Veneza passa a cobrar ‘ingresso’ de turistas para frear visitação em massa; saiba como funciona


Cobrança de taxa será aplicada em 29 datas até o fim do ano para visitantes de um dia só; prefeito afirma que a ideia é estimular turistas da região a optarem por datas menos disputadas para conhecer a cidade

Por Redação
Atualização:

VENEZA, ITÁLIA - Em uma medida para tentar frear a enxurrada de turistas e tornar a cidade “mais habitável” para os locais, Veneza, na Itália, começou a cobrar nesta quinta-feira, 25, uma taxa de 5 euros (R$ 27,96 reais na cotação atual) para os visitantes.

Os turistas que desembarcaram em Santa Lucia, a principal estação ferroviária de Veneza, nesta quinta-feira foram recebidos com enormes cartazes listando as 29 datas até julho em que o plano será testado. Havia também entradas separadas para turistas, moradores, estudantes e trabalhadores.

continua após a publicidade

Embora a taxa seja moderada e o sistema não imponha um limite de visitantes diários, as autoridades municipais esperam que isso desencoraje alguns dos turistas nos dias mais movimentados.

“Precisamos encontrar um novo equilíbrio entre turistas e residentes”, disse Simone Venturini, a responsável-adjunta de Turismo de Veneza. Para ela, trata-se “acima de tudo de desestimular o turismo local dos habitantes da região do Vêneto, que podem visitar Veneza quando quiserem”.

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, considerou nesta quinta-feira, primeiro dia de aplicação da entrada paga, que o turismo deve “mudar” e “diminuir as visitas” à cidade. “Hoje gastamos dinheiro que ainda não arrecadamos (…), mas é uma forma de fazer com que as pessoas entendam que é preciso mudar e reduzir as visitas à cidade”, declarou em comunicado.

continua após a publicidade
Nos dias de mais movimento, Veneza, que tem 50 mil habitantes, recebe 100 mil turistas que passam a noite no local, além de dezenas de milhares de visitantes bate-volta.  Foto: Luca Bruno/AP Photo

O projeto, porém, tem um alcance ainda limitado: em 2024, apenas 29 dias de grande fluxo turístico serão afetados pela nova tarifa, que começa a ser cobrada nesta quinta-feira, feriado na Itália, e será aplicada quase todos os fins de semana de maio a julho.

Moradores protestam

continua após a publicidade

Nos períodos de maior movimento, Veneza recebe 100 mil turistas que passam a noite no local, além de dezenas de milhares de visitantes diários. Isto contrasta com os cerca de 50 mil residentes do centro da cidade. A comuna, uma das mais visitadas do mundo, já proibiu anteriormete que grandes navios de cruzeiro atracassem na cidade.

Mas alguns moradores não veem a medida com bons olhos, uma vez que acreditam que é um ataque à sua liberdade de ir e vir, e mais um passo para transformar a cidade em um museu. “Não somos um museu nem uma reserva natural, mas sim uma cidade, não deveríamos pagar” pelo acesso, critica Marina Dodino, que faz parte da associação de moradores locais, ARCI Venezia.

Centenas de venezianos realizaram um protesto contra o programa no principal terminal rodoviário da cidade. Faixas exibidas na manifestação diziam “não aos bilhetes, sim aos serviços e à habitação”. Os manifestantes entraram em confronto brevemente com policiais, e a manifestação terminou pacificamente em uma praça.

continua após a publicidade
Centenas de venezianos realizaram um protesto contra a cobrança de taxa, defendendo o 'direito de ir e vir' e afirmando que cidade 'não é um museu'. Foto: Luca Bruno/AP Photo

Como pagar ‘ingresso’ para Veneza?

A taxa será cobrada aos turistas que entram na cidade entre as 08h30 e as 16h locais. Eles devem fazer baixar seu QR code no site (https://cda.ve.it), também disponível em inglês, espanhol, francês e alemão.

continua após a publicidade

Também foram instaladas bilheterias no saguão da estação ferroviária de Santa Lucia para informações e vender ingressos. Os bilhetes devem ser apresentados aos fiscais, que ficam espalhados em vários locais.

