Israel plantou explosivos em pagers que explodiram no Líbano, diz ‘The New York Times’


Segundo o jornal, os pagers, que a milícia xiita libanesa havia encomendado da marca Gold Apollo em Taiwan, foram modificados antes de chegarem ao Líbano conforme relatos de autoridades que falaram sob anonimato

Por Sheera Frenkel e Ronen Bergman
Atualização:

O jornal americano The New York Times relatou na noite desta terça-feira, 17, que um oficial dos Estados Unidos e autoridades que receberam detalhes da operação afirmaram que Israel plantou material explosivo dentro de um lote de pagers fabricados em Taiwan e importados pelo Líbano. Nove pessoas morreram e mais de 2,8 mil ficaram feridas depois que pagers usados por membros do Hezbollah explodiram de forma quase simultânea pelo país nesta terça-feira.

Segundo o jornal, os pagers, que a milícia xiita libanesa havia encomendado da marca Gold Apollo em Taiwan, foram modificados antes de chegarem ao Líbano, de acordo com alguns dos oficiais, que falaram sob condição de anonimato ao jornal pela sensibilidade do assunto. A maioria era do modelo AP924 da empresa, embora três outros modelos da Gold Apollo também estivessem incluídos na remessa.

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Três das fontes que falaram ao jornal afirmaram que os pagers foram programados para emitir um barulho por vários segundos antes de explodir. Às 15h30 no Líbano, os pagers receberam uma mensagem que parecia vir da liderança do Hezbollah, disseram outros dois oficiais. Em vez disso, a mensagem ativou os explosivos.

O material teria sido implantado perto da bateria dos dispositivos. Uma espécie de botão também foi colocado, que poderia ser acionado a distância para detonar os explosivos.

O Hezbollah acusou Israel de orquestrar o ataque, mas descreveu detalhes limitados de seu entendimento da operação. Israel não comentou sobre o ataque, nem disse que estava por trás dele.

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Nove pessoas morreram e mais de 2,8 mil ficaram feridas depois que pagers de membros do Hezbollah explodiram de forma quase simultânea no Líbano. Na foto, soldados libaneses perto de um hospital para onde feridos foram levados. Foto: ANWAR AMRO/AFP

Mais de 3 mil pagers foram encomendados da empresa Gold Apollo em Taiwan, disseram vários oficiais ao jornal NYT. O Hezbollah distribuiu os pagers para seus membros por todo o Líbano, com alguns alcançando aliados do Hezbollah no Irã e na Síria, em uma tentativa de fugir de um possível rastreamento de Israel.

Especialistas independentes em segurança cibernética que estudaram as imagens dos ataques a pedido do NYT disseram que ficou claro que a força e a velocidade das explosões foram causadas por um tipo de material explosivo.

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“Esses pagers provavelmente foram modificados de alguma forma para causar esses tipos de explosões — o tamanho e a força da explosão indicam que não foi apenas a bateria”, disse Mikko Hypponen, especialista em pesquisa da empresa de software WithSecure e consultor de crimes cibernéticos da Europol.

Keren Elazeri, analista de segurança cibernética israelense e pesquisadora da Universidade de Tel Aviv, disse que os ataques tiveram como alvo o Hezbollah, onde ele era mais vulnerável.

O jornal americano The New York Times relatou na noite desta terça-feira, 17, que um oficial dos Estados Unidos e autoridades que receberam detalhes da operação afirmaram que Israel plantou material explosivo dentro de um lote de pagers fabricados em Taiwan e importados pelo Líbano. Nove pessoas morreram e mais de 2,8 mil ficaram feridas depois que pagers usados por membros do Hezbollah explodiram de forma quase simultânea pelo país nesta terça-feira.

Segundo o jornal, os pagers, que a milícia xiita libanesa havia encomendado da marca Gold Apollo em Taiwan, foram modificados antes de chegarem ao Líbano, de acordo com alguns dos oficiais, que falaram sob condição de anonimato ao jornal pela sensibilidade do assunto. A maioria era do modelo AP924 da empresa, embora três outros modelos da Gold Apollo também estivessem incluídos na remessa.

Três das fontes que falaram ao jornal afirmaram que os pagers foram programados para emitir um barulho por vários segundos antes de explodir. Às 15h30 no Líbano, os pagers receberam uma mensagem que parecia vir da liderança do Hezbollah, disseram outros dois oficiais. Em vez disso, a mensagem ativou os explosivos.

