Joe Biden convida Netanyahu para reunião nos EUA e alivia tensão com Israel


Este é o primeiro aceno de Washington para Netanyahu depois que ele voltou ao cargo com uma coalizão composta por ultra ortodoxos e em meio à sua reforma judicial

Por Redação

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Joe Biden, convidou nesta segunda-feira, 17, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, para uma reunião nos EUA, o primeiro aceno do governo americano ao premiê desde que ele voltou ao cargo, em dezembro, aliviando meses de tensões entre os dois líderes.

O gabinete de Netanyahu disse que Biden fez o convite em um telefonema “caloroso e longo”, horas antes da visita à Casa Branca de Isaac Herzog, o presidente israelense, nesta terça. A viagem de Herzog, antes do convite a Netanyahu, era considerada um sinal de desrespeito de Biden.

Com o convite, Biden muda sua estratégia de dar um gelo em Netanyahu no curto prazo. Um funcionário da Casa Branca disse que os dois líderes concordaram em se encontrar nos EUA ainda este ano para discutir assuntos de interesse mútuo.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Joe Biden, em encontro em Jerusalém em 2010 Foto: Ronen Zvulun/Reuters

Biden havia recentemente descrito a coalizão de Netanyahu como “uma das mais extremistas” desde os anos 70, e expressou oposição às decisões de Netanyahu de minar o poder da Suprema Corte de Israel, de construir mais casas israelenses na Cisjordânia ocupada e de autorizar retroativamente os assentamentos israelenses construídos no território sem a aprovação do governo.

“O presidente Biden reiterou, no contexto do atual debate em Israel sobre a reforma judicial, a necessidade do consenso mais amplo possível e que os valores democráticos compartilhados sempre foram e devem permanecer uma marca registrada do relacionamento dos EUA com Israel”, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

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O anúncio de Biden foi uma decepção para a oposição de Israel, que pediu ao governo americano que assumisse uma posição mais forte contra a reforma judicial de Netanyahu, que deve agora ganha um novo impulso para avançar com seu projeto de limitar a influência do Judiciário nos atos de governo. A reforma desencadeou uma onda de protestos em Israel e foi alvo de críticas de Biden, que disse que a parceria dos EUA com Israel deveria estar enraizada em valores democráticos.

Nenhuma data foi marcada para a visita de Netanyahu, e não ficou claro se seu convite era para a Casa Branca ou outra parte do país. Mas o convite remove parte da tensão que ofuscou a visita de Herzog na terça-feira, que se encontrará com Biden antes de fazer um discurso conjunto ao Congresso na quarta-feira.

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Apesar do atrito com Netanyahu, Biden continua a evitar medidas contra Israel nas Nações Unidas em razão do tratamento dado aos palestinos. A Casa Branca também está investindo um esforço considerável na normalização dos laços diplomáticos entre Israel e a Arábia Saudita, um dos principais objetivos da política externa de Netanyahu.

Mesmo assim, Biden e seus assessores vêm expressando frustração com o aumento dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. Os EUA consideram a expansão como um obstáculo para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel, um resultado que continua sendo a solução preferida para o conflito. Um número crescente de analistas, no entanto, afirma que a criação de um Estado palestino não é mais viável./NYT

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Joe Biden, convidou nesta segunda-feira, 17, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, para uma reunião nos EUA, o primeiro aceno do governo americano ao premiê desde que ele voltou ao cargo, em dezembro, aliviando meses de tensões entre os dois líderes.

O gabinete de Netanyahu disse que Biden fez o convite em um telefonema “caloroso e longo”, horas antes da visita à Casa Branca de Isaac Herzog, o presidente israelense, nesta terça. A viagem de Herzog, antes do convite a Netanyahu, era considerada um sinal de desrespeito de Biden.

Com o convite, Biden muda sua estratégia de dar um gelo em Netanyahu no curto prazo. Um funcionário da Casa Branca disse que os dois líderes concordaram em se encontrar nos EUA ainda este ano para discutir assuntos de interesse mútuo.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Joe Biden, em encontro em Jerusalém em 2010 Foto: Ronen Zvulun/Reuters

Biden havia recentemente descrito a coalizão de Netanyahu como “uma das mais extremistas” desde os anos 70, e expressou oposição às decisões de Netanyahu de minar o poder da Suprema Corte de Israel, de construir mais casas israelenses na Cisjordânia ocupada e de autorizar retroativamente os assentamentos israelenses construídos no território sem a aprovação do governo.

