Guerra em Gaza: Israel e Hamas chegam a acordo e cessar-fogo deve começar no domingo


Pacto de três fases deve começar com a libertação gradual de 33 reféns ao longo de um período de seis semanas; Trump confirmou acordo em rede social

Por Redação
Atualização:

DOHA - O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam as bases para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza, após intensa mediação de Estados Unidos, Catar e Egito nesta terça-feira, 15. É o segundo acordo do gênero firmado entre ambos desde os atentados de 7 de outubro de 2023 e a guerra que se seguiu no território palestino. Concluído no apagar das luzes do governo Joe Biden ele representa também a primeira vitória política do presidente eleito Donald Trump.

No comando das negociações, o premiê do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, disse que o cessar-fogo deve entrar em vigor no domingo, embora os dois lados ainda trabalhem para definir questões técnicas envolvendo o acordo.

O acordo precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ainda não se manifestou sobre o anúncio, mas a expectativa é que reúna os seus ministros ainda esta noite para chancelar a negociação.

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O presidente, Isaac Herzog, que tem função mais cerimonial na política israelense, pediu ao governo que aceite o acordo o quanto antes. “Não há dever mais moral, humano, judeu e israelense do que trazer nossos irmãos e irmãs de volta para casa, para nós”, apelou.

Imagem desta quarta-feira, 15, mostra familiares e amigos de reféns do ataque terrorista do 7 de outubro de 2023 comemorando cessar-fogo em Tel Aviv, em Israel Foto: Oded Balilty/AP

O Hamas chegou a colocar nas últimas horas da negociação demandas sobre a fronteira entre Egito e Gaza, atualmente controlada pelas forças israelenses, mas concordou verbalmente com o cessar-fogo. O governo israelense ainda espera uma resposta formal do Hamas, mas isso não deve impedir o fechamento do acordo.

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O pacto também ameaça a estabilidade do governo de Netanyahu. O ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaça retirar o apoio à coalizão e articula para que outros parlamentares de extrema direita rompam com o governo. Segundo a mídia israelense, no entanto, o governo tem a maioria dos votos no gabinete para aprovar a trégua.

O presidente eleito americano, Donald Trump, celebrou o acordo em sua redes sociais. Seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, participou ativamente das negociações ao lado de emissários do presidente Joe Biden. “Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve”, disse o republicano.

O post de Trump antecedeu o anúncio oficial da Casa Branca. Negociadores envolvidos nas conversas entre Israel e Hamas dizem que a nova administração teve um papel decisivo no convencimento de Netanyahu para aceitar o acordo, que deve se tornar a primeira vitória política de seu segundo mandato, antes mesmo da posse, marcada para a segunda-feira.

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Imagem desta quarta-feira, 15, mostra cidadãos nas ruas de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após o anúncio do cessar-fogo na guerra Foto: Bashar Taleb/AFP

Em Israel, o Exército recebeu orientação para começar a planejar a operação em Gaza para acolher os reféns. A Cruz Vermelha também informou ao governo israelense sobre as necessidades para o resgate.

Uma vez concluído, este será o segundo acordo para libertação de reféns e cessar-fogo desde o começo da guerra, em outubro de 2023. Entre novembro e dezembro daquele ano, 117 reféns tomados nos atentados de 7 de outubro foram libertados. O governo israelense estima que cerca de 98 pessoas ainda estejam em poder dos terroristas.

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Libertação de reféns

O pacto fechado hoje prevê dezenas de reféns israelenses devem ser libertados, assim como centenas de prisioneiros palestinos e uma trégua nos combates.

O acordo de três fases — com base em uma estrutura estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e endossada pelo Conselho de Segurança da ONU — deve começar com a libertação gradual de 33 reféns ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos em troca de centenas de prisioneiros palestinos que estão nas prisões israelenses.

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Entre os 33, estariam cinco soldados israelenses, cada uma das quais seria libertada em troca de 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas. Ao final da primeira fase, todos os reféns civis— vivos ou mortos — terão sido libertados.

Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave. Além disso, haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.

Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver — e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.

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Fases do acordo

Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da “retirada completa” das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo. O grupo terrorista apontou que não libertaria os reféns restantes sem o fim da guerra e uma retirada israelense completa de Gaza, enquanto o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu prometeu só encerrar a guerra após destruir as capacidades militares do Hamas.

Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional. /Com AP e NYT

DOHA - O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam as bases para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza, após intensa mediação de Estados Unidos, Catar e Egito nesta terça-feira, 15. É o segundo acordo do gênero firmado entre ambos desde os atentados de 7 de outubro de 2023 e a guerra que se seguiu no território palestino. Concluído no apagar das luzes do governo Joe Biden ele representa também a primeira vitória política do presidente eleito Donald Trump.

