Israel, Emirados Árabes e Bahrein assinam acordos históricos na Casa Branca


Cerimônia teve a presença do presidente americano, Donald Trump, que citou 'um novo amanhecer no Oriente Médio' com as assinaturas

Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - Israel assinou nesta terça-feira, 15, acordos de normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein que alteram a balança no Oriente Médio e com os quais o presidente Donald Trump espera se apresentar como um "pacificador", a apenas sete semanas das eleições em que buscará o segundo mandato.

"Esses acordos marcam o amanhecer de um novo Oriente Médio", afirmou Trump, durante a cerimônia, com a presença do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

O chanceler do Bahrein, Abdullatif al-Zayani (esquerda), o primeiro-ministro deIsrael, Binyamin Netanyahu, o presidente Donald Trump e o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al-Nahyan (direita), assinam os 'acordos de Abraão' Foto: SAUL LOEB / AFP
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Os acordos estabelecem formalmente as relações diplomáticas entre Israel e os dois países árabes, os primeiros acordos do tipo desde os tratados de paz com o Egito e a Jordânia, em 1979 e 1994, respectivamente.

"Esses acordos mostram que é possível estabelecer uma nova relação com os países árabes e avançar para a paz no Oriente Médio. Chamam acordos Abraão, porque no fim somos todos irmãos", disse ao Estadão o cônsul de Israel em São Paulo, Alon Lavi. 

Os textos assinados pelas autoridades nesta terça foram escritos em inglês, árabe e hebraico. Os acordos representam uma vitória para Netanyahu e aproximam Israel de seu objetivo de ser aceito na região. 

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Para Trump, que até agora tinha poucos resultados diplomáticos a oferecer aos eleitores, os acordos são um êxito reconhecido até pelos adversários democratas.

Desde o acordo entre Israel e EAU anunciado em 13 de agosto, seguido pelo anunciado com o Bahrein na semana passada, republicanos não poupam superlativos para elogiar sua ação e defendem a atribuição do Prêmio Nobel da Paz.

Emirados e Bahrein têm em comum com Israel a animosidade a respeito do Irã, que também é o inimigo número um dos EUA na região. Lavi acredita que os acordos devem levar mais países "do eixo moderado" a assinarem a normalização das relações com Israel, deixando o Irã mais isolado na região. "Com mais países do eixo moderado selando a amizade com Israel, podemos trabalhar juntos contra aqueles que são contra a paz. O Irã vem ameaçando deliberadamente Israel, mas também ameaça países árabes e do Golfo", afirmou.

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Protestos

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que esta terça será um "dia obscuro" para o mundo árabe e criticou as divisões entre os países árabes.

Os palestinos realizaram manifestações contra os acordos. Eles afirmam que receberam uma "punhalada nas costas" dos países árabes que aceitaram o acordo com Israel sem esperar a criação de um Estado Palestino. Mas o governo Trump sempre afirmou que desejava alterar o equilíbrio na região com a aproximação de Israel e dos árabes em uma espécie de aliança contra o Irã. Os acordos antecipam uma mudança de cenário e parecem relegar a um segundo plano a questão palestina, como esperava a Casa Branca.

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A "visão para a paz", plano apresentado no início do ano por Trump com o objetivo de resolver o conflito israelense-palestino, ainda está longe do sucesso. A Autoridade Palestina rejeita a iniciativa e nega a Trump o papel de mediador por ter tomado decisões favoráveis a Israel. 

Palestinos em protesto na cidade de Hebron Foto: EFE/EPA/ABED AL HASHLAMOUN

"Não entendo como alguém pode ir contra a paz. Entendo que o Fatah tenha ambições políticas para fazer a paz com Israel, mas não dá para ser contra esses acordos", disse Lavi. 

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Há muitos anos, vários Estados árabes petroleiros cultivam discretos laços com o governo israelense, mas a normalização das relações oferece amplas oportunidades, especialmente econômicas, a países que buscam superar os prejuízos provocados pela pandemia de coronavírus. / AFP, com Fernanda Simas

WASHINGTON - Israel assinou nesta terça-feira, 15, acordos de normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein que alteram a balança no Oriente Médio e com os quais o presidente Donald Trump espera se apresentar como um "pacificador", a apenas sete semanas das eleições em que buscará o segundo mandato.

"Esses acordos marcam o amanhecer de um novo Oriente Médio", afirmou Trump, durante a cerimônia, com a presença do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

O chanceler do Bahrein, Abdullatif al-Zayani (esquerda), o primeiro-ministro deIsrael, Binyamin Netanyahu, o presidente Donald Trump e o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al-Nahyan (direita), assinam os 'acordos de Abraão' Foto: SAUL LOEB / AFP

Os acordos estabelecem formalmente as relações diplomáticas entre Israel e os dois países árabes, os primeiros acordos do tipo desde os tratados de paz com o Egito e a Jordânia, em 1979 e 1994, respectivamente.

