Israel x Hezbollah: veja uma linha do tempo sobre os últimos ataques e retaliações no Oriente Médio


As tensões estão altas na região desde que os ataques do grupo terrorista Hamas no sul de Israel iniciaram uma guerra na Faixa de Gaza

Por Anjana Sankar

Antes dos ataques deste domingo, 25, entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, as tensões no Oriente Médio já estavam elevadas desde outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas invadiu o sul de Israel, matou 1,2 mil pessoas e sequestrou 250. Após os ataques do Hamas e o inicio da guerra em Gaza, Israel trocou ataques com uma série de grupos armados na região e também com o Irã.

Em julho, assassinatos de líderes do Hamas e do Hezbollah aumentaram ainda mais as tensões e fizeram com que a comunidade internacional tentasse intervir para diminuir o risco de uma guerra regional.

Foguetes do Hezbollah são interceptados pelo sistema de defesa de Israel, o Domo de Ferro  Foto: Jalaa Marey/AFP
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Veja uma linha do tempo dos principais ataques e retaliações dos últimos meses no Oriente Médio:

2 de janeiro: Assassinato de um líder do Hamas em Beirute

O grupo terrorista Hamas acusou Israel de matar Saleh al-Arouri, um líder sênior, juntamente com dois comandantes da sua ala militar, em uma explosão no subúrbio de Beirute, capital do Líbano.

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Al-Arouri foi o primeiro alto funcionário do Hamas a ser morto fora da Cisjordânia e de Gaza nos últimos anos. As autoridades israelenses se recusaram a assumir a autoria, mas as autoridades libanesas e norte-americanas atribuíram o ataque a Israel.

6 de janeiro: A retaliação do Hezbollah contra Israel

Em resposta ao assassinato de al-Arouri, o Hezbollah disparou uma saraivada de foguetes contra uma pequena base militar no norte de Israel. Embora o Hezbollah tenha dito que causou vítimas, as Forças de Defesa de Israel não registaram feridos e responderam com ataques no Líbano.

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Os analistas consideraram a resposta do Hezbollah como um ato simbólico e não como uma escalada significativa.

Um homem olha para uma janela quebrada após um foguete do Hezbollah atingir sua casa em Acre, no norte de Israel  Foto: Ariel Schalit/AP

1º de abril: Ataques aéreos em Damasco

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Israel realizou ataques aéreos que atingiram parte do complexo da Embaixada do Irã em Damasco, na Síria, matando três comandantes iranianos e quatro oficiais envolvidos em operações secretas do Irã. O ataque, um dos mais mortíferos na guerra por procuração entre Israel e o Irã, que já dura anos, aumentou as tensões regionais.

Autoridades israelenses, falando anonimamente, confirmaram o ataque, mas negaram que o edifício visado tivesse status diplomático.

14 de abril: Mísseis e drones iranianos contra Israel

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O Irã retaliou os ataques em Damasco lançando mais de 300 drones e mísseis contra Israel, no seu primeiro ataque aberto a Israel a partir do solo iraniano.

Os ataques, dirigidos a alvos militares, causaram poucos danos e feriram uma pessoa. Israel interceptou a maioria dos projéteis e outros foram abatidos pelas defesas dos EUA e da Jordânia. O ataque calibrado, telegrafado com bastante antecedência, demonstrou o esforço do Irã para evitar baixas em massa ou uma guerra direta, segundo analistas.

Peças de um míssil iraniano que caiu em Israel em abril na cidade de Arad, Israel  Foto: Sergey Ponomarev/NYT
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13 de julho: Ataque aéreo em Gaza

Israel tentou matar Muhammad Deif, um importante comandante militar do Hamas em Gaza, em um ataque aéreo que, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas, matou 90 pessoas e feriu outras 300.

O ataque atingiu uma faixa de terra costeira conhecida como Mawasi, que Israel designou como zona humanitária, e onde viviam milhares de palestinos deslocados. Deif, considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro a Israel, era há muito tempo um alvo de alta prioridade e, após semanas de incerteza sobre o seu estado, as autoridades israelenses confirmaram em agosto que ele tinha sido morto.

27 de julho: Ataques com foguetes nas Colinas de Golan controladas por Israel

Um foguete vindo do Líbano atingiu um campo de futebol na cidade drusa de Majdal Shams, nas Colinas do Golan, em Israel, matando 12 adolescentes e crianças, segundo os militares israelenses.

