Israel retira tropas do sul de Gaza, seis meses após início da guerra


A saída das tropas ocorre em um momento de pressão da comunidade internacional sobre Israel, principalmente por conta da morte dos sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen na segunda-feira, 1.º

Por Redação

O Exército israelense informou neste domingo, 7, que retirou todas as suas tropas do sul da Faixa de Gaza depois de seis meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas no enclave palestino.

“Hoje, domingo, 7 de abril, a 98.ª Divisão de Comando das FDI (Forças de Defesa de Israel) concluiu sua missão em Khan Yunis. A divisão deixou a Faixa de Gaza para se recuperar e se preparar para operações futuras”, afirmou o Exército em comunicado enviado à AFP, confirmando que todas as tropas deixaram o sul do território palestino.

A saída das tropas ocorre em um momento de pressão da comunidade internacional sobre Israel, principalmente por conta da morte dos sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen na segunda-feira, 1.º, após um bombardeio aéreo israelense. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes.

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Veículos do Exército israelense se movimentam perto da fronteira com a Faixa de Gaza  Foto: Jack Guez/AFP

Os Estados Unidos também têm mudado de postura em relação a Israel. Em uma ligação na quinta-feira, 4, com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, o presidente americano Joe Biden subiu o tom e condicionou o futuro apoio ao país à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Após a ligação, Tel-Aviv concordou em aumentar postos de entrega de ajuda humanitária através do porto de Ashdod e da passagem de Erez. Israel também concordou com um aumento no fluxo de ajuda humanitária.

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Netanyahu diz que Israel está a ‘um passo’ da vitória

Netanyahu garantiu neste domingo que Israel está perto da vitória na guerra em Gaza e que não haverá um cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns.

“Estamos a um passo da vitória. Mas o preço que pagamos é doloroso e desolador”, declarou ele em um discurso perante o conselho de ministros no dia em que se completa seis meses da guerra. “Não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns. Isso simplesmente não acontecerá”, acrescentou.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, abraça o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Brendan Smialowski/AFP

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma operação na Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e invasão terrestre. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, 33 mil palestinos morreram em Gaza desde o início do conflito.

Pressão por acordo

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Mediadores internacionais devem se encontrar no Cairo neste domingo para a continuação das negociações que buscam um cessar-fogo temporário no enclave palestino e a libertação dos cerca de 100 reféns israelenses que seguem na Faixa de Gaza.

Oficiais do Egito, Catar e Estados Unidos devem participar das conversas na capital egípcia, junto com uma delegação de Israel e também do grupo terrorista Hamas. Biden pressiona ambas as partes para que um acordo seja alcançado, mas as negociações estão paralisadas há meses por conta de tensões envolvendo os atores políticos da região.

Os termos de um possível acordo incluiriam um cessar-fogo temporário, a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro e a libertação de palestinos detidos em prisões israelenses. Israel e o grupo terrorista Hamas discordam em relação à proporção da troca de prisioneiros em relação aos reféns, o retorno dos civis palestinos ao norte de Gaza e uma possível saída total das tropas israelenses do enclave palestino.

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O chefe da delegação americana no Cairo é William Burns, o diretor da CIA, enquanto a equipe israelense está sendo liderada por David Barnea, chefe do Mossad, a agência de espionagem do país. Eles devem se reunir com autoridades egípcias e do Catar para tentar chegar a um consenso. Os egípcios e os catarianos servem como intermediários entre o Hamas e Israel, cujos representantes não falam diretamente.

O Hamas disse no sábado, 6, que uma equipe do escritório político do grupo terrorista estaria no Cairo, mas que manteria uma proposta anterior que foi apresentada em meados de março.

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As negociações ocorrem em meio à raiva crescente da população de Israel em relação ao governo, no aniversário de seis meses da guerra. Os manifestantes se reuniram em cidades de todo o país, exigindo que Netanyahu fizesse mais para trazer os reféns para casa.

