Japão pode ‘parar de funcionar’ por queda na natalidade, diz premiê


Sendo um dos locais mais caros do mundo para criar uma criança, o Japão ainda tenta encorajar população a ter filhos; fenômeno demográfico preocupa Fumio Kishida devido ao envelhecimento da população e a perda da força de trabalho

Por Redação
Atualização:

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou nesta segunda-feira, 23, que o país está à beira de uma queda na taxa de natalidade e corre o risco de “parar de funcionar como sociedade”. O fenômeno demográfico preocupa o governo japonês devido ao aumento da expectativa de vida nas últimas décadas, que leva o país a ter um número crescente de idosos e decrescente de trabalhadores para sustentá-los com a previdência.

Segundo a BBC, estima-se que o Japão, de 125 milhões de habitantes, tenha tido menos de 800 mil nascimentos em 2022. Na década de 1970, a taxa era superior a dois milhões de pessoas. Pesquisadores projetam que a população do país chegará a 53 milhões até o final do século, depois de atingir um pico de 128 milhões em 2017.

As taxas de natalidade estão desacelerando em muitos países, incluindo vizinhos do Japão. Entretanto, a questão é particularmente grave entre os japoneses porque o país tem a segunda maior proporção de idosos (pessoas com 65 anos ou mais), com 28% da população nesta faixa. Somente Mônaco, um Estado pequeno e de 36,6 mil habitantes, tem mais, de acordo com dados do Banco Mundial.

continua após a publicidade
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante uma sessão parlamentar nesta segunda-feira, 23. Kishida expôs preocupação do governo com a crise demográfica do país Foto: Eugene Hoshiko / AP

Em discurso na abertura do parlamento japonês, Kishida afirmou que o país deve concentrar a atenção pública nas políticas relativas aos filhos e à criação dos filhos. “[Essa] é uma questão que não pode esperar e não pode ser adiada”, afirmou. “O Japão está à beira de saber se pode continuar a funcionar como sociedade”.

O premiê afirmou ainda que deve dobrar os gastos em programas relacionados à infância, para dar mais suporte aos pais, e anunciou a criação de uma nova agência estatal para se concentrar na questão. “Nós devemos construir uma economia social que priorize a infância para reverter a (baixa) taxa de natalidade”, declarou.

continua após a publicidade

Uma pesquisa da YuWa Population Research citada pela agência Reuters afirma que o Japão é um dos lugares mais caros do mundo para se criar um filho, apesar do país ter tentado incentivar nos últimos anos a população a ter mais filhos com promessas de bônus financeiro e outros benefícios. Somente a China e a Coreia do Sul, países que também veem o encolhimento das populações em sinais preocupantes, têm custos maiores, segundo os pesquisadores.

De acordo com a BBC, as estratégias demográficas feitas em governos japoneses anteriores falharam. Especialistas citados pelo jornal britânico o país deve afrouxar as regras relacionadas à imigração, atualmente com uma legislação rígida, para combater o envelhecimento da sociedade.

A queda das taxas de natalidade é impulsionada por uma série de fatores que incluem o aumento do custo de vida, mais mulheres na educação e no trabalho e maior acesso à contracepção. Na semana passada, a China registrou sua primeira queda na população em 61 anos.

continua após a publicidade

O reconhecimento oficial de uma população em declínio é um “ponto de inflexão histórico extremamente importante” para o mundo como um todo, segundo Yi Fuxian, estudioso da Universidade de Wisconsin-Madison. /Com informações da AFP

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou nesta segunda-feira, 23, que o país está à beira de uma queda na taxa de natalidade e corre o risco de “parar de funcionar como sociedade”. O fenômeno demográfico preocupa o governo japonês devido ao aumento da expectativa de vida nas últimas décadas, que leva o país a ter um número crescente de idosos e decrescente de trabalhadores para sustentá-los com a previdência.

Segundo a BBC, estima-se que o Japão, de 125 milhões de habitantes, tenha tido menos de 800 mil nascimentos em 2022. Na década de 1970, a taxa era superior a dois milhões de pessoas. Pesquisadores projetam que a população do país chegará a 53 milhões até o final do século, depois de atingir um pico de 128 milhões em 2017.

As taxas de natalidade estão desacelerando em muitos países, incluindo vizinhos do Japão. Entretanto, a questão é particularmente grave entre os japoneses porque o país tem a segunda maior proporção de idosos (pessoas com 65 anos ou mais), com 28% da população nesta faixa. Somente Mônaco, um Estado pequeno e de 36,6 mil habitantes, tem mais, de acordo com dados do Banco Mundial.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante uma sessão parlamentar nesta segunda-feira, 23. Kishida expôs preocupação do governo com a crise demográfica do país Foto: Eugene Hoshiko / AP

Em discurso na abertura do parlamento japonês, Kishida afirmou que o país deve concentrar a atenção pública nas políticas relativas aos filhos e à criação dos filhos. “[Essa] é uma questão que não pode esperar e não pode ser adiada”, afirmou. “O Japão está à beira de saber se pode continuar a funcionar como sociedade”.

