Jornalista americano é libertado pela Rússia em maior troca de prisioneiros desde a Guerra Fria


A Turquia anunciou que fez a mediação do acordo entre a Rússia e outros seis países para a realização da troca que envolve 24 pessoas

Por Redação
Atualização:

Uma grande troca de prisioneiros envolvendo a Rússia e países do Ocidente foi concluída nesta quinta-feira, 1. O repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, foi um dos libertados da custódia russa. A Turquia anunciou que mediou a troca entre Moscou e outros seis países em um acordo que envolve 24 pessoas.

Gershkovich e o ex-soldado dos EUA, Paul Whelan, ambos acusados pelas autoridades russas de espionagem, estão entre os prisioneiros soltos por Moscou, segundo o governo turco. O opositor russo Ilya Yashin também foi envolvido na troca, assim como o cidadão alemão Rico Krieger, preso em Belarus. O russo Vadim Kresikov, que está preso na Alemanha, deve retornar a Moscou como parte do acordo.

O acordo –que surgiu após uma elaborada negociação nos bastidores – também proporcionou uma vitória diplomática ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se comprometeu a libertar os americanos presos injustamente ao redor do mundo. Em entrevista coletiva, o democrata afirmou que os prisioneiros haviam deixado Moscou e estavam voltando para os EUA.

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O jornalista americano Evan Gershkovich, acusado de espionagem pelos russos, foi libertado em uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos  Foto: Alexander Nemenov/AFP

Mediação da Turquia

O governo da Turquia apontou nesta quinta-feira que mediou o acordo de troca de prisioneiros. Segundo o governo turco, a troca envolveu 7 países: Rússia, Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Noruega, Eslovênia e Belarus. O acordo envolve a troca de 26 prisioneiros.

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A agência de inteligência da Turquia, a Organização Nacional de Inteligência (MIT, sigla em inglês), estabeleceu o dialogo entre os países para a troca. “As partes foram reunidas na Turquia em julho de 2024 com a organização do MIT, que utiliza efetivamente a diplomacia de inteligência”, acrescentou.

Paul Whelan, um ex-fuzileiro naval americano, foi libertado pela Rússia em uma negociação de troca de prisioneiros envolvendo a Turquia  Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

Ancara apontou que coordenou o processo desde o inicio das negociações até o “último momento” em que as trocas foram realizadas.

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A troca ocorreu no aeroporto internacional de Ancara, na capital da Turquia e envolveu sete diferentes aviões.

Maior troca desde a Guerra Fria

As autoridades norte-americanas confirmaram que a troca de prisioneiros foi a maior desde a Guerra Fria.

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“Desde a Guerra Fria, não houve um número semelhante de indivíduos trocados desta forma e nunca, até onde sabemos, houve um intercâmbio envolvendo tantos países, tantos parceiros próximos e aliados dos EUA trabalhando juntos”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, em coletiva de imprensa.

Três cidadãos americanos foram libertados: o jornalista Evan Gershkovich, o ex-solado Paul Whelan e a jornalista Alsu Kurmasheva, que tem cidadania russa e americana. Vladimir Kara-Murza, um opositor russo que mora nos EUA, também foi libertado.

12 prisioneiros russos, incluindo opositores do governo de Vladimir Putin e cidadãos da Alemanha, devem retornar ao país europeu. Entre os libertados estão Rico Krieger, alemão que estava preso em Belarus, e Ilya Yashin, um opositor do presidente russo.

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Oito russos foram libertados por conta do acordo. Eles estavam em prisões na Alemanha. Eslovênia, Noruega e Estados Unidos. Esta foi a primeira vez desde a queda da União Soviética que Moscou liberta opositores como parte de uma troca.

Histórico

Gershkovich foi preso em março de 2023 enquanto trabalhava na cidade de Ecaterimburgo e foi sentenciado no mês passado a 16 anos de prisão por espionagem. Ele se declarou inocente e o Wall Street Journal e o governo dos EUA rejeitaram as acusações e as classificaram como absurdas.

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Uma possível troca tem sido cogitada há meses, com longas discussões nos bastidores envolvendo vários governos, e poucos detalhes chegando ao domínio público. Muitos analistas vincularam a prisão inicial de Gershkovich a uma política russa que equivale a tomar reféns, com o objetivo de aumentar a pressão sobre os países ocidentais para liberar espiões, hackers e assassinos russos.

