Presidente de Israel nega envolvimento do país em explosão de pagers e walkie-talkies do Hezbollah


Em entrevista à emissora britânica Sky News, Isaac Herzog afirmou que o país que preside não teve nenhuma ligação com as explosões que deixaram 37 mortos no Líbano e aumentaram as tensões entre Israel e Hezbollah

Por Redação
Atualização:

O presidente de Israel, Isaac Herzog, negou que o país seja responsável pelas explosões de pagers e walkie-talkies da milícia radical xiita libanesa Hezbollah, na terça-feira, 17, e na quarta-feira, 18. O número de mortos das explosões somadas chegou a 37, e 3 mil ficaram feridas. Desde então, a troca de ataques entre Israel e Hezbollah ficou mais intensa.

Em entrevista à emissora britânica Sky News, Herzog disse que o Hezbollah tem “muitos inimigos” e rejeitou qualquer ligação com as explosões. Herzog também apontou que Israel não tem o interesse em entrar em guerra com a milícia libanesa, mas admitiu que as tensões estão altas.

Herzog criticou o Irã e acusou Teerã de querer “conquistar todo o Oriente Médio e entrar na Europa”. O presidente de Israel apontou que Israel tem o direito de se defender de “ameaças existenciais”.

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Libaneses participam de funeral de integrantes do Hezbollah que morreram após múltiplas explosões de pagers e walkie-talkies  Foto: Bilal Hussein/AP

Durante a entrevista, Herzog também foi questionado se o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, é a pessoa certa para costurar um acordo com o grupo terrorista Hamas que garanta a volta dos reféns israelenses. O presidente afirmou que irá trabalhar com qualquer primeiro-ministro e que para que um acordo com o grupo terrorista Hamas seja possível, o líder do grupo, Yahya Sinwar, precisa estar disposto.

Em Israel, o chefe de Estado é o presidente, que é eleito pelo Parlamento do país. Já o primeiro-ministro é o chefe do Executivo, eleito pela população no pleito parlamentar.

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Pagers e walkie-talkies

Apesar de o presidente israelense negar o envolvimento do país nas explosões de pagers e walkie-talkies ao redor do Líbano, o ataque é atribuído a Israel pelo Hezbollah e diversos jornais ocidentais relataram o envolvimento israelense, descrevendo uma minuciosa operação que plantou explosivos nos dispositivos do grupo libanês.

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As operações impressionaram por suas características, vistosas pela abrangência, mas ao mesmo tempo discretas. O Hezbollah acusa especificamente o Mossad, a agência de espionagem de Israel.

Criado em 1948 junto com o Estado de Israel, o Mossad é responsável por ações de inteligência fora do território israelense. Os primeiros anos de atuação foram discretos, mas aos poucos a atuação dos espiões ganharam fama dentro de Israel e no mundo, tanto pela sofisticação dos planos quanto pelos seus efeitos.

Os espiões do Mossad, por exemplo, foram os responsáveis pelo sequestro em 1960 do nazista criminoso de guerra Adolf Eichmann, que estava foragido na Argentina. Depois da prisão, Eichmann foi julgado e enforcado em Israel.

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No caso do Líbano, autoridades e especialistas em segurança afirmam que provavelmente os agentes se infiltraram na cadeia de fabricação dos pagers e walkie-talkies para instalar explosivos nos dispositivos, acionados através de um código. Os dispositivos explodidos eram utilizados por membros do Hezbollah como alternativa a celulares, por haver o temor de invasões hackers através da rede de telefone celular. Apesar das precauções, os agentes mostraram habilidade para causar danos em seus inimigos mais uma vez.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma coletiva de imprensa ao lado do ministro da Defesa, Yoav Gallant, em Tel-Aviv  Foto: Abir Sultan/AP

Ataques

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Após as explosões de pagers e walkie-talkies, a troca de ataques continua. A milícia xiita radical libanesa Hezbollah lançou neste domingo, 22, mais de 100 foguetes em direção a Israel. Segundo informações do Exército israelense, a maioria das peças de artilharia foram interceptadas na região de Haifa e Nazaré, no norte do país.

