Israel exibe imagens de atentados do Hamas a jornalistas para ‘combater desinformação’


Imagens de redes sociais de vítimas, do próprio Hamas e de testemunhas, outras inéditas de câmeras de segurança, de controle de tráfego e de residências mostram detalhes dos ataques

Por Luiz Henrique Gomes
Atualização:

O Consulado-Geral de Israel em São Paulo apresentou nesta quarta-feira, 1, a um grupo de jornalistas, entre eles a reportagem do Estadão, um vídeo de 44 minutos de duração com imagens do ataque terrorista do Hamas contra no sul do país no dia 7 de outubro. As imagens foram mostradas sem censura. São cenas explícitas de atrocidades cometidas naquele dia. A maioria delas foi veiculada nas redes sociais de vítimas, do próprio Hamas e de testemunhas. Filmagens inéditas de câmeras de segurança, de controle de tráfego e de residências também foram exibidas.

Apresentadas no momento em que o conflito entre Israel e o Hamas é travado dentro da Faixa de Gaza, as imagens causam repulsa. Questionado sobre o objetivo de exibir as imagens, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, disse que o vídeo serve para combater a desinformação e discursos que negam ou minimizam a amplitude dos ataques do dia 7.

Segundo Erdreich, o vídeo foi divulgado neste momento do conflito porque há um aumento negacionismo envolvendo, o que, sem sua avaliação, contribui para o aumento do antissemitismo global, incluindo no Brasil. “O Hamas está por trás de todo o negacionismo que estão acontecendo. Por isso, ver este vídeo é importante para mostrar o que aconteceu”, disse. Se não reportamos o que aconteceu, não podemos enfrentar esse problema.”

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Homens do Hamas próximos a uma cerca de arame farpado, em imagens divulgadas pelo grupo após o ataque do dia 7. Israel compilou imagens e exibiu a jornalistas Foto: Al-Qassam Brigades via Storyful/New York Times

No dia 23 de outubro, o mesmo vídeo exibido em São Paulo fora exibido para jornalistas em Nova York. As imagens também foram mostradas à imprensa israelense.

O relato a seguir contém conteúdo violento

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As imagens começam com homens armados do Hamas atirando contra automóveis e contra pessoas em campo aberto ao invadir Israel. Nas imagens capturadas por câmeras de segurança, aparece a data 7 de outubro e o horário. O ataque começou por volta das 7 horas da manhã.

À medida que os terroristas penetram nos kibutz e chegam a uma festa de música eletrônica próxima à fronteira com a Faixa de Gaza, mais pessoas são assassinadas nos vídeos. Muitas são metralhadas à queima-roupa.

Uma câmera de circuito fechado flagra um homem e dois garotos vestidos apenas de cuecas fugindo para um abrigo antibomba próximo de casa enquanto as sirenes de alerta de ataques aéreos tocam. Ao entrarem no abrigo, membros do Hamas que estavam de tocaia aparecem e disparam uma granada. O homem aparece morto.

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No corte seguinte, os dois meninos aparecem desesperados em casa em meio aos ataques. Eles clamam pela mãe. Tudo é assistido por um homem armado que revira a geladeira da casa.

O vídeo também exibe um áudio gravado de uma conversa entre um membro do Hamas dentro de Israel e os seus pais na Faixa de Gaza. Segundo o governo israelense, a chamada foi feita do celular de uma vítima israelense e gravada por um aplicativo. “Matei dez judeus com as próprias mãos!”, grita o homem para os pais. A voz do outro lado da linha parece de choro e pede para o homem voltar à Faixa de Gaza. Ele parece não ouvir, enquanto repete as mortes que cometeu.

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Em outros vídeos, as vítimas são vistas amordaçadas e amarradas com as mãos atrás das costas, terroristas aparecem comemorando o ataque, corpos são levados para dentro da Faixa de Gaza e recebido por algumas dezenas de pessoas com euforia. Bebês e crianças aparecem mortos e carbonizados e vítimas aparecem ensanguentadas entre cadáveres empilhados.

Desde o ataque do dia 7, Israel declarou guerra contra o Hamas e prometeu exterminar o grupo. A ofensiva, segundo autoridades do Hamas em Gaza, deixou mais de 8 mil mortos. O número é contestado por Israel. A confirmação por fontes independentes do que ocorre em Gaza tem se tornado cada vez mais difícil desde o início do confronto por causa do cerco no enclave.

