Javier Milei, presidente da Argentina: quem é o libertário que chegou ao poder


Deputado do pequeno partido Liberdade Avança surgiu como terceira força, ganhou espaço com propostas radicais e chegou à Casa Rosada

Por Redação
Atualização:

O libertário Javier Milei surgiu como uma terceira força política, virou o jogo e se elegeu presidente da Argentina neste domingo, 19. O economista, um outsider, encontrou em eleitores frustrados com a crise solo fértil para propostas radicais, como a dolarização da economia e derrotou o atual ministro Sergio Massa, o candidato do peronismo, que herdou da impopularidade do governo Alberto Fernández.

O resultado é a pior derrota sofrida pelo peronismo em 40 anos de democracia e, pelo kirchnerismo, desde 2003, quando se firmou na política argentina. Com 99,2% das urnas apuradas, Javier Milei teve 55,6% dos votos, e Massa teve 44,3% - a maior vantagem de um candidato a presidente nas eleições recentes na Argentina, e uma derrota histórica para os peronistas. Milei teve 14,4 milhões de votos, ante 11,5 milhões de Massa.

O economista de 51 anos, autodenominado anarcocapitalista, disse que iria acabar com a classe dominante, que chama de “casta”, reduzir o governo e fechar o Banco Central, que acusou de “roubar” dinheiro dos argentinos por meio da inflação.

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O economista ganhou notoriedade em programas de TV e rádio na Argentina e entrou oficialmente para política em 2021, quando foi eleito deputado pelo partido Liberdade Avança, capitalizando a frustração com as medidas restritivas contra a pandemia. Nas primárias para presidência, ele surpreendeu e saiu na frente dos partidos tradicionais. No primeiro turno, em outubro, ficou atrás de Massa, mas tirou do páreo a ex-ministra Patricia Bullrich, de quem recebeu apoio para decisão de hoje.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, fala aos apoiadores após vencer o segundo turno das eleições presidenciais na sede de seu partido em Buenos Aires Foto: Luis Robayo / AFP

“Milei articula a raiva das pessoas melhor do que ninguém”, disse Lucas Romero, diretor da empresa de consultoria de Buenos Aires Synopsis. “Sua verbosidade contra a liderança política o ajuda a construir apoio baseado em resultados econômicos fracos na última década.”

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As palavras fortes contra os políticos e a marca registrada do cabelo desordenado - que lhe rendeu comparações com o ex-premiê britânico Boris Johnson - conquistou um público que se viu representado em seu jeito mais próximo “do povo”.

Mas foi seu diploma de economista que lhe rendeu a confiança de parte da população argentina de que ele saberia resolver o problema da inflação que passa dos 140%. Ainda que seus planos fossem vagos ou radicais, como acabar com o Banco Central ou dolarizar a economia - em um cenário de fuga de dólares. A lista inclui ainda o fim da educação gratuita e obrigatória, que substituiria por um sistema de vouchers; e uma gradual privatização do sistema de saúde.

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Outras propostas foram mais indigestas para os eleitores, como desregulamentação do mercado de armas, que criou ruídos explorados pelos adversários de Javier Milei na campanha. O libertário acabou recuando.

O mesmo aconteceu com uma declaração sobre a venda órgãos. “Minha primeira propriedade é meu corpo. Por que não posso me livrar [de partes] do meu corpo? São 7.500 pessoas sofrendo, esperando por transplantes, alguma coisa não está indo bem. O que proponho é buscar mecanismos de mercado para resolver esse problema”, já defendeu.

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As polêmicas obrigaram o libertário a tentar moderar o discurso entre o primeiro e o segundo turno, quando analistas alertavam que ele poderia ter atingido um “teto” de votos.