O material teria sido implantado perto da bateria dos dispositivos. Uma espécie de botão também foi colocado, que poderia ser acionado a distância para detonar os explosivos.

O Hezbollah acusou Israel de orquestrar o ataque, mas descreveu detalhes limitados de seu entendimento da operação. Israel não comentou sobre o ataque, nem disse que estava por trás dele.

Nove pessoas morreram e mais de 2,8 mil ficaram feridas depois que pagers de membros do Hezbollah explodiram de forma quase simultânea no Líbano. Na foto, soldados libaneses perto de um hospital para onde feridos foram levados. Foto: ANWAR AMRO/AFP

Mais de 3 mil pagers foram encomendados da empresa Gold Apollo em Taiwan, disseram vários oficiais ao jornal NYT. O Hezbollah distribuiu os pagers para seus membros por todo o Líbano, com alguns alcançando aliados do Hezbollah no Irã e na Síria, em uma tentativa de fugir de um possível rastreamento de Israel.

Especialistas independentes em segurança cibernética que estudaram as imagens dos ataques a pedido do NYT disseram que ficou claro que a força e a velocidade das explosões foram causadas por um tipo de material explosivo.

“Esses pagers provavelmente foram modificados de alguma forma para causar esses tipos de explosões — o tamanho e a força da explosão indicam que não foi apenas a bateria”, disse Mikko Hypponen, especialista em pesquisa da empresa de software WithSecure e consultor de crimes cibernéticos da Europol.

Keren Elazeri, analista de segurança cibernética israelense e pesquisadora da Universidade de Tel Aviv, disse que os ataques tiveram como alvo o Hezbollah, onde ele era mais vulnerável.

O jornal americano The New York Times relatou na noite desta terça-feira, 17, que um oficial dos Estados Unidos e autoridades que receberam detalhes da operação afirmaram que Israel plantou material explosivo dentro de um lote de pagers fabricados em Taiwan e importados pelo Líbano. Nove pessoas morreram e mais de 2,8 mil ficaram feridas depois que pagers usados por membros do Hezbollah explodiram de forma quase simultânea pelo país nesta terça-feira.

Segundo o jornal, os pagers, que a milícia xiita libanesa havia encomendado da marca Gold Apollo em Taiwan, foram modificados antes de chegarem ao Líbano, de acordo com alguns dos oficiais, que falaram sob condição de anonimato ao jornal pela sensibilidade do assunto. A maioria era do modelo AP924 da empresa, embora três outros modelos da Gold Apollo também estivessem incluídos na remessa.

Três das fontes que falaram ao jornal afirmaram que os pagers foram programados para emitir um barulho por vários segundos antes de explodir. Às 15h30 no Líbano, os pagers receberam uma mensagem que parecia vir da liderança do Hezbollah, disseram outros dois oficiais. Em vez disso, a mensagem ativou os explosivos.

O material teria sido implantado perto da bateria dos dispositivos. Uma espécie de botão também foi colocado, que poderia ser acionado a distância para detonar os explosivos.

O Hezbollah acusou Israel de orquestrar o ataque, mas descreveu detalhes limitados de seu entendimento da operação. Israel não comentou sobre o ataque, nem disse que estava por trás dele.

Nove pessoas morreram e mais de 2,8 mil ficaram feridas depois que pagers de membros do Hezbollah explodiram de forma quase simultânea no Líbano. Na foto, soldados libaneses perto de um hospital para onde feridos foram levados. Foto: ANWAR AMRO/AFP

Mais de 3 mil pagers foram encomendados da empresa Gold Apollo em Taiwan, disseram vários oficiais ao jornal NYT. O Hezbollah distribuiu os pagers para seus membros por todo o Líbano, com alguns alcançando aliados do Hezbollah no Irã e na Síria, em uma tentativa de fugir de um possível rastreamento de Israel.

Especialistas independentes em segurança cibernética que estudaram as imagens dos ataques a pedido do NYT disseram que ficou claro que a força e a velocidade das explosões foram causadas por um tipo de material explosivo.

“Esses pagers provavelmente foram modificados de alguma forma para causar esses tipos de explosões — o tamanho e a força da explosão indicam que não foi apenas a bateria”, disse Mikko Hypponen, especialista em pesquisa da empresa de software WithSecure e consultor de crimes cibernéticos da Europol.

Keren Elazeri, analista de segurança cibernética israelense e pesquisadora da Universidade de Tel Aviv, disse que os ataques tiveram como alvo o Hezbollah, onde ele era mais vulnerável.

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