Netanyahu demite ministro da Defesa que alertou para riscos à democracia e milhares protestam


Sob pressão de militares críticos ao projeto, Gallant defendeu no sábado a suspensão da tramitação da reforma no Parlamento de Israel

Por Redação
Atualização:

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, demitiu ontem o ministro da Defesa Yoav Gallant, um dia depois de ele criticar a reforma judicial que limita o poder da Suprema Corte e torna mais fácil para o Executivo nomear juízes. Em reação à decisão do primeiro-ministro, milhares de pessoas foram às ruas de Israel no fim da noite deste domingo, 26. O clima político é tenso e dois ministros moderados da coalizão ameaçam romper com o premiê.

Sob pressão de militares críticos ao projeto, Gallant defendeu no sábado a suspensão da tramitação da reforma na Knesset, o Parlamento de Israel, em meio a manifestações populares que acusam Netanyahu de enfraquecer a democracia no país. Segundo o ministro demitido, a reforma está provocando revoltas dentro do Exército e, no limite, pode se tornar um problema para a segurança de Israel.

A demissão, anunciada num lacônico comunicado de uma linha, deve agravar a crise política no país e provocar dúvidas sobre a estabilidade da coalizão de Netanyahu, que voltou ao poder este ano depois de se aliar a extrema direita e nacionalistas religiosos.

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Gallant, de 64 anos, foi nomeado há menos de três meses, afastando-se da concorrência de um membro mais extremista da coalizão com muito menos experiência militar.

Sua nomeação aliviou os temores em Washington de que Netanyahu pudesse nomear um legislador de extrema direita para supervisionar o poderoso Exército de Israel, que recebe considerável ajuda e assistência técnica dos EUA.

Israelenses que se opõem a Netanyahu bloqueiam estrada em Tel-Aviv Foto: Ohad Zwigenberg/ AP
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Pressão dos Exército contra Bibi

Um ex-comandante da Marinha, Gallant recebeu ligações de ex-colegas militares para se manifestar contra a reforma judicial. Nos últimos dias, outros ex-comandantes navais realizaram protestos do lado de fora de sua casa para convencê-lo a romper as fileiras. E os pilotos da reserva enviavam mensagens de texto para ele toda vez que um deles decidia suspender o serviço em protesto ao plano para o tribunal.

Dois aliados moderados de Netanyahu anunciaram no domingo seu apoio à legislação, desmentindo os rumores de que estavam prestes a romper com o governo. Mas dois outros membros da coalizão apoiaram o pedido de Gallan. Se um terceiro seguir o exemplo, o governo pode perder a maioria.

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Netanyahu quer votar no começo desta semana um dos artigos da reforma que trata da remoção de juízes da Suprema Corte. O premiê enfrenta uma série de processos na Justiça. /NYT

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, demitiu ontem o ministro da Defesa Yoav Gallant, um dia depois de ele criticar a reforma judicial que limita o poder da Suprema Corte e torna mais fácil para o Executivo nomear juízes. Em reação à decisão do primeiro-ministro, milhares de pessoas foram às ruas de Israel no fim da noite deste domingo, 26. O clima político é tenso e dois ministros moderados da coalizão ameaçam romper com o premiê.

Sob pressão de militares críticos ao projeto, Gallant defendeu no sábado a suspensão da tramitação da reforma na Knesset, o Parlamento de Israel, em meio a manifestações populares que acusam Netanyahu de enfraquecer a democracia no país. Segundo o ministro demitido, a reforma está provocando revoltas dentro do Exército e, no limite, pode se tornar um problema para a segurança de Israel.

A demissão, anunciada num lacônico comunicado de uma linha, deve agravar a crise política no país e provocar dúvidas sobre a estabilidade da coalizão de Netanyahu, que voltou ao poder este ano depois de se aliar a extrema direita e nacionalistas religiosos.