Israel acusou o Hezbollah, mas o grupo negou a responsabilidade.

Campo de futebol atingido por um foguete em Majdal Shams, Israel Foto: Leo Correa/AP

30 de julho: Um segundo ataque em Beirute

Israel assassinou Fuad Shukr, um importante líder do Hezbollah e conselheiro próximo do líder da organização, Hassan Nasrallah, em um bombardeio em Beirute.

As autoridades israelenses descreveram o ataque como uma resposta ao ataque com foguetes nas Colinas de Golan, mas o ataque rapidamente levantou preocupações na região sobre a vontade de Israel de atacar profundamente o território libanês.

31 de julho: Um alto funcionário do Hamas é morto em Teerã

Horas depois do ataque em Beirute, Ismail Haniyeh, então líder do gabinete político do grupo terrorista Hamas, foi assassinado no Irã. Haniyeh estava no país persa para a cerimonia de posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian.

O Irã e o Hamas afirmaram que Israel estava por trás do assassinato e prometeram retaliar. Haniyeh foi morto por um dispositivo explosivo contrabandeado secretamente para uma casa de hóspedes em Teerã onde ele estava hospedado, segundo sete autoridades do Oriente Médio, incluindo dois iranianos, bem como um oficial americano.

Agosto: Troca de ataques entre Israel e o Hezbollah

Os recentes assassinatos pioraram ainda mais as perspectivas de um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas. No começo de agosto, um ataque aéreo israelense atingiu uma fábrica em uma pequena cidade no sul do Líbano, matando pelo menos 10 civis, segundo autoridades libanesas. Foi um dos maiores números de mortos no Líbano desde o início da guerra em Gaza, em outubro.

Neste domingo, 25, o Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito por Israel como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos de ataque para o domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses.

Antes dos ataques deste domingo, 25, entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, as tensões no Oriente Médio já estavam elevadas desde outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas invadiu o sul de Israel, matou 1,2 mil pessoas e sequestrou 250. Após os ataques do Hamas e o inicio da guerra em Gaza, Israel trocou ataques com uma série de grupos armados na região e também com o Irã.

Em julho, assassinatos de líderes do Hamas e do Hezbollah aumentaram ainda mais as tensões e fizeram com que a comunidade internacional tentasse intervir para diminuir o risco de uma guerra regional.

Foguetes do Hezbollah são interceptados pelo sistema de defesa de Israel, o Domo de Ferro  Foto: Jalaa Marey/AFP

Veja uma linha do tempo dos principais ataques e retaliações dos últimos meses no Oriente Médio:

2 de janeiro: Assassinato de um líder do Hamas em Beirute

O grupo terrorista Hamas acusou Israel de matar Saleh al-Arouri, um líder sênior, juntamente com dois comandantes da sua ala militar, em uma explosão no subúrbio de Beirute, capital do Líbano.

Al-Arouri foi o primeiro alto funcionário do Hamas a ser morto fora da Cisjordânia e de Gaza nos últimos anos. As autoridades israelenses se recusaram a assumir a autoria, mas as autoridades libanesas e norte-americanas atribuíram o ataque a Israel.

6 de janeiro: A retaliação do Hezbollah contra Israel

Em resposta ao assassinato de al-Arouri, o Hezbollah disparou uma saraivada de foguetes contra uma pequena base militar no norte de Israel. Embora o Hezbollah tenha dito que causou vítimas, as Forças de Defesa de Israel não registaram feridos e responderam com ataques no Líbano.

Os analistas consideraram a resposta do Hezbollah como um ato simbólico e não como uma escalada significativa.

Um homem olha para uma janela quebrada após um foguete do Hezbollah atingir sua casa em Acre, no norte de Israel  Foto: Ariel Schalit/AP

1º de abril: Ataques aéreos em Damasco

Israel realizou ataques aéreos que atingiram parte do complexo da Embaixada do Irã em Damasco, na Síria, matando três comandantes iranianos e quatro oficiais envolvidos em operações secretas do Irã. O ataque, um dos mais mortíferos na guerra por procuração entre Israel e o Irã, que já dura anos, aumentou as tensões regionais.

Autoridades israelenses, falando anonimamente, confirmaram o ataque, mas negaram que o edifício visado tivesse status diplomático.