As origens do conflito remontam há um século e o processo de paz entre israelenses e palestinos está parado há mais de 10 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) apela por um “cessar-fogo humanitário imediato” entre as forças israelenses e militantes do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e outros grupos militantes na região. “Os civis suportaram o peso dos combates atuais desde o início. A proteção dos civis de ambos os lados é primordial e deve ser respeitada em todos os momentos”, disse o presidente da ONU, António Guterres.

O Consulado-Geral de Israel em São Paulo apresentou nesta quarta-feira, 1, a um grupo de jornalistas, entre eles a reportagem do Estadão, um vídeo de 44 minutos de duração com imagens do ataque terrorista do Hamas contra no sul do país no dia 7 de outubro. As imagens foram mostradas sem censura. São cenas explícitas de atrocidades cometidas naquele dia. A maioria delas foi veiculada nas redes sociais de vítimas, do próprio Hamas e de testemunhas. Filmagens inéditas de câmeras de segurança, de controle de tráfego e de residências também foram exibidas.

Apresentadas no momento em que o conflito entre Israel e o Hamas é travado dentro da Faixa de Gaza, as imagens causam repulsa. Questionado sobre o objetivo de exibir as imagens, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, disse que o vídeo serve para combater a desinformação e discursos que negam ou minimizam a amplitude dos ataques do dia 7.

Segundo Erdreich, o vídeo foi divulgado neste momento do conflito porque há um aumento negacionismo envolvendo, o que, sem sua avaliação, contribui para o aumento do antissemitismo global, incluindo no Brasil. “O Hamas está por trás de todo o negacionismo que estão acontecendo. Por isso, ver este vídeo é importante para mostrar o que aconteceu”, disse. Se não reportamos o que aconteceu, não podemos enfrentar esse problema.”

Homens do Hamas próximos a uma cerca de arame farpado, em imagens divulgadas pelo grupo após o ataque do dia 7. Israel compilou imagens e exibiu a jornalistas Foto: Al-Qassam Brigades via Storyful/New York Times

No dia 23 de outubro, o mesmo vídeo exibido em São Paulo fora exibido para jornalistas em Nova York. As imagens também foram mostradas à imprensa israelense.

O relato a seguir contém conteúdo violento

As imagens começam com homens armados do Hamas atirando contra automóveis e contra pessoas em campo aberto ao invadir Israel. Nas imagens capturadas por câmeras de segurança, aparece a data 7 de outubro e o horário. O ataque começou por volta das 7 horas da manhã.

À medida que os terroristas penetram nos kibutz e chegam a uma festa de música eletrônica próxima à fronteira com a Faixa de Gaza, mais pessoas são assassinadas nos vídeos. Muitas são metralhadas à queima-roupa.

Uma câmera de circuito fechado flagra um homem e dois garotos vestidos apenas de cuecas fugindo para um abrigo antibomba próximo de casa enquanto as sirenes de alerta de ataques aéreos tocam. Ao entrarem no abrigo, membros do Hamas que estavam de tocaia aparecem e disparam uma granada. O homem aparece morto.

No corte seguinte, os dois meninos aparecem desesperados em casa em meio aos ataques. Eles clamam pela mãe. Tudo é assistido por um homem armado que revira a geladeira da casa.

O vídeo também exibe um áudio gravado de uma conversa entre um membro do Hamas dentro de Israel e os seus pais na Faixa de Gaza. Segundo o governo israelense, a chamada foi feita do celular de uma vítima israelense e gravada por um aplicativo. “Matei dez judeus com as próprias mãos!”, grita o homem para os pais. A voz do outro lado da linha parece de choro e pede para o homem voltar à Faixa de Gaza. Ele parece não ouvir, enquanto repete as mortes que cometeu.

Em outros vídeos, as vítimas são vistas amordaçadas e amarradas com as mãos atrás das costas, terroristas aparecem comemorando o ataque, corpos são levados para dentro da Faixa de Gaza e recebido por algumas dezenas de pessoas com euforia. Bebês e crianças aparecem mortos e carbonizados e vítimas aparecem ensanguentadas entre cadáveres empilhados.

Desde o ataque do dia 7, Israel declarou guerra contra o Hamas e prometeu exterminar o grupo. A ofensiva, segundo autoridades do Hamas em Gaza, deixou mais de 8 mil mortos. O número é contestado por Israel. A confirmação por fontes independentes do que ocorre em Gaza tem se tornado cada vez mais difícil desde o início do confronto por causa do cerco no enclave.

As origens do conflito remontam há um século e o processo de paz entre israelenses e palestinos está parado há mais de 10 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) apela por um “cessar-fogo humanitário imediato” entre as forças israelenses e militantes do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e outros grupos militantes na região. “Os civis suportaram o peso dos combates atuais desde o início. A proteção dos civis de ambos os lados é primordial e deve ser respeitada em todos os momentos”, disse o presidente da ONU, António Guterres.

