Juiz da Suprema Corte dos EUA admite ter tido viagens pagas por bilionário republicano


Passeios de Luxo na Indonésia e na Califórnia de Clarence Thomas teriam de ter sido relatados

Por Redação

WASHINGTON - O juiz da Suprema Corte dos EUA Clarence Thomas revisou sua prestação de contas financeira ontem para incluir duas viagens que fez em 2019 pagas pelo bilionário Harlan Crow, um doador do Partido Republicano. Thomas, que tem enfrentado críticas por não relatar viagens de luxo pagas por bilionários ao longo dos anos, foi indicado à Suprema Corte pelo ex-presidente republicano George Bush (pai), em 1991.

Ele relata que a primeira viagem, em julho de 2019, foi para a ilha indonésia de Bali. A outra foi no mesmo mês, para Monte Rio, Califórnia. Crow, um bilionário do setor imobiliário, pagou pela comida e hospedagem em ambas as viagens, de acordo com os formulários do magistrado.

A divulgação sobre a Indonésia é curiosa pelo que omite: o restante da viagem. Uma investigação da ProPublica relatou, no ano passado, que Thomas voou para a Indonésia no jato particular de Crow e então embarcou em seu superiate para um passeio pelas ilhas, uma das muitas viagens que o bilionário deu a Thomas e a sua mulher, Ginni, ao longo dos anos.

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Clarence Thomas é um dos juízes da Suprema Corte americana alinhado aos conservadores Foto: Allison V. Smith/NYT

Na época, ele defendeu sua decisão de não divulgar as férias, dizendo que as viagens pessoais não eram do tipo que juízes federais, no passado, eram obrigados a relatar.

A história da ProPublica renovou as críticas à Suprema Corte no Capitólio, onde alguns legisladores pressionam para que os juízes revisitem suas políticas de ética.

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No ano passado, o Supremo adotou seu primeiro código formal de ética, dizendo que o movimento “representa em grande parte uma codificação de princípios que há muito consideramos como regendo nossa conduta”, afirmaram os juízes.

Thomas disse nos formulários que ele buscou e recebeu orientação de seu contador e conselheiro de ética como parte de uma “revisão de arquivos anteriores”. “Os presentes de Crow foram omitidos inadvertidamente no momento do arquivo”, disse Thomas no formulário.

A Suprema Corte divulgou ontem relatórios financeiros de oito dos nove juízes. Samuel Alito recebeu uma extensão de 90 dias para apresentar o seu. A juíza Ketanji Brown Jackson relatou, entre outros, que a cantora Beyoncé deu a ela ingressos para um de seus shows, avaliados em cerca de US$ 3,7 mil. Da mesma forma, o juiz Brett Kavanaugh relatou uma renda de US$ 340 mil em royalties de livros. /DOW JONES

WASHINGTON - O juiz da Suprema Corte dos EUA Clarence Thomas revisou sua prestação de contas financeira ontem para incluir duas viagens que fez em 2019 pagas pelo bilionário Harlan Crow, um doador do Partido Republicano. Thomas, que tem enfrentado críticas por não relatar viagens de luxo pagas por bilionários ao longo dos anos, foi indicado à Suprema Corte pelo ex-presidente republicano George Bush (pai), em 1991.

Ele relata que a primeira viagem, em julho de 2019, foi para a ilha indonésia de Bali. A outra foi no mesmo mês, para Monte Rio, Califórnia. Crow, um bilionário do setor imobiliário, pagou pela comida e hospedagem em ambas as viagens, de acordo com os formulários do magistrado.

A divulgação sobre a Indonésia é curiosa pelo que omite: o restante da viagem. Uma investigação da ProPublica relatou, no ano passado, que Thomas voou para a Indonésia no jato particular de Crow e então embarcou em seu superiate para um passeio pelas ilhas, uma das muitas viagens que o bilionário deu a Thomas e a sua mulher, Ginni, ao longo dos anos.

