Israel e Hezbollah trocam ataques e aumentam temores de uma guerra regional


O Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa do Hezbollah

Por Redação
Atualização:

As Forças de Defesa de Israel (FDI) e a milícia xiita libanesa Hezbollah trocaram ataques com bombardeios e drones na madrugada deste domingo, 25, aumentando os receios de uma guerra regional no Oriente Médio, que já conta com o conflito entre Tel-Aviv e o grupo terrorista Hamas, em Gaza.

O Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

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Segundo Israel, muitos destes lançadores estavam programados para serem disparados às 5h (23h no horário de Brasília) na direção de Tel-Aviv. Após contato do jornal The New York Times, um funcionário de inteligência de um país do Ocidente apontou que todos os lançadores visados foram destruídos.

Residentes andam por uma casa atingida por um foguete do Hezbollah, em Acre, Israel  Foto: Jack Guez/AFP

De acordo com o ministério da Saúde do Líbano, duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas nos ataques no sul do país. Separadamente, um combatente do grupo Amal, aliado do Hezbollah, foi morto em um bombardeio aéreo em um carro. Israel não relatou nenhuma fatalidade civil ou militar.

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No meio da manhã, a troca de ataques terminou, com ambos os lados apontando que tinham visado apenas alvos militares.

Hezbollah nega ataque frustrado

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos de ataque para o domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses em retaliação ao assassinato de Fuad Shukr, um oficial do Hezbollah que morreu em um bombardeio aéreo de Israel no final de julho.

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Não ficou imediatamente claro se algum dos foguetes atingiu seus alvos. A milícia xiita libanesa afirmou que os ataques atingiram todos os seus alvos, sem dizer quantos. Antes dos ataques, o grupo havia listado 11 bases e posições israelenses no norte do país e nas Colinas do Golan como alvos. O Hezbollah afirmou que as operações militares do grupo foram concluídas após os ataques deste domingo.

O grupo rebelde xiita libanês afirmou que seu líder, Hassan Nasrallah, deve discursar as 18h (12h no horário de Brasília) para refutar a alegação de Israel de que tinha interrompido os ataques do seu grupo.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que os militares israelenses destruíram “milhares de foguetes” direcionados ao seu país. Nadav Shoshani, um porta-voz do Exército israelense, afirmou que o Hezbollah planejava lançar pelo menos algumas munições no centro de Israel, o que teria sido uma grave escalada.

Apesar da alegação da milícia xiita libanesa de que todos os alvos haviam sido atingidos, Shoshani apontou que as avaliações iniciais encontraram “poucos danos” em Israel, mas que os militares permaneceram em alerta máximo.

Drone UAV do Hezbollah interceptado pelas forças aéreas israelenses sobre o norte de Israel  Foto: Jalaa Marey/AFP
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Randa Slim, analista sénior do Instituto do Oriente Médio, com sede em Washington, apontou que os ataques deste domingo não devem levar a uma guerra total porque “estavam dentro das regras de combate”.

Estado de emergência e sirenes

Sirenes de ataque aéreo foram ouvidas em todo o norte de Israel, e o aeroporto internacional Ben-Gurion, próximo de Tel-Aviv, foi fechado e desviou voos por aproximadamente uma hora devido à ameaça de ataque.

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O Comando da Frente Interna de Israel aumentou o nível de alerta no norte de Israel e encorajou as pessoas a permanecerem perto de abrigos antiaéreos.

Os militares israelenses suspenderam a maior parte das ordens de emergência que impuseram ao país após o ataque preventivo contra o Hezbollah. As instruções – que incluíam restrições a aglomerações – visavam proteger os civis no caso de uma resposta massiva da milícia xiita libanesa.

O anúncio de que a maioria dos cidadãos israelenses poderia cumprir as suas rotinas diárias foi outra indicação de que as principais autoridades de segurança do país não esperam um ataque iminente.

Residentes de uma casa na cidade de Acre checam os danos de um foguete do Hezbollah neste domingo, 25  Foto: Jack Guez/AFP

Cessar-fogo em Gaza

As implicações diplomáticas mais amplas dos ataques aéreos deste domingo não ficaram imediatamente claras. Delegações de Egito, Catar, Estados Unidos e Israel devem se encontrar hoje no Cairo para negociar um cessar-fogo em Gaza.