O Consulado-Geral de Israel em São Paulo apresentou nesta quarta-feira, 1, a um grupo de jornalistas, entre eles a reportagem do Estadão, um vídeo de 44 minutos de duração com imagens do ataque terrorista do Hamas contra no sul do país no dia 7 de outubro. As imagens foram mostradas sem censura. São cenas explícitas de atrocidades cometidas naquele dia. A maioria delas foi veiculada nas redes sociais de vítimas, do próprio Hamas e de testemunhas. Filmagens inéditas de câmeras de segurança, de controle de tráfego e de residências também foram exibidas.

Apresentadas no momento em que o conflito entre Israel e o Hamas é travado dentro da Faixa de Gaza, as imagens causam repulsa. Questionado sobre o objetivo de exibir as imagens, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, disse que o vídeo serve para combater a desinformação e discursos que negam ou minimizam a amplitude dos ataques do dia 7.

Segundo Erdreich, o vídeo foi divulgado neste momento do conflito porque há um aumento negacionismo envolvendo, o que, sem sua avaliação, contribui para o aumento do antissemitismo global, incluindo no Brasil. “O Hamas está por trás de todo o negacionismo que estão acontecendo. Por isso, ver este vídeo é importante para mostrar o que aconteceu”, disse. Se não reportamos o que aconteceu, não podemos enfrentar esse problema.”

Homens do Hamas próximos a uma cerca de arame farpado, em imagens divulgadas pelo grupo após o ataque do dia 7. Israel compilou imagens e exibiu a jornalistas Foto: Al-Qassam Brigades via Storyful/New York Times

No dia 23 de outubro, o mesmo vídeo exibido em São Paulo fora exibido para jornalistas em Nova York. As imagens também foram mostradas à imprensa israelense.

O relato a seguir contém conteúdo violento

As imagens começam com homens armados do Hamas atirando contra automóveis e contra pessoas em campo aberto ao invadir Israel. Nas imagens capturadas por câmeras de segurança, aparece a data 7 de outubro e o horário. O ataque começou por volta das 7 horas da manhã.

À medida que os terroristas penetram nos kibutz e chegam a uma festa de música eletrônica próxima à fronteira com a Faixa de Gaza, mais pessoas são assassinadas nos vídeos. Muitas são metralhadas à queima-roupa.

Uma câmera de circuito fechado flagra um homem e dois garotos vestidos apenas de cuecas fugindo para um abrigo antibomba próximo de casa enquanto as sirenes de alerta de ataques aéreos tocam. Ao entrarem no abrigo, membros do Hamas que estavam de tocaia aparecem e disparam uma granada. O homem aparece morto.

No corte seguinte, os dois meninos aparecem desesperados em casa em meio aos ataques. Eles clamam pela mãe. Tudo é assistido por um homem armado que revira a geladeira da casa.

O vídeo também exibe um áudio gravado de uma conversa entre um membro do Hamas dentro de Israel e os seus pais na Faixa de Gaza. Segundo o governo israelense, a chamada foi feita do celular de uma vítima israelense e gravada por um aplicativo. “Matei dez judeus com as próprias mãos!”, grita o homem para os pais. A voz do outro lado da linha parece de choro e pede para o homem voltar à Faixa de Gaza. Ele parece não ouvir, enquanto repete as mortes que cometeu.

Em outros vídeos, as vítimas são vistas amordaçadas e amarradas com as mãos atrás das costas, terroristas aparecem comemorando o ataque, corpos são levados para dentro da Faixa de Gaza e recebido por algumas dezenas de pessoas com euforia. Bebês e crianças aparecem mortos e carbonizados e vítimas aparecem ensanguentadas entre cadáveres empilhados.

Desde o ataque do dia 7, Israel declarou guerra contra o Hamas e prometeu exterminar o grupo. A ofensiva, segundo autoridades do Hamas em Gaza, deixou mais de 8 mil mortos. O número é contestado por Israel. A confirmação por fontes independentes do que ocorre em Gaza tem se tornado cada vez mais difícil desde o início do confronto por causa do cerco no enclave.

As origens do conflito remontam há um século e o processo de paz entre israelenses e palestinos está parado há mais de 10 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) apela por um “cessar-fogo humanitário imediato” entre as forças israelenses e militantes do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e outros grupos militantes na região. “Os civis suportaram o peso dos combates atuais desde o início. A proteção dos civis de ambos os lados é primordial e deve ser respeitada em todos os momentos”, disse o presidente da ONU, António Guterres.