Esses apelos aumentaram no sábado, depois de os militares israelenses terem afirmado que os soldados em Gaza recuperaram o corpo de Elad Katzir, um refém que apareceu duas vezes em vídeos durante o seu cativeiro.

Irã

As negociações para um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas ocorrem em meio à escalada de tensões entre Teerã e Tel-Aviv. Na sexta-feira, 5, o Irã prometeu vingança contra Israel após um bombardeio aéreo atingir a embaixada iraniana na Síria, matando um comandante sênior das Forças Quds, grupo de elite do Exército iraniano. Israel não admitiu a autoria do ataque, mas espera uma retaliação de Teerã.

O incidente matou sete membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, incluindo dois oficiais de alto escalão. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), 16 pessoas morreram.

Um assessor militar do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou neste domingo que nenhuma embaixada israelense está “segura”, após sete militares iranianos morrerem no ataque a um edifício diplomático do Irã em Damasco atribuído a Israel. / com AFP e NYT

O Exército israelense informou neste domingo, 7, que retirou todas as suas tropas do sul da Faixa de Gaza depois de seis meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas no enclave palestino.

“Hoje, domingo, 7 de abril, a 98.ª Divisão de Comando das FDI (Forças de Defesa de Israel) concluiu sua missão em Khan Yunis. A divisão deixou a Faixa de Gaza para se recuperar e se preparar para operações futuras”, afirmou o Exército em comunicado enviado à AFP, confirmando que todas as tropas deixaram o sul do território palestino.

A saída das tropas ocorre em um momento de pressão da comunidade internacional sobre Israel, principalmente por conta da morte dos sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen na segunda-feira, 1.º, após um bombardeio aéreo israelense. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes.

Veículos do Exército israelense se movimentam perto da fronteira com a Faixa de Gaza  Foto: Jack Guez/AFP

Os Estados Unidos também têm mudado de postura em relação a Israel. Em uma ligação na quinta-feira, 4, com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, o presidente americano Joe Biden subiu o tom e condicionou o futuro apoio ao país à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Após a ligação, Tel-Aviv concordou em aumentar postos de entrega de ajuda humanitária através do porto de Ashdod e da passagem de Erez. Israel também concordou com um aumento no fluxo de ajuda humanitária.

Netanyahu diz que Israel está a ‘um passo’ da vitória

Netanyahu garantiu neste domingo que Israel está perto da vitória na guerra em Gaza e que não haverá um cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns.

“Estamos a um passo da vitória. Mas o preço que pagamos é doloroso e desolador”, declarou ele em um discurso perante o conselho de ministros no dia em que se completa seis meses da guerra. “Não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns. Isso simplesmente não acontecerá”, acrescentou.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, abraça o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Brendan Smialowski/AFP

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma operação na Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e invasão terrestre. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, 33 mil palestinos morreram em Gaza desde o início do conflito.

Pressão por acordo

Mediadores internacionais devem se encontrar no Cairo neste domingo para a continuação das negociações que buscam um cessar-fogo temporário no enclave palestino e a libertação dos cerca de 100 reféns israelenses que seguem na Faixa de Gaza.

Oficiais do Egito, Catar e Estados Unidos devem participar das conversas na capital egípcia, junto com uma delegação de Israel e também do grupo terrorista Hamas. Biden pressiona ambas as partes para que um acordo seja alcançado, mas as negociações estão paralisadas há meses por conta de tensões envolvendo os atores políticos da região.

Os termos de um possível acordo incluiriam um cessar-fogo temporário, a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro e a libertação de palestinos detidos em prisões israelenses. Israel e o grupo terrorista Hamas discordam em relação à proporção da troca de prisioneiros em relação aos reféns, o retorno dos civis palestinos ao norte de Gaza e uma possível saída total das tropas israelenses do enclave palestino.

O chefe da delegação americana no Cairo é William Burns, o diretor da CIA, enquanto a equipe israelense está sendo liderada por David Barnea, chefe do Mossad, a agência de espionagem do país. Eles devem se reunir com autoridades egípcias e do Catar para tentar chegar a um consenso. Os egípcios e os catarianos servem como intermediários entre o Hamas e Israel, cujos representantes não falam diretamente.