14 de abril: Mísseis e drones iranianos contra Israel

O Irã retaliou os ataques em Damasco lançando mais de 300 drones e mísseis contra Israel, no seu primeiro ataque aberto a Israel a partir do solo iraniano.

Os ataques, dirigidos a alvos militares, causaram poucos danos e feriram uma pessoa. Israel interceptou a maioria dos projéteis e outros foram abatidos pelas defesas dos EUA e da Jordânia. O ataque calibrado, telegrafado com bastante antecedência, demonstrou o esforço do Irã para evitar baixas em massa ou uma guerra direta, segundo analistas.

Peças de um míssil iraniano que caiu em Israel em abril na cidade de Arad, Israel  Foto: Sergey Ponomarev/NYT

13 de julho: Ataque aéreo em Gaza

Israel tentou matar Muhammad Deif, um importante comandante militar do Hamas em Gaza, em um ataque aéreo que, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas, matou 90 pessoas e feriu outras 300.

O ataque atingiu uma faixa de terra costeira conhecida como Mawasi, que Israel designou como zona humanitária, e onde viviam milhares de palestinos deslocados. Deif, considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro a Israel, era há muito tempo um alvo de alta prioridade e, após semanas de incerteza sobre o seu estado, as autoridades israelenses confirmaram em agosto que ele tinha sido morto.

27 de julho: Ataques com foguetes nas Colinas de Golan controladas por Israel

Um foguete vindo do Líbano atingiu um campo de futebol na cidade drusa de Majdal Shams, nas Colinas do Golan, em Israel, matando 12 adolescentes e crianças, segundo os militares israelenses.

Israel acusou o Hezbollah, mas o grupo negou a responsabilidade.

Campo de futebol atingido por um foguete em Majdal Shams, Israel Foto: Leo Correa/AP

30 de julho: Um segundo ataque em Beirute

Israel assassinou Fuad Shukr, um importante líder do Hezbollah e conselheiro próximo do líder da organização, Hassan Nasrallah, em um bombardeio em Beirute.

As autoridades israelenses descreveram o ataque como uma resposta ao ataque com foguetes nas Colinas de Golan, mas o ataque rapidamente levantou preocupações na região sobre a vontade de Israel de atacar profundamente o território libanês.

31 de julho: Um alto funcionário do Hamas é morto em Teerã

Horas depois do ataque em Beirute, Ismail Haniyeh, então líder do gabinete político do grupo terrorista Hamas, foi assassinado no Irã. Haniyeh estava no país persa para a cerimonia de posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian.

O Irã e o Hamas afirmaram que Israel estava por trás do assassinato e prometeram retaliar. Haniyeh foi morto por um dispositivo explosivo contrabandeado secretamente para uma casa de hóspedes em Teerã onde ele estava hospedado, segundo sete autoridades do Oriente Médio, incluindo dois iranianos, bem como um oficial americano.

Agosto: Troca de ataques entre Israel e o Hezbollah

Os recentes assassinatos pioraram ainda mais as perspectivas de um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas. No começo de agosto, um ataque aéreo israelense atingiu uma fábrica em uma pequena cidade no sul do Líbano, matando pelo menos 10 civis, segundo autoridades libanesas. Foi um dos maiores números de mortos no Líbano desde o início da guerra em Gaza, em outubro.

Neste domingo, 25, o Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito por Israel como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos de ataque para o domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses.

Antes dos ataques deste domingo, 25, entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, as tensões no Oriente Médio já estavam elevadas desde outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas invadiu o sul de Israel, matou 1,2 mil pessoas e sequestrou 250. Após os ataques do Hamas e o inicio da guerra em Gaza, Israel trocou ataques com uma série de grupos armados na região e também com o Irã.

Em julho, assassinatos de líderes do Hamas e do Hezbollah aumentaram ainda mais as tensões e fizeram com que a comunidade internacional tentasse intervir para diminuir o risco de uma guerra regional.

Foguetes do Hezbollah são interceptados pelo sistema de defesa de Israel, o Domo de Ferro  Foto: Jalaa Marey/AFP

Veja uma linha do tempo dos principais ataques e retaliações dos últimos meses no Oriente Médio:

2 de janeiro: Assassinato de um líder do Hamas em Beirute

O grupo terrorista Hamas acusou Israel de matar Saleh al-Arouri, um líder sênior, juntamente com dois comandantes da sua ala militar, em uma explosão no subúrbio de Beirute, capital do Líbano.