O Consulado-Geral de Israel em São Paulo apresentou nesta quarta-feira, 1, a um grupo de jornalistas, entre eles a reportagem do Estadão, um vídeo de 44 minutos de duração com imagens do ataque terrorista do Hamas contra no sul do país no dia 7 de outubro. As imagens foram mostradas sem censura. São cenas explícitas de atrocidades cometidas naquele dia. A maioria delas foi veiculada nas redes sociais de vítimas, do próprio Hamas e de testemunhas. Filmagens inéditas de câmeras de segurança, de controle de tráfego e de residências também foram exibidas.

Apresentadas no momento em que o conflito entre Israel e o Hamas é travado dentro da Faixa de Gaza, as imagens causam repulsa. Questionado sobre o objetivo de exibir as imagens, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, disse que o vídeo serve para combater a desinformação e discursos que negam ou minimizam a amplitude dos ataques do dia 7.

Segundo Erdreich, o vídeo foi divulgado neste momento do conflito porque há um aumento negacionismo envolvendo, o que, sem sua avaliação, contribui para o aumento do antissemitismo global, incluindo no Brasil. “O Hamas está por trás de todo o negacionismo que estão acontecendo. Por isso, ver este vídeo é importante para mostrar o que aconteceu”, disse. Se não reportamos o que aconteceu, não podemos enfrentar esse problema.”

Homens do Hamas próximos a uma cerca de arame farpado, em imagens divulgadas pelo grupo após o ataque do dia 7. Israel compilou imagens e exibiu a jornalistas Foto: Al-Qassam Brigades via Storyful/New York Times

No dia 23 de outubro, o mesmo vídeo exibido em São Paulo fora exibido para jornalistas em Nova York. As imagens também foram mostradas à imprensa israelense.

O relato a seguir contém conteúdo violento

As imagens começam com homens armados do Hamas atirando contra automóveis e contra pessoas em campo aberto ao invadir Israel. Nas imagens capturadas por câmeras de segurança, aparece a data 7 de outubro e o horário. O ataque começou por volta das 7 horas da manhã.

À medida que os terroristas penetram nos kibutz e chegam a uma festa de música eletrônica próxima à fronteira com a Faixa de Gaza, mais pessoas são assassinadas nos vídeos. Muitas são metralhadas à queima-roupa.

Uma câmera de circuito fechado flagra um homem e dois garotos vestidos apenas de cuecas fugindo para um abrigo antibomba próximo de casa enquanto as sirenes de alerta de ataques aéreos tocam. Ao entrarem no abrigo, membros do Hamas que estavam de tocaia aparecem e disparam uma granada. O homem aparece morto.

No corte seguinte, os dois meninos aparecem desesperados em casa em meio aos ataques. Eles clamam pela mãe. Tudo é assistido por um homem armado que revira a geladeira da casa.

O vídeo também exibe um áudio gravado de uma conversa entre um membro do Hamas dentro de Israel e os seus pais na Faixa de Gaza. Segundo o governo israelense, a chamada foi feita do celular de uma vítima israelense e gravada por um aplicativo. “Matei dez judeus com as próprias mãos!”, grita o homem para os pais. A voz do outro lado da linha parece de choro e pede para o homem voltar à Faixa de Gaza. Ele parece não ouvir, enquanto repete as mortes que cometeu.

Em outros vídeos, as vítimas são vistas amordaçadas e amarradas com as mãos atrás das costas, terroristas aparecem comemorando o ataque, corpos são levados para dentro da Faixa de Gaza e recebido por algumas dezenas de pessoas com euforia. Bebês e crianças aparecem mortos e carbonizados e vítimas aparecem ensanguentadas entre cadáveres empilhados.

Desde o ataque do dia 7, Israel declarou guerra contra o Hamas e prometeu exterminar o grupo. A ofensiva, segundo autoridades do Hamas em Gaza, deixou mais de 8 mil mortos. O número é contestado por Israel. A confirmação por fontes independentes do que ocorre em Gaza tem se tornado cada vez mais difícil desde o início do confronto por causa do cerco no enclave.

As origens do conflito remontam há um século e o processo de paz entre israelenses e palestinos está parado há mais de 10 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) apela por um “cessar-fogo humanitário imediato” entre as forças israelenses e militantes do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e outros grupos militantes na região. “Os civis suportaram o peso dos combates atuais desde o início. A proteção dos civis de ambos os lados é primordial e deve ser respeitada em todos os momentos”, disse o presidente da ONU, António Guterres.