Na sexta-feira, 20, um bombardeio aéreo israelense derrubou um edifício de oito andares no subúrbio do sul de Beirute, enquanto membros do Hezbollah se reuniam no porão, segundo Israel. Entre os mortos estava Ibrahim Akil, que comandava a unidade de forças especiais do grupo, conhecida como Força Radwan.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam que 16 integrantes do Hezbollah morreram no bombardeio. O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que o número de mortos subiu para 45. Outras 68 pessoas ficaram feridas e 15 foram hospitalizadas.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, negou que o país seja responsável pelas explosões de pagers e walkie-talkies da milícia radical xiita libanesa Hezbollah, na terça-feira, 17, e na quarta-feira, 18. O número de mortos das explosões somadas chegou a 37, e 3 mil ficaram feridas. Desde então, a troca de ataques entre Israel e Hezbollah ficou mais intensa.

Em entrevista à emissora britânica Sky News, Herzog disse que o Hezbollah tem “muitos inimigos” e rejeitou qualquer ligação com as explosões. Herzog também apontou que Israel não tem o interesse em entrar em guerra com a milícia libanesa, mas admitiu que as tensões estão altas.

Herzog criticou o Irã e acusou Teerã de querer “conquistar todo o Oriente Médio e entrar na Europa”. O presidente de Israel apontou que Israel tem o direito de se defender de “ameaças existenciais”.

Libaneses participam de funeral de integrantes do Hezbollah que morreram após múltiplas explosões de pagers e walkie-talkies  Foto: Bilal Hussein/AP

Durante a entrevista, Herzog também foi questionado se o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, é a pessoa certa para costurar um acordo com o grupo terrorista Hamas que garanta a volta dos reféns israelenses. O presidente afirmou que irá trabalhar com qualquer primeiro-ministro e que para que um acordo com o grupo terrorista Hamas seja possível, o líder do grupo, Yahya Sinwar, precisa estar disposto.

Em Israel, o chefe de Estado é o presidente, que é eleito pelo Parlamento do país. Já o primeiro-ministro é o chefe do Executivo, eleito pela população no pleito parlamentar.

Pagers e walkie-talkies

Apesar de o presidente israelense negar o envolvimento do país nas explosões de pagers e walkie-talkies ao redor do Líbano, o ataque é atribuído a Israel pelo Hezbollah e diversos jornais ocidentais relataram o envolvimento israelense, descrevendo uma minuciosa operação que plantou explosivos nos dispositivos do grupo libanês.

As operações impressionaram por suas características, vistosas pela abrangência, mas ao mesmo tempo discretas. O Hezbollah acusa especificamente o Mossad, a agência de espionagem de Israel.

Criado em 1948 junto com o Estado de Israel, o Mossad é responsável por ações de inteligência fora do território israelense. Os primeiros anos de atuação foram discretos, mas aos poucos a atuação dos espiões ganharam fama dentro de Israel e no mundo, tanto pela sofisticação dos planos quanto pelos seus efeitos.

Os espiões do Mossad, por exemplo, foram os responsáveis pelo sequestro em 1960 do nazista criminoso de guerra Adolf Eichmann, que estava foragido na Argentina. Depois da prisão, Eichmann foi julgado e enforcado em Israel.

No caso do Líbano, autoridades e especialistas em segurança afirmam que provavelmente os agentes se infiltraram na cadeia de fabricação dos pagers e walkie-talkies para instalar explosivos nos dispositivos, acionados através de um código. Os dispositivos explodidos eram utilizados por membros do Hezbollah como alternativa a celulares, por haver o temor de invasões hackers através da rede de telefone celular. Apesar das precauções, os agentes mostraram habilidade para causar danos em seus inimigos mais uma vez.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma coletiva de imprensa ao lado do ministro da Defesa, Yoav Gallant, em Tel-Aviv  Foto: Abir Sultan/AP

Ataques

Após as explosões de pagers e walkie-talkies, a troca de ataques continua. A milícia xiita radical libanesa Hezbollah lançou neste domingo, 22, mais de 100 foguetes em direção a Israel. Segundo informações do Exército israelense, a maioria das peças de artilharia foram interceptadas na região de Haifa e Nazaré, no norte do país.