Gallant, de 64 anos, foi nomeado há menos de três meses, afastando-se da concorrência de um membro mais extremista da coalizão com muito menos experiência militar.

Sua nomeação aliviou os temores em Washington de que Netanyahu pudesse nomear um legislador de extrema direita para supervisionar o poderoso Exército de Israel, que recebe considerável ajuda e assistência técnica dos EUA.

Israelenses que se opõem a Netanyahu bloqueiam estrada em Tel-Aviv Foto: Ohad Zwigenberg/ AP

Pressão dos Exército contra Bibi

Um ex-comandante da Marinha, Gallant recebeu ligações de ex-colegas militares para se manifestar contra a reforma judicial. Nos últimos dias, outros ex-comandantes navais realizaram protestos do lado de fora de sua casa para convencê-lo a romper as fileiras. E os pilotos da reserva enviavam mensagens de texto para ele toda vez que um deles decidia suspender o serviço em protesto ao plano para o tribunal.

Dois aliados moderados de Netanyahu anunciaram no domingo seu apoio à legislação, desmentindo os rumores de que estavam prestes a romper com o governo. Mas dois outros membros da coalizão apoiaram o pedido de Gallan. Se um terceiro seguir o exemplo, o governo pode perder a maioria.

Netanyahu quer votar no começo desta semana um dos artigos da reforma que trata da remoção de juízes da Suprema Corte. O premiê enfrenta uma série de processos na Justiça. /NYT

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, demitiu ontem o ministro da Defesa Yoav Gallant, um dia depois de ele criticar a reforma judicial que limita o poder da Suprema Corte e torna mais fácil para o Executivo nomear juízes. Em reação à decisão do primeiro-ministro, milhares de pessoas foram às ruas de Israel no fim da noite deste domingo, 26. O clima político é tenso e dois ministros moderados da coalizão ameaçam romper com o premiê.

Sob pressão de militares críticos ao projeto, Gallant defendeu no sábado a suspensão da tramitação da reforma na Knesset, o Parlamento de Israel, em meio a manifestações populares que acusam Netanyahu de enfraquecer a democracia no país. Segundo o ministro demitido, a reforma está provocando revoltas dentro do Exército e, no limite, pode se tornar um problema para a segurança de Israel.

A demissão, anunciada num lacônico comunicado de uma linha, deve agravar a crise política no país e provocar dúvidas sobre a estabilidade da coalizão de Netanyahu, que voltou ao poder este ano depois de se aliar a extrema direita e nacionalistas religiosos.

Gallant, de 64 anos, foi nomeado há menos de três meses, afastando-se da concorrência de um membro mais extremista da coalizão com muito menos experiência militar.

Sua nomeação aliviou os temores em Washington de que Netanyahu pudesse nomear um legislador de extrema direita para supervisionar o poderoso Exército de Israel, que recebe considerável ajuda e assistência técnica dos EUA.

Israelenses que se opõem a Netanyahu bloqueiam estrada em Tel-Aviv Foto: Ohad Zwigenberg/ AP

Pressão dos Exército contra Bibi

Um ex-comandante da Marinha, Gallant recebeu ligações de ex-colegas militares para se manifestar contra a reforma judicial. Nos últimos dias, outros ex-comandantes navais realizaram protestos do lado de fora de sua casa para convencê-lo a romper as fileiras. E os pilotos da reserva enviavam mensagens de texto para ele toda vez que um deles decidia suspender o serviço em protesto ao plano para o tribunal.

Dois aliados moderados de Netanyahu anunciaram no domingo seu apoio à legislação, desmentindo os rumores de que estavam prestes a romper com o governo. Mas dois outros membros da coalizão apoiaram o pedido de Gallan. Se um terceiro seguir o exemplo, o governo pode perder a maioria.

Netanyahu quer votar no começo desta semana um dos artigos da reforma que trata da remoção de juízes da Suprema Corte. O premiê enfrenta uma série de processos na Justiça. /NYT

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