O Hamas disse no sábado, 6, que uma equipe do escritório político do grupo terrorista estaria no Cairo, mas que manteria uma proposta anterior que foi apresentada em meados de março.

As negociações ocorrem em meio à raiva crescente da população de Israel em relação ao governo, no aniversário de seis meses da guerra. Os manifestantes se reuniram em cidades de todo o país, exigindo que Netanyahu fizesse mais para trazer os reféns para casa.

Esses apelos aumentaram no sábado, depois de os militares israelenses terem afirmado que os soldados em Gaza recuperaram o corpo de Elad Katzir, um refém que apareceu duas vezes em vídeos durante o seu cativeiro.

Irã

As negociações para um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas ocorrem em meio à escalada de tensões entre Teerã e Tel-Aviv. Na sexta-feira, 5, o Irã prometeu vingança contra Israel após um bombardeio aéreo atingir a embaixada iraniana na Síria, matando um comandante sênior das Forças Quds, grupo de elite do Exército iraniano. Israel não admitiu a autoria do ataque, mas espera uma retaliação de Teerã.

O incidente matou sete membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, incluindo dois oficiais de alto escalão. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), 16 pessoas morreram.

Um assessor militar do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou neste domingo que nenhuma embaixada israelense está “segura”, após sete militares iranianos morrerem no ataque a um edifício diplomático do Irã em Damasco atribuído a Israel. / com AFP e NYT

O Exército israelense informou neste domingo, 7, que retirou todas as suas tropas do sul da Faixa de Gaza depois de seis meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas no enclave palestino.

“Hoje, domingo, 7 de abril, a 98.ª Divisão de Comando das FDI (Forças de Defesa de Israel) concluiu sua missão em Khan Yunis. A divisão deixou a Faixa de Gaza para se recuperar e se preparar para operações futuras”, afirmou o Exército em comunicado enviado à AFP, confirmando que todas as tropas deixaram o sul do território palestino.

A saída das tropas ocorre em um momento de pressão da comunidade internacional sobre Israel, principalmente por conta da morte dos sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen na segunda-feira, 1.º, após um bombardeio aéreo israelense. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes.

Veículos do Exército israelense se movimentam perto da fronteira com a Faixa de Gaza  Foto: Jack Guez/AFP

Os Estados Unidos também têm mudado de postura em relação a Israel. Em uma ligação na quinta-feira, 4, com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, o presidente americano Joe Biden subiu o tom e condicionou o futuro apoio ao país à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Após a ligação, Tel-Aviv concordou em aumentar postos de entrega de ajuda humanitária através do porto de Ashdod e da passagem de Erez. Israel também concordou com um aumento no fluxo de ajuda humanitária.

Netanyahu diz que Israel está a ‘um passo’ da vitória

Netanyahu garantiu neste domingo que Israel está perto da vitória na guerra em Gaza e que não haverá um cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns.

“Estamos a um passo da vitória. Mas o preço que pagamos é doloroso e desolador”, declarou ele em um discurso perante o conselho de ministros no dia em que se completa seis meses da guerra. “Não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns. Isso simplesmente não acontecerá”, acrescentou.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, abraça o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Brendan Smialowski/AFP

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma operação na Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e invasão terrestre. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, 33 mil palestinos morreram em Gaza desde o início do conflito.

Pressão por acordo

Mediadores internacionais devem se encontrar no Cairo neste domingo para a continuação das negociações que buscam um cessar-fogo temporário no enclave palestino e a libertação dos cerca de 100 reféns israelenses que seguem na Faixa de Gaza.

Oficiais do Egito, Catar e Estados Unidos devem participar das conversas na capital egípcia, junto com uma delegação de Israel e também do grupo terrorista Hamas. Biden pressiona ambas as partes para que um acordo seja alcançado, mas as negociações estão paralisadas há meses por conta de tensões envolvendo os atores políticos da região.