Na sexta-feira, 20, um bombardeio aéreo israelense derrubou um edifício de oito andares no subúrbio do sul de Beirute, enquanto membros do Hezbollah se reuniam no porão, segundo Israel. Entre os mortos estava Ibrahim Akil, que comandava a unidade de forças especiais do grupo, conhecida como Força Radwan.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam que 16 integrantes do Hezbollah morreram no bombardeio. O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que o número de mortos subiu para 45. Outras 68 pessoas ficaram feridas e 15 foram hospitalizadas.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, negou que o país seja responsável pelas explosões de pagers e walkie-talkies da milícia radical xiita libanesa Hezbollah, na terça-feira, 17, e na quarta-feira, 18. O número de mortos das explosões somadas chegou a 37, e 3 mil ficaram feridas. Desde então, a troca de ataques entre Israel e Hezbollah ficou mais intensa.

Em entrevista à emissora britânica Sky News, Herzog disse que o Hezbollah tem “muitos inimigos” e rejeitou qualquer ligação com as explosões. Herzog também apontou que Israel não tem o interesse em entrar em guerra com a milícia libanesa, mas admitiu que as tensões estão altas.

Herzog criticou o Irã e acusou Teerã de querer “conquistar todo o Oriente Médio e entrar na Europa”. O presidente de Israel apontou que Israel tem o direito de se defender de “ameaças existenciais”.

Libaneses participam de funeral de integrantes do Hezbollah que morreram após múltiplas explosões de pagers e walkie-talkies  Foto: Bilal Hussein/AP

Durante a entrevista, Herzog também foi questionado se o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, é a pessoa certa para costurar um acordo com o grupo terrorista Hamas que garanta a volta dos reféns israelenses. O presidente afirmou que irá trabalhar com qualquer primeiro-ministro e que para que um acordo com o grupo terrorista Hamas seja possível, o líder do grupo, Yahya Sinwar, precisa estar disposto.

Em Israel, o chefe de Estado é o presidente, que é eleito pelo Parlamento do país. Já o primeiro-ministro é o chefe do Executivo, eleito pela população no pleito parlamentar.

Pagers e walkie-talkies

Apesar de o presidente israelense negar o envolvimento do país nas explosões de pagers e walkie-talkies ao redor do Líbano, o ataque é atribuído a Israel pelo Hezbollah e diversos jornais ocidentais relataram o envolvimento israelense, descrevendo uma minuciosa operação que plantou explosivos nos dispositivos do grupo libanês.

As operações impressionaram por suas características, vistosas pela abrangência, mas ao mesmo tempo discretas. O Hezbollah acusa especificamente o Mossad, a agência de espionagem de Israel.

Criado em 1948 junto com o Estado de Israel, o Mossad é responsável por ações de inteligência fora do território israelense. Os primeiros anos de atuação foram discretos, mas aos poucos a atuação dos espiões ganharam fama dentro de Israel e no mundo, tanto pela sofisticação dos planos quanto pelos seus efeitos.

Os espiões do Mossad, por exemplo, foram os responsáveis pelo sequestro em 1960 do nazista criminoso de guerra Adolf Eichmann, que estava foragido na Argentina. Depois da prisão, Eichmann foi julgado e enforcado em Israel.

No caso do Líbano, autoridades e especialistas em segurança afirmam que provavelmente os agentes se infiltraram na cadeia de fabricação dos pagers e walkie-talkies para instalar explosivos nos dispositivos, acionados através de um código. Os dispositivos explodidos eram utilizados por membros do Hezbollah como alternativa a celulares, por haver o temor de invasões hackers através da rede de telefone celular. Apesar das precauções, os agentes mostraram habilidade para causar danos em seus inimigos mais uma vez.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma coletiva de imprensa ao lado do ministro da Defesa, Yoav Gallant, em Tel-Aviv  Foto: Abir Sultan/AP

Ataques

Após as explosões de pagers e walkie-talkies, a troca de ataques continua. A milícia xiita radical libanesa Hezbollah lançou neste domingo, 22, mais de 100 foguetes em direção a Israel. Segundo informações do Exército israelense, a maioria das peças de artilharia foram interceptadas na região de Haifa e Nazaré, no norte do país.

