Israel se prepara para possível invasão terrestre no Líbano, diz comandante das forças israelenses


Tenente-general Herzi Halevi disse aos soldados que eles iriam ‘entrar e eliminar o inimigo’; bombardeios no Líbano continuam

Por Redação
Atualização:

O tenente-general Herzi Halevi, comandante do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, disse aos soldados nesta quarta-feira, 25, para se prepararem para uma possível invasão terrestre no Líbano. Duas brigadas de reservistas foram convocadas pelas forças nesta quarta, e Israel continua realizando ataques aéreos no país.

Halevi disse aos soldados que eles iriam “entrar, eliminar o inimigo e destruir decisivamente” a infraestrutura do Hezbollah, a milícia xiita radicada no Líbano e em confronto com Israel há quase um ano. Apesar da declaração, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, maior aliado de Israel, afirmou que as forças israelenses não possuem um plano definido de invasão terrestre.

Nesta quarta, as forças israelenses afirmaram ter atacado mais de 280 alvos no sul do Líbano que seriam vinculados ao Hezbollah. O Ministério da Saúde do Líbano disse que 72 pessoas foram mortas e 392 ficaram feridas nos ataques.

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Imagem desta quarta-feira, 25, mostra fumaça em zona de Burj al-Shamali, no Líbano. Ataques aéreos de Israel continuam na região, e militares se preparam para invasão terrestre Foto: via AFP

A força aérea israelense também atingiu um lançador de foguetes na área de Nafakhiyeh, no sul do Líbano, em resposta ao “lançamento de um míssil superfície-superfície do Hezbollah em direção ao centro de Israel”, disse as forças israelenses em uma atualização operacional.

Em resposta, o Hezbollah afirmou ter lançado dezenas de foguetes em direção à cidade israelense de Hatzor, no sul, e também à Tel-Aviv, tendo como alvo a agência de espionagem de Israel, o Mossad – responsável pela explosão dos pagers e walkie-talkies da milícia na semana passada. As defesas israelenses interceptaram o míssil. “De acordo com as informações que tenho no momento, esta é a primeira vez na história que o Hezbollah disparou um foguete ou míssil em direção à cidade de Tel Aviv”, disse o tenente-coronel Nadav Shoshani, um porta-voz dos militares, em uma entrevista coletiva.

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Segundo os militares israelenses, outros 40 mísseis da milícia cruzaram o território israelense na região da Alta Galileia, norte de Israel. Pelo menos um míssil atingiu um abrigo para idosos na região de Safed, mas ninguém ficou ferido. Os mísseis foram atribuídos ao Hezbollah.

Com os novos bombardeios, o conflito entre Israel e Líbano continua intenso pelo terceiro dia seguido. Desde que Israel aumentou as ofensivas na segunda-feira, pelo menos 569 pessoas foram mortas e 1,8 mil ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde libanês. O número inclui ao menos 50 crianças e 94 mulheres, segundo o levantamento de organizações de direitos humanos que atuam no país.

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A escalada torna o cenário do Oriente Médio imprevisível. Nesta terça, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, havia afirmado que o país não pretendia fazer uma incursão por terra no Líbano, mas que “faria o necessário” para conter o Hezbollah.

O governo israelense diz que aumentou os ataques com o objetivo de recuar o Hezbollah para garantir a segurança dos israelenses que precisaram sair de suas casas no norte desde que os dois lados entraram em conflito, após o ataque terrorista do Hamas em Israel no 7 de outubro. “Faremos o que for necessário para trazer os moradores de volta ao norte”, declarou Danon na ONU.

Algumas das questões em aberto após a escalada é quão grave o Hezbollah foi prejudicado nas capacidades militares.

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O Hezbollah, um aliado no Hamas, envolveu-se no conflito em apoio ao grupo e passou a lançar mísseis na fronteira Israel-Líbano após Israel declarar guerra na Faixa de Gaza.

A aposta de Israel é uma incerteza. Apesar dos ataques aéreos israelenses no Líbano que causaram o dia mais mortífero do Líbano desde a guerra civil do país, que terminou em 1990, o Hezbollah disse que não vai recuar das ofensivas até um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Apesar da diminuição das operações no território palestino, novos ataques continuam acontecendo.

Críticos do governo de Binyamin Netanyahu afirmam que os novos ataques no Líbano postergam a guerra para garantir a sobrevivência política do premiê israelense, criticado internamente pelos erros de segurança que permitiram o ataque terrorista de 7 de outubro. Bibi, como o premiê é chamado, também é criticado por israelenses por falhar no resgate aos reféns israelenses que estão nas mãos dos Hamas há quase um ano.