Antes de chegar à política, Milei foi goleiro do clube de futebol argentino Chacarita Juniors, mas encerrou a carreira no começo dos anos 1990. Nascido no bairro portenho de Palermo, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por polêmicas em família. Ele mesmo reconhece que não se dava bem com a família, apenas com sua irmã, Karina Milei. Ele diz que ela é a pessoa que melhor o conhece e “a grande arquiteta” de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

A ascensão do postulante a Casa Rosada começou em 2018 nos principais meios de comunicação argentinos, com a divulgação de seu discurso “liberal libertário”, como costuma chamar. Suas aparições no rádio e na televisão locais geraram polêmica, seja entre seus colegas economistas, jornalistas ou apresentadores.

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O grande salto em sua carreira política veio em 2020, quando anunciou sua candidatura à presidência nas eleições de 2023. Esse passo abriu caminho para que seu partido, La Libertad Avanza, conquistasse duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano seguinte, ocupados por ele e por sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel.

O movimento também serviu para que Milei fosse o único nome certa na disputa nos meses anteriores à eleição enquanto as outras forças políticas ainda discutiam os possíveis candidatos à presidência. No caso da direita tradicional representada pela coalizão Juntos pela Mudança, essa definição só veio mesmo nas primárias, quando Patricia Bullrich venceu o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta./Washington Post, AFP, EFE, com Carolina Marins

O libertário Javier Milei surgiu como uma terceira força política, virou o jogo e se elegeu presidente da Argentina neste domingo, 19. O economista, um outsider, encontrou em eleitores frustrados com a crise solo fértil para propostas radicais, como a dolarização da economia e derrotou o atual ministro Sergio Massa, o candidato do peronismo, que herdou da impopularidade do governo Alberto Fernández.

O resultado é a pior derrota sofrida pelo peronismo em 40 anos de democracia e, pelo kirchnerismo, desde 2003, quando se firmou na política argentina. Com 99,2% das urnas apuradas, Javier Milei teve 55,6% dos votos, e Massa teve 44,3% - a maior vantagem de um candidato a presidente nas eleições recentes na Argentina, e uma derrota histórica para os peronistas. Milei teve 14,4 milhões de votos, ante 11,5 milhões de Massa.

O economista de 51 anos, autodenominado anarcocapitalista, disse que iria acabar com a classe dominante, que chama de “casta”, reduzir o governo e fechar o Banco Central, que acusou de “roubar” dinheiro dos argentinos por meio da inflação.

O economista ganhou notoriedade em programas de TV e rádio na Argentina e entrou oficialmente para política em 2021, quando foi eleito deputado pelo partido Liberdade Avança, capitalizando a frustração com as medidas restritivas contra a pandemia. Nas primárias para presidência, ele surpreendeu e saiu na frente dos partidos tradicionais. No primeiro turno, em outubro, ficou atrás de Massa, mas tirou do páreo a ex-ministra Patricia Bullrich, de quem recebeu apoio para decisão de hoje.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, fala aos apoiadores após vencer o segundo turno das eleições presidenciais na sede de seu partido em Buenos Aires Foto: Luis Robayo / AFP

“Milei articula a raiva das pessoas melhor do que ninguém”, disse Lucas Romero, diretor da empresa de consultoria de Buenos Aires Synopsis. “Sua verbosidade contra a liderança política o ajuda a construir apoio baseado em resultados econômicos fracos na última década.”

As palavras fortes contra os políticos e a marca registrada do cabelo desordenado - que lhe rendeu comparações com o ex-premiê britânico Boris Johnson - conquistou um público que se viu representado em seu jeito mais próximo “do povo”.

Mas foi seu diploma de economista que lhe rendeu a confiança de parte da população argentina de que ele saberia resolver o problema da inflação que passa dos 140%. Ainda que seus planos fossem vagos ou radicais, como acabar com o Banco Central ou dolarizar a economia - em um cenário de fuga de dólares. A lista inclui ainda o fim da educação gratuita e obrigatória, que substituiria por um sistema de vouchers; e uma gradual privatização do sistema de saúde.

