‘O tempo de apelos vazios por redução de violência acabou’, diz Israel no Conselho de Segurança


Representantes do Irã e de Israel se encontram pessoalmente pela 1.ª vez desde piora do conflito no Oriente Médio; secretário-geral da ONU diz que situação na região ‘está virando um inferno’

Por Luiz Henrique Gomes
Atualização:

O embaixador de Israel na ONU, Danny Damon, declarou durante a reunião do Conselho de Segurança que os pedidos de diminuir a violência no Oriente Médio são vazios. O conselho se reuniu nesta quarta-feira, 2, após ser convocado pela França para discutir a situação na região após o ataque aéreo do Irã contra Israel. “O tempo de apelos vazios por redução da violência acabou”, disse.

Damon trocou acusações com o embaixador iraniano Amir Saied Iravani durante a reunião e disse que o Irã representa um “perigo muito real e presente para o mundo”. “Não é mais uma questão de palavras”, disse. “Que o mundo entenda: Israel se defenderá, e o faremos com justiça e força.”

Os dois países ameaçaram continuar com ataques se a espiral de retaliações continuar e se acusaram mutuamente de serem “Estados-terroristas” que desestabilizam o Oriente Médio.

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Imagem desta terça-feira, 2, mostra diplomatas reunidos no Conselho de Segurança da ONU para discutir ataque do Irã a Israel. Secretário-geral diz que situação no Oriente Médio está 'virando um inferno' Foto: Stephanie Keith/AFP

Foi a 1.ª vez que os dois representantes se encontraram cara a cara desde que o conflito escalou, com o aumento dos bombardeios israelenses no Líbano e a consequente morte de Hasan Nasrallah, líder do Hezbollah, a milícia xiita radical baseada no país. Os ataques também mataram o general iraniano Abbas Nilfotoushan, que estava em Beirute. O Irã afirma que a ofensiva aérea foi em retaliação aos assassinatos.

Israel alega que os assassinatos foram em defesa. Há quase um ano o país trava uma guerra contra o grupo Hamas, responsável pelo atentado terrorista no território israelense em 7 de outubro, que envolveu o Irã e o Hezbollah, dois aliados regionais do Hamas. “Nós iremos agir. Asseguro a vocês que as consequências que o Irã terá por suas ações são muito maiores do que podem imaginar”, disse Damon durante a reunião.

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O representante do Irã, Amir Saied Iravani, respondeu que o ataque da terça foi em nome do “equilíbrio e a dissuasão” de forças. “A experiência provou que Israel só entende a linguagem da força”, declarou. “A diplomacia falhou repetidamente, pois Israel vê a contenção não como gesto de boa vontade, mas como uma fraqueza a ser explorada”.

No início da reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque de mísseis do Irã a Israel e pediu o fim das retaliações. “O ciclo mortal de violência olho por olho deve parar. Os ataques estão tornando o Oriente Médio um inferno”, declarou.

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Guterres, que foi declarado ‘persona non grata’ por Israel nesta quarta-feira e está proibido de entrar no país, também afirmou que os civis da região estão pagando o maior preço do conflito e pediu por um cessar-fogo. Desde o início do conflito, em 7 de outubro, a ONU tem sido cada vez mais criticada por não conseguir evitar o aumento da violência.

Nas declarações que se seguiram, os EUA e outros países do Ocidente condenaram a ação do Irã em Israel. O Irã recebeu o apoio dos países árabes.

G-7 discute novas sanções contra o Irã

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Em paralelo ao Conselho de Segurança, o G-7, bloco formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Itália, França, Japão e Reino Unido, discute aplicar novas sanções contra o Irã por causa do ataque contra Israel. A reunião do grupo foi convocada pela Itália, que está na presidência,

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que o país não apoia um ataque retaliatório de Israel contra as instalações nucleares do Irã – possibilidade relatada por causa da resposta israelense ao primeiro ataque de Teerã, em abril, em áreas próximas às instalações. Biden disse que a resposta “deve ser proporcional”.

Segundo a emissora americana CNN, os EUA acompanham as autoridades israelenses, mas não fazem orientações sobre como devem responder. “Ninguém está dizendo para não responder”, disse uma autoridade do governo Biden ao canal.

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Resposta israelense

A resposta israelense ao Irã deve ser com “surpresa e precisão”, disseram as autoridades. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que o país inimigo cometeu um “grande erro” e que irá pagar por isso. “O regime no Irã não compreende nossa determinação de nos defendermos e nossa determinação de retaliar contra nossos inimigos. Eles entenderão. Manteremos a regra que estabelecemos: quem nos ataca, nós o atacaremos”, declarou.