"Esses acordos mostram que é possível estabelecer uma nova relação com os países árabes e avançar para a paz no Oriente Médio. Chamam acordos Abraão, porque no fim somos todos irmãos", disse ao Estadão o cônsul de Israel em São Paulo, Alon Lavi. 

Os textos assinados pelas autoridades nesta terça foram escritos em inglês, árabe e hebraico. Os acordos representam uma vitória para Netanyahu e aproximam Israel de seu objetivo de ser aceito na região. 

Para Trump, que até agora tinha poucos resultados diplomáticos a oferecer aos eleitores, os acordos são um êxito reconhecido até pelos adversários democratas.

Desde o acordo entre Israel e EAU anunciado em 13 de agosto, seguido pelo anunciado com o Bahrein na semana passada, republicanos não poupam superlativos para elogiar sua ação e defendem a atribuição do Prêmio Nobel da Paz.

Emirados e Bahrein têm em comum com Israel a animosidade a respeito do Irã, que também é o inimigo número um dos EUA na região. Lavi acredita que os acordos devem levar mais países "do eixo moderado" a assinarem a normalização das relações com Israel, deixando o Irã mais isolado na região. "Com mais países do eixo moderado selando a amizade com Israel, podemos trabalhar juntos contra aqueles que são contra a paz. O Irã vem ameaçando deliberadamente Israel, mas também ameaça países árabes e do Golfo", afirmou.

Protestos

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que esta terça será um "dia obscuro" para o mundo árabe e criticou as divisões entre os países árabes.

Os palestinos realizaram manifestações contra os acordos. Eles afirmam que receberam uma "punhalada nas costas" dos países árabes que aceitaram o acordo com Israel sem esperar a criação de um Estado Palestino. Mas o governo Trump sempre afirmou que desejava alterar o equilíbrio na região com a aproximação de Israel e dos árabes em uma espécie de aliança contra o Irã. Os acordos antecipam uma mudança de cenário e parecem relegar a um segundo plano a questão palestina, como esperava a Casa Branca.

A "visão para a paz", plano apresentado no início do ano por Trump com o objetivo de resolver o conflito israelense-palestino, ainda está longe do sucesso. A Autoridade Palestina rejeita a iniciativa e nega a Trump o papel de mediador por ter tomado decisões favoráveis a Israel. 

Palestinos em protesto na cidade de Hebron Foto: EFE/EPA/ABED AL HASHLAMOUN

"Não entendo como alguém pode ir contra a paz. Entendo que o Fatah tenha ambições políticas para fazer a paz com Israel, mas não dá para ser contra esses acordos", disse Lavi. 

Há muitos anos, vários Estados árabes petroleiros cultivam discretos laços com o governo israelense, mas a normalização das relações oferece amplas oportunidades, especialmente econômicas, a países que buscam superar os prejuízos provocados pela pandemia de coronavírus. / AFP, com Fernanda Simas

WASHINGTON - Israel assinou nesta terça-feira, 15, acordos de normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein que alteram a balança no Oriente Médio e com os quais o presidente Donald Trump espera se apresentar como um "pacificador", a apenas sete semanas das eleições em que buscará o segundo mandato.

"Esses acordos marcam o amanhecer de um novo Oriente Médio", afirmou Trump, durante a cerimônia, com a presença do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

O chanceler do Bahrein, Abdullatif al-Zayani (esquerda), o primeiro-ministro deIsrael, Binyamin Netanyahu, o presidente Donald Trump e o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al-Nahyan (direita), assinam os 'acordos de Abraão' Foto: SAUL LOEB / AFP

Os acordos estabelecem formalmente as relações diplomáticas entre Israel e os dois países árabes, os primeiros acordos do tipo desde os tratados de paz com o Egito e a Jordânia, em 1979 e 1994, respectivamente.

"Esses acordos mostram que é possível estabelecer uma nova relação com os países árabes e avançar para a paz no Oriente Médio. Chamam acordos Abraão, porque no fim somos todos irmãos", disse ao Estadão o cônsul de Israel em São Paulo, Alon Lavi. 

Os textos assinados pelas autoridades nesta terça foram escritos em inglês, árabe e hebraico. Os acordos representam uma vitória para Netanyahu e aproximam Israel de seu objetivo de ser aceito na região. 

Para Trump, que até agora tinha poucos resultados diplomáticos a oferecer aos eleitores, os acordos são um êxito reconhecido até pelos adversários democratas.

Desde o acordo entre Israel e EAU anunciado em 13 de agosto, seguido pelo anunciado com o Bahrein na semana passada, republicanos não poupam superlativos para elogiar sua ação e defendem a atribuição do Prêmio Nobel da Paz.

