Polícia de Israel entra na Mesquita de Al-Aqsa, prende 350 palestinos e Hamas lança foguetes de Gaza


No confronto, 37 palestinos e dois policiais ficaram feridos; movimento palestino convoca militantes para defender o templo

Por Redação
Atualização:

JERUSALÉM - A polícia de Israel prendeu mais de 350 pessoas durante confrontos violentos na madrugada de quarta-feira, 5, dentro da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. No confronto, 37 palestinos e dois policiais ficaram feridos. Em resposta, o movimento Hamas disparou foguetes da Faixa de Gaza em direção ao território de Israel. Na sequência, a Força Aérea israelense realizou ataques pontuais contra o enclave palestino.

Segundo o governo de Israel, jovens palestinos entraram com fogos de artifício, pedaços de pau e pedras na mesquita, o que motivou a ação da polícia. Os confrontos coincidem com as celebrações do Ramadã muçulmano e da Páscoa judaica, em um clima de grande tensão entre israelenses e palestinos desde o início do ano.

Ataques israelenses ao complexo da mesquita em maio de 2021 levaram a uma guerra de 11 dias entre Israel e o Hama. Mas as tensões desta quarta-feira não parecem ir na direção de um confronto similar. Os disparos de foguetes e ataques aéreos foram contidos em algumas trocas e os líderes de ambos os lados deram indicações que não estavam buscando uma escalada militar.

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O ministro israelense da Segurança Interna, o ultradireitista Itamar ben-Gvir, acusou os palestinos que foram retirados da mesquita de tentativa de ferir e matar policiais e cidadãos israelenses. Ele elogiou a ação rápida e determinada da polícia.

O conflito palestino-israelense ficou ainda mais tenso nos últimos meses, após a posse em dezembro de um dos governos mais à direita da história de Israel. A violência provocou quase 110 mortes desde janeiro e foi retomada no fim de semana passado, após uma calma relativa que era observada desde o início do Ramadã, em 23 de março.

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Polícia de Israel prende mulher palestina nos arredores da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém  Foto: Mahmoud Illean / AP

A polícia israelense divulgou um vídeo que mostra explosões do que pareciam ser fogos de artifício dentro do complexo da mesquita e o que parecem ser pessoas atirando pedras.

Em outro vídeo da polícia, agentes da tropa de choque avançam em direção à mesquita e usam escudos como proteção aos disparos de foguetes. As imagens mostram uma porta cercada por barricadas, fogos de artifício em um tapete e a polícia retirando pelo menos cinco pessoas algemadas.

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“Os líderes ficaram entrincheirados dentro da mesquita durante várias horas (após a última oração vespertina) para perturbar a ordem pública e profanar a mesquita, enquanto gritavam frases que incitavam o ódio e a violência”, disse a polícia de Israel, em nota. “A polícia foi obrigada (a intervir) para desalojá-los e permitir que ocorressem (as primeiras orações do amanhecer) e evitar distúrbios violentos.”


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Operação irrita países árabes

O templo fica na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã, em Jerusalém Oriental, o setor palestino da Cidade Sagrada ocupado por Israel. A Esplanada está construída sobre o que os judeus chamam de Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo.

O ministro palestino de Assuntos Civis, Hussein Al Sheikh, afirmou que o nível de brutalidade (da polícia israelense) exige uma ação urgente palestina, árabe e internacional.

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A Jordânia, que administra os locais sagrados muçulmanos de Jerusalém, condenou o ataque à mesquita e pediu às forças israelenses que se retirem imediatamente. A Arábia Saudita afirmou que rejeita categoricamente as ações que violem os princípios e normas internacionais de respeito aos locais sagrados./ AFP

JERUSALÉM - A polícia de Israel prendeu mais de 350 pessoas durante confrontos violentos na madrugada de quarta-feira, 5, dentro da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. No confronto, 37 palestinos e dois policiais ficaram feridos. Em resposta, o movimento Hamas disparou foguetes da Faixa de Gaza em direção ao território de Israel. Na sequência, a Força Aérea israelense realizou ataques pontuais contra o enclave palestino.

Segundo o governo de Israel, jovens palestinos entraram com fogos de artifício, pedaços de pau e pedras na mesquita, o que motivou a ação da polícia. Os confrontos coincidem com as celebrações do Ramadã muçulmano e da Páscoa judaica, em um clima de grande tensão entre israelenses e palestinos desde o início do ano.

Ataques israelenses ao complexo da mesquita em maio de 2021 levaram a uma guerra de 11 dias entre Israel e o Hama. Mas as tensões desta quarta-feira não parecem ir na direção de um confronto similar. Os disparos de foguetes e ataques aéreos foram contidos em algumas trocas e os líderes de ambos os lados deram indicações que não estavam buscando uma escalada militar.

O ministro israelense da Segurança Interna, o ultradireitista Itamar ben-Gvir, acusou os palestinos que foram retirados da mesquita de tentativa de ferir e matar policiais e cidadãos israelenses. Ele elogiou a ação rápida e determinada da polícia.

O conflito palestino-israelense ficou ainda mais tenso nos últimos meses, após a posse em dezembro de um dos governos mais à direita da história de Israel. A violência provocou quase 110 mortes desde janeiro e foi retomada no fim de semana passado, após uma calma relativa que era observada desde o início do Ramadã, em 23 de março.