Al-Arouri foi o primeiro alto funcionário do Hamas a ser morto fora da Cisjordânia e de Gaza nos últimos anos. As autoridades israelenses se recusaram a assumir a autoria, mas as autoridades libanesas e norte-americanas atribuíram o ataque a Israel.

6 de janeiro: A retaliação do Hezbollah contra Israel

Em resposta ao assassinato de al-Arouri, o Hezbollah disparou uma saraivada de foguetes contra uma pequena base militar no norte de Israel. Embora o Hezbollah tenha dito que causou vítimas, as Forças de Defesa de Israel não registaram feridos e responderam com ataques no Líbano.

Os analistas consideraram a resposta do Hezbollah como um ato simbólico e não como uma escalada significativa.

Um homem olha para uma janela quebrada após um foguete do Hezbollah atingir sua casa em Acre, no norte de Israel  Foto: Ariel Schalit/AP

1º de abril: Ataques aéreos em Damasco

Israel realizou ataques aéreos que atingiram parte do complexo da Embaixada do Irã em Damasco, na Síria, matando três comandantes iranianos e quatro oficiais envolvidos em operações secretas do Irã. O ataque, um dos mais mortíferos na guerra por procuração entre Israel e o Irã, que já dura anos, aumentou as tensões regionais.

Autoridades israelenses, falando anonimamente, confirmaram o ataque, mas negaram que o edifício visado tivesse status diplomático.

14 de abril: Mísseis e drones iranianos contra Israel

O Irã retaliou os ataques em Damasco lançando mais de 300 drones e mísseis contra Israel, no seu primeiro ataque aberto a Israel a partir do solo iraniano.

Os ataques, dirigidos a alvos militares, causaram poucos danos e feriram uma pessoa. Israel interceptou a maioria dos projéteis e outros foram abatidos pelas defesas dos EUA e da Jordânia. O ataque calibrado, telegrafado com bastante antecedência, demonstrou o esforço do Irã para evitar baixas em massa ou uma guerra direta, segundo analistas.

Peças de um míssil iraniano que caiu em Israel em abril na cidade de Arad, Israel  Foto: Sergey Ponomarev/NYT

13 de julho: Ataque aéreo em Gaza

Israel tentou matar Muhammad Deif, um importante comandante militar do Hamas em Gaza, em um ataque aéreo que, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas, matou 90 pessoas e feriu outras 300.

O ataque atingiu uma faixa de terra costeira conhecida como Mawasi, que Israel designou como zona humanitária, e onde viviam milhares de palestinos deslocados. Deif, considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro a Israel, era há muito tempo um alvo de alta prioridade e, após semanas de incerteza sobre o seu estado, as autoridades israelenses confirmaram em agosto que ele tinha sido morto.

27 de julho: Ataques com foguetes nas Colinas de Golan controladas por Israel

Um foguete vindo do Líbano atingiu um campo de futebol na cidade drusa de Majdal Shams, nas Colinas do Golan, em Israel, matando 12 adolescentes e crianças, segundo os militares israelenses.

Israel acusou o Hezbollah, mas o grupo negou a responsabilidade.

Campo de futebol atingido por um foguete em Majdal Shams, Israel Foto: Leo Correa/AP

30 de julho: Um segundo ataque em Beirute

Israel assassinou Fuad Shukr, um importante líder do Hezbollah e conselheiro próximo do líder da organização, Hassan Nasrallah, em um bombardeio em Beirute.

As autoridades israelenses descreveram o ataque como uma resposta ao ataque com foguetes nas Colinas de Golan, mas o ataque rapidamente levantou preocupações na região sobre a vontade de Israel de atacar profundamente o território libanês.

31 de julho: Um alto funcionário do Hamas é morto em Teerã

Horas depois do ataque em Beirute, Ismail Haniyeh, então líder do gabinete político do grupo terrorista Hamas, foi assassinado no Irã. Haniyeh estava no país persa para a cerimonia de posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian.

O Irã e o Hamas afirmaram que Israel estava por trás do assassinato e prometeram retaliar. Haniyeh foi morto por um dispositivo explosivo contrabandeado secretamente para uma casa de hóspedes em Teerã onde ele estava hospedado, segundo sete autoridades do Oriente Médio, incluindo dois iranianos, bem como um oficial americano.