Emirados e Bahrein têm em comum com Israel a animosidade a respeito do Irã, que também é o inimigo número um dos EUA na região. Lavi acredita que os acordos devem levar mais países "do eixo moderado" a assinarem a normalização das relações com Israel, deixando o Irã mais isolado na região. "Com mais países do eixo moderado selando a amizade com Israel, podemos trabalhar juntos contra aqueles que são contra a paz. O Irã vem ameaçando deliberadamente Israel, mas também ameaça países árabes e do Golfo", afirmou.

Protestos

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que esta terça será um "dia obscuro" para o mundo árabe e criticou as divisões entre os países árabes.

Os palestinos realizaram manifestações contra os acordos. Eles afirmam que receberam uma "punhalada nas costas" dos países árabes que aceitaram o acordo com Israel sem esperar a criação de um Estado Palestino. Mas o governo Trump sempre afirmou que desejava alterar o equilíbrio na região com a aproximação de Israel e dos árabes em uma espécie de aliança contra o Irã. Os acordos antecipam uma mudança de cenário e parecem relegar a um segundo plano a questão palestina, como esperava a Casa Branca.

A "visão para a paz", plano apresentado no início do ano por Trump com o objetivo de resolver o conflito israelense-palestino, ainda está longe do sucesso. A Autoridade Palestina rejeita a iniciativa e nega a Trump o papel de mediador por ter tomado decisões favoráveis a Israel. 

Palestinos em protesto na cidade de Hebron Foto: EFE/EPA/ABED AL HASHLAMOUN

"Não entendo como alguém pode ir contra a paz. Entendo que o Fatah tenha ambições políticas para fazer a paz com Israel, mas não dá para ser contra esses acordos", disse Lavi. 

Há muitos anos, vários Estados árabes petroleiros cultivam discretos laços com o governo israelense, mas a normalização das relações oferece amplas oportunidades, especialmente econômicas, a países que buscam superar os prejuízos provocados pela pandemia de coronavírus. / AFP, com Fernanda Simas

WASHINGTON - Israel assinou nesta terça-feira, 15, acordos de normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein que alteram a balança no Oriente Médio e com os quais o presidente Donald Trump espera se apresentar como um "pacificador", a apenas sete semanas das eleições em que buscará o segundo mandato.

"Esses acordos marcam o amanhecer de um novo Oriente Médio", afirmou Trump, durante a cerimônia, com a presença do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

O chanceler do Bahrein, Abdullatif al-Zayani (esquerda), o primeiro-ministro deIsrael, Binyamin Netanyahu, o presidente Donald Trump e o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al-Nahyan (direita), assinam os 'acordos de Abraão' Foto: SAUL LOEB / AFP

Os acordos estabelecem formalmente as relações diplomáticas entre Israel e os dois países árabes, os primeiros acordos do tipo desde os tratados de paz com o Egito e a Jordânia, em 1979 e 1994, respectivamente.

"Esses acordos mostram que é possível estabelecer uma nova relação com os países árabes e avançar para a paz no Oriente Médio. Chamam acordos Abraão, porque no fim somos todos irmãos", disse ao Estadão o cônsul de Israel em São Paulo, Alon Lavi. 

Os textos assinados pelas autoridades nesta terça foram escritos em inglês, árabe e hebraico. Os acordos representam uma vitória para Netanyahu e aproximam Israel de seu objetivo de ser aceito na região. 

Para Trump, que até agora tinha poucos resultados diplomáticos a oferecer aos eleitores, os acordos são um êxito reconhecido até pelos adversários democratas.

Desde o acordo entre Israel e EAU anunciado em 13 de agosto, seguido pelo anunciado com o Bahrein na semana passada, republicanos não poupam superlativos para elogiar sua ação e defendem a atribuição do Prêmio Nobel da Paz.

Emirados e Bahrein têm em comum com Israel a animosidade a respeito do Irã, que também é o inimigo número um dos EUA na região. Lavi acredita que os acordos devem levar mais países "do eixo moderado" a assinarem a normalização das relações com Israel, deixando o Irã mais isolado na região. "Com mais países do eixo moderado selando a amizade com Israel, podemos trabalhar juntos contra aqueles que são contra a paz. O Irã vem ameaçando deliberadamente Israel, mas também ameaça países árabes e do Golfo", afirmou.

Protestos

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que esta terça será um "dia obscuro" para o mundo árabe e criticou as divisões entre os países árabes.

Os palestinos realizaram manifestações contra os acordos. Eles afirmam que receberam uma "punhalada nas costas" dos países árabes que aceitaram o acordo com Israel sem esperar a criação de um Estado Palestino. Mas o governo Trump sempre afirmou que desejava alterar o equilíbrio na região com a aproximação de Israel e dos árabes em uma espécie de aliança contra o Irã. Os acordos antecipam uma mudança de cenário e parecem relegar a um segundo plano a questão palestina, como esperava a Casa Branca.

