Israel-Palestina: veja dez mapas para entender o conflito


Por meio de mapas preparados pelo Estadão, é possível entender como a região se modificou ao longo dos últimos 100 anos, passando por Império Otomano, Mandato Britânico da Palestina, guerras entre Israel e os países árabes e acordos de paz

Por Daniel Gateno

A nova guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas que começou após os ataques do dia 7 de outubro, deixando mais de 1.400 mortos no território israelense, reacendeu o interesse pelas origens do conflito Israel-Palestina, que ocorre desde antes da criação do Estado de Israel, em 1948.

Por meio de mapas preparados pelo Estadão, é possível entender como a região se modificou ao longo dos últimos 100 anos, passando por Império Otomano, Mandato Britânico da Palestina, guerras entre Israel e os países árabes, os Acordos de Oslo e o aumento de assentamentos na Cisjordânia.

Confira os mapas:

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Império Otomano-1914

Antes da 1ª Guerra Mundial, o território conhecido como Israel fazia parte do Império Otomano, que se juntou a Alemanha e a Áustria-Hungria em um grupo chamado Tríplice Aliança para lutar contra a Tríplice Entente, formada por Rússia, Reino Unido e França.

A aliança liderada pelo Reino Unido derrotou o Império Otomano na região e passou a comandar o território em 1920. O Império Otomano se enfraqueceu muito após a guerra e foi desmantelado em 1922, com a criação da República da Turquia.

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Pré-2ª Guerra Mundial-1939

O Mandato Britânico da Palestina foi criado após o fim da 1ª Guerra Mundial e administrou os territórios palestinos e Israel de 1920 a 1948, quando o mandato acabou e o Estado de Israel foi criado.

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Os britânicos dividiam a ocupação do Oriente Médio com os franceses, que ocuparam o Líbano e a Síria, países que fazem fronteira com Israel.

Partilha da ONU-1947

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Com o Mandato Britânico na Palestina perto do fim, o chamado Plano de Partilha da Palestina foi aprovado pela ONU em uma sessão presidida pelo embaixador brasileiro Oswaldo Aranha no dia 29 de novembro de 1947. Os judeus deram aval para a divisão do mapa, mas os palestinos não aceitaram a partilha.

A cidade de Jerusalém seria uma zona internacional, enquanto o Estado da Palestina seria composto pela região da Cisjordânia, Faixa de Gaza e um pedaço no norte do país, que possuía cidades majoritariamente compostas de palestinos.

No dia 14 de maio de 1948 foi declarada a criação do Estado de Israel, mas sem um Estado Palestino.

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Nakba-1948

A Nakba, que em árabe significa “catástrofe” ou “desastre”, é conhecida como o deslocamento de cerca de 700 mil palestinos que foram expulsos ou fugiram após a criação de Israel em 1948. Muitos palestinos foram para países vizinhos ou se deslocaram para outras regiões dentro de Israel ou para a Faixa de Gaza.

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Os palestinos que continuaram morando em Israel após 1948 são definidos como árabes israelenses e possuem passaporte e cidadania israelense. Já os palestinos da Cisjordânia têm direito a receber o passaporte da Autoridade Palestina. Cerca de 150 mil palestinos da Cisjordânia trabalham em Israel.

Os civis palestinos de Gaza sofrem com o bloqueio imposto por Israel e pelo Egito desde que o grupo terrorista Hamas assumiu o comando da Faixa de Gaza. Cerca de 17 mil civis do enclave palestino possuem permissão para trabalhar em Israel, eles tem direito ao passaporte da Autoridade Palestina.

Linhas do Armistício-1949

Após a independência de Israel no dia 14 de maio de 1948, os exércitos de Síria, Líbano, Egito, Jordânia e Iraque invadiram o território israelense em um conflito conhecido como Guerra da Independência.

Em 1949, com a mediação da ONU, Israel fez um acordo de armistício com os países árabes em que a Faixa de Gaza ficaria sob controle do Egito e a Cisjordânia faria parte do território da Jordânia. Já a cidade de Jerusalém ficou dividida, com Amã controlando a chamada Jerusalém Oriental e Israel mantendo o controle de Jerusalém Ocidental.

As Linhas do Armistício de 1949 entre Israel e seus vizinhos árabes ficaram conhecidas como Linha Verde e não se modificaram até 1967, com a Guerra dos Seis Dias.

Guerra dos Seis Dias-1967

A Guerra dos Seis Dias ocorreu entre os dias 5 de junho e 10 de junho de 1967, com Israel batalhando contra Síria, Jordânia e Egito.