Agosto: Troca de ataques entre Israel e o Hezbollah

Os recentes assassinatos pioraram ainda mais as perspectivas de um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas. No começo de agosto, um ataque aéreo israelense atingiu uma fábrica em uma pequena cidade no sul do Líbano, matando pelo menos 10 civis, segundo autoridades libanesas. Foi um dos maiores números de mortos no Líbano desde o início da guerra em Gaza, em outubro.

Neste domingo, 25, o Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito por Israel como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos de ataque para o domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses.

Antes dos ataques deste domingo, 25, entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, as tensões no Oriente Médio já estavam elevadas desde outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas invadiu o sul de Israel, matou 1,2 mil pessoas e sequestrou 250. Após os ataques do Hamas e o inicio da guerra em Gaza, Israel trocou ataques com uma série de grupos armados na região e também com o Irã.

Em julho, assassinatos de líderes do Hamas e do Hezbollah aumentaram ainda mais as tensões e fizeram com que a comunidade internacional tentasse intervir para diminuir o risco de uma guerra regional.

Foguetes do Hezbollah são interceptados pelo sistema de defesa de Israel, o Domo de Ferro  Foto: Jalaa Marey/AFP

Veja uma linha do tempo dos principais ataques e retaliações dos últimos meses no Oriente Médio:

2 de janeiro: Assassinato de um líder do Hamas em Beirute

O grupo terrorista Hamas acusou Israel de matar Saleh al-Arouri, um líder sênior, juntamente com dois comandantes da sua ala militar, em uma explosão no subúrbio de Beirute, capital do Líbano.

Al-Arouri foi o primeiro alto funcionário do Hamas a ser morto fora da Cisjordânia e de Gaza nos últimos anos. As autoridades israelenses se recusaram a assumir a autoria, mas as autoridades libanesas e norte-americanas atribuíram o ataque a Israel.

6 de janeiro: A retaliação do Hezbollah contra Israel

Em resposta ao assassinato de al-Arouri, o Hezbollah disparou uma saraivada de foguetes contra uma pequena base militar no norte de Israel. Embora o Hezbollah tenha dito que causou vítimas, as Forças de Defesa de Israel não registaram feridos e responderam com ataques no Líbano.

Os analistas consideraram a resposta do Hezbollah como um ato simbólico e não como uma escalada significativa.

Um homem olha para uma janela quebrada após um foguete do Hezbollah atingir sua casa em Acre, no norte de Israel  Foto: Ariel Schalit/AP

1º de abril: Ataques aéreos em Damasco

Israel realizou ataques aéreos que atingiram parte do complexo da Embaixada do Irã em Damasco, na Síria, matando três comandantes iranianos e quatro oficiais envolvidos em operações secretas do Irã. O ataque, um dos mais mortíferos na guerra por procuração entre Israel e o Irã, que já dura anos, aumentou as tensões regionais.

Autoridades israelenses, falando anonimamente, confirmaram o ataque, mas negaram que o edifício visado tivesse status diplomático.

14 de abril: Mísseis e drones iranianos contra Israel

O Irã retaliou os ataques em Damasco lançando mais de 300 drones e mísseis contra Israel, no seu primeiro ataque aberto a Israel a partir do solo iraniano.

Os ataques, dirigidos a alvos militares, causaram poucos danos e feriram uma pessoa. Israel interceptou a maioria dos projéteis e outros foram abatidos pelas defesas dos EUA e da Jordânia. O ataque calibrado, telegrafado com bastante antecedência, demonstrou o esforço do Irã para evitar baixas em massa ou uma guerra direta, segundo analistas.

Peças de um míssil iraniano que caiu em Israel em abril na cidade de Arad, Israel  Foto: Sergey Ponomarev/NYT

13 de julho: Ataque aéreo em Gaza

Israel tentou matar Muhammad Deif, um importante comandante militar do Hamas em Gaza, em um ataque aéreo que, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas, matou 90 pessoas e feriu outras 300.

O ataque atingiu uma faixa de terra costeira conhecida como Mawasi, que Israel designou como zona humanitária, e onde viviam milhares de palestinos deslocados. Deif, considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro a Israel, era há muito tempo um alvo de alta prioridade e, após semanas de incerteza sobre o seu estado, as autoridades israelenses confirmaram em agosto que ele tinha sido morto.

