, 12, pelo porta-voz do exército israelense, Rony Kaplan, em um momento em que Israel pondera uma incursão terrestre no enclave, dando sinais de que uma grande operação está por vir.
Outro porta-voz militar israelense indicou que o país está preparando a próxima fase da guerra, que poderá ser aérea, combinando ar ou mar, ou também terrestre, embora nenhuma decisão seja definitiva, dificultada pelo fato de que os terroristas em Gaza terem cerca de 130 reféns.
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Relatos da imprensa internacional dão conta de que perto da fronteira já existem destacamentos massivos e evidentes de tropas e tanques israelitas. O país convocou 360 mil reservistas para a ação em preparação.
Residentes palestinos da cidade de Beit Lahiya, na região norte da Faixa de Gaza, disseram nesta quinta-feira que aviões israelenses lançaram panfletos alertando-os para evacuarem suas casas e se dirigirem para “abrigos conhecidos”.
“Qualquer pessoa que esteja perto dos terroristas do Hamas colocará as suas vidas em perigo”, diziam os panfletos. “Seguir as instruções da IDF evitará que você seja exposto ao perigo.”
A invasão da Faixa de Gaza é considerada um movimento de alto risco, que parecia impensável nos últimos anos, até então. O enclave de 365 km² é densamente povoado por mais de 2 milhões de palestinos, que praticamente não têm onde se abrigar no conflito. Por isso, uma incursão terrestre ameaça um banho de sangue.
A última vez que isso aconteceu foi há quase dez anos, em 2014, quando Israel e Hamas se enfrentaram em uma guerra de 50 dias. Na época, os tanques e tropas israelenses abarrotaram as ruas estreitas do enclave na tentativa de destruir a infraestrutura do Hamas. Como resultado, morreram dezenas de israelenses e 2.251 palestinos, em sua maioria civis, incluindo mais de 500 crianças, segundo dados da ONU.