TÓQUIO - O Japão aprovou nesta sexta-feira, 26, sanções adicionais contra a Rússia pela guerra na Ucrânia, incluindo o congelamento de ativos de dezenas de indivíduos e grupos e a proibição de exportações para organizações militares russas.
O secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, disse a repórteres que a aprovação mostra que o Japão está em sintonia com o resto dos países do G-7 que concordaram em manter e fortalecer as sanções contra a Rússia durante a reunião da cúpula em Hiroshima na semana passada.
Ele disse que o Japão está comprometido em trabalhar com outros países do G-7 e com a comunidade internacional mais ampla “para melhorar a situação” da Ucrânia.
Matsuno também criticou duramente a assinatura de um acordo entre a Rússia e Belarus na quinta-feira, formalizando a implementação de armas nucleares táticas de Moscou no território de seu aliado como um movimento que “aumenta ainda mais as tensões”.
“Como o único País do mundo que sofreu ataques nucleares, o Japão considera as ameaças da Rússia e seu uso absolutamente inadmissíveis”, disse Matsuno. “O governo do Japão exige que a Rússia e Belarusinterrompam as ações que aumentam ainda mais as tensões, enquanto continuamos a observar o desenvolvimento com forte preocupação”.
As sanções extras e as restrições à exportação do Japão refletem o objetivo do G-7 de evitar a evasão de sanções por terceiros e incluem a proibição de exportar materiais que ajudariam a fortalecer a base industrial da Rússia, disse Matsuno.
De acordo com um comunicado emitido conjuntamente pelos ministérios das Relações Exteriores, Comércio e Finanças, 24 indivíduos e 78 organizações foram adicionados a uma lista de pessoas sujeitas ao congelamento de ativos, incluindo aquelas que supostamente ajudaram a desviar e evadir as sanções.
O Japão também impôs uma proibição de exportação a 80 organizações militares russas, incluindo fabricantes de máquinas. A prestação de serviços de construção, engenharia e outros para a Rússia também será proibida.
O Japão tem cooperado com o G-7 para impor sanções contra a Rússia devido à guerra contra a Ucrânia, em meio à crescente preocupação com o impacto do conflito na Ásia, onde a China vem expandindo sua presença militar e ameaçando usar a força para exercer seu controle sobre a autogovernada Taiwan./AP