Israel mata 10 palestinos suspeitos de terrorismo e ameaça trégua com Jihad Islâmica


Ministério da Saúde da Palestina afirma que operação eleva número de mortos por Tel Aviv na região a 29 desde início do ano

Por Redação
Atualização:

O Exército de Israel matou dez palestinos, entre eles dois civis — um deles uma mulher idosa —, em uma incursão ao campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira, 26, segundo testemunhas e médicos. Outros 15 palestinos ficaram feridos, quatro deles em estado grave. Segundo o Exército, eles suspeitos de pertencer a uma célula terrorista. Não houve baixas entre os militares israelenses.

O episódio ameaça à trégua na região. A Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa a Faixa de Gaza e as áreas da Cisjordânia ocupada, suspendeu a cooperação de segurança com Israel. O grupo Jihad Islâmica afirmou que as mortes expõem “uma guerra de Israel contra o povo palestino”.

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O Ministério de Saúde palestino ainda afirmou que as forças israelenses lançaram deliberadamente granadas de gás lacrimogêneo na ala pediátrica de um hospital, o que teria causado asfixia em algumas crianças.

O Exército de Israel nega que o ataque tenha sido deliberado. “A operação ocorreu relativamente perto de um hospital e é possível que o gás tenha entrado por uma janela aberta”, afirmou um porta-voz da organização à AFP.

Palestinos carregam corpos de 9 mortos no que afirmam ter sido uma ação de Israel em Jenin Foto: JAAFAR ASHTIYEH / AFP
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Tel-Aviv diz que enviou suas forças especiais para Jenin para deter membros do grupo armado Jihad Islâmica suspeitos de terem planejado e levado a cabo uma série de ataques terroristas. Em nota, afirma que ao menos um palestino foi detido durante a operação.

O Jihad Islâmica confirmou ter entrado em conflito com as tropas israelenses, que teriam adentrado a fundo no campo de refugiados — algo incomum dentro do local conhecido como reduto de militantes armados.

Outro grupo islâmico, o Hamas, declarou que seus homens também participaram dos enfrentamentos. Ambos os agrupamentos são considerados terroristas por Estados Unidos e União Europeia.

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Trégua ameaçada

A quantidade de mortes decorrente do episódio fez com que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, cancelasse a coordenação de segurança com Israel e convocasse os grupos da Palestina para uma reunião de emergência. “O presidente convoca todas as forças palestinas para uma reunião de emergência para acordar uma visão nacional abrangente e unir as fileiras para enfrentar a agressão israelense e enfrentá-la”, anunciou o porta-voz de Abbas.

O grupo Jihad Islâmica também repudiou o episódio, que ameaça dar um fim à trégua negociada com Israel em agosto passado, após ataques na Faixa de Gaza deixarem mais de 40 palestinos mortos. “Contatamos mediadores e afirmamos que o que está acontecendo em Jenin é uma guerra de Israel contra o povo palestino”, afirmou um porta-voz do Jihad Islâmica. “Se ela continuar, ela pode não se limitar só a Jenin.”

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Apoiadores do Jihad Islâmica protestam em Jenin após ação israelense Foto: Said KHATIB / AFP

O Ministério de Saúde da Palestina afirmou que ao menos 29 palestinos, entre soldados e civis, foram mortos por forças israelenses na Cisjordânia desde o início deste ano.

A pasta diz ter convocado uma reunião de emergência com Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

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Jenin tem sido palco de sucessivas incursões de Israel ao longo do último ano. A violência contínua tem adiado ainda mais a realização de negociações sobre a criação de um estado Palestino patrocinadas pelos EUA.

O impasse também tem aumentado o apoio dos palestinos ao Hamas e ao Jihad Islâmica, que recusam a mera coexistência com Israel. Enquanto isso, o novo governo de ultradireita do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu inclui membros opostos à criação de um Estado Palestino. / AFP, EFE e AP

O Exército de Israel matou dez palestinos, entre eles dois civis — um deles uma mulher idosa —, em uma incursão ao campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira, 26, segundo testemunhas e médicos. Outros 15 palestinos ficaram feridos, quatro deles em estado grave. Segundo o Exército, eles suspeitos de pertencer a uma célula terrorista. Não houve baixas entre os militares israelenses.

O episódio ameaça à trégua na região. A Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa a Faixa de Gaza e as áreas da Cisjordânia ocupada, suspendeu a cooperação de segurança com Israel. O grupo Jihad Islâmica afirmou que as mortes expõem “uma guerra de Israel contra o povo palestino”.

O Ministério de Saúde palestino ainda afirmou que as forças israelenses lançaram deliberadamente granadas de gás lacrimogêneo na ala pediátrica de um hospital, o que teria causado asfixia em algumas crianças.

O Exército de Israel nega que o ataque tenha sido deliberado. “A operação ocorreu relativamente perto de um hospital e é possível que o gás tenha entrado por uma janela aberta”, afirmou um porta-voz da organização à AFP.

Palestinos carregam corpos de 9 mortos no que afirmam ter sido uma ação de Israel em Jenin Foto: JAAFAR ASHTIYEH / AFP

Tel-Aviv diz que enviou suas forças especiais para Jenin para deter membros do grupo armado Jihad Islâmica suspeitos de terem planejado e levado a cabo uma série de ataques terroristas. Em nota, afirma que ao menos um palestino foi detido durante a operação.

O Jihad Islâmica confirmou ter entrado em conflito com as tropas israelenses, que teriam adentrado a fundo no campo de refugiados — algo incomum dentro do local conhecido como reduto de militantes armados.

