Milei diz que Lula interfere na sua campanha e recusa encontro com presidente brasileiro se eleito


Candidato à Casa Rosada chama presidente brasileiro de ‘corrupto’, ‘comunista’ e diz que petista estaria influenciando na corrida à Presidência da Argentina

Por Rayanderson Guerra
Atualização:

O candidato libertário à presidência da Argentina, Javier Milei, voltou a chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de comunista e disse que não se reunirá com o brasileiro caso seja eleito. Não é a primeira vez que o candidato da coalizão A Liberdade Avança investe contra Lula e já deu a entender que não pretende ter boas relações com o governo brasileiro. Brasil e Argentina são os dois maiores parceiros comerciais da América Latina.

Durante uma entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, o concorrente do peronista Sergio Massa foi questionado sobre o que pensava de Lula, o que rapidamente respondeu: “comunista”. O jornalista então indaga: “E um corrupto?”. “Óbvio, por isso foi preso”, respondeu Milei. Quando questionado se teria um encontro com o brasileiro, respondeu “não”.

Milei já havia chamado Lula de comunista logo após o convite à Argentina para integrar o Brics. O libertário respondeu, na época, que não aceitaria a entrada, caso fosse eleito, e não se reunia com comunistas como Brasil e a China. O libertário diz que não defende um rompimento das relações diplomáticas ou comerciais entre Brasil e Argentina, mas defende que o Estado não deve ser o regulador deste fluxo. Sua política é de deixar empresários e produtores brasileiros e argentinos conduzirem eles próprios as relações.

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Javier Milei em entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly Foto: Reprodução

“Desde a minha posição como chefe de Estado, meus aliados são Estados Unidos, Israel e o mundo livre”, afirmou Milei durante e entrevista veiculada nesta quarta-feira, 8.

No domingo, 5, em outra entrevista, ao jornal LN+, Milei acusou o presidente brasileiro de interferir na campanha presidencial argentina.

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“As pessoas (apoiadores) de Bolsonaro e alguns jornalistas do Brasil denunciaram que Lula está interferindo nesta campanha, financiando parte dela, e dentro desse pacote há um conjunto de consultores brasileiros que são os melhores especialistas em campanha negativa”, disse o candidato libertário.

O embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, rejeitou as declarações de Milei em uma nota veiculada pela equipe de campanha de Massa. “O fato de um candidato à presidência dizer que não vou ter relações com Lula não me parece ter qualquer mérito, ao contrário do Sergio Massa, que exerce a melhor diplomacia, que é comercial, que pode ser aprofundada a partir de dezembro porque conheço as relações que ele tem, não só com o Brasil, mas com a China, a outra relação bilateral que Milei tem questionado, que são “os dois parceiros mais importantes da Argentina”.

No dia 29 de agosto deste ano, jornais da Argentina trouxeram relatos da conversa ocorrida na véspera entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Economia daquele país, Sergio Massa, no Palácio do Planalto. Candidato do peronismo à sucessão de Alberto Fernández, Massa esteve no Brasil, no dia 28, para tratar de um empréstimo de US$ 600 milhões, com o objetivo de financiar exportações.

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Lula disse ao ministro, de acordo com o candidato, que enviaria pessoas de sua equipe à Argentina, com o objetivo de ajudá-lo na campanha “para parar a direita”, de acordo com as publicações argentinas.

Liberação de empréstimo

Além disso, como revelou o Estadão, Lula teria atuado para autorizar uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. A informação foi revelada pela colunista Vera Rosa.

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O país vizinho precisava desse empréstimo-ponte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pudesse liberar um desembolso de US$ 7,5 bilhões. A rigor, a Argentina não poderia ter acesso aos recursos do FMI, porque já havia esgotado o limite de crédito.

O Palácio do Planalto entrou em contato com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é governadora do Brasil no CAF. A ação ocorreu às vésperas da já mencionada visita de Sergio Massa ao País. O empréstimo-ponte não é ilegal e passou pelo crivo de 21 países-membros do banco. Somente o Peru votou contra.

À época, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência disse que “diferentemente do que vem sendo repercutido” (pela imprensa), o empréstimo não teve intervenção do presidente. O comunicado afirma, ainda, que Lula não conversou sobre o empréstimo com Tebet.

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Durante audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a ministra disse que não consultou Lula diretamente, mas admitiu que recorreu ao Itamaraty para saber como os demais países membros do CAF pretendiam votar em relação ao pedido da Argentina.