Após o conflito, Israel expandiu o seu território, conquistando a Península do Sinai e a Faixa de Gaza do Egito, a Cisjordânia da Jordânia e as Colinas do Golan da Síria.

Israel também reunificou a cidade de Jerusalém ao conquistar Jerusalém Oriental, que estava sob controle jordaniano. Desde 1967, o país comemora a reunificação da cidade sagrada com o chamado Dia de Jerusalém.

Devolução do Sinai após Acordo de Paz com o Egito-1982

Após a Guerra dos Seis Dias, Israel volta a estar envolvido em um conflito armado na chamada Guerra de Yom Kippur, em 1973, quando uma coalizão árabe liderada por Egito e Síria avançou sobre o território israelense de surpresa durante a festa judaica de Yom Kippur, considerada a festa mais sagrada do judaísmo.

Esta guerra de 19 dias terminou oficialmente quando um acordo de cessar-fogo, mediado pelos EUA e pela União Soviética e proposto pelo Conselho de Segurança da ONU, entrou em vigor em outubro de 1973.

Em 1979, Israel e Egito assinaram um acordo de paz, o primeiro do Estado Judaico com um país árabe desde a sua fundação. Por conta do acordo, as forças israelenses saíram da Península do Sinai, que estava sob controle israelense desde 1967, de forma permanente em 1982. A Faixa de Gaza continuou sendo ocupada por Israel.

Acordos de Oslo-1993

Em 1993, Israel e a Organização Pela Libertação da Palestina (OLP) assinam os Acordos de Oslo, que foram feitos sob mediação da Noruega, e estabelecem a divisão da Cisjordânia em três áreas e a criação da Autoridade Palestina, órgão provisório de autogoverno com sede em Ramallah.

O Estado de Israel reconheceu a OLP como representante legitima do povo palestino e a OLP reconheceu o direito de existência de Israel.

A região da Cisjordânia foi dividida entre a área A, com controle civil e militar da Autoridade Palestina, a área B com controle civil da Autoridade Palestina e militar de Israel e a área C, com controle civil e militar de Israel.

Faixa de Gaza-2005

De 1948 a 1967 a Faixa de Gaza esteve sob domínio egípcio, mas o território foi conquistado por Israel na Guerra dos Seis Dias. Israel ocupou o enclave costeiro de 1967 a 2005, quando saiu do território e obrigou que todos os israelenses fossem deslocados da região.

A Autoridade Palestina ficou responsável pela Faixa de Gaza a partir de 2005, mas o grupo terrorista Hamas ganhou as eleições no enclave costeiro e expulsou a entidade de governo da Faixa de Gaza em 2007.

Israel mantém um bloqueio sobre a circulação de mercadorias e pessoas dentro e fora da Faixa de Gaza alegando questões de segurança.

Assentamentos israelenses na Cisjordânia

O mapa mostra o aumento no número de assentamentos israelenses na Cisjordânia, considerados ilegais pela comunidade internacional por não respeitarem os Acordos de Oslo.

A coalizão liderada pelo primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu é de extrema direita e apoia o aumento do número de assentamentos na Cisjordânia. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o ministro da Economia, Bezalel Smotrich, vivem em assentamentos.

A nova guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas que começou após os ataques do dia 7 de outubro, deixando mais de 1.400 mortos no território israelense, reacendeu o interesse pelas origens do conflito Israel-Palestina, que ocorre desde antes da criação do Estado de Israel, em 1948.

Por meio de mapas preparados pelo Estadão, é possível entender como a região se modificou ao longo dos últimos 100 anos, passando por Império Otomano, Mandato Britânico da Palestina, guerras entre Israel e os países árabes, os Acordos de Oslo e o aumento de assentamentos na Cisjordânia.

Confira os mapas:

Império Otomano-1914

Antes da 1ª Guerra Mundial, o território conhecido como Israel fazia parte do Império Otomano, que se juntou a Alemanha e a Áustria-Hungria em um grupo chamado Tríplice Aliança para lutar contra a Tríplice Entente, formada por Rússia, Reino Unido e França.

A aliança liderada pelo Reino Unido derrotou o Império Otomano na região e passou a comandar o território em 1920. O Império Otomano se enfraqueceu muito após a guerra e foi desmantelado em 1922, com a criação da República da Turquia.

Pré-2ª Guerra Mundial-1939

O Mandato Britânico da Palestina foi criado após o fim da 1ª Guerra Mundial e administrou os territórios palestinos e Israel de 1920 a 1948, quando o mandato acabou e o Estado de Israel foi criado.