Outras propostas foram mais indigestas para os eleitores, como desregulamentação do mercado de armas, que criou ruídos explorados pelos adversários de Javier Milei na campanha. O libertário acabou recuando.

O mesmo aconteceu com uma declaração sobre a venda órgãos. “Minha primeira propriedade é meu corpo. Por que não posso me livrar [de partes] do meu corpo? São 7.500 pessoas sofrendo, esperando por transplantes, alguma coisa não está indo bem. O que proponho é buscar mecanismos de mercado para resolver esse problema”, já defendeu.

As polêmicas obrigaram o libertário a tentar moderar o discurso entre o primeiro e o segundo turno, quando analistas alertavam que ele poderia ter atingido um “teto” de votos.

Antes de chegar à política, Milei foi goleiro do clube de futebol argentino Chacarita Juniors, mas encerrou a carreira no começo dos anos 1990. Nascido no bairro portenho de Palermo, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por polêmicas em família. Ele mesmo reconhece que não se dava bem com a família, apenas com sua irmã, Karina Milei. Ele diz que ela é a pessoa que melhor o conhece e “a grande arquiteta” de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

A ascensão do postulante a Casa Rosada começou em 2018 nos principais meios de comunicação argentinos, com a divulgação de seu discurso “liberal libertário”, como costuma chamar. Suas aparições no rádio e na televisão locais geraram polêmica, seja entre seus colegas economistas, jornalistas ou apresentadores.

O grande salto em sua carreira política veio em 2020, quando anunciou sua candidatura à presidência nas eleições de 2023. Esse passo abriu caminho para que seu partido, La Libertad Avanza, conquistasse duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano seguinte, ocupados por ele e por sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel.

O movimento também serviu para que Milei fosse o único nome certa na disputa nos meses anteriores à eleição enquanto as outras forças políticas ainda discutiam os possíveis candidatos à presidência. No caso da direita tradicional representada pela coalizão Juntos pela Mudança, essa definição só veio mesmo nas primárias, quando Patricia Bullrich venceu o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta./Washington Post, AFP, EFE, com Carolina Marins

O libertário Javier Milei surgiu como uma terceira força política, virou o jogo e se elegeu presidente da Argentina neste domingo, 19. O economista, um outsider, encontrou em eleitores frustrados com a crise solo fértil para propostas radicais, como a dolarização da economia e derrotou o atual ministro Sergio Massa, o candidato do peronismo, que herdou da impopularidade do governo Alberto Fernández.

O resultado é a pior derrota sofrida pelo peronismo em 40 anos de democracia e, pelo kirchnerismo, desde 2003, quando se firmou na política argentina. Com 99,2% das urnas apuradas, Javier Milei teve 55,6% dos votos, e Massa teve 44,3% - a maior vantagem de um candidato a presidente nas eleições recentes na Argentina, e uma derrota histórica para os peronistas. Milei teve 14,4 milhões de votos, ante 11,5 milhões de Massa.

O economista de 51 anos, autodenominado anarcocapitalista, disse que iria acabar com a classe dominante, que chama de “casta”, reduzir o governo e fechar o Banco Central, que acusou de “roubar” dinheiro dos argentinos por meio da inflação.

O economista ganhou notoriedade em programas de TV e rádio na Argentina e entrou oficialmente para política em 2021, quando foi eleito deputado pelo partido Liberdade Avança, capitalizando a frustração com as medidas restritivas contra a pandemia. Nas primárias para presidência, ele surpreendeu e saiu na frente dos partidos tradicionais. No primeiro turno, em outubro, ficou atrás de Massa, mas tirou do páreo a ex-ministra Patricia Bullrich, de quem recebeu apoio para decisão de hoje.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, fala aos apoiadores após vencer o segundo turno das eleições presidenciais na sede de seu partido em Buenos Aires Foto: Luis Robayo / AFP

“Milei articula a raiva das pessoas melhor do que ninguém”, disse Lucas Romero, diretor da empresa de consultoria de Buenos Aires Synopsis. “Sua verbosidade contra a liderança política o ajuda a construir apoio baseado em resultados econômicos fracos na última década.”