Os termos de um possível acordo incluiriam um cessar-fogo temporário, a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro e a libertação de palestinos detidos em prisões israelenses. Israel e o grupo terrorista Hamas discordam em relação à proporção da troca de prisioneiros em relação aos reféns, o retorno dos civis palestinos ao norte de Gaza e uma possível saída total das tropas israelenses do enclave palestino.

O chefe da delegação americana no Cairo é William Burns, o diretor da CIA, enquanto a equipe israelense está sendo liderada por David Barnea, chefe do Mossad, a agência de espionagem do país. Eles devem se reunir com autoridades egípcias e do Catar para tentar chegar a um consenso. Os egípcios e os catarianos servem como intermediários entre o Hamas e Israel, cujos representantes não falam diretamente.

O Hamas disse no sábado, 6, que uma equipe do escritório político do grupo terrorista estaria no Cairo, mas que manteria uma proposta anterior que foi apresentada em meados de março.

As negociações ocorrem em meio à raiva crescente da população de Israel em relação ao governo, no aniversário de seis meses da guerra. Os manifestantes se reuniram em cidades de todo o país, exigindo que Netanyahu fizesse mais para trazer os reféns para casa.

Esses apelos aumentaram no sábado, depois de os militares israelenses terem afirmado que os soldados em Gaza recuperaram o corpo de Elad Katzir, um refém que apareceu duas vezes em vídeos durante o seu cativeiro.

Irã

As negociações para um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas ocorrem em meio à escalada de tensões entre Teerã e Tel-Aviv. Na sexta-feira, 5, o Irã prometeu vingança contra Israel após um bombardeio aéreo atingir a embaixada iraniana na Síria, matando um comandante sênior das Forças Quds, grupo de elite do Exército iraniano. Israel não admitiu a autoria do ataque, mas espera uma retaliação de Teerã.

O incidente matou sete membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, incluindo dois oficiais de alto escalão. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), 16 pessoas morreram.

Um assessor militar do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou neste domingo que nenhuma embaixada israelense está “segura”, após sete militares iranianos morrerem no ataque a um edifício diplomático do Irã em Damasco atribuído a Israel. / com AFP e NYT

O Exército israelense informou neste domingo, 7, que retirou todas as suas tropas do sul da Faixa de Gaza depois de seis meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas no enclave palestino.

“Hoje, domingo, 7 de abril, a 98.ª Divisão de Comando das FDI (Forças de Defesa de Israel) concluiu sua missão em Khan Yunis. A divisão deixou a Faixa de Gaza para se recuperar e se preparar para operações futuras”, afirmou o Exército em comunicado enviado à AFP, confirmando que todas as tropas deixaram o sul do território palestino.

A saída das tropas ocorre em um momento de pressão da comunidade internacional sobre Israel, principalmente por conta da morte dos sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen na segunda-feira, 1.º, após um bombardeio aéreo israelense. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes.

Veículos do Exército israelense se movimentam perto da fronteira com a Faixa de Gaza  Foto: Jack Guez/AFP

Os Estados Unidos também têm mudado de postura em relação a Israel. Em uma ligação na quinta-feira, 4, com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, o presidente americano Joe Biden subiu o tom e condicionou o futuro apoio ao país à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Após a ligação, Tel-Aviv concordou em aumentar postos de entrega de ajuda humanitária através do porto de Ashdod e da passagem de Erez. Israel também concordou com um aumento no fluxo de ajuda humanitária.

Netanyahu diz que Israel está a ‘um passo’ da vitória

Netanyahu garantiu neste domingo que Israel está perto da vitória na guerra em Gaza e que não haverá um cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns.

“Estamos a um passo da vitória. Mas o preço que pagamos é doloroso e desolador”, declarou ele em um discurso perante o conselho de ministros no dia em que se completa seis meses da guerra. “Não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns. Isso simplesmente não acontecerá”, acrescentou.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, abraça o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Brendan Smialowski/AFP

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma operação na Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e invasão terrestre. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, 33 mil palestinos morreram em Gaza desde o início do conflito.