O premiê afirmou ainda que deve dobrar os gastos em programas relacionados à infância, para dar mais suporte aos pais, e anunciou a criação de uma nova agência estatal para se concentrar na questão. “Nós devemos construir uma economia social que priorize a infância para reverter a (baixa) taxa de natalidade”, declarou.

Uma pesquisa da YuWa Population Research citada pela agência Reuters afirma que o Japão é um dos lugares mais caros do mundo para se criar um filho, apesar do país ter tentado incentivar nos últimos anos a população a ter mais filhos com promessas de bônus financeiro e outros benefícios. Somente a China e a Coreia do Sul, países que também veem o encolhimento das populações em sinais preocupantes, têm custos maiores, segundo os pesquisadores.

De acordo com a BBC, as estratégias demográficas feitas em governos japoneses anteriores falharam. Especialistas citados pelo jornal britânico o país deve afrouxar as regras relacionadas à imigração, atualmente com uma legislação rígida, para combater o envelhecimento da sociedade.

A queda das taxas de natalidade é impulsionada por uma série de fatores que incluem o aumento do custo de vida, mais mulheres na educação e no trabalho e maior acesso à contracepção. Na semana passada, a China registrou sua primeira queda na população em 61 anos.

O reconhecimento oficial de uma população em declínio é um “ponto de inflexão histórico extremamente importante” para o mundo como um todo, segundo Yi Fuxian, estudioso da Universidade de Wisconsin-Madison. /Com informações da AFP

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, afirmou nesta segunda-feira, 23, que o país está à beira de uma queda na taxa de natalidade e corre o risco de “parar de funcionar como sociedade”. O fenômeno demográfico preocupa o governo japonês devido ao aumento da expectativa de vida nas últimas décadas, que leva o país a ter um número crescente de idosos e decrescente de trabalhadores para sustentá-los com a previdência.

Segundo a BBC, estima-se que o Japão, de 125 milhões de habitantes, tenha tido menos de 800 mil nascimentos em 2022. Na década de 1970, a taxa era superior a dois milhões de pessoas. Pesquisadores projetam que a população do país chegará a 53 milhões até o final do século, depois de atingir um pico de 128 milhões em 2017.

As taxas de natalidade estão desacelerando em muitos países, incluindo vizinhos do Japão. Entretanto, a questão é particularmente grave entre os japoneses porque o país tem a segunda maior proporção de idosos (pessoas com 65 anos ou mais), com 28% da população nesta faixa. Somente Mônaco, um Estado pequeno e de 36,6 mil habitantes, tem mais, de acordo com dados do Banco Mundial.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, durante uma sessão parlamentar nesta segunda-feira, 23. Kishida expôs preocupação do governo com a crise demográfica do país Foto: Eugene Hoshiko / AP

Em discurso na abertura do parlamento japonês, Kishida afirmou que o país deve concentrar a atenção pública nas políticas relativas aos filhos e à criação dos filhos. “[Essa] é uma questão que não pode esperar e não pode ser adiada”, afirmou. “O Japão está à beira de saber se pode continuar a funcionar como sociedade”.

O premiê afirmou ainda que deve dobrar os gastos em programas relacionados à infância, para dar mais suporte aos pais, e anunciou a criação de uma nova agência estatal para se concentrar na questão. “Nós devemos construir uma economia social que priorize a infância para reverter a (baixa) taxa de natalidade”, declarou.

Uma pesquisa da YuWa Population Research citada pela agência Reuters afirma que o Japão é um dos lugares mais caros do mundo para se criar um filho, apesar do país ter tentado incentivar nos últimos anos a população a ter mais filhos com promessas de bônus financeiro e outros benefícios. Somente a China e a Coreia do Sul, países que também veem o encolhimento das populações em sinais preocupantes, têm custos maiores, segundo os pesquisadores.

De acordo com a BBC, as estratégias demográficas feitas em governos japoneses anteriores falharam. Especialistas citados pelo jornal britânico o país deve afrouxar as regras relacionadas à imigração, atualmente com uma legislação rígida, para combater o envelhecimento da sociedade.

A queda das taxas de natalidade é impulsionada por uma série de fatores que incluem o aumento do custo de vida, mais mulheres na educação e no trabalho e maior acesso à contracepção. Na semana passada, a China registrou sua primeira queda na população em 61 anos.

O reconhecimento oficial de uma população em declínio é um “ponto de inflexão histórico extremamente importante” para o mundo como um todo, segundo Yi Fuxian, estudioso da Universidade de Wisconsin-Madison. /Com informações da AFP

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.