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, o tenente-general Herzi Halevi, disse que as Forças de Defesa de Israel (FDI) responderiam com “capacidades ofensivas precisas e surpreendentes” ao ataque. O porta-voz da FDI, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que o país tem capacidade de atacar qualquer lugar no Oriente Médio e que irá decidir “a maneira da resposta - quando, onde e como”. /Com AP, NYT, W.P.

O embaixador de Israel na ONU, Danny Damon, declarou durante a reunião do Conselho de Segurança que os pedidos de diminuir a violência no Oriente Médio são vazios. O conselho se reuniu nesta quarta-feira, 2, após ser convocado pela França para discutir a situação na região após o ataque aéreo do Irã contra Israel. “O tempo de apelos vazios por redução da violência acabou”, disse.

Damon trocou acusações com o embaixador iraniano Amir Saied Iravani durante a reunião e disse que o Irã representa um “perigo muito real e presente para o mundo”. “Não é mais uma questão de palavras”, disse. “Que o mundo entenda: Israel se defenderá, e o faremos com justiça e força.”

Os dois países ameaçaram continuar com ataques se a espiral de retaliações continuar e se acusaram mutuamente de serem “Estados-terroristas” que desestabilizam o Oriente Médio.

Imagem desta terça-feira, 2, mostra diplomatas reunidos no Conselho de Segurança da ONU para discutir ataque do Irã a Israel. Secretário-geral diz que situação no Oriente Médio está 'virando um inferno' Foto: Stephanie Keith/AFP

Foi a 1.ª vez que os dois representantes se encontraram cara a cara desde que o conflito escalou, com o aumento dos bombardeios israelenses no Líbano e a consequente morte de Hasan Nasrallah, líder do Hezbollah, a milícia xiita radical baseada no país. Os ataques também mataram o general iraniano Abbas Nilfotoushan, que estava em Beirute. O Irã afirma que a ofensiva aérea foi em retaliação aos assassinatos.

Israel alega que os assassinatos foram em defesa. Há quase um ano o país trava uma guerra contra o grupo Hamas, responsável pelo atentado terrorista no território israelense em 7 de outubro, que envolveu o Irã e o Hezbollah, dois aliados regionais do Hamas. “Nós iremos agir. Asseguro a vocês que as consequências que o Irã terá por suas ações são muito maiores do que podem imaginar”, disse Damon durante a reunião.

O representante do Irã, Amir Saied Iravani, respondeu que o ataque da terça foi em nome do “equilíbrio e a dissuasão” de forças. “A experiência provou que Israel só entende a linguagem da força”, declarou. “A diplomacia falhou repetidamente, pois Israel vê a contenção não como gesto de boa vontade, mas como uma fraqueza a ser explorada”.

No início da reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque de mísseis do Irã a Israel e pediu o fim das retaliações. “O ciclo mortal de violência olho por olho deve parar. Os ataques estão tornando o Oriente Médio um inferno”, declarou.

Guterres, que foi declarado ‘persona non grata’ por Israel nesta quarta-feira e está proibido de entrar no país, também afirmou que os civis da região estão pagando o maior preço do conflito e pediu por um cessar-fogo. Desde o início do conflito, em 7 de outubro, a ONU tem sido cada vez mais criticada por não conseguir evitar o aumento da violência.

Nas declarações que se seguiram, os EUA e outros países do Ocidente condenaram a ação do Irã em Israel. O Irã recebeu o apoio dos países árabes.

G-7 discute novas sanções contra o Irã

Em paralelo ao Conselho de Segurança, o G-7, bloco formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Itália, França, Japão e Reino Unido, discute aplicar novas sanções contra o Irã por causa do ataque contra Israel. A reunião do grupo foi convocada pela Itália, que está na presidência,

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que o país não apoia um ataque retaliatório de Israel contra as instalações nucleares do Irã – possibilidade relatada por causa da resposta israelense ao primeiro ataque de Teerã, em abril, em áreas próximas às instalações. Biden disse que a resposta “deve ser proporcional”.

Segundo a emissora americana CNN, os EUA acompanham as autoridades israelenses, mas não fazem orientações sobre como devem responder. “Ninguém está dizendo para não responder”, disse uma autoridade do governo Biden ao canal.

Resposta israelense

A resposta israelense ao Irã deve ser com “surpresa e precisão”, disseram as autoridades. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que o país inimigo cometeu um “grande erro” e que irá pagar por isso. “O regime no Irã não compreende nossa determinação de nos defendermos e nossa determinação de retaliar contra nossos inimigos. Eles entenderão. Manteremos a regra que estabelecemos: quem nos ataca, nós o atacaremos”, declarou.

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, o tenente-general Herzi Halevi, disse que as Forças de Defesa de Israel (FDI) responderiam com “capacidades ofensivas precisas e surpreendentes” ao ataque. O porta-voz da FDI, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que o país tem capacidade de atacar qualquer lugar no Oriente Médio e que irá decidir “a maneira da resposta - quando, onde e como”. /Com AP, NYT, W.P.