Na sexta-feira, 20, um bombardeio aéreo israelense derrubou um edifício de oito andares no subúrbio do sul de Beirute, enquanto membros do Hezbollah se reuniam no porão, segundo Israel. Entre os mortos estava Ibrahim Akil, que comandava a unidade de forças especiais do grupo, conhecida como Força Radwan.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam que 16 integrantes do Hezbollah morreram no bombardeio. O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que o número de mortos subiu para 45. Outras 68 pessoas ficaram feridas e 15 foram hospitalizadas.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, negou que o país seja responsável pelas explosões de pagers e walkie-talkies da milícia radical xiita libanesa Hezbollah, na terça-feira, 17, e na quarta-feira, 18. O número de mortos das explosões somadas chegou a 37, e 3 mil ficaram feridas. Desde então, a troca de ataques entre Israel e Hezbollah ficou mais intensa.

Em entrevista à emissora britânica Sky News, Herzog disse que o Hezbollah tem “muitos inimigos” e rejeitou qualquer ligação com as explosões. Herzog também apontou que Israel não tem o interesse em entrar em guerra com a milícia libanesa, mas admitiu que as tensões estão altas.

Herzog criticou o Irã e acusou Teerã de querer “conquistar todo o Oriente Médio e entrar na Europa”. O presidente de Israel apontou que Israel tem o direito de se defender de “ameaças existenciais”.

Libaneses participam de funeral de integrantes do Hezbollah que morreram após múltiplas explosões de pagers e walkie-talkies  Foto: Bilal Hussein/AP

Durante a entrevista, Herzog também foi questionado se o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, é a pessoa certa para costurar um acordo com o grupo terrorista Hamas que garanta a volta dos reféns israelenses. O presidente afirmou que irá trabalhar com qualquer primeiro-ministro e que para que um acordo com o grupo terrorista Hamas seja possível, o líder do grupo, Yahya Sinwar, precisa estar disposto.

Em Israel, o chefe de Estado é o presidente, que é eleito pelo Parlamento do país. Já o primeiro-ministro é o chefe do Executivo, eleito pela população no pleito parlamentar.

Pagers e walkie-talkies

Apesar de o presidente israelense negar o envolvimento do país nas explosões de pagers e walkie-talkies ao redor do Líbano, o ataque é atribuído a Israel pelo Hezbollah e diversos jornais ocidentais relataram o envolvimento israelense, descrevendo uma minuciosa operação que plantou explosivos nos dispositivos do grupo libanês.

As operações impressionaram por suas características, vistosas pela abrangência, mas ao mesmo tempo discretas. O Hezbollah acusa especificamente o Mossad, a agência de espionagem de Israel.

Criado em 1948 junto com o Estado de Israel, o Mossad é responsável por ações de inteligência fora do território israelense. Os primeiros anos de atuação foram discretos, mas aos poucos a atuação dos espiões ganharam fama dentro de Israel e no mundo, tanto pela sofisticação dos planos quanto pelos seus efeitos.

Os espiões do Mossad, por exemplo, foram os responsáveis pelo sequestro em 1960 do nazista criminoso de guerra Adolf Eichmann, que estava foragido na Argentina. Depois da prisão, Eichmann foi julgado e enforcado em Israel.

No caso do Líbano, autoridades e especialistas em segurança afirmam que provavelmente os agentes se infiltraram na cadeia de fabricação dos pagers e walkie-talkies para instalar explosivos nos dispositivos, acionados através de um código. Os dispositivos explodidos eram utilizados por membros do Hezbollah como alternativa a celulares, por haver o temor de invasões hackers através da rede de telefone celular. Apesar das precauções, os agentes mostraram habilidade para causar danos em seus inimigos mais uma vez.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma coletiva de imprensa ao lado do ministro da Defesa, Yoav Gallant, em Tel-Aviv  Foto: Abir Sultan/AP

Ataques

Após as explosões de pagers e walkie-talkies, a troca de ataques continua. A milícia xiita radical libanesa Hezbollah lançou neste domingo, 22, mais de 100 foguetes em direção a Israel. Segundo informações do Exército israelense, a maioria das peças de artilharia foram interceptadas na região de Haifa e Nazaré, no norte do país.

Na sexta-feira, 20, um bombardeio aéreo israelense derrubou um edifício de oito andares no subúrbio do sul de Beirute, enquanto membros do Hezbollah se reuniam no porão, segundo Israel. Entre os mortos estava Ibrahim Akil, que comandava a unidade de forças especiais do grupo, conhecida como Força Radwan.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam que 16 integrantes do Hezbollah morreram no bombardeio. O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que o número de mortos subiu para 45. Outras 68 pessoas ficaram feridas e 15 foram hospitalizadas.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, negou que o país seja responsável pelas explosões de pagers e walkie-talkies da milícia radical xiita libanesa Hezbollah, na terça-feira, 17, e na quarta-feira, 18. O número de mortos das explosões somadas chegou a 37, e 3 mil ficaram feridas. Desde então, a troca de ataques entre Israel e Hezbollah ficou mais intensa.