Alsu Kurmasheva, uma jornalista da Radio Free Europe/Radio Liberty, foi libertada pelas autoridades russas Foto: AP / AP

Uma grande troca de prisioneiros envolvendo a Rússia e países do Ocidente foi concluída nesta quinta-feira, 1. O repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, foi um dos libertados da custódia russa. A Turquia anunciou que mediou a troca entre Moscou e outros seis países em um acordo que envolve 24 pessoas.

Gershkovich e o ex-soldado dos EUA, Paul Whelan, ambos acusados pelas autoridades russas de espionagem, estão entre os prisioneiros soltos por Moscou, segundo o governo turco. O opositor russo Ilya Yashin também foi envolvido na troca, assim como o cidadão alemão Rico Krieger, preso em Belarus. O russo Vadim Kresikov, que está preso na Alemanha, deve retornar a Moscou como parte do acordo.

O acordo –que surgiu após uma elaborada negociação nos bastidores – também proporcionou uma vitória diplomática ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se comprometeu a libertar os americanos presos injustamente ao redor do mundo. Em entrevista coletiva, o democrata afirmou que os prisioneiros haviam deixado Moscou e estavam voltando para os EUA.

O jornalista americano Evan Gershkovich, acusado de espionagem pelos russos, foi libertado em uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos  Foto: Alexander Nemenov/AFP

Mediação da Turquia

O governo da Turquia apontou nesta quinta-feira que mediou o acordo de troca de prisioneiros. Segundo o governo turco, a troca envolveu 7 países: Rússia, Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Noruega, Eslovênia e Belarus. O acordo envolve a troca de 26 prisioneiros.

A agência de inteligência da Turquia, a Organização Nacional de Inteligência (MIT, sigla em inglês), estabeleceu o dialogo entre os países para a troca. “As partes foram reunidas na Turquia em julho de 2024 com a organização do MIT, que utiliza efetivamente a diplomacia de inteligência”, acrescentou.

Paul Whelan, um ex-fuzileiro naval americano, foi libertado pela Rússia em uma negociação de troca de prisioneiros envolvendo a Turquia  Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

Ancara apontou que coordenou o processo desde o inicio das negociações até o “último momento” em que as trocas foram realizadas.

A troca ocorreu no aeroporto internacional de Ancara, na capital da Turquia e envolveu sete diferentes aviões.

Maior troca desde a Guerra Fria

As autoridades norte-americanas confirmaram que a troca de prisioneiros foi a maior desde a Guerra Fria.

“Desde a Guerra Fria, não houve um número semelhante de indivíduos trocados desta forma e nunca, até onde sabemos, houve um intercâmbio envolvendo tantos países, tantos parceiros próximos e aliados dos EUA trabalhando juntos”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, em coletiva de imprensa.

Três cidadãos americanos foram libertados: o jornalista Evan Gershkovich, o ex-solado Paul Whelan e a jornalista Alsu Kurmasheva, que tem cidadania russa e americana. Vladimir Kara-Murza, um opositor russo que mora nos EUA, também foi libertado.

12 prisioneiros russos, incluindo opositores do governo de Vladimir Putin e cidadãos da Alemanha, devem retornar ao país europeu. Entre os libertados estão Rico Krieger, alemão que estava preso em Belarus, e Ilya Yashin, um opositor do presidente russo.

Oito russos foram libertados por conta do acordo. Eles estavam em prisões na Alemanha. Eslovênia, Noruega e Estados Unidos. Esta foi a primeira vez desde a queda da União Soviética que Moscou liberta opositores como parte de uma troca.

Histórico

Gershkovich foi preso em março de 2023 enquanto trabalhava na cidade de Ecaterimburgo e foi sentenciado no mês passado a 16 anos de prisão por espionagem. Ele se declarou inocente e o Wall Street Journal e o governo dos EUA rejeitaram as acusações e as classificaram como absurdas.

Uma possível troca tem sido cogitada há meses, com longas discussões nos bastidores envolvendo vários governos, e poucos detalhes chegando ao domínio público. Muitos analistas vincularam a prisão inicial de Gershkovich a uma política russa que equivale a tomar reféns, com o objetivo de aumentar a pressão sobre os países ocidentais para liberar espiões, hackers e assassinos russos.