O embaixador de Israel na ONU, Danny Damon, declarou durante a reunião do Conselho de Segurança que os pedidos de diminuir a violência no Oriente Médio são vazios. O conselho se reuniu nesta quarta-feira, 2, após ser convocado pela França para discutir a situação na região após o ataque aéreo do Irã contra Israel. “O tempo de apelos vazios por redução da violência acabou”, disse.

Damon trocou acusações com o embaixador iraniano Amir Saied Iravani durante a reunião e disse que o Irã representa um “perigo muito real e presente para o mundo”. “Não é mais uma questão de palavras”, disse. “Que o mundo entenda: Israel se defenderá, e o faremos com justiça e força.”

Os dois países ameaçaram continuar com ataques se a espiral de retaliações continuar e se acusaram mutuamente de serem “Estados-terroristas” que desestabilizam o Oriente Médio.

Imagem desta terça-feira, 2, mostra diplomatas reunidos no Conselho de Segurança da ONU para discutir ataque do Irã a Israel. Secretário-geral diz que situação no Oriente Médio está 'virando um inferno' Foto: Stephanie Keith/AFP

Foi a 1.ª vez que os dois representantes se encontraram cara a cara desde que o conflito escalou, com o aumento dos bombardeios israelenses no Líbano e a consequente morte de Hasan Nasrallah, líder do Hezbollah, a milícia xiita radical baseada no país. Os ataques também mataram o general iraniano Abbas Nilfotoushan, que estava em Beirute. O Irã afirma que a ofensiva aérea foi em retaliação aos assassinatos.

Israel alega que os assassinatos foram em defesa. Há quase um ano o país trava uma guerra contra o grupo Hamas, responsável pelo atentado terrorista no território israelense em 7 de outubro, que envolveu o Irã e o Hezbollah, dois aliados regionais do Hamas. “Nós iremos agir. Asseguro a vocês que as consequências que o Irã terá por suas ações são muito maiores do que podem imaginar”, disse Damon durante a reunião.

O representante do Irã, Amir Saied Iravani, respondeu que o ataque da terça foi em nome do “equilíbrio e a dissuasão” de forças. “A experiência provou que Israel só entende a linguagem da força”, declarou. “A diplomacia falhou repetidamente, pois Israel vê a contenção não como gesto de boa vontade, mas como uma fraqueza a ser explorada”.

No início da reunião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ataque de mísseis do Irã a Israel e pediu o fim das retaliações. “O ciclo mortal de violência olho por olho deve parar. Os ataques estão tornando o Oriente Médio um inferno”, declarou.

Guterres, que foi declarado ‘persona non grata’ por Israel nesta quarta-feira e está proibido de entrar no país, também afirmou que os civis da região estão pagando o maior preço do conflito e pediu por um cessar-fogo. Desde o início do conflito, em 7 de outubro, a ONU tem sido cada vez mais criticada por não conseguir evitar o aumento da violência.

Nas declarações que se seguiram, os EUA e outros países do Ocidente condenaram a ação do Irã em Israel. O Irã recebeu o apoio dos países árabes.

G-7 discute novas sanções contra o Irã

Em paralelo ao Conselho de Segurança, o G-7, bloco formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Itália, França, Japão e Reino Unido, discute aplicar novas sanções contra o Irã por causa do ataque contra Israel. A reunião do grupo foi convocada pela Itália, que está na presidência,

O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que o país não apoia um ataque retaliatório de Israel contra as instalações nucleares do Irã – possibilidade relatada por causa da resposta israelense ao primeiro ataque de Teerã, em abril, em áreas próximas às instalações. Biden disse que a resposta “deve ser proporcional”.

Segundo a emissora americana CNN, os EUA acompanham as autoridades israelenses, mas não fazem orientações sobre como devem responder. “Ninguém está dizendo para não responder”, disse uma autoridade do governo Biden ao canal.

Resposta israelense

A resposta israelense ao Irã deve ser com “surpresa e precisão”, disseram as autoridades. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que o país inimigo cometeu um “grande erro” e que irá pagar por isso. “O regime no Irã não compreende nossa determinação de nos defendermos e nossa determinação de retaliar contra nossos inimigos. Eles entenderão. Manteremos a regra que estabelecemos: quem nos ataca, nós o atacaremos”, declarou.

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, o tenente-general Herzi Halevi, disse que as Forças de Defesa de Israel (FDI) responderiam com “capacidades ofensivas precisas e surpreendentes” ao ataque. O porta-voz da FDI, o contra-almirante Daniel Hagari, disse que o país tem capacidade de atacar qualquer lugar no Oriente Médio e que irá decidir “a maneira da resposta - quando, onde e como”. /Com AP, NYT, W.P.

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