Uma delegação do grupo terrorista Hamas também está na capital do Egito. Os EUA e outros mediadores consideram um cessar-fogo em Gaza essencial para evitar um conflito mais amplo no Oriente Médio.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista sofrido por Israel em sua história e o maior contra judeus desde o Holocausto. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma ofensiva na Faixa de Gaza que já deixou mais de 40 mil mortos no enclave palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com AP e NYT

As Forças de Defesa de Israel (FDI) e a milícia xiita libanesa Hezbollah trocaram ataques com bombardeios e drones na madrugada deste domingo, 25, aumentando os receios de uma guerra regional no Oriente Médio, que já conta com o conflito entre Tel-Aviv e o grupo terrorista Hamas, em Gaza.

O Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

Segundo Israel, muitos destes lançadores estavam programados para serem disparados às 5h (23h no horário de Brasília) na direção de Tel-Aviv. Após contato do jornal The New York Times, um funcionário de inteligência de um país do Ocidente apontou que todos os lançadores visados foram destruídos.

Residentes andam por uma casa atingida por um foguete do Hezbollah, em Acre, Israel  Foto: Jack Guez/AFP

De acordo com o ministério da Saúde do Líbano, duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas nos ataques no sul do país. Separadamente, um combatente do grupo Amal, aliado do Hezbollah, foi morto em um bombardeio aéreo em um carro. Israel não relatou nenhuma fatalidade civil ou militar.

No meio da manhã, a troca de ataques terminou, com ambos os lados apontando que tinham visado apenas alvos militares.

Hezbollah nega ataque frustrado

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos de ataque para o domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses em retaliação ao assassinato de Fuad Shukr, um oficial do Hezbollah que morreu em um bombardeio aéreo de Israel no final de julho.

Não ficou imediatamente claro se algum dos foguetes atingiu seus alvos. A milícia xiita libanesa afirmou que os ataques atingiram todos os seus alvos, sem dizer quantos. Antes dos ataques, o grupo havia listado 11 bases e posições israelenses no norte do país e nas Colinas do Golan como alvos. O Hezbollah afirmou que as operações militares do grupo foram concluídas após os ataques deste domingo.

O grupo rebelde xiita libanês afirmou que seu líder, Hassan Nasrallah, deve discursar as 18h (12h no horário de Brasília) para refutar a alegação de Israel de que tinha interrompido os ataques do seu grupo.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que os militares israelenses destruíram “milhares de foguetes” direcionados ao seu país. Nadav Shoshani, um porta-voz do Exército israelense, afirmou que o Hezbollah planejava lançar pelo menos algumas munições no centro de Israel, o que teria sido uma grave escalada.

Apesar da alegação da milícia xiita libanesa de que todos os alvos haviam sido atingidos, Shoshani apontou que as avaliações iniciais encontraram “poucos danos” em Israel, mas que os militares permaneceram em alerta máximo.

Drone UAV do Hezbollah interceptado pelas forças aéreas israelenses sobre o norte de Israel  Foto: Jalaa Marey/AFP

Randa Slim, analista sénior do Instituto do Oriente Médio, com sede em Washington, apontou que os ataques deste domingo não devem levar a uma guerra total porque “estavam dentro das regras de combate”.

Estado de emergência e sirenes

Sirenes de ataque aéreo foram ouvidas em todo o norte de Israel, e o aeroporto internacional Ben-Gurion, próximo de Tel-Aviv, foi fechado e desviou voos por aproximadamente uma hora devido à ameaça de ataque.

O Comando da Frente Interna de Israel aumentou o nível de alerta no norte de Israel e encorajou as pessoas a permanecerem perto de abrigos antiaéreos.

Os militares israelenses suspenderam a maior parte das ordens de emergência que impuseram ao país após o ataque preventivo contra o Hezbollah. As instruções – que incluíam restrições a aglomerações – visavam proteger os civis no caso de uma resposta massiva da milícia xiita libanesa.

O anúncio de que a maioria dos cidadãos israelenses poderia cumprir as suas rotinas diárias foi outra indicação de que as principais autoridades de segurança do país não esperam um ataque iminente.

Residentes de uma casa na cidade de Acre checam os danos de um foguete do Hezbollah neste domingo, 25  Foto: Jack Guez/AFP

Cessar-fogo em Gaza

As implicações diplomáticas mais amplas dos ataques aéreos deste domingo não ficaram imediatamente claras. Delegações de Egito, Catar, Estados Unidos e Israel devem se encontrar hoje no Cairo para negociar um cessar-fogo em Gaza.

Uma delegação do grupo terrorista Hamas também está na capital do Egito. Os EUA e outros mediadores consideram um cessar-fogo em Gaza essencial para evitar um conflito mais amplo no Oriente Médio.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista sofrido por Israel em sua história e o maior contra judeus desde o Holocausto. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma ofensiva na Faixa de Gaza que já deixou mais de 40 mil mortos no enclave palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com AP e NYT

As Forças de Defesa de Israel (FDI) e a milícia xiita libanesa Hezbollah trocaram ataques com bombardeios e drones na madrugada deste domingo, 25, aumentando os receios de uma guerra regional no Oriente Médio, que já conta com o conflito entre Tel-Aviv e o grupo terrorista Hamas, em Gaza.

O Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

Segundo Israel, muitos destes lançadores estavam programados para serem disparados às 5h (23h no horário de Brasília) na direção de Tel-Aviv. Após contato do jornal The New York Times, um funcionário de inteligência de um país do Ocidente apontou que todos os lançadores visados foram destruídos.

Residentes andam por uma casa atingida por um foguete do Hezbollah, em Acre, Israel  Foto: Jack Guez/AFP

De acordo com o ministério da Saúde do Líbano, duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas nos ataques no sul do país. Separadamente, um combatente do grupo Amal, aliado do Hezbollah, foi morto em um bombardeio aéreo em um carro. Israel não relatou nenhuma fatalidade civil ou militar.

No meio da manhã, a troca de ataques terminou, com ambos os lados apontando que tinham visado apenas alvos militares.

Hezbollah nega ataque frustrado

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos de ataque para o domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses em retaliação ao assassinato de Fuad Shukr, um oficial do Hezbollah que morreu em um bombardeio aéreo de Israel no final de julho.

Não ficou imediatamente claro se algum dos foguetes atingiu seus alvos. A milícia xiita libanesa afirmou que os ataques atingiram todos os seus alvos, sem dizer quantos. Antes dos ataques, o grupo havia listado 11 bases e posições israelenses no norte do país e nas Colinas do Golan como alvos. O Hezbollah afirmou que as operações militares do grupo foram concluídas após os ataques deste domingo.

O grupo rebelde xiita libanês afirmou que seu líder, Hassan Nasrallah, deve discursar as 18h (12h no horário de Brasília) para refutar a alegação de Israel de que tinha interrompido os ataques do seu grupo.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que os militares israelenses destruíram “milhares de foguetes” direcionados ao seu país. Nadav Shoshani, um porta-voz do Exército israelense, afirmou que o Hezbollah planejava lançar pelo menos algumas munições no centro de Israel, o que teria sido uma grave escalada.

Apesar da alegação da milícia xiita libanesa de que todos os alvos haviam sido atingidos, Shoshani apontou que as avaliações iniciais encontraram “poucos danos” em Israel, mas que os militares permaneceram em alerta máximo.

Drone UAV do Hezbollah interceptado pelas forças aéreas israelenses sobre o norte de Israel  Foto: Jalaa Marey/AFP

Randa Slim, analista sénior do Instituto do Oriente Médio, com sede em Washington, apontou que os ataques deste domingo não devem levar a uma guerra total porque “estavam dentro das regras de combate”.

Estado de emergência e sirenes

Sirenes de ataque aéreo foram ouvidas em todo o norte de Israel, e o aeroporto internacional Ben-Gurion, próximo de Tel-Aviv, foi fechado e desviou voos por aproximadamente uma hora devido à ameaça de ataque.

O Comando da Frente Interna de Israel aumentou o nível de alerta no norte de Israel e encorajou as pessoas a permanecerem perto de abrigos antiaéreos.

Os militares israelenses suspenderam a maior parte das ordens de emergência que impuseram ao país após o ataque preventivo contra o Hezbollah. As instruções – que incluíam restrições a aglomerações – visavam proteger os civis no caso de uma resposta massiva da milícia xiita libanesa.

O anúncio de que a maioria dos cidadãos israelenses poderia cumprir as suas rotinas diárias foi outra indicação de que as principais autoridades de segurança do país não esperam um ataque iminente.

Residentes de uma casa na cidade de Acre checam os danos de um foguete do Hezbollah neste domingo, 25  Foto: Jack Guez/AFP

Cessar-fogo em Gaza

As implicações diplomáticas mais amplas dos ataques aéreos deste domingo não ficaram imediatamente claras. Delegações de Egito, Catar, Estados Unidos e Israel devem se encontrar hoje no Cairo para negociar um cessar-fogo em Gaza.

Uma delegação do grupo terrorista Hamas também está na capital do Egito. Os EUA e outros mediadores consideram um cessar-fogo em Gaza essencial para evitar um conflito mais amplo no Oriente Médio.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Este foi o maior ataque terrorista sofrido por Israel em sua história e o maior contra judeus desde o Holocausto. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma ofensiva na Faixa de Gaza que já deixou mais de 40 mil mortos no enclave palestino, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas./com AP e NYT

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