Alsu Kurmasheva, uma jornalista da Radio Free Europe/Radio Liberty, foi libertada pelas autoridades russas Foto: AP / AP

Uma grande troca de prisioneiros envolvendo a Rússia e países do Ocidente foi concluída nesta quinta-feira, 1. O repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, foi um dos libertados da custódia russa. A Turquia anunciou que mediou a troca entre Moscou e outros seis países em um acordo que envolve 24 pessoas.

Gershkovich e o ex-soldado dos EUA, Paul Whelan, ambos acusados pelas autoridades russas de espionagem, estão entre os prisioneiros soltos por Moscou, segundo o governo turco. O opositor russo Ilya Yashin também foi envolvido na troca, assim como o cidadão alemão Rico Krieger, preso em Belarus. O russo Vadim Kresikov, que está preso na Alemanha, deve retornar a Moscou como parte do acordo.

O acordo –que surgiu após uma elaborada negociação nos bastidores – também proporcionou uma vitória diplomática ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se comprometeu a libertar os americanos presos injustamente ao redor do mundo. Em entrevista coletiva, o democrata afirmou que os prisioneiros haviam deixado Moscou e estavam voltando para os EUA.

O jornalista americano Evan Gershkovich, acusado de espionagem pelos russos, foi libertado em uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos  Foto: Alexander Nemenov/AFP

Mediação da Turquia

O governo da Turquia apontou nesta quinta-feira que mediou o acordo de troca de prisioneiros. Segundo o governo turco, a troca envolveu 7 países: Rússia, Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Noruega, Eslovênia e Belarus. O acordo envolve a troca de 26 prisioneiros.

A agência de inteligência da Turquia, a Organização Nacional de Inteligência (MIT, sigla em inglês), estabeleceu o dialogo entre os países para a troca. “As partes foram reunidas na Turquia em julho de 2024 com a organização do MIT, que utiliza efetivamente a diplomacia de inteligência”, acrescentou.

Paul Whelan, um ex-fuzileiro naval americano, foi libertado pela Rússia em uma negociação de troca de prisioneiros envolvendo a Turquia  Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

Ancara apontou que coordenou o processo desde o inicio das negociações até o “último momento” em que as trocas foram realizadas.

A troca ocorreu no aeroporto internacional de Ancara, na capital da Turquia e envolveu sete diferentes aviões.

Maior troca desde a Guerra Fria

As autoridades norte-americanas confirmaram que a troca de prisioneiros foi a maior desde a Guerra Fria.

“Desde a Guerra Fria, não houve um número semelhante de indivíduos trocados desta forma e nunca, até onde sabemos, houve um intercâmbio envolvendo tantos países, tantos parceiros próximos e aliados dos EUA trabalhando juntos”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, em coletiva de imprensa.

Três cidadãos americanos foram libertados: o jornalista Evan Gershkovich, o ex-solado Paul Whelan e a jornalista Alsu Kurmasheva, que tem cidadania russa e americana. Vladimir Kara-Murza, um opositor russo que mora nos EUA, também foi libertado.

12 prisioneiros russos, incluindo opositores do governo de Vladimir Putin e cidadãos da Alemanha, devem retornar ao país europeu. Entre os libertados estão Rico Krieger, alemão que estava preso em Belarus, e Ilya Yashin, um opositor do presidente russo.

Oito russos foram libertados por conta do acordo. Eles estavam em prisões na Alemanha. Eslovênia, Noruega e Estados Unidos. Esta foi a primeira vez desde a queda da União Soviética que Moscou liberta opositores como parte de uma troca.

Histórico

Gershkovich foi preso em março de 2023 enquanto trabalhava na cidade de Ecaterimburgo e foi sentenciado no mês passado a 16 anos de prisão por espionagem. Ele se declarou inocente e o Wall Street Journal e o governo dos EUA rejeitaram as acusações e as classificaram como absurdas.

Uma possível troca tem sido cogitada há meses, com longas discussões nos bastidores envolvendo vários governos, e poucos detalhes chegando ao domínio público. Muitos analistas vincularam a prisão inicial de Gershkovich a uma política russa que equivale a tomar reféns, com o objetivo de aumentar a pressão sobre os países ocidentais para liberar espiões, hackers e assassinos russos.