Os britânicos dividiam a ocupação do Oriente Médio com os franceses, que ocuparam o Líbano e a Síria, países que fazem fronteira com Israel.

Partilha da ONU-1947

Com o Mandato Britânico na Palestina perto do fim, o chamado Plano de Partilha da Palestina foi aprovado pela ONU em uma sessão presidida pelo embaixador brasileiro Oswaldo Aranha no dia 29 de novembro de 1947. Os judeus deram aval para a divisão do mapa, mas os palestinos não aceitaram a partilha.

A cidade de Jerusalém seria uma zona internacional, enquanto o Estado da Palestina seria composto pela região da Cisjordânia, Faixa de Gaza e um pedaço no norte do país, que possuía cidades majoritariamente compostas de palestinos.

No dia 14 de maio de 1948 foi declarada a criação do Estado de Israel, mas sem um Estado Palestino.

Nakba-1948

A Nakba, que em árabe significa “catástrofe” ou “desastre”, é conhecida como o deslocamento de cerca de 700 mil palestinos que foram expulsos ou fugiram após a criação de Israel em 1948. Muitos palestinos foram para países vizinhos ou se deslocaram para outras regiões dentro de Israel ou para a Faixa de Gaza.

Os palestinos que continuaram morando em Israel após 1948 são definidos como árabes israelenses e possuem passaporte e cidadania israelense. Já os palestinos da Cisjordânia têm direito a receber o passaporte da Autoridade Palestina. Cerca de 150 mil palestinos da Cisjordânia trabalham em Israel.

Os civis palestinos de Gaza sofrem com o bloqueio imposto por Israel e pelo Egito desde que o grupo terrorista Hamas assumiu o comando da Faixa de Gaza. Cerca de 17 mil civis do enclave palestino possuem permissão para trabalhar em Israel, eles tem direito ao passaporte da Autoridade Palestina.

Linhas do Armistício-1949

Após a independência de Israel no dia 14 de maio de 1948, os exércitos de Síria, Líbano, Egito, Jordânia e Iraque invadiram o território israelense em um conflito conhecido como Guerra da Independência.

Em 1949, com a mediação da ONU, Israel fez um acordo de armistício com os países árabes em que a Faixa de Gaza ficaria sob controle do Egito e a Cisjordânia faria parte do território da Jordânia. Já a cidade de Jerusalém ficou dividida, com Amã controlando a chamada Jerusalém Oriental e Israel mantendo o controle de Jerusalém Ocidental.

As Linhas do Armistício de 1949 entre Israel e seus vizinhos árabes ficaram conhecidas como Linha Verde e não se modificaram até 1967, com a Guerra dos Seis Dias.

Guerra dos Seis Dias-1967

A Guerra dos Seis Dias ocorreu entre os dias 5 de junho e 10 de junho de 1967, com Israel batalhando contra Síria, Jordânia e Egito.

Após o conflito, Israel expandiu o seu território, conquistando a Península do Sinai e a Faixa de Gaza do Egito, a Cisjordânia da Jordânia e as Colinas do Golan da Síria.

Israel também reunificou a cidade de Jerusalém ao conquistar Jerusalém Oriental, que estava sob controle jordaniano. Desde 1967, o país comemora a reunificação da cidade sagrada com o chamado Dia de Jerusalém.

Devolução do Sinai após Acordo de Paz com o Egito-1982

Após a Guerra dos Seis Dias, Israel volta a estar envolvido em um conflito armado na chamada Guerra de Yom Kippur, em 1973, quando uma coalizão árabe liderada por Egito e Síria avançou sobre o território israelense de surpresa durante a festa judaica de Yom Kippur, considerada a festa mais sagrada do judaísmo.

Esta guerra de 19 dias terminou oficialmente quando um acordo de cessar-fogo, mediado pelos EUA e pela União Soviética e proposto pelo Conselho de Segurança da ONU, entrou em vigor em outubro de 1973.

Em 1979, Israel e Egito assinaram um acordo de paz, o primeiro do Estado Judaico com um país árabe desde a sua fundação. Por conta do acordo, as forças israelenses saíram da Península do Sinai, que estava sob controle israelense desde 1967, de forma permanente em 1982. A Faixa de Gaza continuou sendo ocupada por Israel.

Acordos de Oslo-1993

Em 1993, Israel e a Organização Pela Libertação da Palestina (OLP) assinam os Acordos de Oslo, que foram feitos sob mediação da Noruega, e estabelecem a divisão da Cisjordânia em três áreas e a criação da Autoridade Palestina, órgão provisório de autogoverno com sede em Ramallah.