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Netanyahu deve viajar para Nova York nesta quinta para participar da Assembleia-Geral da ONU. A maioria dos líderes mundiais que participaram da assembleia incluíram os conflitos no Líbano e na Faixa de Gaza na prioridade de seus discursos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou a afirmarm que “o mundo não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza”. O órgão, no entanto, têm falhado em garantias de segurança. /W.P., AP, NYT

O tenente-general Herzi Halevi, comandante do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, disse aos soldados nesta quarta-feira, 25, para se prepararem para uma possível invasão terrestre no Líbano. Duas brigadas de reservistas foram convocadas pelas forças nesta quarta, e Israel continua realizando ataques aéreos no país.

Halevi disse aos soldados que eles iriam “entrar, eliminar o inimigo e destruir decisivamente” a infraestrutura do Hezbollah, a milícia xiita radicada no Líbano e em confronto com Israel há quase um ano. Apesar da declaração, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, maior aliado de Israel, afirmou que as forças israelenses não possuem um plano definido de invasão terrestre.

Nesta quarta, as forças israelenses afirmaram ter atacado mais de 280 alvos no sul do Líbano que seriam vinculados ao Hezbollah. O Ministério da Saúde do Líbano disse que 72 pessoas foram mortas e 392 ficaram feridas nos ataques.

Imagem desta quarta-feira, 25, mostra fumaça em zona de Burj al-Shamali, no Líbano. Ataques aéreos de Israel continuam na região, e militares se preparam para invasão terrestre Foto: via AFP

A força aérea israelense também atingiu um lançador de foguetes na área de Nafakhiyeh, no sul do Líbano, em resposta ao “lançamento de um míssil superfície-superfície do Hezbollah em direção ao centro de Israel”, disse as forças israelenses em uma atualização operacional.

Em resposta, o Hezbollah afirmou ter lançado dezenas de foguetes em direção à cidade israelense de Hatzor, no sul, e também à Tel-Aviv, tendo como alvo a agência de espionagem de Israel, o Mossad – responsável pela explosão dos pagers e walkie-talkies da milícia na semana passada. As defesas israelenses interceptaram o míssil. “De acordo com as informações que tenho no momento, esta é a primeira vez na história que o Hezbollah disparou um foguete ou míssil em direção à cidade de Tel Aviv”, disse o tenente-coronel Nadav Shoshani, um porta-voz dos militares, em uma entrevista coletiva.

Segundo os militares israelenses, outros 40 mísseis da milícia cruzaram o território israelense na região da Alta Galileia, norte de Israel. Pelo menos um míssil atingiu um abrigo para idosos na região de Safed, mas ninguém ficou ferido. Os mísseis foram atribuídos ao Hezbollah.

Com os novos bombardeios, o conflito entre Israel e Líbano continua intenso pelo terceiro dia seguido. Desde que Israel aumentou as ofensivas na segunda-feira, pelo menos 569 pessoas foram mortas e 1,8 mil ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde libanês. O número inclui ao menos 50 crianças e 94 mulheres, segundo o levantamento de organizações de direitos humanos que atuam no país.

A escalada torna o cenário do Oriente Médio imprevisível. Nesta terça, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, havia afirmado que o país não pretendia fazer uma incursão por terra no Líbano, mas que “faria o necessário” para conter o Hezbollah.

O governo israelense diz que aumentou os ataques com o objetivo de recuar o Hezbollah para garantir a segurança dos israelenses que precisaram sair de suas casas no norte desde que os dois lados entraram em conflito, após o ataque terrorista do Hamas em Israel no 7 de outubro. “Faremos o que for necessário para trazer os moradores de volta ao norte”, declarou Danon na ONU.

Algumas das questões em aberto após a escalada é quão grave o Hezbollah foi prejudicado nas capacidades militares.

O Hezbollah, um aliado no Hamas, envolveu-se no conflito em apoio ao grupo e passou a lançar mísseis na fronteira Israel-Líbano após Israel declarar guerra na Faixa de Gaza.

A aposta de Israel é uma incerteza. Apesar dos ataques aéreos israelenses no Líbano que causaram o dia mais mortífero do Líbano desde a guerra civil do país, que terminou em 1990, o Hezbollah disse que não vai recuar das ofensivas até um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Apesar da diminuição das operações no território palestino, novos ataques continuam acontecendo.

Críticos do governo de Binyamin Netanyahu afirmam que os novos ataques no Líbano postergam a guerra para garantir a sobrevivência política do premiê israelense, criticado internamente pelos erros de segurança que permitiram o ataque terrorista de 7 de outubro. Bibi, como o premiê é chamado, também é criticado por israelenses por falhar no resgate aos reféns israelenses que estão nas mãos dos Hamas há quase um ano.