Alsu Kurmasheva, uma jornalista da Radio Free Europe/Radio Liberty, foi libertada pelas autoridades russas Foto: AP / AP

Uma grande troca de prisioneiros envolvendo a Rússia e países do Ocidente foi concluída nesta quinta-feira, 1. O repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, foi um dos libertados da custódia russa. A Turquia anunciou que mediou a troca entre Moscou e outros seis países em um acordo que envolve 24 pessoas.

Gershkovich e o ex-soldado dos EUA, Paul Whelan, ambos acusados pelas autoridades russas de espionagem, estão entre os prisioneiros soltos por Moscou, segundo o governo turco. O opositor russo Ilya Yashin também foi envolvido na troca, assim como o cidadão alemão Rico Krieger, preso em Belarus. O russo Vadim Kresikov, que está preso na Alemanha, deve retornar a Moscou como parte do acordo.

O acordo –que surgiu após uma elaborada negociação nos bastidores – também proporcionou uma vitória diplomática ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se comprometeu a libertar os americanos presos injustamente ao redor do mundo. Em entrevista coletiva, o democrata afirmou que os prisioneiros haviam deixado Moscou e estavam voltando para os EUA.

O jornalista americano Evan Gershkovich, acusado de espionagem pelos russos, foi libertado em uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos  Foto: Alexander Nemenov/AFP

Mediação da Turquia

O governo da Turquia apontou nesta quinta-feira que mediou o acordo de troca de prisioneiros. Segundo o governo turco, a troca envolveu 7 países: Rússia, Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Noruega, Eslovênia e Belarus. O acordo envolve a troca de 26 prisioneiros.

A agência de inteligência da Turquia, a Organização Nacional de Inteligência (MIT, sigla em inglês), estabeleceu o dialogo entre os países para a troca. “As partes foram reunidas na Turquia em julho de 2024 com a organização do MIT, que utiliza efetivamente a diplomacia de inteligência”, acrescentou.

Paul Whelan, um ex-fuzileiro naval americano, foi libertado pela Rússia em uma negociação de troca de prisioneiros envolvendo a Turquia  Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

Ancara apontou que coordenou o processo desde o inicio das negociações até o “último momento” em que as trocas foram realizadas.

A troca ocorreu no aeroporto internacional de Ancara, na capital da Turquia e envolveu sete diferentes aviões.

Maior troca desde a Guerra Fria

As autoridades norte-americanas confirmaram que a troca de prisioneiros foi a maior desde a Guerra Fria.

“Desde a Guerra Fria, não houve um número semelhante de indivíduos trocados desta forma e nunca, até onde sabemos, houve um intercâmbio envolvendo tantos países, tantos parceiros próximos e aliados dos EUA trabalhando juntos”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, em coletiva de imprensa.

Três cidadãos americanos foram libertados: o jornalista Evan Gershkovich, o ex-solado Paul Whelan e a jornalista Alsu Kurmasheva, que tem cidadania russa e americana. Vladimir Kara-Murza, um opositor russo que mora nos EUA, também foi libertado.

12 prisioneiros russos, incluindo opositores do governo de Vladimir Putin e cidadãos da Alemanha, devem retornar ao país europeu. Entre os libertados estão Rico Krieger, alemão que estava preso em Belarus, e Ilya Yashin, um opositor do presidente russo.

Oito russos foram libertados por conta do acordo. Eles estavam em prisões na Alemanha. Eslovênia, Noruega e Estados Unidos. Esta foi a primeira vez desde a queda da União Soviética que Moscou liberta opositores como parte de uma troca.

Histórico

Gershkovich foi preso em março de 2023 enquanto trabalhava na cidade de Ecaterimburgo e foi sentenciado no mês passado a 16 anos de prisão por espionagem. Ele se declarou inocente e o Wall Street Journal e o governo dos EUA rejeitaram as acusações e as classificaram como absurdas.

Uma possível troca tem sido cogitada há meses, com longas discussões nos bastidores envolvendo vários governos, e poucos detalhes chegando ao domínio público. Muitos analistas vincularam a prisão inicial de Gershkovich a uma política russa que equivale a tomar reféns, com o objetivo de aumentar a pressão sobre os países ocidentais para liberar espiões, hackers e assassinos russos.