O primeiro turno das eleições na Argentina ocorreram no dia 22 de outubro e tiveram Sergio Massa como o vencedor. O segundo turno está marcado para o próximo dia 19 de novembro.

O candidato libertário à presidência da Argentina, Javier Milei, voltou a chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de comunista e disse que não se reunirá com o brasileiro caso seja eleito. Não é a primeira vez que o candidato da coalizão A Liberdade Avança investe contra Lula e já deu a entender que não pretende ter boas relações com o governo brasileiro. Brasil e Argentina são os dois maiores parceiros comerciais da América Latina.

Durante uma entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, o concorrente do peronista Sergio Massa foi questionado sobre o que pensava de Lula, o que rapidamente respondeu: “comunista”. O jornalista então indaga: “E um corrupto?”. “Óbvio, por isso foi preso”, respondeu Milei. Quando questionado se teria um encontro com o brasileiro, respondeu “não”.

Milei já havia chamado Lula de comunista logo após o convite à Argentina para integrar o Brics. O libertário respondeu, na época, que não aceitaria a entrada, caso fosse eleito, e não se reunia com comunistas como Brasil e a China. O libertário diz que não defende um rompimento das relações diplomáticas ou comerciais entre Brasil e Argentina, mas defende que o Estado não deve ser o regulador deste fluxo. Sua política é de deixar empresários e produtores brasileiros e argentinos conduzirem eles próprios as relações.

Javier Milei em entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly Foto: Reprodução

“Desde a minha posição como chefe de Estado, meus aliados são Estados Unidos, Israel e o mundo livre”, afirmou Milei durante e entrevista veiculada nesta quarta-feira, 8.

No domingo, 5, em outra entrevista, ao jornal LN+, Milei acusou o presidente brasileiro de interferir na campanha presidencial argentina.

“As pessoas (apoiadores) de Bolsonaro e alguns jornalistas do Brasil denunciaram que Lula está interferindo nesta campanha, financiando parte dela, e dentro desse pacote há um conjunto de consultores brasileiros que são os melhores especialistas em campanha negativa”, disse o candidato libertário.

O embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, rejeitou as declarações de Milei em uma nota veiculada pela equipe de campanha de Massa. “O fato de um candidato à presidência dizer que não vou ter relações com Lula não me parece ter qualquer mérito, ao contrário do Sergio Massa, que exerce a melhor diplomacia, que é comercial, que pode ser aprofundada a partir de dezembro porque conheço as relações que ele tem, não só com o Brasil, mas com a China, a outra relação bilateral que Milei tem questionado, que são “os dois parceiros mais importantes da Argentina”.

No dia 29 de agosto deste ano, jornais da Argentina trouxeram relatos da conversa ocorrida na véspera entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Economia daquele país, Sergio Massa, no Palácio do Planalto. Candidato do peronismo à sucessão de Alberto Fernández, Massa esteve no Brasil, no dia 28, para tratar de um empréstimo de US$ 600 milhões, com o objetivo de financiar exportações.

Lula disse ao ministro, de acordo com o candidato, que enviaria pessoas de sua equipe à Argentina, com o objetivo de ajudá-lo na campanha “para parar a direita”, de acordo com as publicações argentinas.

Liberação de empréstimo

Além disso, como revelou o Estadão, Lula teria atuado para autorizar uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. A informação foi revelada pela colunista Vera Rosa.

O país vizinho precisava desse empréstimo-ponte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pudesse liberar um desembolso de US$ 7,5 bilhões. A rigor, a Argentina não poderia ter acesso aos recursos do FMI, porque já havia esgotado o limite de crédito.

O Palácio do Planalto entrou em contato com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é governadora do Brasil no CAF. A ação ocorreu às vésperas da já mencionada visita de Sergio Massa ao País. O empréstimo-ponte não é ilegal e passou pelo crivo de 21 países-membros do banco. Somente o Peru votou contra.

À época, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência disse que “diferentemente do que vem sendo repercutido” (pela imprensa), o empréstimo não teve intervenção do presidente. O comunicado afirma, ainda, que Lula não conversou sobre o empréstimo com Tebet.

Durante audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a ministra disse que não consultou Lula diretamente, mas admitiu que recorreu ao Itamaraty para saber como os demais países membros do CAF pretendiam votar em relação ao pedido da Argentina.