Outro grupo islâmico, o Hamas, declarou que seus homens também participaram dos enfrentamentos. Ambos os agrupamentos são considerados terroristas por Estados Unidos e União Europeia.

Trégua ameaçada

A quantidade de mortes decorrente do episódio fez com que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, cancelasse a coordenação de segurança com Israel e convocasse os grupos da Palestina para uma reunião de emergência. “O presidente convoca todas as forças palestinas para uma reunião de emergência para acordar uma visão nacional abrangente e unir as fileiras para enfrentar a agressão israelense e enfrentá-la”, anunciou o porta-voz de Abbas.

O grupo Jihad Islâmica também repudiou o episódio, que ameaça dar um fim à trégua negociada com Israel em agosto passado, após ataques na Faixa de Gaza deixarem mais de 40 palestinos mortos. “Contatamos mediadores e afirmamos que o que está acontecendo em Jenin é uma guerra de Israel contra o povo palestino”, afirmou um porta-voz do Jihad Islâmica. “Se ela continuar, ela pode não se limitar só a Jenin.”

Apoiadores do Jihad Islâmica protestam em Jenin após ação israelense Foto: Said KHATIB / AFP

O Ministério de Saúde da Palestina afirmou que ao menos 29 palestinos, entre soldados e civis, foram mortos por forças israelenses na Cisjordânia desde o início deste ano.

A pasta diz ter convocado uma reunião de emergência com Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Jenin tem sido palco de sucessivas incursões de Israel ao longo do último ano. A violência contínua tem adiado ainda mais a realização de negociações sobre a criação de um estado Palestino patrocinadas pelos EUA.

O impasse também tem aumentado o apoio dos palestinos ao Hamas e ao Jihad Islâmica, que recusam a mera coexistência com Israel. Enquanto isso, o novo governo de ultradireita do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu inclui membros opostos à criação de um Estado Palestino. / AFP, EFE e AP

O Exército de Israel matou dez palestinos, entre eles dois civis — um deles uma mulher idosa —, em uma incursão ao campo de refugiados de Jenin, no norte da Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira, 26, segundo testemunhas e médicos. Outros 15 palestinos ficaram feridos, quatro deles em estado grave. Segundo o Exército, eles suspeitos de pertencer a uma célula terrorista. Não houve baixas entre os militares israelenses.

O episódio ameaça à trégua na região. A Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa a Faixa de Gaza e as áreas da Cisjordânia ocupada, suspendeu a cooperação de segurança com Israel. O grupo Jihad Islâmica afirmou que as mortes expõem “uma guerra de Israel contra o povo palestino”.

O Ministério de Saúde palestino ainda afirmou que as forças israelenses lançaram deliberadamente granadas de gás lacrimogêneo na ala pediátrica de um hospital, o que teria causado asfixia em algumas crianças.

O Exército de Israel nega que o ataque tenha sido deliberado. “A operação ocorreu relativamente perto de um hospital e é possível que o gás tenha entrado por uma janela aberta”, afirmou um porta-voz da organização à AFP.

Palestinos carregam corpos de 9 mortos no que afirmam ter sido uma ação de Israel em Jenin Foto: JAAFAR ASHTIYEH / AFP

Tel-Aviv diz que enviou suas forças especiais para Jenin para deter membros do grupo armado Jihad Islâmica suspeitos de terem planejado e levado a cabo uma série de ataques terroristas. Em nota, afirma que ao menos um palestino foi detido durante a operação.

O Jihad Islâmica confirmou ter entrado em conflito com as tropas israelenses, que teriam adentrado a fundo no campo de refugiados — algo incomum dentro do local conhecido como reduto de militantes armados.

Outro grupo islâmico, o Hamas, declarou que seus homens também participaram dos enfrentamentos. Ambos os agrupamentos são considerados terroristas por Estados Unidos e União Europeia.

Trégua ameaçada

A quantidade de mortes decorrente do episódio fez com que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, cancelasse a coordenação de segurança com Israel e convocasse os grupos da Palestina para uma reunião de emergência. “O presidente convoca todas as forças palestinas para uma reunião de emergência para acordar uma visão nacional abrangente e unir as fileiras para enfrentar a agressão israelense e enfrentá-la”, anunciou o porta-voz de Abbas.

O grupo Jihad Islâmica também repudiou o episódio, que ameaça dar um fim à trégua negociada com Israel em agosto passado, após ataques na Faixa de Gaza deixarem mais de 40 palestinos mortos. “Contatamos mediadores e afirmamos que o que está acontecendo em Jenin é uma guerra de Israel contra o povo palestino”, afirmou um porta-voz do Jihad Islâmica. “Se ela continuar, ela pode não se limitar só a Jenin.”

Apoiadores do Jihad Islâmica protestam em Jenin após ação israelense Foto: Said KHATIB / AFP

O Ministério de Saúde da Palestina afirmou que ao menos 29 palestinos, entre soldados e civis, foram mortos por forças israelenses na Cisjordânia desde o início deste ano.

A pasta diz ter convocado uma reunião de emergência com Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

Jenin tem sido palco de sucessivas incursões de Israel ao longo do último ano. A violência contínua tem adiado ainda mais a realização de negociações sobre a criação de um estado Palestino patrocinadas pelos EUA.

O impasse também tem aumentado o apoio dos palestinos ao Hamas e ao Jihad Islâmica, que recusam a mera coexistência com Israel. Enquanto isso, o novo governo de ultradireita do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu inclui membros opostos à criação de um Estado Palestino. / AFP, EFE e AP

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