O Estado de Israel reconheceu a OLP como representante legitima do povo palestino e a OLP reconheceu o direito de existência de Israel.

A região da Cisjordânia foi dividida entre a área A, com controle civil e militar da Autoridade Palestina, a área B com controle civil da Autoridade Palestina e militar de Israel e a área C, com controle civil e militar de Israel.

Faixa de Gaza-2005

De 1948 a 1967 a Faixa de Gaza esteve sob domínio egípcio, mas o território foi conquistado por Israel na Guerra dos Seis Dias. Israel ocupou o enclave costeiro de 1967 a 2005, quando saiu do território e obrigou que todos os israelenses fossem deslocados da região.

A Autoridade Palestina ficou responsável pela Faixa de Gaza a partir de 2005, mas o grupo terrorista Hamas ganhou as eleições no enclave costeiro e expulsou a entidade de governo da Faixa de Gaza em 2007.

Israel mantém um bloqueio sobre a circulação de mercadorias e pessoas dentro e fora da Faixa de Gaza alegando questões de segurança.

Assentamentos israelenses na Cisjordânia

O mapa mostra o aumento no número de assentamentos israelenses na Cisjordânia, considerados ilegais pela comunidade internacional por não respeitarem os Acordos de Oslo.

A coalizão liderada pelo primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu é de extrema direita e apoia o aumento do número de assentamentos na Cisjordânia. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o ministro da Economia, Bezalel Smotrich, vivem em assentamentos.

A nova guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas que começou após os ataques do dia 7 de outubro, deixando mais de 1.400 mortos no território israelense, reacendeu o interesse pelas origens do conflito Israel-Palestina, que ocorre desde antes da criação do Estado de Israel, em 1948.

Por meio de mapas preparados pelo Estadão, é possível entender como a região se modificou ao longo dos últimos 100 anos, passando por Império Otomano, Mandato Britânico da Palestina, guerras entre Israel e os países árabes, os Acordos de Oslo e o aumento de assentamentos na Cisjordânia.

Confira os mapas:

Império Otomano-1914

Antes da 1ª Guerra Mundial, o território conhecido como Israel fazia parte do Império Otomano, que se juntou a Alemanha e a Áustria-Hungria em um grupo chamado Tríplice Aliança para lutar contra a Tríplice Entente, formada por Rússia, Reino Unido e França.

A aliança liderada pelo Reino Unido derrotou o Império Otomano na região e passou a comandar o território em 1920. O Império Otomano se enfraqueceu muito após a guerra e foi desmantelado em 1922, com a criação da República da Turquia.

Pré-2ª Guerra Mundial-1939

O Mandato Britânico da Palestina foi criado após o fim da 1ª Guerra Mundial e administrou os territórios palestinos e Israel de 1920 a 1948, quando o mandato acabou e o Estado de Israel foi criado.

Os britânicos dividiam a ocupação do Oriente Médio com os franceses, que ocuparam o Líbano e a Síria, países que fazem fronteira com Israel.

Partilha da ONU-1947

Com o Mandato Britânico na Palestina perto do fim, o chamado Plano de Partilha da Palestina foi aprovado pela ONU em uma sessão presidida pelo embaixador brasileiro Oswaldo Aranha no dia 29 de novembro de 1947. Os judeus deram aval para a divisão do mapa, mas os palestinos não aceitaram a partilha.

A cidade de Jerusalém seria uma zona internacional, enquanto o Estado da Palestina seria composto pela região da Cisjordânia, Faixa de Gaza e um pedaço no norte do país, que possuía cidades majoritariamente compostas de palestinos.

No dia 14 de maio de 1948 foi declarada a criação do Estado de Israel, mas sem um Estado Palestino.

Nakba-1948

A Nakba, que em árabe significa “catástrofe” ou “desastre”, é conhecida como o deslocamento de cerca de 700 mil palestinos que foram expulsos ou fugiram após a criação de Israel em 1948. Muitos palestinos foram para países vizinhos ou se deslocaram para outras regiões dentro de Israel ou para a Faixa de Gaza.

Os palestinos que continuaram morando em Israel após 1948 são definidos como árabes israelenses e possuem passaporte e cidadania israelense. Já os palestinos da Cisjordânia têm direito a receber o passaporte da Autoridade Palestina. Cerca de 150 mil palestinos da Cisjordânia trabalham em Israel.