Ao chegar na principal estação de Veneza, turistas, moradores, estudantes e trabalhadores foram divididos em diferentes entradas. Foto: Luca Bruno/AP

Os visitantes que tentarem passear sem pagar a entrada poderão ser punidos com uma multa entre 50 e 300 euros (R$ 279 e R$1.677 reais). Os que passarem pelo menos uma noite na cidade não serão afetados e receberão um QR code gratuito. Também estão previstas exceções, como para menores de 14 anos e estudantes./AFP e Associated Press.

VENEZA, ITÁLIA - Em uma medida para tentar frear a enxurrada de turistas e tornar a cidade “mais habitável” para os locais, Veneza, na Itália, começou a cobrar nesta quinta-feira, 25, uma taxa de 5 euros (R$ 27,96 reais na cotação atual) para os visitantes.

Os turistas que desembarcaram em Santa Lucia, a principal estação ferroviária de Veneza, nesta quinta-feira foram recebidos com enormes cartazes listando as 29 datas até julho em que o plano será testado. Havia também entradas separadas para turistas, moradores, estudantes e trabalhadores.

Embora a taxa seja moderada e o sistema não imponha um limite de visitantes diários, as autoridades municipais esperam que isso desencoraje alguns dos turistas nos dias mais movimentados.

“Precisamos encontrar um novo equilíbrio entre turistas e residentes”, disse Simone Venturini, a responsável-adjunta de Turismo de Veneza. Para ela, trata-se “acima de tudo de desestimular o turismo local dos habitantes da região do Vêneto, que podem visitar Veneza quando quiserem”.

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, considerou nesta quinta-feira, primeiro dia de aplicação da entrada paga, que o turismo deve “mudar” e “diminuir as visitas” à cidade. “Hoje gastamos dinheiro que ainda não arrecadamos (…), mas é uma forma de fazer com que as pessoas entendam que é preciso mudar e reduzir as visitas à cidade”, declarou em comunicado.

Nos dias de mais movimento, Veneza, que tem 50 mil habitantes, recebe 100 mil turistas que passam a noite no local, além de dezenas de milhares de visitantes bate-volta.  Foto: Luca Bruno/AP Photo

O projeto, porém, tem um alcance ainda limitado: em 2024, apenas 29 dias de grande fluxo turístico serão afetados pela nova tarifa, que começa a ser cobrada nesta quinta-feira, feriado na Itália, e será aplicada quase todos os fins de semana de maio a julho.

Moradores protestam

Nos períodos de maior movimento, Veneza recebe 100 mil turistas que passam a noite no local, além de dezenas de milhares de visitantes diários. Isto contrasta com os cerca de 50 mil residentes do centro da cidade. A comuna, uma das mais visitadas do mundo, já proibiu anteriormete que grandes navios de cruzeiro atracassem na cidade.

Mas alguns moradores não veem a medida com bons olhos, uma vez que acreditam que é um ataque à sua liberdade de ir e vir, e mais um passo para transformar a cidade em um museu. “Não somos um museu nem uma reserva natural, mas sim uma cidade, não deveríamos pagar” pelo acesso, critica Marina Dodino, que faz parte da associação de moradores locais, ARCI Venezia.

Centenas de venezianos realizaram um protesto contra o programa no principal terminal rodoviário da cidade. Faixas exibidas na manifestação diziam “não aos bilhetes, sim aos serviços e à habitação”. Os manifestantes entraram em confronto brevemente com policiais, e a manifestação terminou pacificamente em uma praça.

Centenas de venezianos realizaram um protesto contra a cobrança de taxa, defendendo o 'direito de ir e vir' e afirmando que cidade 'não é um museu'. Foto: Luca Bruno/AP Photo

Como pagar ‘ingresso’ para Veneza?

A taxa será cobrada aos turistas que entram na cidade entre as 08h30 e as 16h locais. Eles devem fazer baixar seu QR code no site (https://cda.ve.it), também disponível em inglês, espanhol, francês e alemão.

Também foram instaladas bilheterias no saguão da estação ferroviária de Santa Lucia para informações e vender ingressos. Os bilhetes devem ser apresentados aos fiscais, que ficam espalhados em vários locais.

Ao chegar na principal estação de Veneza, turistas, moradores, estudantes e trabalhadores foram divididos em diferentes entradas. Foto: Luca Bruno/AP

Os visitantes que tentarem passear sem pagar a entrada poderão ser punidos com uma multa entre 50 e 300 euros (R$ 279 e R$1.677 reais). Os que passarem pelo menos uma noite na cidade não serão afetados e receberão um QR code gratuito. Também estão previstas exceções, como para menores de 14 anos e estudantes./AFP e Associated Press.