As palavras fortes contra os políticos e a marca registrada do cabelo desordenado - que lhe rendeu comparações com o ex-premiê britânico Boris Johnson - conquistou um público que se viu representado em seu jeito mais próximo “do povo”.

Mas foi seu diploma de economista que lhe rendeu a confiança de parte da população argentina de que ele saberia resolver o problema da inflação que passa dos 140%. Ainda que seus planos fossem vagos ou radicais, como acabar com o Banco Central ou dolarizar a economia - em um cenário de fuga de dólares. A lista inclui ainda o fim da educação gratuita e obrigatória, que substituiria por um sistema de vouchers; e uma gradual privatização do sistema de saúde.

Outras propostas foram mais indigestas para os eleitores, como desregulamentação do mercado de armas, que criou ruídos explorados pelos adversários de Javier Milei na campanha. O libertário acabou recuando.

O mesmo aconteceu com uma declaração sobre a venda órgãos. “Minha primeira propriedade é meu corpo. Por que não posso me livrar [de partes] do meu corpo? São 7.500 pessoas sofrendo, esperando por transplantes, alguma coisa não está indo bem. O que proponho é buscar mecanismos de mercado para resolver esse problema”, já defendeu.

As polêmicas obrigaram o libertário a tentar moderar o discurso entre o primeiro e o segundo turno, quando analistas alertavam que ele poderia ter atingido um “teto” de votos.

Antes de chegar à política, Milei foi goleiro do clube de futebol argentino Chacarita Juniors, mas encerrou a carreira no começo dos anos 1990. Nascido no bairro portenho de Palermo, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por polêmicas em família. Ele mesmo reconhece que não se dava bem com a família, apenas com sua irmã, Karina Milei. Ele diz que ela é a pessoa que melhor o conhece e “a grande arquiteta” de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

A ascensão do postulante a Casa Rosada começou em 2018 nos principais meios de comunicação argentinos, com a divulgação de seu discurso “liberal libertário”, como costuma chamar. Suas aparições no rádio e na televisão locais geraram polêmica, seja entre seus colegas economistas, jornalistas ou apresentadores.

O grande salto em sua carreira política veio em 2020, quando anunciou sua candidatura à presidência nas eleições de 2023. Esse passo abriu caminho para que seu partido, La Libertad Avanza, conquistasse duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano seguinte, ocupados por ele e por sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel.

O movimento também serviu para que Milei fosse o único nome certa na disputa nos meses anteriores à eleição enquanto as outras forças políticas ainda discutiam os possíveis candidatos à presidência. No caso da direita tradicional representada pela coalizão Juntos pela Mudança, essa definição só veio mesmo nas primárias, quando Patricia Bullrich venceu o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta./Washington Post, AFP, EFE, com Carolina Marins

O libertário Javier Milei surgiu como uma terceira força política, virou o jogo e se elegeu presidente da Argentina neste domingo, 19. O economista, um outsider, encontrou em eleitores frustrados com a crise solo fértil para propostas radicais, como a dolarização da economia e derrotou o atual ministro Sergio Massa, o candidato do peronismo, que herdou da impopularidade do governo Alberto Fernández.

O resultado é a pior derrota sofrida pelo peronismo em 40 anos de democracia e, pelo kirchnerismo, desde 2003, quando se firmou na política argentina. Com 99,2% das urnas apuradas, Javier Milei teve 55,6% dos votos, e Massa teve 44,3% - a maior vantagem de um candidato a presidente nas eleições recentes na Argentina, e uma derrota histórica para os peronistas. Milei teve 14,4 milhões de votos, ante 11,5 milhões de Massa.

O economista de 51 anos, autodenominado anarcocapitalista, disse que iria acabar com a classe dominante, que chama de “casta”, reduzir o governo e fechar o Banco Central, que acusou de “roubar” dinheiro dos argentinos por meio da inflação.