Pressão por acordo

Mediadores internacionais devem se encontrar no Cairo neste domingo para a continuação das negociações que buscam um cessar-fogo temporário no enclave palestino e a libertação dos cerca de 100 reféns israelenses que seguem na Faixa de Gaza.

Oficiais do Egito, Catar e Estados Unidos devem participar das conversas na capital egípcia, junto com uma delegação de Israel e também do grupo terrorista Hamas. Biden pressiona ambas as partes para que um acordo seja alcançado, mas as negociações estão paralisadas há meses por conta de tensões envolvendo os atores políticos da região.

Os termos de um possível acordo incluiriam um cessar-fogo temporário, a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro e a libertação de palestinos detidos em prisões israelenses. Israel e o grupo terrorista Hamas discordam em relação à proporção da troca de prisioneiros em relação aos reféns, o retorno dos civis palestinos ao norte de Gaza e uma possível saída total das tropas israelenses do enclave palestino.

O chefe da delegação americana no Cairo é William Burns, o diretor da CIA, enquanto a equipe israelense está sendo liderada por David Barnea, chefe do Mossad, a agência de espionagem do país. Eles devem se reunir com autoridades egípcias e do Catar para tentar chegar a um consenso. Os egípcios e os catarianos servem como intermediários entre o Hamas e Israel, cujos representantes não falam diretamente.

O Hamas disse no sábado, 6, que uma equipe do escritório político do grupo terrorista estaria no Cairo, mas que manteria uma proposta anterior que foi apresentada em meados de março.

As negociações ocorrem em meio à raiva crescente da população de Israel em relação ao governo, no aniversário de seis meses da guerra. Os manifestantes se reuniram em cidades de todo o país, exigindo que Netanyahu fizesse mais para trazer os reféns para casa.

Esses apelos aumentaram no sábado, depois de os militares israelenses terem afirmado que os soldados em Gaza recuperaram o corpo de Elad Katzir, um refém que apareceu duas vezes em vídeos durante o seu cativeiro.

Irã

As negociações para um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas ocorrem em meio à escalada de tensões entre Teerã e Tel-Aviv. Na sexta-feira, 5, o Irã prometeu vingança contra Israel após um bombardeio aéreo atingir a embaixada iraniana na Síria, matando um comandante sênior das Forças Quds, grupo de elite do Exército iraniano. Israel não admitiu a autoria do ataque, mas espera uma retaliação de Teerã.

O incidente matou sete membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, incluindo dois oficiais de alto escalão. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), 16 pessoas morreram.

Um assessor militar do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou neste domingo que nenhuma embaixada israelense está “segura”, após sete militares iranianos morrerem no ataque a um edifício diplomático do Irã em Damasco atribuído a Israel. / com AFP e NYT

O Exército israelense informou neste domingo, 7, que retirou todas as suas tropas do sul da Faixa de Gaza depois de seis meses de guerra contra o grupo terrorista Hamas no enclave palestino.

“Hoje, domingo, 7 de abril, a 98.ª Divisão de Comando das FDI (Forças de Defesa de Israel) concluiu sua missão em Khan Yunis. A divisão deixou a Faixa de Gaza para se recuperar e se preparar para operações futuras”, afirmou o Exército em comunicado enviado à AFP, confirmando que todas as tropas deixaram o sul do território palestino.

A saída das tropas ocorre em um momento de pressão da comunidade internacional sobre Israel, principalmente por conta da morte dos sete trabalhadores humanitários da ONG World Central Kitchen na segunda-feira, 1.º, após um bombardeio aéreo israelense. Tel-Aviv pediu desculpas pelo ocorrido e demitiu dois comandantes.

Veículos do Exército israelense se movimentam perto da fronteira com a Faixa de Gaza  Foto: Jack Guez/AFP

Os Estados Unidos também têm mudado de postura em relação a Israel. Em uma ligação na quinta-feira, 4, com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, o presidente americano Joe Biden subiu o tom e condicionou o futuro apoio ao país à forma como Tel-Aviv aborda as preocupações americanas sobre as vítimas civis e a crise humanitária em Gaza.