O Consulado-Geral de Israel em São Paulo apresentou nesta quarta-feira, 1, a um grupo de jornalistas, entre eles a reportagem do Estadão, um vídeo de 44 minutos de duração com imagens do ataque terrorista do Hamas contra no sul do país no dia 7 de outubro. As imagens foram mostradas sem censura. São cenas explícitas de atrocidades cometidas naquele dia. A maioria delas foi veiculada nas redes sociais de vítimas, do próprio Hamas e de testemunhas. Filmagens inéditas de câmeras de segurança, de controle de tráfego e de residências também foram exibidas.

Apresentadas no momento em que o conflito entre Israel e o Hamas é travado dentro da Faixa de Gaza, as imagens causam repulsa. Questionado sobre o objetivo de exibir as imagens, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, disse que o vídeo serve para combater a desinformação e discursos que negam ou minimizam a amplitude dos ataques do dia 7.

Segundo Erdreich, o vídeo foi divulgado neste momento do conflito porque há um aumento negacionismo envolvendo, o que, sem sua avaliação, contribui para o aumento do antissemitismo global, incluindo no Brasil. “O Hamas está por trás de todo o negacionismo que estão acontecendo. Por isso, ver este vídeo é importante para mostrar o que aconteceu”, disse. Se não reportamos o que aconteceu, não podemos enfrentar esse problema.”

Homens do Hamas próximos a uma cerca de arame farpado, em imagens divulgadas pelo grupo após o ataque do dia 7. Israel compilou imagens e exibiu a jornalistas Foto: Al-Qassam Brigades via Storyful/New York Times

No dia 23 de outubro, o mesmo vídeo exibido em São Paulo fora exibido para jornalistas em Nova York. As imagens também foram mostradas à imprensa israelense.

O relato a seguir contém conteúdo violento

As imagens começam com homens armados do Hamas atirando contra automóveis e contra pessoas em campo aberto ao invadir Israel. Nas imagens capturadas por câmeras de segurança, aparece a data 7 de outubro e o horário. O ataque começou por volta das 7 horas da manhã.

À medida que os terroristas penetram nos kibutz e chegam a uma festa de música eletrônica próxima à fronteira com a Faixa de Gaza, mais pessoas são assassinadas nos vídeos. Muitas são metralhadas à queima-roupa.

Uma câmera de circuito fechado flagra um homem e dois garotos vestidos apenas de cuecas fugindo para um abrigo antibomba próximo de casa enquanto as sirenes de alerta de ataques aéreos tocam. Ao entrarem no abrigo, membros do Hamas que estavam de tocaia aparecem e disparam uma granada. O homem aparece morto.

No corte seguinte, os dois meninos aparecem desesperados em casa em meio aos ataques. Eles clamam pela mãe. Tudo é assistido por um homem armado que revira a geladeira da casa.

O vídeo também exibe um áudio gravado de uma conversa entre um membro do Hamas dentro de Israel e os seus pais na Faixa de Gaza. Segundo o governo israelense, a chamada foi feita do celular de uma vítima israelense e gravada por um aplicativo. “Matei dez judeus com as próprias mãos!”, grita o homem para os pais. A voz do outro lado da linha parece de choro e pede para o homem voltar à Faixa de Gaza. Ele parece não ouvir, enquanto repete as mortes que cometeu.

Em outros vídeos, as vítimas são vistas amordaçadas e amarradas com as mãos atrás das costas, terroristas aparecem comemorando o ataque, corpos são levados para dentro da Faixa de Gaza e recebido por algumas dezenas de pessoas com euforia. Bebês e crianças aparecem mortos e carbonizados e vítimas aparecem ensanguentadas entre cadáveres empilhados.

Desde o ataque do dia 7, Israel declarou guerra contra o Hamas e prometeu exterminar o grupo. A ofensiva, segundo autoridades do Hamas em Gaza, deixou mais de 8 mil mortos. O número é contestado por Israel. A confirmação por fontes independentes do que ocorre em Gaza tem se tornado cada vez mais difícil desde o início do confronto por causa do cerco no enclave.

As origens do conflito remontam há um século e o processo de paz entre israelenses e palestinos está parado há mais de 10 anos. A Organização das Nações Unidas (ONU) apela por um “cessar-fogo humanitário imediato” entre as forças israelenses e militantes do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e outros grupos militantes na região. “Os civis suportaram o peso dos combates atuais desde o início. A proteção dos civis de ambos os lados é primordial e deve ser respeitada em todos os momentos”, disse o presidente da ONU, António Guterres.

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