“O presidente Biden reiterou, no contexto do atual debate em Israel sobre a reforma judicial, a necessidade do consenso mais amplo possível e que os valores democráticos compartilhados sempre foram e devem permanecer uma marca registrada do relacionamento dos EUA com Israel”, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

O anúncio de Biden foi uma decepção para a oposição de Israel, que pediu ao governo americano que assumisse uma posição mais forte contra a reforma judicial de Netanyahu, que deve agora ganha um novo impulso para avançar com seu projeto de limitar a influência do Judiciário nos atos de governo. A reforma desencadeou uma onda de protestos em Israel e foi alvo de críticas de Biden, que disse que a parceria dos EUA com Israel deveria estar enraizada em valores democráticos.

Nenhuma data foi marcada para a visita de Netanyahu, e não ficou claro se seu convite era para a Casa Branca ou outra parte do país. Mas o convite remove parte da tensão que ofuscou a visita de Herzog na terça-feira, que se encontrará com Biden antes de fazer um discurso conjunto ao Congresso na quarta-feira.

Apesar do atrito com Netanyahu, Biden continua a evitar medidas contra Israel nas Nações Unidas em razão do tratamento dado aos palestinos. A Casa Branca também está investindo um esforço considerável na normalização dos laços diplomáticos entre Israel e a Arábia Saudita, um dos principais objetivos da política externa de Netanyahu.

Mesmo assim, Biden e seus assessores vêm expressando frustração com o aumento dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. Os EUA consideram a expansão como um obstáculo para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel, um resultado que continua sendo a solução preferida para o conflito. Um número crescente de analistas, no entanto, afirma que a criação de um Estado palestino não é mais viável./NYT

WASHINGTON - O presidente dos EUA, Joe Biden, convidou nesta segunda-feira, 17, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, para uma reunião nos EUA, o primeiro aceno do governo americano ao premiê desde que ele voltou ao cargo, em dezembro, aliviando meses de tensões entre os dois líderes.

O gabinete de Netanyahu disse que Biden fez o convite em um telefonema “caloroso e longo”, horas antes da visita à Casa Branca de Isaac Herzog, o presidente israelense, nesta terça. A viagem de Herzog, antes do convite a Netanyahu, era considerada um sinal de desrespeito de Biden.

Com o convite, Biden muda sua estratégia de dar um gelo em Netanyahu no curto prazo. Um funcionário da Casa Branca disse que os dois líderes concordaram em se encontrar nos EUA ainda este ano para discutir assuntos de interesse mútuo.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Joe Biden, em encontro em Jerusalém em 2010 Foto: Ronen Zvulun/Reuters

Biden havia recentemente descrito a coalizão de Netanyahu como “uma das mais extremistas” desde os anos 70, e expressou oposição às decisões de Netanyahu de minar o poder da Suprema Corte de Israel, de construir mais casas israelenses na Cisjordânia ocupada e de autorizar retroativamente os assentamentos israelenses construídos no território sem a aprovação do governo.

“O presidente Biden reiterou, no contexto do atual debate em Israel sobre a reforma judicial, a necessidade do consenso mais amplo possível e que os valores democráticos compartilhados sempre foram e devem permanecer uma marca registrada do relacionamento dos EUA com Israel”, disse John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional.

O anúncio de Biden foi uma decepção para a oposição de Israel, que pediu ao governo americano que assumisse uma posição mais forte contra a reforma judicial de Netanyahu, que deve agora ganha um novo impulso para avançar com seu projeto de limitar a influência do Judiciário nos atos de governo. A reforma desencadeou uma onda de protestos em Israel e foi alvo de críticas de Biden, que disse que a parceria dos EUA com Israel deveria estar enraizada em valores democráticos.

Nenhuma data foi marcada para a visita de Netanyahu, e não ficou claro se seu convite era para a Casa Branca ou outra parte do país. Mas o convite remove parte da tensão que ofuscou a visita de Herzog na terça-feira, que se encontrará com Biden antes de fazer um discurso conjunto ao Congresso na quarta-feira.

Apesar do atrito com Netanyahu, Biden continua a evitar medidas contra Israel nas Nações Unidas em razão do tratamento dado aos palestinos. A Casa Branca também está investindo um esforço considerável na normalização dos laços diplomáticos entre Israel e a Arábia Saudita, um dos principais objetivos da política externa de Netanyahu.

Mesmo assim, Biden e seus assessores vêm expressando frustração com o aumento dos assentamentos israelenses na Cisjordânia. Os EUA consideram a expansão como um obstáculo para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel, um resultado que continua sendo a solução preferida para o conflito. Um número crescente de analistas, no entanto, afirma que a criação de um Estado palestino não é mais viável./NYT

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