Após a ligação, Tel-Aviv concordou em aumentar postos de entrega de ajuda humanitária através do porto de Ashdod e da passagem de Erez. Israel também concordou com um aumento no fluxo de ajuda humanitária.

Netanyahu diz que Israel está a ‘um passo’ da vitória

Netanyahu garantiu neste domingo que Israel está perto da vitória na guerra em Gaza e que não haverá um cessar-fogo até que o Hamas liberte todos os reféns.

“Estamos a um passo da vitória. Mas o preço que pagamos é doloroso e desolador”, declarou ele em um discurso perante o conselho de ministros no dia em que se completa seis meses da guerra. “Não haverá cessar-fogo sem o retorno dos reféns. Isso simplesmente não acontecerá”, acrescentou.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, abraça o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Tel-Aviv, Israel  Foto: Brendan Smialowski/AFP

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 240. Após o ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) iniciaram uma operação na Faixa de Gaza com bombardeios aéreos e invasão terrestre. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas, 33 mil palestinos morreram em Gaza desde o início do conflito.

Pressão por acordo

Mediadores internacionais devem se encontrar no Cairo neste domingo para a continuação das negociações que buscam um cessar-fogo temporário no enclave palestino e a libertação dos cerca de 100 reféns israelenses que seguem na Faixa de Gaza.

Oficiais do Egito, Catar e Estados Unidos devem participar das conversas na capital egípcia, junto com uma delegação de Israel e também do grupo terrorista Hamas. Biden pressiona ambas as partes para que um acordo seja alcançado, mas as negociações estão paralisadas há meses por conta de tensões envolvendo os atores políticos da região.

Os termos de um possível acordo incluiriam um cessar-fogo temporário, a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas durante o ataque de 7 de outubro e a libertação de palestinos detidos em prisões israelenses. Israel e o grupo terrorista Hamas discordam em relação à proporção da troca de prisioneiros em relação aos reféns, o retorno dos civis palestinos ao norte de Gaza e uma possível saída total das tropas israelenses do enclave palestino.

O chefe da delegação americana no Cairo é William Burns, o diretor da CIA, enquanto a equipe israelense está sendo liderada por David Barnea, chefe do Mossad, a agência de espionagem do país. Eles devem se reunir com autoridades egípcias e do Catar para tentar chegar a um consenso. Os egípcios e os catarianos servem como intermediários entre o Hamas e Israel, cujos representantes não falam diretamente.

O Hamas disse no sábado, 6, que uma equipe do escritório político do grupo terrorista estaria no Cairo, mas que manteria uma proposta anterior que foi apresentada em meados de março.

As negociações ocorrem em meio à raiva crescente da população de Israel em relação ao governo, no aniversário de seis meses da guerra. Os manifestantes se reuniram em cidades de todo o país, exigindo que Netanyahu fizesse mais para trazer os reféns para casa.

Esses apelos aumentaram no sábado, depois de os militares israelenses terem afirmado que os soldados em Gaza recuperaram o corpo de Elad Katzir, um refém que apareceu duas vezes em vídeos durante o seu cativeiro.

Irã

As negociações para um acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas ocorrem em meio à escalada de tensões entre Teerã e Tel-Aviv. Na sexta-feira, 5, o Irã prometeu vingança contra Israel após um bombardeio aéreo atingir a embaixada iraniana na Síria, matando um comandante sênior das Forças Quds, grupo de elite do Exército iraniano. Israel não admitiu a autoria do ataque, mas espera uma retaliação de Teerã.

O incidente matou sete membros da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, incluindo dois oficiais de alto escalão. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), 16 pessoas morreram.

Um assessor militar do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou neste domingo que nenhuma embaixada israelense está “segura”, após sete militares iranianos morrerem no ataque a um edifício diplomático do Irã em Damasco atribuído a Israel. / com AFP e NYT

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