O primeiro turno das eleições na Argentina ocorreram no dia 22 de outubro e tiveram Sergio Massa como o vencedor. O segundo turno está marcado para o próximo dia 19 de novembro.

O candidato libertário à presidência da Argentina, Javier Milei, voltou a chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de comunista e disse que não se reunirá com o brasileiro caso seja eleito. Não é a primeira vez que o candidato da coalizão A Liberdade Avança investe contra Lula e já deu a entender que não pretende ter boas relações com o governo brasileiro. Brasil e Argentina são os dois maiores parceiros comerciais da América Latina.

Durante uma entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, o concorrente do peronista Sergio Massa foi questionado sobre o que pensava de Lula, o que rapidamente respondeu: “comunista”. O jornalista então indaga: “E um corrupto?”. “Óbvio, por isso foi preso”, respondeu Milei. Quando questionado se teria um encontro com o brasileiro, respondeu “não”.

Milei já havia chamado Lula de comunista logo após o convite à Argentina para integrar o Brics. O libertário respondeu, na época, que não aceitaria a entrada, caso fosse eleito, e não se reunia com comunistas como Brasil e a China. O libertário diz que não defende um rompimento das relações diplomáticas ou comerciais entre Brasil e Argentina, mas defende que o Estado não deve ser o regulador deste fluxo. Sua política é de deixar empresários e produtores brasileiros e argentinos conduzirem eles próprios as relações.

Javier Milei em entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly Foto: Reprodução

“Desde a minha posição como chefe de Estado, meus aliados são Estados Unidos, Israel e o mundo livre”, afirmou Milei durante e entrevista veiculada nesta quarta-feira, 8.

No domingo, 5, em outra entrevista, ao jornal LN+, Milei acusou o presidente brasileiro de interferir na campanha presidencial argentina.

“As pessoas (apoiadores) de Bolsonaro e alguns jornalistas do Brasil denunciaram que Lula está interferindo nesta campanha, financiando parte dela, e dentro desse pacote há um conjunto de consultores brasileiros que são os melhores especialistas em campanha negativa”, disse o candidato libertário.

O embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, rejeitou as declarações de Milei em uma nota veiculada pela equipe de campanha de Massa. “O fato de um candidato à presidência dizer que não vou ter relações com Lula não me parece ter qualquer mérito, ao contrário do Sergio Massa, que exerce a melhor diplomacia, que é comercial, que pode ser aprofundada a partir de dezembro porque conheço as relações que ele tem, não só com o Brasil, mas com a China, a outra relação bilateral que Milei tem questionado, que são “os dois parceiros mais importantes da Argentina”.

No dia 29 de agosto deste ano, jornais da Argentina trouxeram relatos da conversa ocorrida na véspera entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Economia daquele país, Sergio Massa, no Palácio do Planalto. Candidato do peronismo à sucessão de Alberto Fernández, Massa esteve no Brasil, no dia 28, para tratar de um empréstimo de US$ 600 milhões, com o objetivo de financiar exportações.

Lula disse ao ministro, de acordo com o candidato, que enviaria pessoas de sua equipe à Argentina, com o objetivo de ajudá-lo na campanha “para parar a direita”, de acordo com as publicações argentinas.

Liberação de empréstimo

Além disso, como revelou o Estadão, Lula teria atuado para autorizar uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. A informação foi revelada pela colunista Vera Rosa.

O país vizinho precisava desse empréstimo-ponte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pudesse liberar um desembolso de US$ 7,5 bilhões. A rigor, a Argentina não poderia ter acesso aos recursos do FMI, porque já havia esgotado o limite de crédito.

O Palácio do Planalto entrou em contato com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é governadora do Brasil no CAF. A ação ocorreu às vésperas da já mencionada visita de Sergio Massa ao País. O empréstimo-ponte não é ilegal e passou pelo crivo de 21 países-membros do banco. Somente o Peru votou contra.

À época, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência disse que “diferentemente do que vem sendo repercutido” (pela imprensa), o empréstimo não teve intervenção do presidente. O comunicado afirma, ainda, que Lula não conversou sobre o empréstimo com Tebet.

Durante audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a ministra disse que não consultou Lula diretamente, mas admitiu que recorreu ao Itamaraty para saber como os demais países membros do CAF pretendiam votar em relação ao pedido da Argentina.