27 de julho: Ataques com foguetes nas Colinas de Golan controladas por Israel

Um foguete vindo do Líbano atingiu um campo de futebol na cidade drusa de Majdal Shams, nas Colinas do Golan, em Israel, matando 12 adolescentes e crianças, segundo os militares israelenses.

Israel acusou o Hezbollah, mas o grupo negou a responsabilidade.

Campo de futebol atingido por um foguete em Majdal Shams, Israel Foto: Leo Correa/AP

30 de julho: Um segundo ataque em Beirute

Israel assassinou Fuad Shukr, um importante líder do Hezbollah e conselheiro próximo do líder da organização, Hassan Nasrallah, em um bombardeio em Beirute.

As autoridades israelenses descreveram o ataque como uma resposta ao ataque com foguetes nas Colinas de Golan, mas o ataque rapidamente levantou preocupações na região sobre a vontade de Israel de atacar profundamente o território libanês.

31 de julho: Um alto funcionário do Hamas é morto em Teerã

Horas depois do ataque em Beirute, Ismail Haniyeh, então líder do gabinete político do grupo terrorista Hamas, foi assassinado no Irã. Haniyeh estava no país persa para a cerimonia de posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian.

O Irã e o Hamas afirmaram que Israel estava por trás do assassinato e prometeram retaliar. Haniyeh foi morto por um dispositivo explosivo contrabandeado secretamente para uma casa de hóspedes em Teerã onde ele estava hospedado, segundo sete autoridades do Oriente Médio, incluindo dois iranianos, bem como um oficial americano.

Agosto: Troca de ataques entre Israel e o Hezbollah

Os recentes assassinatos pioraram ainda mais as perspectivas de um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas. No começo de agosto, um ataque aéreo israelense atingiu uma fábrica em uma pequena cidade no sul do Líbano, matando pelo menos 10 civis, segundo autoridades libanesas. Foi um dos maiores números de mortos no Líbano desde o início da guerra em Gaza, em outubro.

Neste domingo, 25, o Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito por Israel como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos de ataque para o domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses.

Antes dos ataques deste domingo, 25, entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, as tensões no Oriente Médio já estavam elevadas desde outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas invadiu o sul de Israel, matou 1,2 mil pessoas e sequestrou 250. Após os ataques do Hamas e o inicio da guerra em Gaza, Israel trocou ataques com uma série de grupos armados na região e também com o Irã.

Em julho, assassinatos de líderes do Hamas e do Hezbollah aumentaram ainda mais as tensões e fizeram com que a comunidade internacional tentasse intervir para diminuir o risco de uma guerra regional.

Foguetes do Hezbollah são interceptados pelo sistema de defesa de Israel, o Domo de Ferro  Foto: Jalaa Marey/AFP

Veja uma linha do tempo dos principais ataques e retaliações dos últimos meses no Oriente Médio:

2 de janeiro: Assassinato de um líder do Hamas em Beirute

O grupo terrorista Hamas acusou Israel de matar Saleh al-Arouri, um líder sênior, juntamente com dois comandantes da sua ala militar, em uma explosão no subúrbio de Beirute, capital do Líbano.

Al-Arouri foi o primeiro alto funcionário do Hamas a ser morto fora da Cisjordânia e de Gaza nos últimos anos. As autoridades israelenses se recusaram a assumir a autoria, mas as autoridades libanesas e norte-americanas atribuíram o ataque a Israel.

6 de janeiro: A retaliação do Hezbollah contra Israel

Em resposta ao assassinato de al-Arouri, o Hezbollah disparou uma saraivada de foguetes contra uma pequena base militar no norte de Israel. Embora o Hezbollah tenha dito que causou vítimas, as Forças de Defesa de Israel não registaram feridos e responderam com ataques no Líbano.

Os analistas consideraram a resposta do Hezbollah como um ato simbólico e não como uma escalada significativa.

Um homem olha para uma janela quebrada após um foguete do Hezbollah atingir sua casa em Acre, no norte de Israel  Foto: Ariel Schalit/AP

1º de abril: Ataques aéreos em Damasco

Israel realizou ataques aéreos que atingiram parte do complexo da Embaixada do Irã em Damasco, na Síria, matando três comandantes iranianos e quatro oficiais envolvidos em operações secretas do Irã. O ataque, um dos mais mortíferos na guerra por procuração entre Israel e o Irã, que já dura anos, aumentou as tensões regionais.