Em entrevista à emissora britânica Sky News, Herzog disse que o Hezbollah tem “muitos inimigos” e rejeitou qualquer ligação com as explosões. Herzog também apontou que Israel não tem o interesse em entrar em guerra com a milícia libanesa, mas admitiu que as tensões estão altas.

Herzog criticou o Irã e acusou Teerã de querer “conquistar todo o Oriente Médio e entrar na Europa”. O presidente de Israel apontou que Israel tem o direito de se defender de “ameaças existenciais”.

Libaneses participam de funeral de integrantes do Hezbollah que morreram após múltiplas explosões de pagers e walkie-talkies  Foto: Bilal Hussein/AP

Durante a entrevista, Herzog também foi questionado se o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, é a pessoa certa para costurar um acordo com o grupo terrorista Hamas que garanta a volta dos reféns israelenses. O presidente afirmou que irá trabalhar com qualquer primeiro-ministro e que para que um acordo com o grupo terrorista Hamas seja possível, o líder do grupo, Yahya Sinwar, precisa estar disposto.

Em Israel, o chefe de Estado é o presidente, que é eleito pelo Parlamento do país. Já o primeiro-ministro é o chefe do Executivo, eleito pela população no pleito parlamentar.

Pagers e walkie-talkies

Apesar de o presidente israelense negar o envolvimento do país nas explosões de pagers e walkie-talkies ao redor do Líbano, o ataque é atribuído a Israel pelo Hezbollah e diversos jornais ocidentais relataram o envolvimento israelense, descrevendo uma minuciosa operação que plantou explosivos nos dispositivos do grupo libanês.

As operações impressionaram por suas características, vistosas pela abrangência, mas ao mesmo tempo discretas. O Hezbollah acusa especificamente o Mossad, a agência de espionagem de Israel.

Criado em 1948 junto com o Estado de Israel, o Mossad é responsável por ações de inteligência fora do território israelense. Os primeiros anos de atuação foram discretos, mas aos poucos a atuação dos espiões ganharam fama dentro de Israel e no mundo, tanto pela sofisticação dos planos quanto pelos seus efeitos.

Os espiões do Mossad, por exemplo, foram os responsáveis pelo sequestro em 1960 do nazista criminoso de guerra Adolf Eichmann, que estava foragido na Argentina. Depois da prisão, Eichmann foi julgado e enforcado em Israel.

No caso do Líbano, autoridades e especialistas em segurança afirmam que provavelmente os agentes se infiltraram na cadeia de fabricação dos pagers e walkie-talkies para instalar explosivos nos dispositivos, acionados através de um código. Os dispositivos explodidos eram utilizados por membros do Hezbollah como alternativa a celulares, por haver o temor de invasões hackers através da rede de telefone celular. Apesar das precauções, os agentes mostraram habilidade para causar danos em seus inimigos mais uma vez.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, participa de uma coletiva de imprensa ao lado do ministro da Defesa, Yoav Gallant, em Tel-Aviv  Foto: Abir Sultan/AP

Ataques

Após as explosões de pagers e walkie-talkies, a troca de ataques continua. A milícia xiita radical libanesa Hezbollah lançou neste domingo, 22, mais de 100 foguetes em direção a Israel. Segundo informações do Exército israelense, a maioria das peças de artilharia foram interceptadas na região de Haifa e Nazaré, no norte do país.

Na sexta-feira, 20, um bombardeio aéreo israelense derrubou um edifício de oito andares no subúrbio do sul de Beirute, enquanto membros do Hezbollah se reuniam no porão, segundo Israel. Entre os mortos estava Ibrahim Akil, que comandava a unidade de forças especiais do grupo, conhecida como Força Radwan.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam que 16 integrantes do Hezbollah morreram no bombardeio. O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que o número de mortos subiu para 45. Outras 68 pessoas ficaram feridas e 15 foram hospitalizadas.

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