Assim como já havia ocorrido no dia 23 de julho, o vulcão Etna voltou a entrar em erupção na Itália. O observatório Etneo, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia, informou que o vulcão produziu uma nuvem de 9,5 quilômetros, o que levou ao fechamento do aeroporto Catania-Fantanarossa, em Catânia.
As operações de pouso e decolagem do aeroporto internacional chegaram a ser suspensas totalmente na quinta-feira, 15 - e foram retomadas parcialmente a partir das 18h, no horário local. A determinação foi a de limitar as chegadas a dois movimentos por hora e, das 20h às 22h, aumentar para seis movimentos por hora.
As cinzas vulcânicas também levaram a prefeitura de Catânia a proibir a circulação de veículos de duas rodas, como bicicletas e motos, por um período de 48 horas, para que o serviço de limpeza possa ser feito. Segundo comunicado da prefeitura, os demais veículos só podem circular a uma velocidade máxima de 30 km/h.
A justificativa é a de que a precipitação de cinzas pode criar obstáculos para o tráfego de veículos e a poeira fina pode provocar problemas respiratórios. A Direção de Proteção Civil afirma que está acompanhando a situação.
Informações do boletim do observatório Etneo divulgado na quinta-feira indica que a erupção cessou. A precipitação de material piroclástico (produzido a partir de cinzas vulcânicas, fragmentos de rocha e gás quente) foi observada na localidade de Piano Vetore, Nicolosi, Ragalna e Pedara. Catânia foi a única atingida por queda de cinzas.
Imagens do observatório também indicam que, durante a erupção, foram produzidos transbordamentos de lava da borda oeste da cratera Bocca Nuova. Até a quinta-feira, havia apenas uma fraca atividade explosiva na cratera Voragine.
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Com 3.350 metros de altitude e 35 quilômetros de diâmetro na base, o Etna é maior vulcão da Europa. Ele fica na costa oriental da Sicília e é delimitado ao norte pelas montanhas Nebrodi e Peloritani e a sul pela planície aluvial do rio Simeto, segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia.
A sua formação remonta há cerca de 100 mil anos. “Ao longo dos anos, a alternância de atividades efusivas e explosivas, com fluxos de lava e depósitos piroclásticos, levou à estratificação de produtos vulcânicos”, diz o instituto.
As suas fontes de erupção estão localizadas na parte superior, nas crateras de Bocca Nuova e Voragine, além da Cratera Nordeste e da Cratera Sudeste. Cada uma tem um diâmetro de aproximadamente 200 metros.