Autoridades israelenses, falando anonimamente, confirmaram o ataque, mas negaram que o edifício visado tivesse status diplomático.

14 de abril: Mísseis e drones iranianos contra Israel

O Irã retaliou os ataques em Damasco lançando mais de 300 drones e mísseis contra Israel, no seu primeiro ataque aberto a Israel a partir do solo iraniano.

Os ataques, dirigidos a alvos militares, causaram poucos danos e feriram uma pessoa. Israel interceptou a maioria dos projéteis e outros foram abatidos pelas defesas dos EUA e da Jordânia. O ataque calibrado, telegrafado com bastante antecedência, demonstrou o esforço do Irã para evitar baixas em massa ou uma guerra direta, segundo analistas.

Peças de um míssil iraniano que caiu em Israel em abril na cidade de Arad, Israel  Foto: Sergey Ponomarev/NYT

13 de julho: Ataque aéreo em Gaza

Israel tentou matar Muhammad Deif, um importante comandante militar do Hamas em Gaza, em um ataque aéreo que, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas, matou 90 pessoas e feriu outras 300.

O ataque atingiu uma faixa de terra costeira conhecida como Mawasi, que Israel designou como zona humanitária, e onde viviam milhares de palestinos deslocados. Deif, considerado o mentor dos ataques de 7 de outubro a Israel, era há muito tempo um alvo de alta prioridade e, após semanas de incerteza sobre o seu estado, as autoridades israelenses confirmaram em agosto que ele tinha sido morto.

27 de julho: Ataques com foguetes nas Colinas de Golan controladas por Israel

Um foguete vindo do Líbano atingiu um campo de futebol na cidade drusa de Majdal Shams, nas Colinas do Golan, em Israel, matando 12 adolescentes e crianças, segundo os militares israelenses.

Israel acusou o Hezbollah, mas o grupo negou a responsabilidade.

Campo de futebol atingido por um foguete em Majdal Shams, Israel Foto: Leo Correa/AP

30 de julho: Um segundo ataque em Beirute

Israel assassinou Fuad Shukr, um importante líder do Hezbollah e conselheiro próximo do líder da organização, Hassan Nasrallah, em um bombardeio em Beirute.

As autoridades israelenses descreveram o ataque como uma resposta ao ataque com foguetes nas Colinas de Golan, mas o ataque rapidamente levantou preocupações na região sobre a vontade de Israel de atacar profundamente o território libanês.

31 de julho: Um alto funcionário do Hamas é morto em Teerã

Horas depois do ataque em Beirute, Ismail Haniyeh, então líder do gabinete político do grupo terrorista Hamas, foi assassinado no Irã. Haniyeh estava no país persa para a cerimonia de posse do novo presidente, Masoud Pezeshkian.

O Irã e o Hamas afirmaram que Israel estava por trás do assassinato e prometeram retaliar. Haniyeh foi morto por um dispositivo explosivo contrabandeado secretamente para uma casa de hóspedes em Teerã onde ele estava hospedado, segundo sete autoridades do Oriente Médio, incluindo dois iranianos, bem como um oficial americano.

Agosto: Troca de ataques entre Israel e o Hezbollah

Os recentes assassinatos pioraram ainda mais as perspectivas de um cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas. No começo de agosto, um ataque aéreo israelense atingiu uma fábrica em uma pequena cidade no sul do Líbano, matando pelo menos 10 civis, segundo autoridades libanesas. Foi um dos maiores números de mortos no Líbano desde o início da guerra em Gaza, em outubro.

Neste domingo, 25, o Exército de Israel afirmou que cerca de 100 caças israelenses bombardearam mais de 40 alvos no sul do Líbano, em um ataque descrito por Israel como preventivo para reduzir as chances de uma ofensiva mais extensa que o Hezbollah supostamente estava planejando para o domingo. Tel-Aviv afirmou que frustrou grande parte dos mísseis da milícia xiita libanesa e que os bombardeios visaram os lançadores de foguetes superfície-superfície no Líbano.

O Hezbollah nega que Israel tenha prejudicado os seus planos de ataque para o domingo. A milícia xiita afirmou que disparou 320 foguetes e “um grande número” de drones contra bases e posições militares israelenses.

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