A "visão para a paz", plano apresentado no início do ano por Trump com o objetivo de resolver o conflito israelense-palestino, ainda está longe do sucesso. A Autoridade Palestina rejeita a iniciativa e nega a Trump o papel de mediador por ter tomado decisões favoráveis a Israel. 

Palestinos em protesto na cidade de Hebron Foto: EFE/EPA/ABED AL HASHLAMOUN

"Não entendo como alguém pode ir contra a paz. Entendo que o Fatah tenha ambições políticas para fazer a paz com Israel, mas não dá para ser contra esses acordos", disse Lavi. 

Há muitos anos, vários Estados árabes petroleiros cultivam discretos laços com o governo israelense, mas a normalização das relações oferece amplas oportunidades, especialmente econômicas, a países que buscam superar os prejuízos provocados pela pandemia de coronavírus. / AFP, com Fernanda Simas

WASHINGTON - Israel assinou nesta terça-feira, 15, acordos de normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos e Bahrein que alteram a balança no Oriente Médio e com os quais o presidente Donald Trump espera se apresentar como um "pacificador", a apenas sete semanas das eleições em que buscará o segundo mandato.

"Esses acordos marcam o amanhecer de um novo Oriente Médio", afirmou Trump, durante a cerimônia, com a presença do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu.

O chanceler do Bahrein, Abdullatif al-Zayani (esquerda), o primeiro-ministro deIsrael, Binyamin Netanyahu, o presidente Donald Trump e o chanceler dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al-Nahyan (direita), assinam os 'acordos de Abraão' Foto: SAUL LOEB / AFP

Os acordos estabelecem formalmente as relações diplomáticas entre Israel e os dois países árabes, os primeiros acordos do tipo desde os tratados de paz com o Egito e a Jordânia, em 1979 e 1994, respectivamente.

"Esses acordos mostram que é possível estabelecer uma nova relação com os países árabes e avançar para a paz no Oriente Médio. Chamam acordos Abraão, porque no fim somos todos irmãos", disse ao Estadão o cônsul de Israel em São Paulo, Alon Lavi. 

Os textos assinados pelas autoridades nesta terça foram escritos em inglês, árabe e hebraico. Os acordos representam uma vitória para Netanyahu e aproximam Israel de seu objetivo de ser aceito na região. 

Para Trump, que até agora tinha poucos resultados diplomáticos a oferecer aos eleitores, os acordos são um êxito reconhecido até pelos adversários democratas.

Desde o acordo entre Israel e EAU anunciado em 13 de agosto, seguido pelo anunciado com o Bahrein na semana passada, republicanos não poupam superlativos para elogiar sua ação e defendem a atribuição do Prêmio Nobel da Paz.

Emirados e Bahrein têm em comum com Israel a animosidade a respeito do Irã, que também é o inimigo número um dos EUA na região. Lavi acredita que os acordos devem levar mais países "do eixo moderado" a assinarem a normalização das relações com Israel, deixando o Irã mais isolado na região. "Com mais países do eixo moderado selando a amizade com Israel, podemos trabalhar juntos contra aqueles que são contra a paz. O Irã vem ameaçando deliberadamente Israel, mas também ameaça países árabes e do Golfo", afirmou.

Protestos

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que esta terça será um "dia obscuro" para o mundo árabe e criticou as divisões entre os países árabes.

Os palestinos realizaram manifestações contra os acordos. Eles afirmam que receberam uma "punhalada nas costas" dos países árabes que aceitaram o acordo com Israel sem esperar a criação de um Estado Palestino. Mas o governo Trump sempre afirmou que desejava alterar o equilíbrio na região com a aproximação de Israel e dos árabes em uma espécie de aliança contra o Irã. Os acordos antecipam uma mudança de cenário e parecem relegar a um segundo plano a questão palestina, como esperava a Casa Branca.

A "visão para a paz", plano apresentado no início do ano por Trump com o objetivo de resolver o conflito israelense-palestino, ainda está longe do sucesso. A Autoridade Palestina rejeita a iniciativa e nega a Trump o papel de mediador por ter tomado decisões favoráveis a Israel. 

Palestinos em protesto na cidade de Hebron Foto: EFE/EPA/ABED AL HASHLAMOUN

"Não entendo como alguém pode ir contra a paz. Entendo que o Fatah tenha ambições políticas para fazer a paz com Israel, mas não dá para ser contra esses acordos", disse Lavi. 

Há muitos anos, vários Estados árabes petroleiros cultivam discretos laços com o governo israelense, mas a normalização das relações oferece amplas oportunidades, especialmente econômicas, a países que buscam superar os prejuízos provocados pela pandemia de coronavírus. / AFP, com Fernanda Simas

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