Nos Estados Unidos, o ex-líder do grupo de extrema direita Proud Boys, foi condenado a 17 anos de prisão pela invasão do Capitólio. Joseph Biggs estava no grupo avançou contra a barreira policial e forçou a retirada dos legisladores para interromper a sessão de 06 de janeiro de 2021 — dia em que a vitória de Joe Biden seria certificada.
A sentença de Joseph Biggs é uma das mais longas em resposta ao ataque. Só não é maior que a pena de 18 anos de prisão para Stewart Rhodes, fundador de outro grupo de extrema direita, o Oath Keepers.
Antes de ouvir a sentença, ele admitiu para o juiz que “fez besteira naquele dia”, mas que não é “um terrorista”. Ainda nas palavras de Joseph Biggs, ele teria sido “seduzido pela multidão” de apoiadores do ex-presidente Donald Trump, mas os promotores não veem dessa forma. A acusação lembrou que ele era um dos responsáveis por “um dos crimes mais graves que o tribunal vai considerar” ao empurrar os Estados Unidos “ao limite de uma crise constitucional” e pediu uma pena ainda maior de 33 anos.
Biggs, que foi um dos líderes da marcha furiosa em direção ao Capitólio, descrevia a si mesmo como um dos organizadores do grupo extremista Proud Boys. Ele serviu no exército americano por oito anos antes de ser dispensado por questões médicas em 2013. Fora das forças armadas, passou a trabalhar no site do teórico da conspiração Alex Jones, que chegou a ser condenado por espalhar mentiras sobre o massacre da escola Sandy Hook.
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O mesmo juiz que anunciou a pena de Biggs também vai sentenciar separadamente outros quatro membros da milícia de direita Proud Boys, condenados em maio por crimes que incluem conspiração sediciosa. Ou seja, a tentativa de derrubar ou destruir pela força o Estado americano, uma lei da época da guerra civil, raramente utilizada na história recente dos Estados Unidos.
Um quinto membro dos Proud Boys, Dominic Pezzola, foi absolvido de conspiração sediciosa, mas foi condenado por outras acusações graves.
Ao todo, mais de 1.100 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados pela invasão do Capitólio. Entre elas, mais de 600 foram condenadas e sentenciadas. /AP e AFP