Lista de Epstein: juiz divulga transcrições do júri de caso contra magnata acusado de tráfico sexual


Registros trazem relatos de vítimas e detalhes sobre pagamentos a meninas menores de idade; juiz classificou os detalhes do registro como ‘ultrajantes para pessoas decentes’

Por Katharina Cruz

Um juiz da Flórida, nos Estados Unidos, ordenou na segunda-feira, 1º, a divulgação de transcrições do processo de 2006 do Estado contra o magnata Jeffrey Epstein. As quase 200 páginas de documentos contêm detalhes dos crimes de Epstein, incluindo relatos em primeira pessoa de vítimas e detalhes sobre pagamentos a meninas menores de idade. As informações são da BBC.

De acordo com a emissora britânica, o juiz Luiz Delgado ordenou a publicação dos documentos e classificou os detalhes do registro como “ultrajantes para pessoas decentes”. “O depoimento prestado ao grande júri diz respeito a atividades que vão desde grosseiramente inaceitáveis até estupro – toda a conduta em questão é sexualmente desviante, repugnante e criminosa”, relatou.

Os documentos foram divulgados no mesmo dia em que uma nova lei da Flórida, assinado pelo governador Ron DeSantis, entrou em vigor, permitindo que documentos de grande júri de 2006 fossem divulgados - documentos de grande júri normalmente são mantidos em sigilo, diz a BBC.

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Foto de Jeffrey Epstein em março de 2017; juiz Luis Delgado divulgou nesta segunda-feira, 1º, transcrições de uma investigação de grande júri de 2006 na Flórida contra o milionário.  Foto: New York State Sex Offender Registry via AP

Histórico do caso

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Uma investigação de grande júri sobre estupro e tráfico de adolescentes cometidos por Epstein em sua mansão em Palm Beach começou em 2006. Epstein fechou um acordo em 2008 para evitar as acusações de tráfico sexual e estupro: ele se declarou culpado de uma acusação menor, envolvendo uma única vítima, e foi condenado a 13 meses de prisão. O acordo foi muito criticado como favorável demais a ele. Segundo a BBC, as transcrições divulgadas agora mostram que, quando os promotores fecharam o acordo, sabiam que ele havia abusado sexualmente de adolescentes dois anos antes.

Referindo-se a Epstein como “o pedófilo mais infame da história americana”, o juiz Delgado acrescentou que a leniência do estado no caso foi alvo de muita raiva e chegou a diminuir a percepção do público sobre o sistema de justiça criminal.

Na época, Epstein ostentava sua riqueza e frequentava os mesmos círculos de políticos e bilionários, como os ex-presidentes Donald Trump e Bill Clinton, e até o príncipe britânico Andrew. “É compreensível que, diante desses relatos, o público tenha grande curiosidade sobre o que foi amplamente divulgado pelas agências de notícias como ‘tratamento especial’ em relação ao seu processo”, disse o juiz.

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Alguns famosos conhecidos abandonaram Epstein depois de sua condenação, mas muitos seguiram o apoiando. Ele continuou misturando-se com os ricos e famosos durante mais uma década, muitas vezes por meio de trabalho filantrópico.

Reportagens do jornal Miami Herald em 2018, que traziam entrevistas com vítimas de Epstein, renovaram o interesse no escândalo, e os promotores federais de Nova York acusaram o milionário em 2019 de tráfico sexual. Ele tirou a própria vida na prisão enquanto aguardava o julgamento.

O procurador dos EUA em Manhattan processou então Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, por ajudar a recrutar suas vítimas menores de idade. Ela foi condenada em 2022 e cumpre pena de 20 anos de prisão.

Um juiz da Flórida, nos Estados Unidos, ordenou na segunda-feira, 1º, a divulgação de transcrições do processo de 2006 do Estado contra o magnata Jeffrey Epstein. As quase 200 páginas de documentos contêm detalhes dos crimes de Epstein, incluindo relatos em primeira pessoa de vítimas e detalhes sobre pagamentos a meninas menores de idade. As informações são da BBC.

De acordo com a emissora britânica, o juiz Luiz Delgado ordenou a publicação dos documentos e classificou os detalhes do registro como “ultrajantes para pessoas decentes”. “O depoimento prestado ao grande júri diz respeito a atividades que vão desde grosseiramente inaceitáveis até estupro – toda a conduta em questão é sexualmente desviante, repugnante e criminosa”, relatou.

Os documentos foram divulgados no mesmo dia em que uma nova lei da Flórida, assinado pelo governador Ron DeSantis, entrou em vigor, permitindo que documentos de grande júri de 2006 fossem divulgados - documentos de grande júri normalmente são mantidos em sigilo, diz a BBC.