Alsu Kurmasheva, uma jornalista da Radio Free Europe/Radio Liberty, foi libertada pelas autoridades russas Foto: AP / AP

Uma grande troca de prisioneiros envolvendo a Rússia e países do Ocidente foi concluída nesta quinta-feira, 1. O repórter do Wall Street Journal, Evan Gershkovich, foi um dos libertados da custódia russa. A Turquia anunciou que mediou a troca entre Moscou e outros seis países em um acordo que envolve 24 pessoas.

Gershkovich e o ex-soldado dos EUA, Paul Whelan, ambos acusados pelas autoridades russas de espionagem, estão entre os prisioneiros soltos por Moscou, segundo o governo turco. O opositor russo Ilya Yashin também foi envolvido na troca, assim como o cidadão alemão Rico Krieger, preso em Belarus. O russo Vadim Kresikov, que está preso na Alemanha, deve retornar a Moscou como parte do acordo.

O acordo –que surgiu após uma elaborada negociação nos bastidores – também proporcionou uma vitória diplomática ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que se comprometeu a libertar os americanos presos injustamente ao redor do mundo. Em entrevista coletiva, o democrata afirmou que os prisioneiros haviam deixado Moscou e estavam voltando para os EUA.

O jornalista americano Evan Gershkovich, acusado de espionagem pelos russos, foi libertado em uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos  Foto: Alexander Nemenov/AFP

Mediação da Turquia

O governo da Turquia apontou nesta quinta-feira que mediou o acordo de troca de prisioneiros. Segundo o governo turco, a troca envolveu 7 países: Rússia, Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Noruega, Eslovênia e Belarus. O acordo envolve a troca de 26 prisioneiros.

A agência de inteligência da Turquia, a Organização Nacional de Inteligência (MIT, sigla em inglês), estabeleceu o dialogo entre os países para a troca. “As partes foram reunidas na Turquia em julho de 2024 com a organização do MIT, que utiliza efetivamente a diplomacia de inteligência”, acrescentou.

Paul Whelan, um ex-fuzileiro naval americano, foi libertado pela Rússia em uma negociação de troca de prisioneiros envolvendo a Turquia  Foto: Kirill Kudryavtsev/AFP

Ancara apontou que coordenou o processo desde o inicio das negociações até o “último momento” em que as trocas foram realizadas.

A troca ocorreu no aeroporto internacional de Ancara, na capital da Turquia e envolveu sete diferentes aviões.

Maior troca desde a Guerra Fria

As autoridades norte-americanas confirmaram que a troca de prisioneiros foi a maior desde a Guerra Fria.

“Desde a Guerra Fria, não houve um número semelhante de indivíduos trocados desta forma e nunca, até onde sabemos, houve um intercâmbio envolvendo tantos países, tantos parceiros próximos e aliados dos EUA trabalhando juntos”, afirmou o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, em coletiva de imprensa.

Três cidadãos americanos foram libertados: o jornalista Evan Gershkovich, o ex-solado Paul Whelan e a jornalista Alsu Kurmasheva, que tem cidadania russa e americana. Vladimir Kara-Murza, um opositor russo que mora nos EUA, também foi libertado.

12 prisioneiros russos, incluindo opositores do governo de Vladimir Putin e cidadãos da Alemanha, devem retornar ao país europeu. Entre os libertados estão Rico Krieger, alemão que estava preso em Belarus, e Ilya Yashin, um opositor do presidente russo.

Oito russos foram libertados por conta do acordo. Eles estavam em prisões na Alemanha. Eslovênia, Noruega e Estados Unidos. Esta foi a primeira vez desde a queda da União Soviética que Moscou liberta opositores como parte de uma troca.

Histórico

Gershkovich foi preso em março de 2023 enquanto trabalhava na cidade de Ecaterimburgo e foi sentenciado no mês passado a 16 anos de prisão por espionagem. Ele se declarou inocente e o Wall Street Journal e o governo dos EUA rejeitaram as acusações e as classificaram como absurdas.

Uma possível troca tem sido cogitada há meses, com longas discussões nos bastidores envolvendo vários governos, e poucos detalhes chegando ao domínio público. Muitos analistas vincularam a prisão inicial de Gershkovich a uma política russa que equivale a tomar reféns, com o objetivo de aumentar a pressão sobre os países ocidentais para liberar espiões, hackers e assassinos russos.

Alsu Kurmasheva, uma jornalista da Radio Free Europe/Radio Liberty, foi libertada pelas autoridades russas Foto: AP / AP

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