O primeiro turno das eleições na Argentina ocorreram no dia 22 de outubro e tiveram Sergio Massa como o vencedor. O segundo turno está marcado para o próximo dia 19 de novembro.

O candidato libertário à presidência da Argentina, Javier Milei, voltou a chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de comunista e disse que não se reunirá com o brasileiro caso seja eleito. Não é a primeira vez que o candidato da coalizão A Liberdade Avança investe contra Lula e já deu a entender que não pretende ter boas relações com o governo brasileiro. Brasil e Argentina são os dois maiores parceiros comerciais da América Latina.

Durante uma entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, o concorrente do peronista Sergio Massa foi questionado sobre o que pensava de Lula, o que rapidamente respondeu: “comunista”. O jornalista então indaga: “E um corrupto?”. “Óbvio, por isso foi preso”, respondeu Milei. Quando questionado se teria um encontro com o brasileiro, respondeu “não”.

Milei já havia chamado Lula de comunista logo após o convite à Argentina para integrar o Brics. O libertário respondeu, na época, que não aceitaria a entrada, caso fosse eleito, e não se reunia com comunistas como Brasil e a China. O libertário diz que não defende um rompimento das relações diplomáticas ou comerciais entre Brasil e Argentina, mas defende que o Estado não deve ser o regulador deste fluxo. Sua política é de deixar empresários e produtores brasileiros e argentinos conduzirem eles próprios as relações.

Javier Milei em entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly Foto: Reprodução

“Desde a minha posição como chefe de Estado, meus aliados são Estados Unidos, Israel e o mundo livre”, afirmou Milei durante e entrevista veiculada nesta quarta-feira, 8.

No domingo, 5, em outra entrevista, ao jornal LN+, Milei acusou o presidente brasileiro de interferir na campanha presidencial argentina.

“As pessoas (apoiadores) de Bolsonaro e alguns jornalistas do Brasil denunciaram que Lula está interferindo nesta campanha, financiando parte dela, e dentro desse pacote há um conjunto de consultores brasileiros que são os melhores especialistas em campanha negativa”, disse o candidato libertário.

O embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, rejeitou as declarações de Milei em uma nota veiculada pela equipe de campanha de Massa. “O fato de um candidato à presidência dizer que não vou ter relações com Lula não me parece ter qualquer mérito, ao contrário do Sergio Massa, que exerce a melhor diplomacia, que é comercial, que pode ser aprofundada a partir de dezembro porque conheço as relações que ele tem, não só com o Brasil, mas com a China, a outra relação bilateral que Milei tem questionado, que são “os dois parceiros mais importantes da Argentina”.

No dia 29 de agosto deste ano, jornais da Argentina trouxeram relatos da conversa ocorrida na véspera entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Economia daquele país, Sergio Massa, no Palácio do Planalto. Candidato do peronismo à sucessão de Alberto Fernández, Massa esteve no Brasil, no dia 28, para tratar de um empréstimo de US$ 600 milhões, com o objetivo de financiar exportações.

Lula disse ao ministro, de acordo com o candidato, que enviaria pessoas de sua equipe à Argentina, com o objetivo de ajudá-lo na campanha “para parar a direita”, de acordo com as publicações argentinas.

Liberação de empréstimo

Além disso, como revelou o Estadão, Lula teria atuado para autorizar uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. A informação foi revelada pela colunista Vera Rosa.

O país vizinho precisava desse empréstimo-ponte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pudesse liberar um desembolso de US$ 7,5 bilhões. A rigor, a Argentina não poderia ter acesso aos recursos do FMI, porque já havia esgotado o limite de crédito.

O Palácio do Planalto entrou em contato com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é governadora do Brasil no CAF. A ação ocorreu às vésperas da já mencionada visita de Sergio Massa ao País. O empréstimo-ponte não é ilegal e passou pelo crivo de 21 países-membros do banco. Somente o Peru votou contra.

À época, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência disse que “diferentemente do que vem sendo repercutido” (pela imprensa), o empréstimo não teve intervenção do presidente. O comunicado afirma, ainda, que Lula não conversou sobre o empréstimo com Tebet.

Durante audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a ministra disse que não consultou Lula diretamente, mas admitiu que recorreu ao Itamaraty para saber como os demais países membros do CAF pretendiam votar em relação ao pedido da Argentina.

O primeiro turno das eleições na Argentina ocorreram no dia 22 de outubro e tiveram Sergio Massa como o vencedor. O segundo turno está marcado para o próximo dia 19 de novembro.