Foto de Jeffrey Epstein em março de 2017; juiz Luis Delgado divulgou nesta segunda-feira, 1º, transcrições de uma investigação de grande júri de 2006 na Flórida contra o milionário.  Foto: New York State Sex Offender Registry via AP

Histórico do caso

Uma investigação de grande júri sobre estupro e tráfico de adolescentes cometidos por Epstein em sua mansão em Palm Beach começou em 2006. Epstein fechou um acordo em 2008 para evitar as acusações de tráfico sexual e estupro: ele se declarou culpado de uma acusação menor, envolvendo uma única vítima, e foi condenado a 13 meses de prisão. O acordo foi muito criticado como favorável demais a ele. Segundo a BBC, as transcrições divulgadas agora mostram que, quando os promotores fecharam o acordo, sabiam que ele havia abusado sexualmente de adolescentes dois anos antes.

Referindo-se a Epstein como “o pedófilo mais infame da história americana”, o juiz Delgado acrescentou que a leniência do estado no caso foi alvo de muita raiva e chegou a diminuir a percepção do público sobre o sistema de justiça criminal.

Na época, Epstein ostentava sua riqueza e frequentava os mesmos círculos de políticos e bilionários, como os ex-presidentes Donald Trump e Bill Clinton, e até o príncipe britânico Andrew. “É compreensível que, diante desses relatos, o público tenha grande curiosidade sobre o que foi amplamente divulgado pelas agências de notícias como ‘tratamento especial’ em relação ao seu processo”, disse o juiz.

Alguns famosos conhecidos abandonaram Epstein depois de sua condenação, mas muitos seguiram o apoiando. Ele continuou misturando-se com os ricos e famosos durante mais uma década, muitas vezes por meio de trabalho filantrópico.

Reportagens do jornal Miami Herald em 2018, que traziam entrevistas com vítimas de Epstein, renovaram o interesse no escândalo, e os promotores federais de Nova York acusaram o milionário em 2019 de tráfico sexual. Ele tirou a própria vida na prisão enquanto aguardava o julgamento.

O procurador dos EUA em Manhattan processou então Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, por ajudar a recrutar suas vítimas menores de idade. Ela foi condenada em 2022 e cumpre pena de 20 anos de prisão.

Um juiz da Flórida, nos Estados Unidos, ordenou na segunda-feira, 1º, a divulgação de transcrições do processo de 2006 do Estado contra o magnata Jeffrey Epstein. As quase 200 páginas de documentos contêm detalhes dos crimes de Epstein, incluindo relatos em primeira pessoa de vítimas e detalhes sobre pagamentos a meninas menores de idade. As informações são da BBC.

De acordo com a emissora britânica, o juiz Luiz Delgado ordenou a publicação dos documentos e classificou os detalhes do registro como “ultrajantes para pessoas decentes”. “O depoimento prestado ao grande júri diz respeito a atividades que vão desde grosseiramente inaceitáveis até estupro – toda a conduta em questão é sexualmente desviante, repugnante e criminosa”, relatou.

Os documentos foram divulgados no mesmo dia em que uma nova lei da Flórida, assinado pelo governador Ron DeSantis, entrou em vigor, permitindo que documentos de grande júri de 2006 fossem divulgados - documentos de grande júri normalmente são mantidos em sigilo, diz a BBC.

Foto de Jeffrey Epstein em março de 2017; juiz Luis Delgado divulgou nesta segunda-feira, 1º, transcrições de uma investigação de grande júri de 2006 na Flórida contra o milionário.  Foto: New York State Sex Offender Registry via AP

Histórico do caso

Uma investigação de grande júri sobre estupro e tráfico de adolescentes cometidos por Epstein em sua mansão em Palm Beach começou em 2006. Epstein fechou um acordo em 2008 para evitar as acusações de tráfico sexual e estupro: ele se declarou culpado de uma acusação menor, envolvendo uma única vítima, e foi condenado a 13 meses de prisão. O acordo foi muito criticado como favorável demais a ele. Segundo a BBC, as transcrições divulgadas agora mostram que, quando os promotores fecharam o acordo, sabiam que ele havia abusado sexualmente de adolescentes dois anos antes.

Referindo-se a Epstein como “o pedófilo mais infame da história americana”, o juiz Delgado acrescentou que a leniência do estado no caso foi alvo de muita raiva e chegou a diminuir a percepção do público sobre o sistema de justiça criminal.

Na época, Epstein ostentava sua riqueza e frequentava os mesmos círculos de políticos e bilionários, como os ex-presidentes Donald Trump e Bill Clinton, e até o príncipe britânico Andrew. “É compreensível que, diante desses relatos, o público tenha grande curiosidade sobre o que foi amplamente divulgado pelas agências de notícias como ‘tratamento especial’ em relação ao seu processo”, disse o juiz.

Alguns famosos conhecidos abandonaram Epstein depois de sua condenação, mas muitos seguiram o apoiando. Ele continuou misturando-se com os ricos e famosos durante mais uma década, muitas vezes por meio de trabalho filantrópico.

Reportagens do jornal Miami Herald em 2018, que traziam entrevistas com vítimas de Epstein, renovaram o interesse no escândalo, e os promotores federais de Nova York acusaram o milionário em 2019 de tráfico sexual. Ele tirou a própria vida na prisão enquanto aguardava o julgamento.

O procurador dos EUA em Manhattan processou então Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, por ajudar a recrutar suas vítimas menores de idade. Ela foi condenada em 2022 e cumpre pena de 20 anos de prisão.

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