JERUSALÉM - O governo de Israel reabriu nesta quarta-feira, 15, o terminal de Kerem Shalom (Kerem Abu Salem, em árabe), principal ponto de passagem de insumos e mercadorias que entram na Faixa de Gaza. O trecho havia sido fechado no início de julho, agravando as condições do enclave palestino.
Segundo o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, a reabertura do terminal é "uma mensagem clara aos moradores da Faixa de Gaza de que a paz compensa e a violência, não". A medida é vista como um esforço do Egito para obter um acordo de cessar-fogo na região.
Desde 9 de julho, Israel bloqueava o trânsito da maior parte das mercadorias por Kerem Shalom, incluindo combustível, ainda que de forma intermitente. Deixava passar apenas as de caráter "humanitário": comida, medicamentos e material médico. À época, o governo justificou a medida como uma resposta aos ataques palestinos com balões explosivos que queimaram mais de 3 mil hectares no sul de Israel.
Na semana passada, ativistas de Gaza cessaram o lançamento de foguetes contra Israel. Os ataques deixaram 20 israelenses feridos e levou Israel a responder com um bombardeio contra 150 alvos militares palestinos. Fontes médicas no enclave afirmam que três palestinos morreram no bombardeio, incluindo uma mulher grávida e sua filha de um ano e meio.
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O exército de Israel respondeu com bombardeios aéreos ataques com foguetes vindos da Faixa de Gaza. Ao menos três palestinos morreram.
Na terça, Israel anunciou que reabriria a passagem de Kerem Shalom, se a calma dos últimos dias continuasse. Manifestou também sua intenção de ampliar para nove milhas náuticas a zona pesqueira da costa de Gaza no Mediterrâneo, a qual havia reduzido em suas represálias.
A tensão com Israel foi em reação ao aumento, na Faixa de Gaza, desde 30 de março, de uma mobilização contra o bloqueio israelense imposto há mais de dez anos e a favor do retorno dos palestinos expulsos, ou que fugiram de suas terras, quando se criou Israel, em 1948. /AP, AFP e EFE