Polícia de Israel prende mulher palestina nos arredores da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém  Foto: Mahmoud Illean / AP

A polícia israelense divulgou um vídeo que mostra explosões do que pareciam ser fogos de artifício dentro do complexo da mesquita e o que parecem ser pessoas atirando pedras.

Em outro vídeo da polícia, agentes da tropa de choque avançam em direção à mesquita e usam escudos como proteção aos disparos de foguetes. As imagens mostram uma porta cercada por barricadas, fogos de artifício em um tapete e a polícia retirando pelo menos cinco pessoas algemadas.

“Os líderes ficaram entrincheirados dentro da mesquita durante várias horas (após a última oração vespertina) para perturbar a ordem pública e profanar a mesquita, enquanto gritavam frases que incitavam o ódio e a violência”, disse a polícia de Israel, em nota. “A polícia foi obrigada (a intervir) para desalojá-los e permitir que ocorressem (as primeiras orações do amanhecer) e evitar distúrbios violentos.”


Operação irrita países árabes

O templo fica na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã, em Jerusalém Oriental, o setor palestino da Cidade Sagrada ocupado por Israel. A Esplanada está construída sobre o que os judeus chamam de Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo.

O ministro palestino de Assuntos Civis, Hussein Al Sheikh, afirmou que o nível de brutalidade (da polícia israelense) exige uma ação urgente palestina, árabe e internacional.

A Jordânia, que administra os locais sagrados muçulmanos de Jerusalém, condenou o ataque à mesquita e pediu às forças israelenses que se retirem imediatamente. A Arábia Saudita afirmou que rejeita categoricamente as ações que violem os princípios e normas internacionais de respeito aos locais sagrados./ AFP

JERUSALÉM - A polícia de Israel prendeu mais de 350 pessoas durante confrontos violentos na madrugada de quarta-feira, 5, dentro da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. No confronto, 37 palestinos e dois policiais ficaram feridos. Em resposta, o movimento Hamas disparou foguetes da Faixa de Gaza em direção ao território de Israel. Na sequência, a Força Aérea israelense realizou ataques pontuais contra o enclave palestino.

Segundo o governo de Israel, jovens palestinos entraram com fogos de artifício, pedaços de pau e pedras na mesquita, o que motivou a ação da polícia. Os confrontos coincidem com as celebrações do Ramadã muçulmano e da Páscoa judaica, em um clima de grande tensão entre israelenses e palestinos desde o início do ano.

Ataques israelenses ao complexo da mesquita em maio de 2021 levaram a uma guerra de 11 dias entre Israel e o Hama. Mas as tensões desta quarta-feira não parecem ir na direção de um confronto similar. Os disparos de foguetes e ataques aéreos foram contidos em algumas trocas e os líderes de ambos os lados deram indicações que não estavam buscando uma escalada militar.

O ministro israelense da Segurança Interna, o ultradireitista Itamar ben-Gvir, acusou os palestinos que foram retirados da mesquita de tentativa de ferir e matar policiais e cidadãos israelenses. Ele elogiou a ação rápida e determinada da polícia.

O conflito palestino-israelense ficou ainda mais tenso nos últimos meses, após a posse em dezembro de um dos governos mais à direita da história de Israel. A violência provocou quase 110 mortes desde janeiro e foi retomada no fim de semana passado, após uma calma relativa que era observada desde o início do Ramadã, em 23 de março.

Polícia de Israel prende mulher palestina nos arredores da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém  Foto: Mahmoud Illean / AP

A polícia israelense divulgou um vídeo que mostra explosões do que pareciam ser fogos de artifício dentro do complexo da mesquita e o que parecem ser pessoas atirando pedras.

Em outro vídeo da polícia, agentes da tropa de choque avançam em direção à mesquita e usam escudos como proteção aos disparos de foguetes. As imagens mostram uma porta cercada por barricadas, fogos de artifício em um tapete e a polícia retirando pelo menos cinco pessoas algemadas.

“Os líderes ficaram entrincheirados dentro da mesquita durante várias horas (após a última oração vespertina) para perturbar a ordem pública e profanar a mesquita, enquanto gritavam frases que incitavam o ódio e a violência”, disse a polícia de Israel, em nota. “A polícia foi obrigada (a intervir) para desalojá-los e permitir que ocorressem (as primeiras orações do amanhecer) e evitar distúrbios violentos.”


Operação irrita países árabes

O templo fica na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã, em Jerusalém Oriental, o setor palestino da Cidade Sagrada ocupado por Israel. A Esplanada está construída sobre o que os judeus chamam de Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo.

O ministro palestino de Assuntos Civis, Hussein Al Sheikh, afirmou que o nível de brutalidade (da polícia israelense) exige uma ação urgente palestina, árabe e internacional.

A Jordânia, que administra os locais sagrados muçulmanos de Jerusalém, condenou o ataque à mesquita e pediu às forças israelenses que se retirem imediatamente. A Arábia Saudita afirmou que rejeita categoricamente as ações que violem os princípios e normas internacionais de respeito aos locais sagrados./ AFP

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