Netanyahu deve viajar para Nova York nesta quinta para participar da Assembleia-Geral da ONU. A maioria dos líderes mundiais que participaram da assembleia incluíram os conflitos no Líbano e na Faixa de Gaza na prioridade de seus discursos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou a afirmarm que “o mundo não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza”. O órgão, no entanto, têm falhado em garantias de segurança. /W.P., AP, NYT

O tenente-general Herzi Halevi, comandante do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, disse aos soldados nesta quarta-feira, 25, para se prepararem para uma possível invasão terrestre no Líbano. Duas brigadas de reservistas foram convocadas pelas forças nesta quarta, e Israel continua realizando ataques aéreos no país.

Halevi disse aos soldados que eles iriam “entrar, eliminar o inimigo e destruir decisivamente” a infraestrutura do Hezbollah, a milícia xiita radicada no Líbano e em confronto com Israel há quase um ano. Apesar da declaração, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, maior aliado de Israel, afirmou que as forças israelenses não possuem um plano definido de invasão terrestre.

Nesta quarta, as forças israelenses afirmaram ter atacado mais de 280 alvos no sul do Líbano que seriam vinculados ao Hezbollah. O Ministério da Saúde do Líbano disse que 72 pessoas foram mortas e 392 ficaram feridas nos ataques.

Imagem desta quarta-feira, 25, mostra fumaça em zona de Burj al-Shamali, no Líbano. Ataques aéreos de Israel continuam na região, e militares se preparam para invasão terrestre Foto: via AFP

A força aérea israelense também atingiu um lançador de foguetes na área de Nafakhiyeh, no sul do Líbano, em resposta ao “lançamento de um míssil superfície-superfície do Hezbollah em direção ao centro de Israel”, disse as forças israelenses em uma atualização operacional.

Em resposta, o Hezbollah afirmou ter lançado dezenas de foguetes em direção à cidade israelense de Hatzor, no sul, e também à Tel-Aviv, tendo como alvo a agência de espionagem de Israel, o Mossad – responsável pela explosão dos pagers e walkie-talkies da milícia na semana passada. As defesas israelenses interceptaram o míssil. “De acordo com as informações que tenho no momento, esta é a primeira vez na história que o Hezbollah disparou um foguete ou míssil em direção à cidade de Tel Aviv”, disse o tenente-coronel Nadav Shoshani, um porta-voz dos militares, em uma entrevista coletiva.

Segundo os militares israelenses, outros 40 mísseis da milícia cruzaram o território israelense na região da Alta Galileia, norte de Israel. Pelo menos um míssil atingiu um abrigo para idosos na região de Safed, mas ninguém ficou ferido. Os mísseis foram atribuídos ao Hezbollah.

Com os novos bombardeios, o conflito entre Israel e Líbano continua intenso pelo terceiro dia seguido. Desde que Israel aumentou as ofensivas na segunda-feira, pelo menos 569 pessoas foram mortas e 1,8 mil ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde libanês. O número inclui ao menos 50 crianças e 94 mulheres, segundo o levantamento de organizações de direitos humanos que atuam no país.

A escalada torna o cenário do Oriente Médio imprevisível. Nesta terça, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, havia afirmado que o país não pretendia fazer uma incursão por terra no Líbano, mas que “faria o necessário” para conter o Hezbollah.

O governo israelense diz que aumentou os ataques com o objetivo de recuar o Hezbollah para garantir a segurança dos israelenses que precisaram sair de suas casas no norte desde que os dois lados entraram em conflito, após o ataque terrorista do Hamas em Israel no 7 de outubro. “Faremos o que for necessário para trazer os moradores de volta ao norte”, declarou Danon na ONU.

Algumas das questões em aberto após a escalada é quão grave o Hezbollah foi prejudicado nas capacidades militares.

O Hezbollah, um aliado no Hamas, envolveu-se no conflito em apoio ao grupo e passou a lançar mísseis na fronteira Israel-Líbano após Israel declarar guerra na Faixa de Gaza.

A aposta de Israel é uma incerteza. Apesar dos ataques aéreos israelenses no Líbano que causaram o dia mais mortífero do Líbano desde a guerra civil do país, que terminou em 1990, o Hezbollah disse que não vai recuar das ofensivas até um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Apesar da diminuição das operações no território palestino, novos ataques continuam acontecendo.

Críticos do governo de Binyamin Netanyahu afirmam que os novos ataques no Líbano postergam a guerra para garantir a sobrevivência política do premiê israelense, criticado internamente pelos erros de segurança que permitiram o ataque terrorista de 7 de outubro. Bibi, como o premiê é chamado, também é criticado por israelenses por falhar no resgate aos reféns israelenses que estão nas mãos dos Hamas há quase um ano.

Netanyahu deve viajar para Nova York nesta quinta para participar da Assembleia-Geral da ONU. A maioria dos líderes mundiais que participaram da assembleia incluíram os conflitos no Líbano e na Faixa de Gaza na prioridade de seus discursos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou a afirmarm que “o mundo não pode permitir que o Líbano se torne outra Gaza”. O órgão, no entanto, têm falhado em garantias de segurança. /W.P., AP, NYT

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