VENEZA, ITÁLIA - Em uma medida para tentar frear a enxurrada de turistas e tornar a cidade “mais habitável” para os locais, Veneza, na Itália, começou a cobrar nesta quinta-feira, 25, uma taxa de 5 euros (R$ 27,96 reais na cotação atual) para os visitantes.

Os turistas que desembarcaram em Santa Lucia, a principal estação ferroviária de Veneza, nesta quinta-feira foram recebidos com enormes cartazes listando as 29 datas até julho em que o plano será testado. Havia também entradas separadas para turistas, moradores, estudantes e trabalhadores.

Embora a taxa seja moderada e o sistema não imponha um limite de visitantes diários, as autoridades municipais esperam que isso desencoraje alguns dos turistas nos dias mais movimentados.

“Precisamos encontrar um novo equilíbrio entre turistas e residentes”, disse Simone Venturini, a responsável-adjunta de Turismo de Veneza. Para ela, trata-se “acima de tudo de desestimular o turismo local dos habitantes da região do Vêneto, que podem visitar Veneza quando quiserem”.

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, considerou nesta quinta-feira, primeiro dia de aplicação da entrada paga, que o turismo deve “mudar” e “diminuir as visitas” à cidade. “Hoje gastamos dinheiro que ainda não arrecadamos (…), mas é uma forma de fazer com que as pessoas entendam que é preciso mudar e reduzir as visitas à cidade”, declarou em comunicado.

Nos dias de mais movimento, Veneza, que tem 50 mil habitantes, recebe 100 mil turistas que passam a noite no local, além de dezenas de milhares de visitantes bate-volta.  Foto: Luca Bruno/AP Photo

O projeto, porém, tem um alcance ainda limitado: em 2024, apenas 29 dias de grande fluxo turístico serão afetados pela nova tarifa, que começa a ser cobrada nesta quinta-feira, feriado na Itália, e será aplicada quase todos os fins de semana de maio a julho.

Moradores protestam

Nos períodos de maior movimento, Veneza recebe 100 mil turistas que passam a noite no local, além de dezenas de milhares de visitantes diários. Isto contrasta com os cerca de 50 mil residentes do centro da cidade. A comuna, uma das mais visitadas do mundo, já proibiu anteriormete que grandes navios de cruzeiro atracassem na cidade.

Mas alguns moradores não veem a medida com bons olhos, uma vez que acreditam que é um ataque à sua liberdade de ir e vir, e mais um passo para transformar a cidade em um museu. “Não somos um museu nem uma reserva natural, mas sim uma cidade, não deveríamos pagar” pelo acesso, critica Marina Dodino, que faz parte da associação de moradores locais, ARCI Venezia.

Centenas de venezianos realizaram um protesto contra o programa no principal terminal rodoviário da cidade. Faixas exibidas na manifestação diziam “não aos bilhetes, sim aos serviços e à habitação”. Os manifestantes entraram em confronto brevemente com policiais, e a manifestação terminou pacificamente em uma praça.

Centenas de venezianos realizaram um protesto contra a cobrança de taxa, defendendo o 'direito de ir e vir' e afirmando que cidade 'não é um museu'. Foto: Luca Bruno/AP Photo

Como pagar ‘ingresso’ para Veneza?

A taxa será cobrada aos turistas que entram na cidade entre as 08h30 e as 16h locais. Eles devem fazer baixar seu QR code no site (https://cda.ve.it), também disponível em inglês, espanhol, francês e alemão.

Também foram instaladas bilheterias no saguão da estação ferroviária de Santa Lucia para informações e vender ingressos. Os bilhetes devem ser apresentados aos fiscais, que ficam espalhados em vários locais.

Ao chegar na principal estação de Veneza, turistas, moradores, estudantes e trabalhadores foram divididos em diferentes entradas. Foto: Luca Bruno/AP

Os visitantes que tentarem passear sem pagar a entrada poderão ser punidos com uma multa entre 50 e 300 euros (R$ 279 e R$1.677 reais). Os que passarem pelo menos uma noite na cidade não serão afetados e receberão um QR code gratuito. Também estão previstas exceções, como para menores de 14 anos e estudantes./AFP e Associated Press.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.