O candidato libertário à presidência da Argentina, Javier Milei, voltou a chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de comunista e disse que não se reunirá com o brasileiro caso seja eleito. Não é a primeira vez que o candidato da coalizão A Liberdade Avança investe contra Lula e já deu a entender que não pretende ter boas relações com o governo brasileiro. Brasil e Argentina são os dois maiores parceiros comerciais da América Latina.

Durante uma entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, o concorrente do peronista Sergio Massa foi questionado sobre o que pensava de Lula, o que rapidamente respondeu: “comunista”. O jornalista então indaga: “E um corrupto?”. “Óbvio, por isso foi preso”, respondeu Milei. Quando questionado se teria um encontro com o brasileiro, respondeu “não”.

Milei já havia chamado Lula de comunista logo após o convite à Argentina para integrar o Brics. O libertário respondeu, na época, que não aceitaria a entrada, caso fosse eleito, e não se reunia com comunistas como Brasil e a China. O libertário diz que não defende um rompimento das relações diplomáticas ou comerciais entre Brasil e Argentina, mas defende que o Estado não deve ser o regulador deste fluxo. Sua política é de deixar empresários e produtores brasileiros e argentinos conduzirem eles próprios as relações.

Javier Milei em entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly Foto: Reprodução

“Desde a minha posição como chefe de Estado, meus aliados são Estados Unidos, Israel e o mundo livre”, afirmou Milei durante e entrevista veiculada nesta quarta-feira, 8.

No domingo, 5, em outra entrevista, ao jornal LN+, Milei acusou o presidente brasileiro de interferir na campanha presidencial argentina.

“As pessoas (apoiadores) de Bolsonaro e alguns jornalistas do Brasil denunciaram que Lula está interferindo nesta campanha, financiando parte dela, e dentro desse pacote há um conjunto de consultores brasileiros que são os melhores especialistas em campanha negativa”, disse o candidato libertário.

O embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, rejeitou as declarações de Milei em uma nota veiculada pela equipe de campanha de Massa. “O fato de um candidato à presidência dizer que não vou ter relações com Lula não me parece ter qualquer mérito, ao contrário do Sergio Massa, que exerce a melhor diplomacia, que é comercial, que pode ser aprofundada a partir de dezembro porque conheço as relações que ele tem, não só com o Brasil, mas com a China, a outra relação bilateral que Milei tem questionado, que são “os dois parceiros mais importantes da Argentina”.

No dia 29 de agosto deste ano, jornais da Argentina trouxeram relatos da conversa ocorrida na véspera entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Economia daquele país, Sergio Massa, no Palácio do Planalto. Candidato do peronismo à sucessão de Alberto Fernández, Massa esteve no Brasil, no dia 28, para tratar de um empréstimo de US$ 600 milhões, com o objetivo de financiar exportações.

Lula disse ao ministro, de acordo com o candidato, que enviaria pessoas de sua equipe à Argentina, com o objetivo de ajudá-lo na campanha “para parar a direita”, de acordo com as publicações argentinas.

Liberação de empréstimo

Além disso, como revelou o Estadão, Lula teria atuado para autorizar uma operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. A informação foi revelada pela colunista Vera Rosa.

O país vizinho precisava desse empréstimo-ponte para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) pudesse liberar um desembolso de US$ 7,5 bilhões. A rigor, a Argentina não poderia ter acesso aos recursos do FMI, porque já havia esgotado o limite de crédito.

O Palácio do Planalto entrou em contato com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é governadora do Brasil no CAF. A ação ocorreu às vésperas da já mencionada visita de Sergio Massa ao País. O empréstimo-ponte não é ilegal e passou pelo crivo de 21 países-membros do banco. Somente o Peru votou contra.

À época, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência disse que “diferentemente do que vem sendo repercutido” (pela imprensa), o empréstimo não teve intervenção do presidente. O comunicado afirma, ainda, que Lula não conversou sobre o empréstimo com Tebet.

Durante audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, a ministra disse que não consultou Lula diretamente, mas admitiu que recorreu ao Itamaraty para saber como os demais países membros do CAF pretendiam votar em relação ao pedido da Argentina.

O primeiro turno das eleições na Argentina ocorreram no dia 22 de outubro e tiveram Sergio Massa como o vencedor. O segundo turno está marcado para o próximo dia 19 de novembro.

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