Clarence Thomas é um dos juízes da Suprema Corte americana alinhado aos conservadores Foto: Allison V. Smith/NYT

Na época, ele defendeu sua decisão de não divulgar as férias, dizendo que as viagens pessoais não eram do tipo que juízes federais, no passado, eram obrigados a relatar.

A história da ProPublica renovou as críticas à Suprema Corte no Capitólio, onde alguns legisladores pressionam para que os juízes revisitem suas políticas de ética.

No ano passado, o Supremo adotou seu primeiro código formal de ética, dizendo que o movimento “representa em grande parte uma codificação de princípios que há muito consideramos como regendo nossa conduta”, afirmaram os juízes.

Thomas disse nos formulários que ele buscou e recebeu orientação de seu contador e conselheiro de ética como parte de uma “revisão de arquivos anteriores”. “Os presentes de Crow foram omitidos inadvertidamente no momento do arquivo”, disse Thomas no formulário.

A Suprema Corte divulgou ontem relatórios financeiros de oito dos nove juízes. Samuel Alito recebeu uma extensão de 90 dias para apresentar o seu. A juíza Ketanji Brown Jackson relatou, entre outros, que a cantora Beyoncé deu a ela ingressos para um de seus shows, avaliados em cerca de US$ 3,7 mil. Da mesma forma, o juiz Brett Kavanaugh relatou uma renda de US$ 340 mil em royalties de livros. /DOW JONES

WASHINGTON - O juiz da Suprema Corte dos EUA Clarence Thomas revisou sua prestação de contas financeira ontem para incluir duas viagens que fez em 2019 pagas pelo bilionário Harlan Crow, um doador do Partido Republicano. Thomas, que tem enfrentado críticas por não relatar viagens de luxo pagas por bilionários ao longo dos anos, foi indicado à Suprema Corte pelo ex-presidente republicano George Bush (pai), em 1991.

Ele relata que a primeira viagem, em julho de 2019, foi para a ilha indonésia de Bali. A outra foi no mesmo mês, para Monte Rio, Califórnia. Crow, um bilionário do setor imobiliário, pagou pela comida e hospedagem em ambas as viagens, de acordo com os formulários do magistrado.

A divulgação sobre a Indonésia é curiosa pelo que omite: o restante da viagem. Uma investigação da ProPublica relatou, no ano passado, que Thomas voou para a Indonésia no jato particular de Crow e então embarcou em seu superiate para um passeio pelas ilhas, uma das muitas viagens que o bilionário deu a Thomas e a sua mulher, Ginni, ao longo dos anos.

Clarence Thomas é um dos juízes da Suprema Corte americana alinhado aos conservadores Foto: Allison V. Smith/NYT

Na época, ele defendeu sua decisão de não divulgar as férias, dizendo que as viagens pessoais não eram do tipo que juízes federais, no passado, eram obrigados a relatar.

A história da ProPublica renovou as críticas à Suprema Corte no Capitólio, onde alguns legisladores pressionam para que os juízes revisitem suas políticas de ética.

No ano passado, o Supremo adotou seu primeiro código formal de ética, dizendo que o movimento “representa em grande parte uma codificação de princípios que há muito consideramos como regendo nossa conduta”, afirmaram os juízes.

Thomas disse nos formulários que ele buscou e recebeu orientação de seu contador e conselheiro de ética como parte de uma “revisão de arquivos anteriores”. “Os presentes de Crow foram omitidos inadvertidamente no momento do arquivo”, disse Thomas no formulário.

A Suprema Corte divulgou ontem relatórios financeiros de oito dos nove juízes. Samuel Alito recebeu uma extensão de 90 dias para apresentar o seu. A juíza Ketanji Brown Jackson relatou, entre outros, que a cantora Beyoncé deu a ela ingressos para um de seus shows, avaliados em cerca de US$ 3,7 mil. Da mesma forma, o juiz Brett Kavanaugh relatou uma renda de US$ 340 mil em royalties de livros. /DOW JONES

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