O economista ganhou notoriedade em programas de TV e rádio na Argentina e entrou oficialmente para política em 2021, quando foi eleito deputado pelo partido Liberdade Avança, capitalizando a frustração com as medidas restritivas contra a pandemia. Nas primárias para presidência, ele surpreendeu e saiu na frente dos partidos tradicionais. No primeiro turno, em outubro, ficou atrás de Massa, mas tirou do páreo a ex-ministra Patricia Bullrich, de quem recebeu apoio para decisão de hoje.

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, fala aos apoiadores após vencer o segundo turno das eleições presidenciais na sede de seu partido em Buenos Aires Foto: Luis Robayo / AFP

“Milei articula a raiva das pessoas melhor do que ninguém”, disse Lucas Romero, diretor da empresa de consultoria de Buenos Aires Synopsis. “Sua verbosidade contra a liderança política o ajuda a construir apoio baseado em resultados econômicos fracos na última década.”

As palavras fortes contra os políticos e a marca registrada do cabelo desordenado - que lhe rendeu comparações com o ex-premiê britânico Boris Johnson - conquistou um público que se viu representado em seu jeito mais próximo “do povo”.

Mas foi seu diploma de economista que lhe rendeu a confiança de parte da população argentina de que ele saberia resolver o problema da inflação que passa dos 140%. Ainda que seus planos fossem vagos ou radicais, como acabar com o Banco Central ou dolarizar a economia - em um cenário de fuga de dólares. A lista inclui ainda o fim da educação gratuita e obrigatória, que substituiria por um sistema de vouchers; e uma gradual privatização do sistema de saúde.

Outras propostas foram mais indigestas para os eleitores, como desregulamentação do mercado de armas, que criou ruídos explorados pelos adversários de Javier Milei na campanha. O libertário acabou recuando.

O mesmo aconteceu com uma declaração sobre a venda órgãos. “Minha primeira propriedade é meu corpo. Por que não posso me livrar [de partes] do meu corpo? São 7.500 pessoas sofrendo, esperando por transplantes, alguma coisa não está indo bem. O que proponho é buscar mecanismos de mercado para resolver esse problema”, já defendeu.

As polêmicas obrigaram o libertário a tentar moderar o discurso entre o primeiro e o segundo turno, quando analistas alertavam que ele poderia ter atingido um “teto” de votos.

Antes de chegar à política, Milei foi goleiro do clube de futebol argentino Chacarita Juniors, mas encerrou a carreira no começo dos anos 1990. Nascido no bairro portenho de Palermo, em 22 de outubro de 1970, Milei teve uma infância marcada por polêmicas em família. Ele mesmo reconhece que não se dava bem com a família, apenas com sua irmã, Karina Milei. Ele diz que ela é a pessoa que melhor o conhece e “a grande arquiteta” de seus acontecimentos políticos. Milei disse a diferentes meios de comunicação que, caso se torne presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

A ascensão do postulante a Casa Rosada começou em 2018 nos principais meios de comunicação argentinos, com a divulgação de seu discurso “liberal libertário”, como costuma chamar. Suas aparições no rádio e na televisão locais geraram polêmica, seja entre seus colegas economistas, jornalistas ou apresentadores.

O grande salto em sua carreira política veio em 2020, quando anunciou sua candidatura à presidência nas eleições de 2023. Esse passo abriu caminho para que seu partido, La Libertad Avanza, conquistasse duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano seguinte, ocupados por ele e por sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel.

O movimento também serviu para que Milei fosse o único nome certa na disputa nos meses anteriores à eleição enquanto as outras forças políticas ainda discutiam os possíveis candidatos à presidência. No caso da direita tradicional representada pela coalizão Juntos pela Mudança, essa definição só veio mesmo nas primárias, quando Patricia Bullrich venceu o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta./Washington Post, AFP, EFE, com Carolina Marins

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