No comando das negociações, o premiê do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, disse que o cessar-fogo deve entrar em vigor no domingo, embora os dois lados ainda trabalhem para definir questões técnicas envolvendo o acordo.

O acordo precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ainda não se manifestou sobre o anúncio, mas a expectativa é que reúna os seus ministros ainda esta noite para chancelar a negociação.

O presidente, Isaac Herzog, que tem função mais cerimonial na política israelense, pediu ao governo que aceite o acordo o quanto antes. “Não há dever mais moral, humano, judeu e israelense do que trazer nossos irmãos e irmãs de volta para casa, para nós”, apelou.

Imagem desta quarta-feira, 15, mostra familiares e amigos de reféns do ataque terrorista do 7 de outubro de 2023 comemorando cessar-fogo em Tel Aviv, em Israel Foto: Oded Balilty/AP

O Hamas chegou a colocar nas últimas horas da negociação demandas sobre a fronteira entre Egito e Gaza, atualmente controlada pelas forças israelenses, mas concordou verbalmente com o cessar-fogo. O governo israelense ainda espera uma resposta formal do Hamas, mas isso não deve impedir o fechamento do acordo.

O pacto também ameaça a estabilidade do governo de Netanyahu. O ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaça retirar o apoio à coalizão e articula para que outros parlamentares de extrema direita rompam com o governo. Segundo a mídia israelense, no entanto, o governo tem a maioria dos votos no gabinete para aprovar a trégua.

O presidente eleito americano, Donald Trump, celebrou o acordo em sua redes sociais. Seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, participou ativamente das negociações ao lado de emissários do presidente Joe Biden. “Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve”, disse o republicano.

O post de Trump antecedeu o anúncio oficial da Casa Branca. Negociadores envolvidos nas conversas entre Israel e Hamas dizem que a nova administração teve um papel decisivo no convencimento de Netanyahu para aceitar o acordo, que deve se tornar a primeira vitória política de seu segundo mandato, antes mesmo da posse, marcada para a segunda-feira.

Imagem desta quarta-feira, 15, mostra cidadãos nas ruas de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após o anúncio do cessar-fogo na guerra Foto: Bashar Taleb/AFP

Em Israel, o Exército recebeu orientação para começar a planejar a operação em Gaza para acolher os reféns. A Cruz Vermelha também informou ao governo israelense sobre as necessidades para o resgate.

Uma vez concluído, este será o segundo acordo para libertação de reféns e cessar-fogo desde o começo da guerra, em outubro de 2023. Entre novembro e dezembro daquele ano, 117 reféns tomados nos atentados de 7 de outubro foram libertados. O governo israelense estima que cerca de 98 pessoas ainda estejam em poder dos terroristas.

Libertação de reféns

O pacto fechado hoje prevê dezenas de reféns israelenses devem ser libertados, assim como centenas de prisioneiros palestinos e uma trégua nos combates.

O acordo de três fases — com base em uma estrutura estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e endossada pelo Conselho de Segurança da ONU — deve começar com a libertação gradual de 33 reféns ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos em troca de centenas de prisioneiros palestinos que estão nas prisões israelenses.

Entre os 33, estariam cinco soldados israelenses, cada uma das quais seria libertada em troca de 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas. Ao final da primeira fase, todos os reféns civis— vivos ou mortos — terão sido libertados.

Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave. Além disso, haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.

Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver — e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.

Fases do acordo

Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da “retirada completa” das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo. O grupo terrorista apontou que não libertaria os reféns restantes sem o fim da guerra e uma retirada israelense completa de Gaza, enquanto o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu prometeu só encerrar a guerra após destruir as capacidades militares do Hamas.

Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional. /Com AP e NYT

DOHA - O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam as bases para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza, após intensa mediação de Estados Unidos, Catar e Egito nesta terça-feira, 15. É o segundo acordo do gênero firmado entre ambos desde os atentados de 7 de outubro de 2023 e a guerra que se seguiu no território palestino. Concluído no apagar das luzes do governo Joe Biden ele representa também a primeira vitória política do presidente eleito Donald Trump.

No comando das negociações, o premiê do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, disse que o cessar-fogo deve entrar em vigor no domingo, embora os dois lados ainda trabalhem para definir questões técnicas envolvendo o acordo.

O acordo precisa ser formalmente ratificado pelo gabinete israelense. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu ainda não se manifestou sobre o anúncio, mas a expectativa é que reúna os seus ministros ainda esta noite para chancelar a negociação.