Os civis palestinos de Gaza sofrem com o bloqueio imposto por Israel e pelo Egito desde que o grupo terrorista Hamas assumiu o comando da Faixa de Gaza. Cerca de 17 mil civis do enclave palestino possuem permissão para trabalhar em Israel, eles tem direito ao passaporte da Autoridade Palestina.

Linhas do Armistício-1949

Após a independência de Israel no dia 14 de maio de 1948, os exércitos de Síria, Líbano, Egito, Jordânia e Iraque invadiram o território israelense em um conflito conhecido como Guerra da Independência.

Em 1949, com a mediação da ONU, Israel fez um acordo de armistício com os países árabes em que a Faixa de Gaza ficaria sob controle do Egito e a Cisjordânia faria parte do território da Jordânia. Já a cidade de Jerusalém ficou dividida, com Amã controlando a chamada Jerusalém Oriental e Israel mantendo o controle de Jerusalém Ocidental.

As Linhas do Armistício de 1949 entre Israel e seus vizinhos árabes ficaram conhecidas como Linha Verde e não se modificaram até 1967, com a Guerra dos Seis Dias.

Guerra dos Seis Dias-1967

A Guerra dos Seis Dias ocorreu entre os dias 5 de junho e 10 de junho de 1967, com Israel batalhando contra Síria, Jordânia e Egito.

Após o conflito, Israel expandiu o seu território, conquistando a Península do Sinai e a Faixa de Gaza do Egito, a Cisjordânia da Jordânia e as Colinas do Golan da Síria.

Israel também reunificou a cidade de Jerusalém ao conquistar Jerusalém Oriental, que estava sob controle jordaniano. Desde 1967, o país comemora a reunificação da cidade sagrada com o chamado Dia de Jerusalém.

Devolução do Sinai após Acordo de Paz com o Egito-1982

Após a Guerra dos Seis Dias, Israel volta a estar envolvido em um conflito armado na chamada Guerra de Yom Kippur, em 1973, quando uma coalizão árabe liderada por Egito e Síria avançou sobre o território israelense de surpresa durante a festa judaica de Yom Kippur, considerada a festa mais sagrada do judaísmo.

Esta guerra de 19 dias terminou oficialmente quando um acordo de cessar-fogo, mediado pelos EUA e pela União Soviética e proposto pelo Conselho de Segurança da ONU, entrou em vigor em outubro de 1973.

Em 1979, Israel e Egito assinaram um acordo de paz, o primeiro do Estado Judaico com um país árabe desde a sua fundação. Por conta do acordo, as forças israelenses saíram da Península do Sinai, que estava sob controle israelense desde 1967, de forma permanente em 1982. A Faixa de Gaza continuou sendo ocupada por Israel.

Acordos de Oslo-1993

Em 1993, Israel e a Organização Pela Libertação da Palestina (OLP) assinam os Acordos de Oslo, que foram feitos sob mediação da Noruega, e estabelecem a divisão da Cisjordânia em três áreas e a criação da Autoridade Palestina, órgão provisório de autogoverno com sede em Ramallah.

O Estado de Israel reconheceu a OLP como representante legitima do povo palestino e a OLP reconheceu o direito de existência de Israel.

A região da Cisjordânia foi dividida entre a área A, com controle civil e militar da Autoridade Palestina, a área B com controle civil da Autoridade Palestina e militar de Israel e a área C, com controle civil e militar de Israel.

Faixa de Gaza-2005

De 1948 a 1967 a Faixa de Gaza esteve sob domínio egípcio, mas o território foi conquistado por Israel na Guerra dos Seis Dias. Israel ocupou o enclave costeiro de 1967 a 2005, quando saiu do território e obrigou que todos os israelenses fossem deslocados da região.

A Autoridade Palestina ficou responsável pela Faixa de Gaza a partir de 2005, mas o grupo terrorista Hamas ganhou as eleições no enclave costeiro e expulsou a entidade de governo da Faixa de Gaza em 2007.

Israel mantém um bloqueio sobre a circulação de mercadorias e pessoas dentro e fora da Faixa de Gaza alegando questões de segurança.

Assentamentos israelenses na Cisjordânia

O mapa mostra o aumento no número de assentamentos israelenses na Cisjordânia, considerados ilegais pela comunidade internacional por não respeitarem os Acordos de Oslo.

A coalizão liderada pelo primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu é de extrema direita e apoia o aumento do número de assentamentos na Cisjordânia. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o ministro da Economia, Bezalel Smotrich, vivem em assentamentos.

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