O presidente, Isaac Herzog, que tem função mais cerimonial na política israelense, pediu ao governo que aceite o acordo o quanto antes. “Não há dever mais moral, humano, judeu e israelense do que trazer nossos irmãos e irmãs de volta para casa, para nós”, apelou.

Imagem desta quarta-feira, 15, mostra familiares e amigos de reféns do ataque terrorista do 7 de outubro de 2023 comemorando cessar-fogo em Tel Aviv, em Israel Foto: Oded Balilty/AP

O Hamas chegou a colocar nas últimas horas da negociação demandas sobre a fronteira entre Egito e Gaza, atualmente controlada pelas forças israelenses, mas concordou verbalmente com o cessar-fogo. O governo israelense ainda espera uma resposta formal do Hamas, mas isso não deve impedir o fechamento do acordo.

O pacto também ameaça a estabilidade do governo de Netanyahu. O ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaça retirar o apoio à coalizão e articula para que outros parlamentares de extrema direita rompam com o governo. Segundo a mídia israelense, no entanto, o governo tem a maioria dos votos no gabinete para aprovar a trégua.

O presidente eleito americano, Donald Trump, celebrou o acordo em sua redes sociais. Seu enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, participou ativamente das negociações ao lado de emissários do presidente Joe Biden. “Temos um acordo para os reféns no Oriente Médio. Eles serão libertados em breve”, disse o republicano.

O post de Trump antecedeu o anúncio oficial da Casa Branca. Negociadores envolvidos nas conversas entre Israel e Hamas dizem que a nova administração teve um papel decisivo no convencimento de Netanyahu para aceitar o acordo, que deve se tornar a primeira vitória política de seu segundo mandato, antes mesmo da posse, marcada para a segunda-feira.

Imagem desta quarta-feira, 15, mostra cidadãos nas ruas de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, após o anúncio do cessar-fogo na guerra Foto: Bashar Taleb/AFP

Em Israel, o Exército recebeu orientação para começar a planejar a operação em Gaza para acolher os reféns. A Cruz Vermelha também informou ao governo israelense sobre as necessidades para o resgate.

Uma vez concluído, este será o segundo acordo para libertação de reféns e cessar-fogo desde o começo da guerra, em outubro de 2023. Entre novembro e dezembro daquele ano, 117 reféns tomados nos atentados de 7 de outubro foram libertados. O governo israelense estima que cerca de 98 pessoas ainda estejam em poder dos terroristas.

Libertação de reféns

O pacto fechado hoje prevê dezenas de reféns israelenses devem ser libertados, assim como centenas de prisioneiros palestinos e uma trégua nos combates.

O acordo de três fases — com base em uma estrutura estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e endossada pelo Conselho de Segurança da ONU — deve começar com a libertação gradual de 33 reféns ao longo de um período de seis semanas, incluindo mulheres, crianças, idosos e civis feridos em troca de centenas de prisioneiros palestinos que estão nas prisões israelenses.

Entre os 33, estariam cinco soldados israelenses, cada uma das quais seria libertada em troca de 50 prisioneiros palestinos, incluindo 30 terroristas condenados que estão cumprindo penas perpétuas. Ao final da primeira fase, todos os reféns civis— vivos ou mortos — terão sido libertados.

Durante esta primeira fase de 42 dias, as forças israelenses se retirariam dos centros populacionais de Gaza, os palestinos seriam autorizados a começar a retornar para suas casas no norte do enclave. Além disso, haveria um aumento na ajuda humanitária, com cerca de 600 caminhões entrando a cada dia no enclave.

Os detalhes da segunda fase ainda devem ser negociados durante a primeira fase. Esses detalhes continuam difíceis de resolver — e o acordo não inclui garantias por escrito de que o cessar-fogo continuará até que um acordo seja alcançado, sinalizando que Israel poderia retomar sua campanha militar após o término da primeira fase.

Fases do acordo

Caso um acordo seja realizado para a continuidade do cessar-fogo, o Hamas libertaria o restante dos sequestrados vivos, principalmente soldados homens, em troca de mais prisioneiros e da “retirada completa” das forças israelenses de Gaza, de acordo com o rascunho do acordo. O grupo terrorista apontou que não libertaria os reféns restantes sem o fim da guerra e uma retirada israelense completa de Gaza, enquanto o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu prometeu só encerrar a guerra após destruir as capacidades militares do Hamas.

Em uma terceira fase, os corpos dos reféns restantes seriam devolvidos em troca de um plano de reconstrução de três a cinco anos que seria executado em Gaza sob supervisão internacional. /Com AP e NYT

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